Generation escrita por Suzanna


Capítulo 20
Capitulo 19 - Padrasto!




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Eu te amo, Angel! – essas foram às palavras mais lindas e mais inesperadas que eu já ouvi. Meu coração parecia querer saltar para fora e ele mesmo responder que também o amava e sempre amou, desde o momento que pôs os olhos sobre ele. E eu me senti a pessoa mais importante de todo o mundo, como nunca havia sentido. O tempo parou e eu senti uma coisa inexplicável dentro de mim, era como se mil vagalumes estivessem iluminando meu corpo, era como mágica... A minha vida mudou quando você entrou nela!

Desmancho o abraço e olho em seus olhos marejados. Ele parece perdido, confuso e receoso. Eu sorrio, e ele pisca ainda confuso:

__ Eu também te amo! – digo acabando com o silencio terrível.

Um brilho surge nos seus olhos e um sorriso em seus lábios. Aproximo nossas bocas e me entrego ao melhor beijo do mundo, onde nossas línguas fazem o trabalho de mandar embora o medo.

*...*

Uma semana se passou desde esse dia e eu ainda lembro-me e sinto-me como se fosse hoje. Olho meu armário na intenção de achar alguma roupa descente. Cameron teve a maldita ideia de me levar para conhecer Wendy e sua mãe. Reviro os olhos enquanto toco nos vestidos que não me agradam muito e lembro-me do seu sorriso quando aceitei o convite – isso será uma maneira de mostrar o quanto é sério e o quanto queremos que dê certo – sorriu ao lembrar-me de suas palavras – sem deixar escapar que todos, verão que você é minha – essa palavra em sua boca fica tão linda, sem desejo de posse, mais sim com prazer de dizer que estamos juntos, chega a arrepiar.

__ Angel? – a voz de minha mãe soa atrás de mim.

Viro-me e fito-a sentada na cama enquanto observa meus movimentos:

__ Oi... – suspiro.

__ Qual o problema? – pergunta.

__ Cameron quer que eu conheça sua mãe hoje! – digo.

Vou até ela e me sento ao seu lado:

__ Isso é bom. Mostra que ele é um menino sério! – diz sorrindo.

__ É... – sussurro.

__ O que te incomoda? – pergunta.

__ Sei lá. Se ela não gostar de mim? – pergunto.

__ É claro que ela vai gostar de você. Não tem por que não gostar! – responde me puxando para deitar em seu colo e acariciar meus cabelos.

__ Espero mãe. – resmungo.

__ Mais aproveitando o assunto... – sorri. __ Quando iremos conhecê-lo? – pergunta.

__ Quando papai estiver de bom-humor, talvez... – ironizo.

__ Oras, pare de besteiras. Marque com ele e de seu pai eu cuido! – diz e eu sorrio.

*...*

Visto um vestido branco de mangas longas. Coloco saltos beges. Arrumo os cabelos em um coque sofisticado e solto. Faço uma maquiagem e passo perfume. Coloco algumas joias para valorizar o look. Pego meu celular e coloco-o dentro da bolsa e retoco pela ultima vez o batom.

__ Quem é você e o que fez com Angel? – ironiza Sophie adentrando meu quarto.

__ Como estou? – pergunto ignorando seu comentário.

__ Perfeita demais para conhecer somente a sogra! – responde.

__ Pelo que Cameron me contou dela... Devo caprichar! – suspiro.

__ Caprichou na, lingerie também? Sabe, o filhinho dela também precisa ser agradado! – malicia.

Reviro os olhos e ignoro-a. O som da buzina do carro de Cameron soa em frente a casa e eu me olho pela milésima vez no espelho:

__ Está perfeita, garota! – diz Sophie me puxando para fora do quarto.

*...*

Encaro o garoto me esperando encostado ao seu carro, distraído com algo em seu celular. Sorrio enquanto me aproximo. Seu olhar sobe pelas minhas pernas descobertas e para em meu rosto.

__ Isso tudo ai é para minha mãe? – pergunta enquanto mantém seus olhos arregalados.

__ A primeira impressão é a que fica! – respondo ainda sorrindo.

__ Então digamos que seu pai não tem uma boa impressão sobre mim... – diz e entendendo seu olhar, olho para janela onde meu pai nos observa.

__ Não ligue para ele. É assim com todo mundo! – digo.

__ Você está linda! – ignora tudo e diz com os olhos brilhantes.

Sorrio e deposito um selinho em seus lábios. Ele guarda o celular no bolso e abre a porta do carro para mim. Adentro o veiculo e ele dá á volta no mesmo adentrando o banco do motorista.

*...*

Cameron segura minha mão me passando paz e calma enquanto abre a porta de sua casa. A sala está escura, mais há uma luz ligada na sala de jantar. Seguimos juntos até a mesma, e fito uma mulher de cabelos castanhos claros, alta, pele branca e olhos escuros como o do garoto ao meu lado, era sua mãe, linda e jovem. Sentada em uma cadeira em frente a grande mesa, estava Wendy, seus cabelinhos castanhos e lisos, seus olhinhos castanhos claros, suas bochechas rosadas e suas covinhas a deixavam tão fofa. Sentando ao de Wendy estava o famoso padrasto do Cameron – infeliz, como diz ele – que me encarava feito um leão prestes a abocanhar sua presa.

__ Mãe, essa é Angel, a minha namorada! – disse ele. Eu nunca havia usado esse titulo. __ Angel, essa é Camila, minha mãe! – diz em seguida.

__ Prazer! – estendo minha mão, sorrindo.

__ Prazer é todo meu! – responde ela, apertando minha mão.

Cameron sorri para mim, como quem diz – viu, ela gostou de você – e eu sorrio de volta.

__ Hey pequena! Venha aqui... – ele chama a garotinha que corre para seus braços.

Ele solta minha mão e carrega a menininha em seus braços. Ela me olha assustada e um pouco enciumada – não é pra menos, estou roubando o irmão dela –:

__ Olá Wendy. Seu irmão me falou muito de você! – digo meiga.

__ Diga Oi a ela, pequena! – pedi o moreno.

__ Oi... – ela resmunga baixinho.

__ Você é muito linda, sabia?! – aliso seu braço.

__ Você também. – e foi a primeira vez que ela sorriu para mim.

__ Angel... Esse é meu esposo, Jonathan! – apresenta a mãe do Cameron.

O homem continua me olhando da mesma forma, o que me incomoda:

__ Prazer! – digo estendendo novamente minha mão.

__ Prazer é todo meu! – diz com pausas terríveis e um sorriso malicioso.

Ele segura minha mão e a beija enquanto observa minhas pernas. Cameron estende seu braço e puxa minha mão dele:

__ Não toque nela! – sussurra.

*...*

__ Então vocês se conheceram no colégio... – exclama a mãe de Cameron.

__ Sim! – resmungo enquanto bebo do suco e engulo a salada em minha frente.

__ Namoros de colégio nunca durão o bastante. – resmunga o tal de Jonathan.

__ Não diga besteiras, meu bem... – repreende sua esposa.

__ Os pais da Angel, namoraram no colégio e são casados até hoje! – rebate Cameron.

__ E o que eles fazem Angel? – pergunta sua mãe.

__ Empresariam cantores e possuem uma escola de musica. – respondo.

__ Interessante! Você canta? – pergunta ela.

__ Sim...

__ Cameron também. Já o viu cantando? – ela parece admirar o filho.

__ Já cantamos juntos, mãe. – responde o filho.

__ Além de bonita, talentosa. Deu sorte, Cameron! – diz Jonathan.

__ Sim. Eu dei! – responde Cameron de modo desafiador.

Um clima estranho pareia na mesa e sinto meu braço sendo cutucado. Fito a garotinha sentada ao meu lado e sorrio para a mesma:

__ Quer brincar no meu quarto quando acabar de comer? – pergunta.

__ Quero sim! – sorrio.

__ Ela gostou de você! – diz a mãe de Cameron.

__ E eu dela! – sorrio para a mulher em minha frente.

*...*

Paredes rosa e varias prateleiras, com bonecas e brinquedos em cima. Uma cama de solteiro branca com alguns adesivos da Barbie e um guarda roupa também branco. Um abajur ligado por onde roda o nome – Wendy – dentro do mesmo. O quarto da pequena lembrava minha infância, lembrava-me de quando passava o dia inteiro arrumando as bonecas e as colocando para tomar banho e comer de mentirinha. De quando eu era mimada pelos amigos dos meus pais. Alexy, Rosa, Sophie, Gabi, Lysandre, Iris, Armin...

__ Gosta de boneca? – pergunta a pequena me despertando dos devaneios.

__ Sim. Sabia que quando eu era criança tinha uma boneca igual a essa?! – pergunto sorrindo, me sentando ao chão do quarto e pegando uma Barbie loira que está jogada ao chão.

__ E onde ela está hoje? – pergunta se sentando junto á mim.

__ Na minha antiga casa. – respondo.

__ É muito longe daqui? – seus olhos brilham.

__ Muito... – sorrio.

__ Pode ficar com a minha se quiser! – diz meiga.

__ Obrigada linda. Você a guarda para mim e quando eu vim te vê a gente brinca ok? – digo.

__ Ok. Você vem brincar comigo de novo? – pergunta animada.

__ Claro. – sorrio e ela me abraça. Demoro de retribui pelo susto, mas logo a abraço também.

__ Tem muito jeito com crianças! – uma voz masculina soa.

Fito o tal Jonathan na soleira da porta e um arrepio passa por minha espinha. Cameron está lá embaixo ajudando a mãe com os pratos do jantar.

__ Gosto de crianças! – respondo fria.

__ Hm... – sorri. __ Wendy, sua mãe está te chamando. – diz.

__ Vou descer. Vem comigo? – pergunta a garotinha para mim.

Assinto louca para me livrar do homem:

__ Desça sozinha, meu anjo. Quero trocar uma palavrinha com Angel. – diz ele.

A garotinha assente obedecendo ao pai e sai me deixando ali sozinha com ele. Levanto-me do chão e ajeito o vestido, cruzando os braços sentindo um frio tocar meu corpo.

__ Está com medo? – pergunta fechando a porta.

__ Por que eu estaria? – devolvo.

__ Por que está sozinha... – sorri. __ Aqui comigo! – se aproxima.

Dou passos para trás e minhas pernas se chocam com a cama:

__ Diga o que quer falar comigo! – tento não demonstrar.

__ Você é areia demais para o caminhãozinho do meu enteado. – se aproxima mais e toca meu rosto.

Tento sair, mais não tem mais para onde correr e se eu chegar mais para trás, cairei na cama e estarei ainda mais vulnerável. Fico em silencio, sem saber o que responder:

__ Merece alguém mais integro e mais maduro... – continua. Leva seus dedos até meus lábios.

Tento empurra-lo e ele segura minha mão, levando-a até os lábios:

__ Que saiba te tratar como uma princesa! – beija minha mão.

__ Não quero nada disso... – suspiro. __ Estou ótima com o Cameron! – finalizo.

Tento novamente sair e ele impede:

__ Posso te mostrar que pode ficar ainda melhor... – diz levando sua mão até minha cintura.

PVD CAMERON

__ Mamãe, o que foi? – pergunta a pequena adentrando a cozinha.

__ O que foi o que? – devolve minha mãe, confusa.

__ Papai disse que estava me chamando. – explica.

Arregalo os olhos – Angel –.

__ Onde está Angel, Wendy? – pergunto.

__ No meu quarto. Papai disse que queria falar com ela. – responde.

No mesmo momento, largo os pratos na pia e corro escada acima. A porta do quarto da pequena está fechada. Corro até a mesma e a abro de vez...

__ Angel? – grito.

(...) E eu fechei meus olhos, numa oração dentro de mim.
Chamando por você!


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