Generation escrita por Suzanna


Capítulo 24
Capitulo 23 - Idas e Vindas!




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__ Mãe, oque foi aquilo lá fora? – pergunto assustada.

Meu celular toca, olho a tela e vejo o nome do Cameron.

__ Não atenda. – repreende. __ Sente-se e te direi oque aconteceu. – manda.

Eu faço oque ela diz e desligo o celular. Sento-me no sofá e vejo meu pai surgir.

__ Quando eu voltei da viagem de férias, eu e o seu pai não conseguíamos nos acertar, seu pai estava magoado por eu tê-lo deixado e eu com medo do amor que sentia por ele. Um dia quando eu estava indo atrasada para o colégio, esbarrei em um garoto muito parecido com Cameron, os mesmos olhos, a mesma feição, idêntico... – ela suspira. __ Ele era engraçado e fomos criando um vinculo então um dia ele me chamou para um encontro e como eu estava solteira, resolvi aceitar e nós ficamos... – ela trava.

__ E eu fiquei transtornado! – meu pai informa.

__ Pois é. Seu pai enfim resolveu aceitar que nós tínhamos uma historia e nos acertamos, foi então que me afastei do garoto, por que Castiel morria de ciúmes dele. Um dia quando eu fui ao banheiro, eu fui puxada á força para dentro de uma cabine... – vejo seus olhos se encherem de lagrimas. __ Eu queria gritar, espernear, mais eu não conseguia. Lá estava ele com os olhos cheios de malicia, me pressionando contra seu corpo e tentando ficar comigo á força...

__ Eu percebi a demora de sua mãe e chamei a Rosa. Nós dois fomos até o banheiro e chegamos lá não vimos nada, além do banheiro vazio. Até que ouvi sua mãe gritar abafado e invadi o banheiro esquecendo de que era feminino ou masculino. Quando arrombei a porta da cabine, eu vi a pior coisa que eu poderia ver... – ele suspira. __ Eu queria mata-lo! – bufa.

__ Minha roupa estava toda desconcertada, eu estava chorando feito uma criança. Castiel pegou ele pela gola da camisa e o jogou no chão o agredindo ao ponto de deixa-lo inconsciente. E no fundo eu queria que ele morresse ali mesmo... – uma lagrima escorre de seus olhos. Assim como dos meus também.

__ Não... – engulo em seco. __ Não tem como esse garoto que tentou abusar de você ser o Cameron, mãe. Quer dizer, isso já faz anos! – reluto.

__ E não é o Cameron. – ela suspira.

__ Como era o nome desse garoto? – pergunto.

__ Dylan Johnson... – responde. __ Parece conhecido? – pergunta.

Assinto chorando me lembrando do nome do pai do Cameron. Dylan Johnson Maxwell! Escondo o rosto nas mãos e deixo as lágrimas saírem sem intervenção.

__ Assim que vi o Cameron lá fora, tudo voltou em minha mente. Eu só não soube antes por que você sempre se referiu a ele como Cameron Dallas! – explica minha mãe.

__ O nome dele é Cameron Dallas Johnson! – choramingo.

Eu não acredito que mantive todo tipo de relação com o filho do cara que tentou assediar minha mãe. Eu não acredito que Deus esperou eu me apaixonar para mostrar isso! Por que tem que existir a coincidência?!

__ Desculpe-me, filha. Se eu soubesse antes tinha evitado tudo isso. – diz minha mãe se aproximando e me abraçando. __ Tinha evitado você se apaixonar por ele...

__ Onde está o pai dele agora? – pergunta meu pai.

__ Morto! – sussurro.

Soluço e escondo o rosto no pescoço dela.

__ O que estão fazendo?! Cameron não tem culpa de o pai ter sido um monstro! – grita Sophie adentrando a sala.

__ Sophie não se meta nisso... – exige meu pai.

__ Angel, vai mesmo deixar o Cameron por isso?! Ele não é o pai dele. – a garota ignora meu pai e grita comigo.

__ Filho de peixe, peixinho é! – devolve meu pai.

__ O pai da Jenny foi um monstro renegando ela quando descobriu que ela estava gravida e nem só por isso ela vai fazer o mesmo com Angel ou ser a mesma coisa que ele. E você Castiel, foi abandonado pelo seu pai e nem só por isso fez o mesmo com Angel! – rebate ela.

__ Sophie, você não entende! – grita minha mãe se levantando.

__ O que, que eu não entendo? Que vocês estão querendo jogar a culpa do mundo ser tão cruel numa pessoa que não sabe de nada, não fez nada e nem mesmo era nascido?! Cameron não é o pai dele, ele não pediu para Dylan fazer aquilo! – ela está realmente irritada.

__ Angel, não vai conseguir olhar para Cameron e se sentir confiante e confortável em está com ele ou ao mesmo tocar nele! – diz minha mãe.

__ Ela só não conseguirá isso se ela realmente não amá-lo e for burra o suficiente para deixar vocês decidirem por ela... – Sophie estava vermelha de raiva.

__ CHEGA! – grito.

Os três me olham e eu pego minha bolsa, meu celular e corro para o quarto. Batendo a porta com força, trancando a mesma e escorregando até o chão. Escondo o rosto nas mãos e choro desesperadamente.

Flashback on

__ Te machuquei? – pergunta passando a mão pelo meu cabelo.

__ Não... – sorrio boba. __ Obrigado por ter sido tão carinhoso.

__ Não fiz mais do que você merece, Angel. – beija minha testa. __ Obrigado por ser minha!

__ Vou ser sua pra sempre! – respondo tocando em seu rosto.

__ Para mim também foi como minha primeira vez! – diz de modo fofo.

__ Por quê? – enlaço meus braços em seu pescoço, dando um selinho nele.

__ Por que foi a primeira vez que fiz com a garota que amo. – seus olhos brilham.

__ Eu te amo! – sorrio o beijando.

Flashback off

Bato forte as mãos contra minhas pernas e mordo os lábios evitando o grito da dor no peito.

*...*

__ Angel? – a voz doce de Sophie soa do lado de fora do meu quarto.

__ Vai embora, Sophie! – digo.

__ Angel, o Cameron está preocupado, você não atende o celular e ele me perguntou querendo saber oque havia acontecido. – diz sem entrar em meu quarto.

__ Diga que eu morri... – grito.

__ Não seja infantil. – diz.

__ Vai embora, por favor... – imploro.

O silencio paira e só então percebo que ela fez oque eu pedi. Alcanço o celular e ligo-o. Logo aparecem as notificações das inúmeras ligações dele, Rosie e Phoebe. Há também mensagens.

“Angel, por favor, me diz oque aconteceu.” – Cameron.

“Angel, o Cameron me ligou, oque aconteceu?” – Rosie.

“Angel, por que não me atende?” – Cameron.

“Angel me liga!” – Phoebe.

“Angel, por favor...” – Cameron.

As lágrimas voltam a descer e jogo o celular longe. Por que Deus? Por que me fez ama-lo tanto assim? Por que não me fez ver o quanto eu iria sofrer?

*...*

Não tive capacidade de levantar da cama, para ir ao colégio, nem comer e nem tomar banho. Eu deveria está terrível. Sentada na cama, abraçando os joelhos, olhei meu celular que marcava exatamente 10h21min da manhã. Luke e Pedro já tinham me ligado umas mil vezes, sem falar na Phoebe e Rosie. E Cameron?! Ele tinha cansado de me ligar e mandar mensagens.

Meus pais não tinham ido trabalhar e nem Sophie. Ouço o som da campainha e fecho os olhos, rezando para não ser ele. Alguém bate em minha porta...

__ Que é? – pergunto fria.

__ Angel? Podemos entrar? – a voz de Rosie e Phoebe me tranquiliza.

__ Sim... – digo.

Elas abrem a porta e me olham, cheias de pena. Faço a pior cara de todas e elas correm, pulando na cama e me envolvendo em um abraço confortante.

__ Você está péssima amiga! – diz Rosie tentando me fazer rir.

__ Eu sei... – sussurro.

Conto tudo as duas e elas arregalam os olhos, impressionadas ao imaginar a cena.

__ Angel, você sabe que Dallas não tem culpa. – diz Rosie.

__ Eu sei...

__ E você melhor do que ninguém sabe que ele não é e nunca será como o pai. – conclui Phoe.

__ Eu sei... – suspiro. __ Mas, não vou conseguir olhar para ele e imaginar todo o sofrimento de minha mãe... Olhar em seus olhos e imaginar todo o desespero que minha mãe sentiu ao ver aqueles olhos! – choramingo.

__ Então não imagine. Pense somente que ele é o garoto que você ama e que lutou muito para ficar contigo. – opina Rosie.

__ Não é tão simples. – resmungo.

__ Não adianta... – a voz de Sophie chama nossa atenção. __ Eu já disse tudo isso a ela! – diz encostada á soleira da porta.

Eu reviro os olhos e me levanto.

__ Tenho que arrumar as malas, essa viajem vai me fazer bem... – digo.

__ Você e o Cameron começaram tarde e terminaram cedo... – choraminga Phoebe.

__ Isso por que ela é igualzinha à mãe dela. – Sophie bufa. __ Quando a situação aperta, ela foge! – e sai do quarto.

*...*

Visto um short preto e largo, uma blusa branca também larga de mangas longas e calço minhas havaianas. Prendo os cabelos num rabo de cavalo e saiu do quarto. Meus pais aproveitaram que as meninas ficaram me fazendo companhia e foram resolver coisas da viagem. Vou em direção à sala e tomo um susto assim que chego à mesma.

__ Angel... – chama Cameron.

__ Desculpe Angel. Mais vocês precisam conversar! – diz Phoebe.

Engulo em seco e nossos olhos se encontram...

Assinto me controlando para não chorar e sigo para o lado de fora da casa sentindo ele me seguir. Mantenho-me de costas para ele e ouço-o fechar a porta, encaro a rua...

__ Angel... – ele chama novamente e o sinto se aproximar.

Fito-o chorosa e ele fica bem próximo do meu corpo. Seu cheiro me embriaga.

__ Por favor, me explica o que está acontecendo... – pede.

As palavras da minha mãe voltam em minha mente – minha roupa estava toda desconcertada, eu estava chorando feito uma criança. Castiel pegou ele pela gola da camisa e o jogou no chão o agredindo ao ponto de deixa-lo inconsciente. E no fundo eu queria que ele morresse ali mesmo... – e não seguro mais as lagrimas. Cameron percebe e leva a mão até meu rosto tentando limpar a lagrima que escorre, porém me afasto dele.

__ Não apareça mais aqui, Cameron! – digo sem encara-lo.

__ O que?! O que aconteceu, Angel? – pergunta com a voz rouca.

__ O que aconteceu?! – fito-o, ele assente. __ Simples, seu pai quando vivo tentou abusar da minha mãe! – exalto.

Ele arregala os olhos marejados e abre a boca num perfeito “O”. Sem dar chance de resposta, eu dou-lhe as costas e adentro minha casa batendo a porta em sua cara. Fito as meninas, que fazem caras de pena e escorrego até o chão escondendo o rosto nas mãos...

PVD CAMERON

Meu pai... Tentou abusar da mãe de Angel? Eu não consigo acreditar. Sento no chão da varanda da garota e passo as mãos pelos cabelos. Meu pai? Oh meu Deus, quando isso aconteceu? Por que mesmo morto ele consegui estragar minha vida? De tantas idas e vindas entre mim e Angel, de tanta resistência, eu achei que agora daria certo, lutamos tanto para agora não haver mais as idas e vindas, somente as idas...

Mas, eu não vou desistir. Eu não tenho culpa do que aquele canalha fez, nunca serei como ele. Vou lutar pela Angel, assim como ela lutou por mim quando eu queria deixar tudo...

(...) Se eu pudesse eu pegava a dor. Colocava dentro de um envelope e devolvia ao remetente! - Angel Louis.


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Notas finais do capítulo

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