Generation escrita por Suzanna


Capítulo 17
Capitulo 16 - Paixão!




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Amo seu andar, suas pernas fortes, seus braços. Sua voz, principalmente quando canta, esse seu timbre me encanta. Eu amo cada parte do seu corpo, suas mãos quando me toca. Seus beijos, suas mordidas leves e arrepiantes. Eu amo sua presença. Eu amo suas palavras, mesmo que elas não sejam de bons significados, mas eu amo o jeito que você pronúncia cada uma. Eu amo cada detalhe seu... Ele tem o sorriso de um anjo e um corpo que me mostra o verdadeiro lado do pecado, sua boca hoje serve para sugar minha respiração, palpitar meu coração, me faz viver, perco meu ar, tenho medo de não voltar a respirar, eu tomaria sua dor para te ter sorrindo todos os dias, eu sou a evidência que a atenua sua segurança.

Ele é a música que não canso de ouvir. A melodia mais linda que toca meus ouvidos. O filme perfeito para os domingos. O céu mais estrelado em meio à escuridão. O turrão mais doce da minha vida. Ele é aquele que não existe igual em nenhum outro lugar. É lindo mesmo o jeito que ele me deixa, com o jeitinho sem graça, com as bochechas rosadas, com as mãos suadas, com os olhos apertados, com o coração acelerado, com as pernas bambeando, me faz falar gritando, ou às vezes baixo demais, querer parar o relógio nas horas iguais, só pra ter certeza que você está pensando em mim a todo o momento, como sempre faz.

__ Eu juro que estava pensando em desistir de você! - disse o garoto deitado ao meu lado.

__ Então você costuma desistir fácil das coisas... - resmunguei.

__ Vamos ser francos... - sussurrou. __ Você sempre me mandou embora! - completou.

__ Eu só não queria admitir... - resmunguei.

__ Que está louquinha por mim! – disse convencido.

__ Olha quem fala... – brinquei.

Ele sorriu meigo e se apoiou nos cotovelos, ficando com seu corpo sobre o meu e acariciando meus cabelos:

__ E o Nicolas? – perguntou sério.

__ Não sei... – suspirei. __ E Melissa? – devolvi.

__ Direi a ela o que eu sinto. Ela não nos impedirá! – respondeu. __ Mas, já o Steele... – suspirou.

__ Ele é seu amigo, vai ser mais difícil! – emendei-o.

__ Exatamente! – disse.

__ Quer esperar um tempo? – perguntei.

__ Não acha que já esperamos demais?! – devolve a pergunta.

__ Acho. – fiz uma carranca e ele riu.

__ Falaremos juntos amanhã... – deitou-se me puxando para cima de seu corpo. __ Agora cuidaremos de nós. Esqueça os outros, só por agora! – pediu. Assenti e selei nossos lábios em um beijo digno de Cameron Dallas.

*...*

Eu me sentia tão bem mesmo com o fato de ter que magoar Nick, ele me tratava bem e me fazia me sentir especial, mas meu sentimento por ele não era nada comparado pelo Dallas, eu fiquei pensando em como diria a ele – perdoe-me mais sou apaixonada pelo seu melhor amigo – ou – não me julgue mal, mas, Dallas é o dono do meu coração – ia ser difícil...

Tomei um banho gelado e vesti um short preto de pano mole e fino, o moletom do Cameron só para sentir seu cheirinho masculino e amadeirado. Calcei minhas pantufas e fui para sala enquanto enrolava os cabelos em um coque frouxo.

Meu celular vibrou enquanto eu ligava a televisão:

" Eu posso saber o porquê do seu sumiço?" – Rosie.

" Saberá amanhã!" – Angel.

" Não faça isso!" – Rosie.

"Isso oque?" – Angel.

" Não me deixe curiosa. Abra a porra da
porta!" – Rosie.

Eu não estava acreditando no nível de curiosidade que ela possuía. Levantei do sofá, rindo e fui até a porta. Abri a mesma dando de cara com a garota fazendo cara de quem queria sangue fresco e aquela interrogação enorme na cabeça. Dei espaço e ela adentrou a sala, se jogando no sofá e fazendo gesto com a mão, como quem dizia – prossiga –.

__ Quer mesmo saber? – perguntei.

__ Não Angel. Vim aqui por que sua televisão é maior que a minha... – ironizou. __ Claro que quero saber!

__ Se prepara! – sorri e ela revirou os olhos. E comecei a conta-la!

Sabe quando você começa a se apegar a uma pessoa, e você fica com friozinho na barriga só de pensar em vê-la? E seu coração dispara quando vê que chegou uma mensagem? E você tem que aquela imensa vontade de ficar conversando o tempo todo, e se pudesse cuidaria dessa pessoa toda hora. Porque é ela quem te faz sorrir com uma simples mensagem de bom dia, certo? E você pensa: Caramba, ela se lembrou de mim… E quando ela te liga você fica viajando pelo resto do dia. E quando você ouve uma música romântica, fica imaginando os dois, faz plano e imagina o futuro ao seu lado. E quando você está triste, ela fala uma bobagem e consegue arrancar um sorriso bobo, de quem já está apaixonada. E ás vezes ela diz que vai sair, e você também vai, só para vê-la, pra ficar admirando nem que seja de longe. E quando ela diz que está ouvindo uma música você corre e coloca a mesma que ela, e sabe tudo dele de cós e salteado?!

*...*

Enrolei meus cabelos em um coque alto e adentrei o chuveiro que escorria uma agua gelada. Londres resolveu nos consagrar com uma primavera bem quente a ponto de água gelada não incomodar. Sai do banheiro enrolada em uma toalha. Vesti um short branco e com alguns cortes nas coxas, uma blusa curta e cinza. Coloquei meias ¾ preta e calcei avances cinzas. Passei uma maquiagem bem baseada no delineador e batom vermelho. Arrumei os cabelos e os deixei soltos. Passei perfume. Coloquei algumas bijuterias. Peguei minha bolsa, meu celular e sai do quarto depois de uma ultima olhada no espelho.

__ Bom dia... – quase gritei. Eu estava realmente animada.

__ Pelo visto alguém dormiu bem... – disse Sophie.

__ Muito bem! Como um anjo. – resmunguei me sentando á mesa.

Meu pai franziu o cenho sem entender e voltou a atenção para seu jornal. Minha mãe serviu-me o café e se sentou ao meu lado enquanto focava em seu celular:

__ Não vai trabalhar hoje? – perguntei para a mesma.

__ Não. – respondeu. Era de se notar, ela estava de roupa normal, nada de saias e camisas sociais.

__ Quem me levará para o colégio? – perguntei.

__ Sophie... – disse. __ Ela usará meu carro hoje! – completou.

Encarei a garota que sorria meiga e assenti.

*...*

__ O Carter é da mesma sala que vocês? – perguntou Sophie enquanto mantinha os olhos no volante. Eu e Rosei nos entreolhamos e rimos maliciosas.

__ Sim... – respondi.

__ Ele costuma namorar muitas garotas? – estava começando a virar interrogatório.

__ Não muito. Apesar da popularidade, ele é bem na dele. – disse Rosie ajeitando sua saia.

__ Hm... – grasniu.

__ Interessada na ficha completa? – maliciei. __ Carter Reynolds irmão de Pedro Reynolds, tem vinte anos de idade, solteiro, mora com os pais, possui característica popular japonesa, é um gato e está afim demais de você. – informei enquanto Rosie ria incontrolavelmente.

__ Angel... – repreendeu-me.

__ O que?! – debochei. __Você se faz de difícil para ele e eu até entendo, mas sabemos que você está louca para ficar com ele e ele com você! – pisquei.

__ Também não é assim... – suspirou.

__ É assim sim... – rebateu Rosie. __ Só não se faça de difícil demais, ele pode se cansar. – completou.

*...*

" Me encontre no refeitório, preciso falar com você!" – Nick.

Meu coração acelerou. Será que Cameron já tinha contado?! Deixei Rosie na sala conversando com Luke e Pedro. Sai a caminho do refeitório e pensei duas vezes antes de adentrar o mesmo. Ele estava de costa e havia alguém em sua frente que eu não conseguia ver quem era. Aproximei-me do mesmo e parei centímetros de distancia, esperando ele me notar.

__ Nicolas. – chamei.

Ele se virou me dando visão exata de Phoebe. Era ela em sua frente e ela... Ela estava chorando?!

__ Phoe? – interroguei. __ O que houve? Nicolas o que fez com ela? – continuei.

__ Nada. É só que... – ele engasgou.

__ Queremos. Te. Contar... – ela também travou.

__ Alguém pode me dizer o que está acontecendo? – exasperei.

__ Angel, nós... – Nick fora interrompido.

__ Angel... – Cameron gritou. __ Decidiu contar sem mim? – perguntou se aproximando.

Fitei-o assustada e neguei com a cabeça:

__ Contar o que? – perguntou Nicolas.

__ Falem vocês primeiro. – exigi.

__ Creio que o que você tem pra me contar seja mais importante! – desviou Nick.

__ Parem com isso e falem logo. – gritou Phoebe.

__ Nós nos beijamos! – eu e Nicolas falamos em coro, sendo que ele apontou para Phoebe e eu para Dallas.

__ Oque?! – ambos gritamos juntos novamente.

__ Nicolas... – começou Cameron. __ Você sempre soube dos meus sentimentos pela Angel! – completou.

Nicolas suspirou e assentiu enquanto eu fitava Phoebe:

__ Angel, me desculpa. Eu... – ela travou.

__ Você sempre amou o Nick, eu sei, eu sei... – suspirei.

__ Quanto a nós dois, Angel? – perguntou Nicolas.

__ Vem Phoebe. Vamos deixa-lo conversar um pouco! – disse Cameron.

Phoebe assentiu e seguiu o garoto:

__ Quando acabar me encontra no ginásio! – sussurrou o moreno antes de sair.

Assenti. Meus olhos encontraram as esmeraldas em minha frente e respirei fundo:

__ Não fomos totalmente sinceros um com o outro. – resmunguei.

__ Sim, não fomos. – abaixou o olhar. __ Mas, saiba que a todo o momento que eu estava contigo eu fui eu mesmo e que nunca menti quando disse que gosto de você! – completou.

__ Eu sei e eu também não menti. Você me faz muito bem e eu gosto realmente de ti, mas é que... – ele me interrompera.

__ Não é nada comparado ao que senti por Dallas, assim como eu sinto por Phoebe! – deduziu.

Assenti sem graça e passei as mãos pelos cabelos:

__ No fundo estávamos tentando nos negar a sentir e procuramos isso um no outro. – resmunguei.

__ Você se negava querer Dallas e eu Phoebe. – resumiu.

__ Certamente. – suspirei.

Ele se aproximou, levou a mão até meu queixo e suspendeu minha cabeça. Fazendo-me fita-lo nos olhos:

__ Eu quero que você seja muito feliz e saiba que Dallas é muito sortudo por te ter! – disse.

__ Te digo o mesmo. Se Phoebe te magoar novamente acabo com ela, mesmo sendo minha amiga! – sorri.

__ Faço das suas palavras as minhas. – sorriu de volta. __ Amigos? – perguntou.

__ Sempre. – respondi o abraçando.

Ele beijou o topo de minha cabeça e me apertou forte em seu peito:

__ Não brigue com Phoebe! – pediu.

__ Não vou. Não brigue com Cameron! – imitei-o.

__ Jamais. Só se ele te fizer sofrer... – rimos.

*...*

Lá estava ele. Como naquele dia, de joelhos dobrados e rosto escondido entre eles. Ele pode está achando que não venho e então sorri com o pensamento. Lembrei-me de quando ele disse que gostava do meu cabelo preso, pois podia ver meus pelos eriçarem quando ele me tocava. Enrolei os cabelos em um coque frouxo e me aproximei, cutucando seu ombro.

__ Marquei um encontro com o chato aqui. Viu ele por ai? – brinquei.

Seus olhos se encheram de brilho e um sorriso brotou em seus lábios:

__ Vi. Ele disse que quando chegasse aqui era pra dar um beijo nele. – respondeu.

__ O pedido dele é uma ordem. – rebati.

Senti suas mãos se unindo as minhas e nossos dedos se entrelaçando. Sorri! Senti uma onda de segurança e tranquilidade... Poderia enfrentar qualquer coisa se você continuasse ali, segurando minha mão. Iria enfrentar o mundo inteiro para continuar ali, ao seu lado. Naquele momento percebi que ter nossas mãos juntas era tão importante quanto ter uma aliança no meu dedo, pois a aliança representava que estávamos juntos, mas quando ele segurou na minha mão eu soube, enfrentaríamos tudo juntos, caminharíamos lado a lado, passaríamos a vida inteira de mãos dadas. Tudo ficaria bem enquanto você não soltasse e você sabe, nunca estaria disposta a te soltar.

__ O que está esperando? – perguntou próximo ao meu rosto.

__ Ver realmente que isso não é um sonho! – respondi.

__ Te mostro que não.

E selou nossos lábios de forma diferente das outras. Dessa vez havia paixão e nada mais de orgulho.

(...) Não adianta lutar contra seu coração. Ele é seu
órgão vital , não recebe e nem aceita ordens!


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