Generation escrita por Suzanna


Capítulo 16
Capitulo 15 - Te querer...




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/609303/chapter/16

__ Believe, believe, believe, believe. I don't know how I got here, uh. I knew it wouldn't be easy. But your faith in me was so clear. It didn't matter how many times I got knocked on the floor.
But you knew one day I would be standing tall. Just look at me now… - eu cantarolava sentada em minha cama, deixava meus pensamentos fluir além do som do violão.

Tradução:

Acreditar, acreditar, acreditar.

Eu não sei como cheguei aqui, uh.

Sabia que não seria fácil

Mas sua fé em mim era tão clara

Não importava quantas vezes eu era nocauteado no chão

Mas você sabia que um dia eu estaria de pé

Apenas olhe pra mim agora

Eu não sei explicar o que estou sentindo – é como rachaduras dentro de mim. Como se houvesse falhas que fazem com que as partes não encontrem direito. – eu tentava não pensar, não sentir, não lembrar, não querer ou até não me culpar por ter escolhido errado. Mas, era impossível, até quando eu tocava, ele não saia da minha cabeça. Os olhos escuros que quando alegres brilhavam como estrelas brilham á noite e o sorriso...

Ah, o sorriso era a coisa que eu mais gostava de ver. Eu me lembro do que minha mãe dizia – eu acho que nossas brigas, minha e do seu pai, não era exatamente por que nos odiávamos, e sim por que não queríamos admitir para nós mesmos o quanto nós nos gostávamos. – ela insistia em dizer que a historia estava se repetindo. Só mudava o fato de que eu ao contrario dela, eu sou fria como a Antártida.

Pode ser que talvez eu realmente não queira admitir, mas é que eu não me vejo amando alguém além de meus amigos e minha família. Amor àquele que te dão borboletas no estomago e faz você tremer. E Nick, ele me faz bem, me faz sentir-me especial, mas não sinto nada por além de atração e cumplicidade, nada do que sinto por aquele idiota. Nada comparado! Meu coração só dispara com aquele imbecil...

*...*

__ Não vai jantar? – Sophie invadiu meu quarto, me encarou deitada na cama fitando o teto.

__ Mais tarde como algo! – respondi.

__ Adivinha quem apareceu no meu trabalho hoje. – disse deitando ao meu lado.

__ Michael Jackson! – ironizei.

__ Idiota. – bufou. __ Carter Rey... Alguma coisa! – ela não gravara o nome dele todo.

__ Reynolds! – digo.

__ Exatamente. – sorriu.

__ E? – perguntei indiferente.

__ Nossa... Angel, quanto mal humor. – bufou se levantando.

__ Tá... – suspirei. __ Foi mal. Fala! O que ele foi fazer lá? – como se eu não soubesse.

__ E eu que sei?! Lá é uma lanchonete, ele deve ter ido comprar lanche! – disse.

__ E ele comprou? – perguntei.

__ Não. Viu-me no balcão e veio flertar comigo... – respondeu.

__ Por que não dá logo uma chance ao garoto?! Eu sei que você também está louca para ficar com ele. – maliciei. Ela mordeu os lábios e negou com a cabeça.

__ Ouça querida sobrinha... – caminhou até a porta. __ Quanto mais difícil, mais excitante!

E então as palavras do garoto vieram em minha mente – quanto mais provocante, mais o jogo fica delicioso. – revirei os olhos e me joguei na cama.

*...*

Tomei um banho gelado. Comecei a me arrumar ás 06h45min. Vesti um vestido com estampa de caveira. Calcei um allstar de salto plataforma e cano longo. Passei maquiagem e deixei os cabelos soltos. Pus algumas joias, peguei minha bolsa, celular e sai do quarto.

__ Posso saber por que a mocinha não quis vim jantar? – perguntou meu pai sem bem me esperar sentar-me à mesa.

__ Bom dia! – ironizei. __ E não estava com fome! – exclamei.

__ Pensei que estava de birra fazendo greve de fome por causa do castigo. – disse.

__ Pensou errado! – digo.

Eu estava silenciosa, mais acima de tudo pensativa. Eu precisava resolver logo essa situação!

__ Angel? – minha mãe chamou minha atenção.

__ Hm... – grunhi enquanto engolia um pedaço de bolo.

__ Podemos ir? – perguntou se levantando, pegando a bolsa e depositando um selinho nos lábios de meu pai.

__ Sim. – resmunguei pegando minhas coisas.

__ Vou com vocês! – gritou Sophie.

Adentramos o Audi e coloquei o cinto de segurança, minha mãe deu partida no veiculo. Parou em frente á casa da Rosie, de onde saiu como sempre à bonequinha arrumada á mil maravilhas. Ela adentrou o carro dando um beijo em Sophie que estava ao seu lado e um aceno de bom dia para mim e minha mãe.

*...*

__ Posso saber por que está tão calada? – perguntou Rosie.

__ Será por que está tendo aula? – ironizei, ela revirou os olhos e se concertou na cadeira, voltando á atenção para a aula.

Girei meus olhos pela sala á procura dos olhos escuros e de algum sinal dele dormindo sobre a carteira, mas ele não estava ali.

__ Dallas não veio hoje? – cutuquei Luke.

__ Ui... – maliciou. __ Interessada no Dallas! – deu ênfase.

__ Responde logo, capeta! – ordenei, ele riu e deu de ombros.

Eu deveria imaginar que ele não ficava observando quando tem olhos fixos nos passos da Rosie.

__ Phoe! – chamei.

__ Hm... – grunhiu de olhos fixos no celular.

__ Viu se Dallas veio hoje? – perguntei.

__ Não observei! – respondeu ainda sem me encarar.

Caralho, ninguém vê nada nessa merda!

__ Jeremy... – sussurrei chamando o garoto que estava sentando em minha frente. Os amigos do próprio eram minha única solução.

__ Oi. – sorriu.

__ Não está faltando um integrante de seu grupo? – tentei ser menos obvia.

__ Ah é... O Cam não apareceu hoje. – respondeu.

__ Por quê? – perguntei.

__ Não sei. Mas, o Steele deve saber... – disse. __ Oh Nicolas! – gritou.

__ Não, não, não... – Nick era a ultima pessoa que eu queria perguntar.

__ Fala! – revidou Nick.

__ Sua namorada quer saber por que Cam não veio hoje! – disse Jeremy.

Todos me olharam tipo – que feio, de olho no amigo do namorado – e eu me concertei na carteira, envergonhada. Encarei o Nicolas que me repreendia mentalmente, com certeza. Ele não respondeu, somente virou o rosto.

__ Acho que nem ele sabe! – Jeremy disse como se não notasse o clima ruim.

__ É... – engoli em seco.

*...*

Na hora do intervalo, todos foram para o pátio. Mas, eu decidi pegar minhas coisas e sair de fininho do colégio. Eu não ia conseguir estudar enquanto não resolvesse isso!

Peguei um taxi em frente ao colégio e indiquei-o para o centro. Desci do veiculo em frente ao parque que fica de frente á casa do Nicolas e do Dallas. Mordi os lábios, pensativa. Aquela velha historia de – vai ou não vai – e então eu fui.

Toquei na companhia e esperei alguns segundos. Uma mulher de cabelos grisalhos e olhos verdes, pele enrugada pela idade, roupa de empregada e um sorriso meigo abriu a mesma e me mediu de cima á baixo:

__ O-oi... – gaguejei.

__ Olá! – respondeu.

__ Sou amiga do Cameron. Angel Louis... – estendi a mão.

__ Oh... Bem vinda! – apertou minha mão.

__ Obrigada... – sorri. __ Ele está? – perguntei.

__ Entre! – eu entrei e ela fechou á porta. __ Sim, ele está no quintal! – disse.

__ Pode chama-lo para mim? – perguntei.

__ Oh querida, eu estou com um bolo no forno. Mas, pode ir lá! – explicou. __ Ele deve está na piscina. É naquela porta ali!– informou. __ O bolo... – ofegou correndo para a cozinha.

Ela nem precisava me dizer, eu já estive aqui, eu sabia exatamente onde ele estava.

Atravessei a porta que ela indicara e fitei o quintal vazio. Segui até a cerca e abri a porta que dava acesso á mata. Caminhei em passos lentos por entre os galhos e pedras, chegando a arvore onde ele achara a casinha. Ouvi uns barulhos na mesma e subi as escadas, feita de madeira e corda. Meus olhos encontraram seu corpo sentado na cadeira de frente para mesa, com as mãos na cabeça e resmungando algo para si mesmo.

Resolvi não fazer barulho e chegar de surpresa. Terminei de subir as escadas e pisei leve no chão, sem fazer barulho. Eu queria ouvir o que ele resmungava. Aproximei-me, já podendo sentir seu cheiro inebriante. Ele estava sem camisa, somente na calça moletom. Suas costas definidas me davam vontade de arranha-las. Quando faltavam somente alguns centímetros eu pude ouvir o que ele dizia. E eu sorri, sorri por meu coração ter dado um pulo de alegria...

__ Angel... – ele resmungava meu nome.

__ Oi! – sorri. Seus olhos me encontraram num susto e sua respiração acelerou.

__ O que está fazendo aqui? – perguntou se levantando assustado.

__ Precisamos conversar! – respondi.

PDV PHOEBE:

Os outros me mandaram procurar a Angel que não aparecia no intervalo. Então fui até a sala, ela só podia está lá. Ou podia está se agarrando com o Nick por ai, ou foi atrás do - viu se Dallas veio hoje? – Cameron!

__ Angel? – adentrei a sala chamando-a, mais não era ela que estava lá.

__ Se a achar, me avisa! – disse Nicolas sentado na carteira sozinho e mexendo no celular.

__ Ok! – virei os calcanhares.

Ele me causava sensações ridículas, eu não o amava mais, amava?!

__ Phoebe... – chamou-me. Virei-me de volta para fita-lo.

Ele se levantara e se aproximara de mim:

__ Hoje quando Jeremy disse que Angel estava perguntando onde estava Dallas, eu percebi que eles dois sempre tiveram algo, sabe?! Uma espécie de sentimento. Como o modo como Cameron atrapalhava-nos sempre e o modo como ela ficava nervosa perto dele... – disse se sentando numa mesa de frente para mim.

__ Nicolas, eu não sei nada sobre isso... – digo na tentativa de sair do assunto.

__ Claro que você sabe. Vocês são amigas! – disse. __ Mas, não quero que diga nada! – concluiu.

__ Melhor assim! – suspirei.

__ Até por que não preciso ouvir mais nada. Até um cego percebe a química entre eles! – sorriu.

__ Não acho. Até por que ela está com você e vocês estão bem... – resmunguei.

__ Eu prefiro você calada! – informou rindo.

__ Você começou... – devolvi.

__ E eu termino! – disse puxando-me pela cintura de encontro ao seu corpo.

Eu fiquei sem reação. Seus lábios tocaram os meus como nunca mais tinham tocado. Sua língua pediu passagem e eu cedi enquanto envolvia seu pescoço e sentia suas mãos percorrerem minhas costas e pararem perto de minha nuca. Foi como um choque elétrico, de repente todos os sentimentos voltaram e meu coração voltou á bater como nunca mais havia batido.

PDV ANGEL:

__ Não temos mais nada que conversar Angel! – disse o moreno expressando sua mágoa.

__ Temos sim. Não podemos continuar nessa situação! – rebati.

__ Que situação? – perguntou.

__ Essa de nos beijarmos e depois brigarmos! – respondi.

Ele riu sarcástico e depois revirou os olhos:

__ Essa situação não vai acontecer mais. Até por que pelo o que me lembro, foi você quem me pediu mil vezes para eu ficar longe e eu nunca obedeci, mas agora eu revi meus conceitos. Fique tranquila, jurei para mim mesmo que nunca mais te beijaria! – disse apontando para mim exasperado.

__ É verdade. Eu disse para nunca mais tocar em mim! – sorri.

__ Exatamente! – sorriu de volta.

__ Mas, isso não significa que eu não possa tocar em você... – eu disse me aproximando rapidamente, segurando seu rosto com as duas mãos e selando nossos lábios.

Eu juro que achei que ele me empurraria, fecharia a boca ou sairia. Mas, ele cedeu, ele simplesmente levou a mão para meus cabelos, puxando os mesmos e com a outra desceu até minha cintura, me puxando mais para seu corpo. Sua língua dançava dentro da minha boca e minhas mãos percorreram seus músculos até abraçarem suas costas, arranhando- as levemente com as unhas. Ele arfou entre o beijo e mordeu meu lábio inferior...

__ Por que tenho que gostar tanto de você?! – disse entre o beijo.

__ Deve ser por que eu também gosto de você! – respondi voltando a selar nossas bocas.

(...)E num simples deslize, o ódio vira amor e vice-versa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!