Generation escrita por Suzanna


Capítulo 21
Capitulo 20 - Deixar-te?! Isso nunca.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/609303/chapter/21

Suas mãos seguravam firme minha cintura e seu corpo se pressionava ao meu. Eu chorava feito uma criança indefesa e na verdade eu estava indefesa. Seu rosto próximo ao meu, podia sentir seu hálito de bebida tocar meu rosto...

__ Angel? – a voz dele me deu tanta paz. Agradeci aos seus por ouvi-lo naquele momento.

O homem larga meu corpo e me empurra contra a cama, abro os olhos e vejo que Cameron o encara assustado e furioso. Jonathan sorri como se nada houvesse acontecido e tenta sair do quarto. Cameron o impede desferindo um soco em seu rosto e uma joelhada em seu estomago.

__ Você... – ofega Jonathan. __ Seu desgraçado! – grita.

__ Isso foi por você tocar nela! – grita Cameron de volta.

__ Cameron, o que... – a mãe de Cameron chega assustada e abri a boca em um perfeito – O –.

__ Esse filho de uma puta tentou abusar da Angel... – exaspera Cameron.

Eu não consigo abrir a boca para dizer absolutamente nada. Cameron me olha entristecido e corre até mim. Segura minha mão e me puxa para seu corpo, me envolvendo em um abraço confortante. Recosto minha cabeça em seu peito e me embriago com seu perfume. Isso é o que mais preciso!

__ Jonathan, como pode? – pergunta Camila ainda impressionada.

__ Mamãe o que houve? – pergunta Wendy.

__ Eles estão mentindo, amor. Eu jamais tocaria nessa garota! – tenta se defender.

__ Não é a primeira vez que você faz isso. – exclama Camila.

__ Mamãe... – chama a garotinha assustada.

__ Wendy, vem aqui! – chama Cameron.

Ela nos olha assustada e corre até nós. Cameron me solta e a pega nos braços, mantendo-a ao meio de nosso abraço. E enfim ela se acalma um pouco.

__ Quero que suma daqui! – grita Camila.

__ Essa casa também é minha... – grita Jonathan.

__ Não, não é. Essa casa foi do meu falecido marido. E hoje é minha, do Cameron e da Wendy! – diz.

__ Levarei Wendy comigo! – ameaça.

__ Não mesmo. Nem que eu tenha que levar para justiça tudo que você faz e fez. – Camila rebate.

__ Você não tem prova de nada! – diz.

__ Engano seu, meu amor... – sorri Camila debochada.

__ Eu vou... – diz Jonathan. __ Mais eu volto! – nos olha diabolicamente e sai.

Assim que ouvimos o barulho da porta de entrada sendo batida com força a mãe de Cameron desaba no chão. Cameron me entrega Wendy e vai até a mãe, abraçando-a firme.

__ Desculpe-me por isso... – ela diz me olhando triste.

__ Não tenho o que desculpar a culpa não foi da senhora. – digo sorrindo fraco.

Wendy me olha, confusa e eu sorrio para distrai-la. Ela sorri de volta a acaricia meus cabelos.

*...*

__ Sua mãe ficará bem? – pergunto.

Cameron me trouxe em casa, estou encostada ao capô de seu carro e ele está ao meu lado de braços cruzados e olhos fixos no chão.

__ Não é como se fosse seu primeiro amor! – responde frio.

__ E Wendy? – pergunto.

__ Ela ficará bem. Diremos a ela que seu pai viajou e com um tempo ela esquece. – diz.

__ E você? – pergunto percebendo o quão frio ele está.

Ele levanta o olhar e me fita entristecido.

__ Você não queria ir. Eu deveria ter te ouvido e não insistido! – suspira.

__ Veja pelo lado bom... – sorrio fraco. __ Pelo menos, você não terá mais que atura-lo! – digo.

Ele assente sem expressar nenhuma felicidade e volta a encarar o chão.

__ Não é como se ele fosse desaparecer. Ele é um cara vingativo. – diz.

__ Quer dizer que ele vai voltar para buscar Wendy? – pergunto.

__ Quero dizer que ele pode voltar a te procurar para terminar o que começou! – explica.

Engulo em seco e ele volta a me encarar. Percebe meu nervosismo e se desencosta do carro, parando de frente para meu corpo e tocando meu rosto.

__ Não se preocupe. Não deixarei ele te tocar... – diz aproximando nossas bocas.

Seus lábios tomam conta dos meus e o puxo pela jaqueta para mais perto de meu corpo. Ele puxa levemente os cabelos em minha nuca e apoia sua outra mão em meu braço enquanto alisa o mesmo. Cameron era e sempre será o que sempre preciso!

*...*

Eu estou em um lugar muito escuro, não posso e nem consigo enxergar nada. Olho em volta e nada mais que tudo preto a minha volta. O desespero toma conta de meu corpo e começo a chorar. Onde estou?! Como vim parar aqui?! De repente surge uma luz e um corpo em pé em frente a ela.

__ Quem está ai? – pergunto.

__ Linda Angel. Eu disse que voltaria! – responde uma voz rouca.

__ Quem é você? – pergunto.

__ Angel! Corra! – uma voz masculina soa atrás de mim.

Procuro. Olho e visualizo, mas não consigo vê quem disse isso. Choro ainda mais e então percebo que a voz que me manda correr era do Cameron. Volto a olhar o corpo parado em minha frente e tomo um susto ao vê-lo tão próximo, grito.

Acordo ofegante e bastante suada. Toco minha testa, fora apenas um pesadelo! Passo as mãos pelos cabelos e minha mãe surge na minha porta, juntamente com meu pai e Sophie, ambos os três assustados. Meu pai segura uma faca em suas mãos e minha mãe uma vassoura.

__ O que houve? – pergunta minha mãe enquanto meu pai vasculha meu quarto.

__ Ladrão? – pergunta meu pai.

__ Não... – ofego. __ Pesadelo! – digo.

__ Ah... – suspira minha mãe aliviada.

__ Está tudo bem agora. São duas da manhã, volte a dormir! – diz meu pai.

__ Sophie dorme comigo. – peço.

Ela assente e vem até minha cama, se deita na mesma e me abraça.

__ Qualquer coisa nos chame! – diz minha mãe.

__ Ou grite... – completa meu pai.

Assentimos e eles saem fechando a porta. Vejo Sophie me encarar confusa e me sento.

__ Preciso te contar o que aconteceu hoje na casa do Cameron! – digo.

Ela assente e eu começo a contar. Eu tentei não deixar, mas realmente estou assustada – quero dizer que ele pode voltar a te procurar para terminar o que começou. – as palavras de Cameron me perseguiam.

*...*

Visto uma calça jeans preta e uma blusa regata vermelha, por cima um casaco com estampa de caveirinhas branca e preta. Coloco sapatos pretos com detalhes em dourados. Deixo os cabelos soltos, passo maquiagem e perfume. Coloco algumas joias. Pego meu celular e jogo-o dentro da minha bolsa.

__ Bom dia! – digo assim que me sento á mesa.

__ Não teve outro pesadelo, não é?! – pergunta minha mãe, preocupada.

__ Não. Sophie me passou uma áurea boa! – sorrio e a mesma sorri junto.

Rosie usava um vestido branco e sapatos bem altos. Maquiagem forte e cabelos modelados. Carregava sua bolsa branca juntamente com seu celular e usava joias lindas. A bonequinha!

__ Então vocês se beijaram... – os olhos da garota brilhavam enquanto Sophie nos contava de seu encontro com o Carter.

__ Sim! – responde Sophie enquanto foca os olhos no transito.

__ E ai? – pergunta.

__ O que?! – devolve Sophie.

__ Você gostou? – pergunta.

__ Claro! – Sophie sorri.

Apoio meu braço na porta do carro enquanto pondero minha cabeça sobre a mesma.

__ Angel? – chama Rosie.

__ Hm... – resmungo.

__ Não está feliz pela Sophie? – pergunta.

__ Oh claro, muito. – sorrio.

__ Aconteceram coisas terríveis com nossa garotinha... – sussurra Sophie.

E nisso eu deixo com que ela conte tudo que lhe contei.

*...*

Cameron não aparecerá na aula e eu não conseguira me concentrar na mesma. Meus amigos todos já sabiam do ocorrido e eu confiava neles para guardarem isso para eles. O sinal toca anunciando que é hora de ir embora...

__ Nick! – grito.

Todos já saíram da sala, Nick me fita e sorri se aproximando.

__ Oi... – responde jogando a mochila de volta na mesa.

__ Está indo para casa? – pergunto.

__ É o que eu planejo! – responde.

__ Pode me dar uma carona? Preciso ver Dallas! – explico.

__ Claro. Fiquei sabendo o que aconteceu. Ele me conta tudo. Eu lamento! – diz amigavelmente.

__ Também lamento. – sorrio fraco.

__ Posso entrar pela sua casa? – pergunto quando já estamos próximos da sua rua.

__ Mais não tem passagem até a casa dele. – diz.

__ Pulo a cerca. Sei que ele não está em casa! – digo.

__ Tudo bem... – responde Nick, confuso.

Ele estaciona e descemos do veiculo. Ele me conduz até seu quintal e agradeço-o com um abraço. Encaro a cerca em minha frente e agradeço por está de calça. Faço um esforço mínimo já que a cerca não é tão alta e salto para o lado da casa do Cameron. Observo pela porta de vidro para vê se a casa está vazia e sigo para dentro da pequena mata.

E lá estava ele. Deitado com os braços escondendo o rosto e sempre sem camisa – já estava virando moda. Ok Cameron, eu já sei que você tem um belo tanquinho – penso. Termino de subir as escadas e o barulho do meu sapato em atrito com o chão faz com que ele se sente rápido e assustado e me fite.

__ Angel? - diz assustado.

__ Oi... – respondo baixo.

__ O que está fazendo aqui? – pergunta.

Aproximo-me, largo a mochila no chão e me sento ao seu lado no colchão:

__ Você não apareceu no colégio. Então vim ver o que houve. – explico sorrindo fraco.

__ Imaginei que seus pais iam te mandar ficar longe de mim, então queria dá um tempo... – suspira.

__ Por que eles fariam isso? – pergunto confusa.

__ Por causa do que houve ontem... – responde.

__ Bem... Eles até poderiam mesmo mandar, mas só se eles soubessem... – sorrio.

Ele parece não gostar e me olha estranho.

__ Você ainda não entendeu do que aquele infeliz é capaz, não é?! – bufa se levantando

__ Sim, Cameron. Eu já entendi! Mas, não é como se eu fosse à única pessoa a quem ele vai voltar para se vingar. E também não vou parar minha vida por causa dele! – suspiro também me levantando. __ Não acredito que depois de tudo, depois de eu ultrapassar meu orgulho e me permitir admitir que me apaixonei pelo garoto mais complicado da face da terra, você me pedirá para ficar longe... – exaspero.

__ Eu também me apaixonei pela garota mais difícil e cabeça dura do mundo... – sorri.

__ Mas, agora está pedindo para ela ir embora! – digo.

Ele passa as mãos pelos cabelos e suspira profundamente.

__ Eu só não quero que se machuque... – sussurra.

__ E o que te faz pensar que estando longe de você, eu não vou me machucar?! Se ele vier a se vingar, ele fará isso eu estando contigo ou não! Assim como ele pode te machucar também... – rebato.

__ Angel, a única coisa que pode me machucar é ver você machucada ou sofrendo. E ele sabe disso. Por isso achei melhor que você se afastasse, ele poderia achar que eu não te queria mais e não tocar a mão em você. – explica.

__ Então estamos quites. A única coisa que pode me machucar é ficar longe de você! – digo meiga.

Ele balança a cabeça sorrindo fraco e se aproxima me puxando pela cintura para perto de seu corpo.

__ Você é irritantemente teimosa! – resmunga.

__ E você terrivelmente protetor! – rebato.

Ele abre mais o sorriso e cola nossos lábios. Sua língua encontra a minha e como sempre ele faz todos os meus pelos se eriçarem ao seu toque. Agarro os cabelos de sua nuca e os puxo fracamente, ele arfa entre o beijo e eu sorrio ao ver o efeito que tenho sobre ele.

(...) Eu fico um pouco fora de controle quando eu tento te deixar. Eu não acho que vou tão longe de novo. Não vale a pena. - Cameron Dallas.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Generation" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.