Generation escrita por Suzanna


Capítulo 37
Capitulo 36 - Ninguém é feliz!


Notas iniciais do capítulo

Tenho uma noticia ruim...

Amores, eu vou precisar ficar fora uns dias, no máximo uns quinze dias. Irei viajar nessa sexta e só voltarei dia 03 de janeiro, porém tentarei arranjar um jeito de postar capítulos novos enquanto estiver lá, se por um acaso eu não conseguir, quando eu voltar, voltarei com capítulos quentinhos e divos. Continuarei respondendo os comentários pelo celular.

Amo muito vocês! Feliz Natal e Ano Novo adiantado...
Que o ano de 2016 seja cheios de alegrias, paz, saúde e do casal Cameron e Angel!

Beijooos!



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Visto um moletom vinho da Clacton Vhari e um short desfiado de Levi Levi. Calço meu vans vermelho. Arrumo os cabelos em um coque frouxo e bagunçado. Faço uma maquiagem baseada em um batom vermelho intenso, sombra suave nos olhos, rímel e delineador preto. Passo perfume e jogo meu celular dentro da bolsa bege de franjas. Olho-me no espelho...

Vê-lo chegar com ela ontem fora como um tiro em meu peito. Minha mente insistia em criar imagens deles dois juntos. Imagens deles se beijando, dele tirando a roupa dela, dele beijando sua pele, acariciando sua pele, cheirando-a... E principalmente deles dois gemendo juntos. Droga! Passo as mãos no rosto e respiro fundo. É cruel imaginar que ele estava lá, tocando sua vida, curtindo outras pessoas, fazendo tudo exatamente como ele me disse “Eu quero conhecer novas pessoas, curtir novas coisas”.

__ Angel? – minha mãe bate na porta e logo adentra meu quarto. __ Pensei que ainda estivesse dormindo...

Encaro-a sorrindo fraco e suspiro pegando minha bolsa sobre a cama.

__ Está tudo bem? – pergunta olhando-me desconfiada.

__ Sim... – sorrio. __ Só estou nervosa com as provas de hoje! – minto.

__ Ah... – ela sorri. __ Esqueça-as um pouco. Lembre-se que semana que vem você estará de férias disso tudo!

Assinto sorrindo fraco e acompanho-a para fora de meu quarto.

__ Para onde você e seus amigos vão esse ano? – pergunta.

__ Não passarei as férias com eles... – resmungo trazendo seu olhar assustado para mim.

__ Não? – pergunta incrédula. __ Mas, todos os anos vocês passam juntos...

__ É. Mas, esse ano será diferente. – respondo. __ Estava pensando em ir para Nova York!

Ela arqueia o cenho e para de andar rapidamente.

__ Para casa de meus pais? – assinto. __ Angel você sabe que... - ela para. __ Está fugindo dele, não é? – pergunta.

Fico em silencio e molho os lábios, negando com a cabeça.

__ Ele agora faz parte do grupo de seus amigos e você sabe que se viajarem, ele também irá. Por isso quer ir para NY. – afirma.

__ Não tem nada haver com ele, mãe. – bufo.

__ Ah não?! – ela ri sarcástica.

__ Não! – devolvo irritada.

*...*

Ela tinha razão! Eu estava querendo me distanciar de tudo que me lembrava dele, inclusive ele mesmo. Porém esse não era o meu unico motivo para querer sumir. Vê-lo agarrado á Melissa, me causava asno, dor e raiva. Outro motivo bastante forte para me manter longe, é que preciso de um tempo para mim, para pensar e por minha noção no lugar, já que o imbecil do Cameron tirou-a de mim.

O problema é que a gente não pode simplesmente passar uma borracha na memoria, colocar os sentimentos em uma caixa, trancar o passado e pegar um esparadrapo para fazer um curativo no coração. Essas coisas não funcionam assim, a gente não esquece só por que quer esquecer, não deixa de amar só por que não quer mais sentir amor, não existe um botão que desligue os sentimentos.

São pensamentos soltos, sentimentos confusos e perguntas que frequentemente, atordoam meu coração. É saudade dele transformada em palavras, é a falta dele ecoando em cada parte de mim. Sou eu em desespero pra te ter de volta e ao mesmo tempo desejando te esquecer. Sou eu sendo idiota em amá-lo!

Caminho, sozinha nos corredores em direção à sala. Rosie veio mais cedo hoje para estudar com Luke e os outros na biblioteca. Isso fora mais uma coisa que evitei fazer, eu sabia que ele estaria lá, então neguei quando Rosie me convidou. Atravesso a multidão de alunos empilhados nos corredores e avisto a porta da minha sala.

__ Olha quem eu achei... – um corpo se põe em minha frente, impedindo minha passagem.

Ergo o olhar para seu rosto e então foco em seus olhos castanhos.

__ Sammy... – resmungo desanimada.

__ Seus amigos te tiraram de mim naquele dia. – ele sorri sapeca.

__ É... – sorrio de volta. __ Eu havia passado dos limites!

__ Eu poderia ter cuidado de você e te levado para casa! – diz soando malicioso.

__ Hm... – sorrio falso. __ Sabe como é eles são bem protetores. – desvio dele tentando adentrar na sala.

__ Que dia podemos sair? – ele pergunta adentrando minha visão novamente.

Franzo o cenho e ele coça a nuca, sorrindo amarelo.

__ Logo estaremos de férias, nós podíamos sair... – explica.

__ Oh... – resmungo. __ Não vai dar. Viajarei para Nova York, final de semana!

__ Que tal depois das férias? – insiste.

__ Que tal vermos isso quando eu voltar?! – devolvo sorrindo. __ Nos vemos depois...

Desvio novamente de seu corpo e adentro a sala, suspirando aliviada.

PVD CAMERON

__ Aquele garoto gamou mesmo na Angel... – Pedro diz fazendo-me olhar na direção dos seus olhos.

Lá estava o maldito babaca empatando a entrada dela na sala. Ela sorria, porém não me parecia um sorriso sincero.

__ Se não tirássemos ela dele aquele dia, eles com certeza não parariam somente em beijinhos. – Luke diz.

__ Cala boca! – Rosie repreende-o. __ É exagero dele, Cameron.

Olho-a confuso e arqueio o cenho.

__ Não me interessa Rosie. – sorrio disfarçando a raiva. __ Ela pode fazer o que quiser da vida dela!

__ Assim como você está fazendo com Melissa, não é?! – Phoebe diz ironicamente provocativa.

__ Exatamente. – minto com um tremendo nó na garganta.

Volto a olhar a cena em minha frente. Angel sorri ironicamente e adentra a sala, deixando o babaca sozinho do lado de fora. Ele pega o celular e digita algo no mesmo. Franzo o cenho desconfiado. Esse garoto fede á armação!

*...*

__ Amor! – Melissa pula em meus braços assim que adentro a sala de aula, juntamente com os outros.

Meus olhos focam-se na garota sentada ao fundo da sala, apenas visualizando algo de fora pela janela.

__ Melissa, está me sufocando... – sussurro tirando os braços da mesma de meu pescoço.

__ Desculpa. – sorri apoiando suas mãos em meu peito. __ Estava com saudades!

__ Não faz nem vinte quatro horas que nos vimos... – resmungo impaciente.

Os olhos azuis saem da janela e se chocam com os meus. Por um segundo nos encaramos intensamente, fazendo meu coração saltar.

__ Então amorzinho, o que faremos nessas férias? – Melissa chama minha atenção.

__ Eu não sei você, mas vou viajar com a minha galera. – respondo me afastando dela.

__ Então também irei... – ela diz me seguindo até minha carteira.

__ Não é boa ideia. – resmungo sem animo. __ Você não costuma se dá bem com eles!

__ Para tudo tem sua primeira vez, querido. – ela sorri se sentando em meu colo. __ Por você eu tento tudo.

Reviro os olhos e tento tira-la de meu colo.

__ Vá se sentar e depois falamos sobre isso. O professor já vai chegar. – digo.

__ Antes um beijo. – ela faz beicinho.

Suspiro cansado e deposito um selinho rápido em seus lábios.

__ Isso não foi um beijo... – ela resmunga puxando-me pela nuca e colando seus lábios aos meus.

Ela pede passagem com a língua e eu não cedo. Ela tenta mais uma vez e eu afasto-a.

__ Vá logo! – ela bufa e se levanta indo para sua carteira.

Giro meu pescoço lentamente para trás e procuro seus olhos azuis. Lá estão eles, me encarando decepcionados.

PVD ANGEL

__ "O colonialismo em todas as suas manifestações, é um mal a que deve ser posto fim imediatamente." – leio baixo. __ Os argumentos dessa reivindicação, expressa na Conferência de Bandung (1955), estavam fundamentados á? – olho as alternativas.

a) na Carta das Nações Unidas e Declaração dos Direitos do Homem. b) na Encíclica "Rerum Novarum" e nas resoluções do Concílio Vaticano II. c) na estratégia revolucionária do Kominform para as regiões coloniais.
d) na Teoria do Efeito Dominó do Departamento de Estado americano.
e) nas teorias de revolução e imperialismo do marxismo-leninismo.

Droga! Eu não consigo me lembrar de nada que estudei. Levanto meu olhar e respiro fundo. Meus olhos são atraídos involuntariamente para o garoto em minha frente. Ele me parece tão concentrado no que faz. Suas costas largas escondidas dentro do moletom preto. Ah, como eu queria está em seus braços agora e esquecer o resto do mundo, como eu queria está do seu lado e me sentir protegida. Como eu queria beija-lo pela ultima vez, sentir de novo as suas mãos nas minhas, e olha-lo sorrir.

Merda, Angel! Concentra-se! Volto a olhar minha prova e molho os lábios.

__ O governo republicano apoiaria os grupos dominantes nos Estados, enquanto estes, em troca, apoiariam a política do presidente. Esse arranjo, concebido por Campos Sales, ficou conhecido como? – leio apenas com os olhos e observo as alternativas.

a) Política dos Governadores. b) Plano de Metas.
c)
Café-com-leite. d) Civilismo
.

Passo as mãos pelo rosto, irritada e pego a prova de redação que está abaixo da que leio.

__ Proposta de redação: Ninguém é feliz... – suspiro lendo com os olhos. Um belo tema para alguém que está no fundo do poço.

Pego meu lápis ao lado e posiciono sobre o papel, começando a escrever...

“Uma mulher deitada no sofá, cabelos molhados, segurando a mão de um homem que nunca voltará a ver. Luz do sol, em ângulos abertos, rompendo uma janela no fim da tarde. Uma imensa árvore caída, raízes esparramadas no ar, casca e ramos ainda verdes. O cabelo ruivo de uma amante. Selvagem, traiçoeiro, promissor. Um homem sentado na quietude de seu estúdio, segurando a fotografia de uma mulher; há dor no olhar dele. Um rosto estranho no espelho, grisalho nas têmporas. As sombras azuis das árvores numa noite de lua cheia. O topo de uma montanha com um vento forte constante.

Não é fácil quando queremos seguir por um caminho que tudo indica não ser o caminho certo. O que fazer quando todos os seus desejos apontam em uma única direção? Quando você ouve o mesmo pedido em cada batida do seu coração? E quando seus pensamentos reprisam várias e várias vezes a mesma cena, aquela cena que representa o que você mais deseja?

Como deixar de olhar pra ele e sorrir? Como deixar de desejar, de sonhar com alguém que não está destinado a ser seu? Na vida nos ensinaram a curar um joelho ralado, mais se esqueceram de nos ensinar como curar um coração machucado… Esqueceu-se de nos alertar nas aulas de saúde que de todas as doenças que afetam o coração a mais perigosa é o amor, que devemos evitá-lo a qualquer custo, pois é a doença que mais machuca, mais aperta, e dói no coração… E mais dói porque não tem remédio pra ela, à solução às vezes é o tempo que teima em demorar a passar, ou a buscar de um novo amor, mas principalmente a cura depende da gente querer ser curado e é ai que está o problema, pois às vezes o coração está tão viciado na adrenalina que aquele amor lhe causa que se recuse a esquecer…

Sei que não é fácil, sei que aquele sorriso de canto de boca te desmancha, que aquele olhar com jeito de quem sabe tudo da vida te fascina, sei que quando você se vê envolta naqueles braços tudo que você quer é permanecer ali, e como seria bom se o mundo pudesse parar ou mesmo acabar naquele momento.

Mas se você parar um minuto e ficar em silêncio, você irá ouvir bem lá no fundo uma voz que te implora pra que você esquece esse amor, uma voz que vem lhe fazendo súplicas para que você acorde dessa ilusão… Sempre fui de seguir o coração, mas em certas situações ouvi-lo é sinônimo de suicídio, é como ouvir um drogado viciado em heroína, é claro que ele vai pedir a droga mesmo sabendo que aquilo não lhe faz bem, é claro que ele vai lutar pra obter aquilo que todo seu corpo já está viciado…

Não é fácil, mas é preciso dar a volta, é necessário voltar para buscar os seus pedaços que foram deixados pelo caminho e talvez ate perceber que ali pra traz havia uma rota alternativa e que por ali as coisas parecem ser mais claras, ser mais certas, mesmo que não seja um caminho tão convidativo para seu coração, mesmo que de imediato nada te chame a atenção… Quem sabe no meio da caminhada algo surpreendente não acontece? Sei que é complicado desapegar de algo que tanto desejo, mas sei também que é preciso… E se eu já sei disso pra que vou insistir? E se você já sabe disso por que você vai insistir? Que não olhemos para traz, que sejamos capazes de nos dar outra chance, uma chance verdadeira”.

*...*

__ E ai, como foram nas provas? – Phoebe pergunta assim que me encontra juntamente com Luke no pátio.

__ Eu fui péssima! – resmungo.

__ E eu nem falo... – Luke suspira. __ Somos os únicos á sair da sala?

__ Sim... – Phoebe responde se sentando juntamente á nós.

__ Agora não mais. – digo observando Carter se aproximar juntamente com Jeremy.

__ Eu quero exterminar todos os professores... – Carter bufa se jogando no gramado do pátio.

__ Com certeza não passarei na droga de historia. – Jeremy resmunga impaciente.

__ Estamos juntos nessa. – Pedro aparece sorrindo e batendo no ombro de Jeremy.

__ Quem mais falta sair? – Luke pergunta.

__ Rosie, Nicolas e Cameron. – Jeremy responde se sentando.

__ Não falta mais. – Phoebe aponta para os três que caminham em nossa direção.

__ Como foram? – Rosie chega perguntando.

Meus olhos focam-se nos malditos olhos escuros, que me olham penetrantes.

__ Eu só fui bem, na redação. – respondo desviando o olhar.

__ Achei o tema bem a sua cara mesmo... – Pedro debocha recebendo meu olhar repreendedor.

__ Vamos falar sobre as férias, por favor... – Nick implora fazendo-nos sorrir.

__ Ok... Vamos decidir para onde vamos! – Rosie diz animada.

__ Praia? – Jeremy sugere.

__ Califórnia? – Phoebe chuta.

__ Miami? – Carter diz com os olhos brilhando.

__ Hollywood? – Nicolas sorri.

__ Angel tem alguma opinião? – Rosie pergunta tirando meus olhos de Cameron.

__ Não. – respondo piscando. __ São vocês que vão, vocês quem decidem!

__ Mas você também vai... – rebate.

__ Rosie, eu não...

__ Você não vai? – corta-me irritada.

__ Não... – resmungo abaixando a cabeça.

__ O que? – Phoebe, Rosie, Pedro e Luke perguntam juntos.

__ Sempre passamos as férias juntos. – Phoebe reluta.

__ Eu sei... – suspiro. __ Mas dessa vez eu realmente não posso. – meus olhos seguem para Cameron.

__ Por quê?– Rosie pergunta decepcionada.

__ Eu te explico depois, por favor... – resmungo olhando-a quase que gritando o porquê com os olhos.

__ E para onde vai? – Luke pergunta.

__ Nova York. – respondo sem encara-los.

__ Está fazendo isso por minha causa, não é? – a voz de Cameron, me faz erguer o olhar e encara-lo.

(...) O motivo mais obvio da minha fuga é você mas, mais
ainda o que sinto por você! - Angel Louis.



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Notas finais do capítulo

E ai, o que será que Angel vai responder? Como será essas férias?

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