Obsession escrita por Cris Turner


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/60893/chapter/1

Prefácio

Eu sempre vivi em um mundo de fantasias, onde Edward Cullen me amava tanto quanto eu o amava, mas ele relutava em assumir esse sentimento.

Apesar de ter que me esforçar todo dia para ficar perto dele, meu mundo continuava cor-de-rosa. Afinal, eu entendia sua reação. Os homens sempre brigavam com o amor... acho que era uma idiota questão de princípios machistas. Então sempre estive lá, sempre ao lado de Edward, esperando que ele aceitasse o que para mim sempre foi óbvio: o nosso amor.

Até que um dia uma conversa destruiu meus sonhos e mostrou-me a realidade. A fria, cruel e amarga realidade.



Capítulo 1


    “O amor é de todas as paixões a mais forte, pois atava simultaneamente a cabeça, o coração e os sentidos” (Voltaire)


Estacionei minha Mercedes na vaga de sempre: ao lado do Volvo prata. Puxei a mochila e sai do carro, trancando-o no processo. Passei os olhos pelo estacionamento e avistei Alice. Caminhei até ela.

- Hey Alice. Cadê o Edward?

- Olá Bella. Eu estou bem, obrigada por perguntar, e você? Como esta? – a morena revirou os olhos enquanto falava.

- Desculpa, baixinha. – sorri amarelo – Sério, onde esta seu irmão?

- Pelo amor de Deus, Isabella. Você acabou de chegar e podia dar um pouco mais de atenção para a sua melhor amiga em vez de ficar procurando meu irmão. Eu sei que Edward é o máximo. – ela amava demais o irmão – Mas também é só um cara, sabe? Não é seu oxigênio.

- Há controvérsias. – sussurrei enquanto ela me arrastava pela mão até a sala de matemática.

Alice Cullen é irmã gemia de Edward e minha melhor amiga. Conseqüência dessa ligação familiar: Alice simplesmente não conseguia entender o quanto Edward significa para mim. E, por ser minha amiga, ela até que tentava. Mas não conseguia.

Apesar de serem gêmeos, os dois tinham em comum apenas a beleza extraordinária e o dia do nascimento. Alice sempre elétrica e hiperativa, muito baixinha, os cabelos e os olhos castanhos. Enquanto Edward era um verdadeiro cavalheiro, vários centímetros mais alto que eu e possuía os cabelos acobreados desgrenhados mais maravilhoso do universo e os olhos verdes tais como esmeraldas. Edward Cullen é perfeito.

Sai de meus devaneios com o beliscão que Alice deu em meu braço.

- Acorda Bella! Nós temos que ir para sala de matemática. O professor já deve estar lá. – falou.

Apressamos o passo e por sorte chegamos alguns segundos antes do senhor Carper. Sentei na primeira carteira vazia que encontrei. Odeio essa aula! Edward não esta nela, tinha aula de química agora. Eu tentei de tudo para mudar esse meu horário, mas a secretária resmungou alguma coisa sobre já ter mudado quase todas as minhas aulas.

Suspirei enquanto abria meu livro. Aqueles cinqüenta minutos seriam bem longos.



    xxx



Quando o sinal tocou, anunciando o final da pequena eternidade de números, corri para a sala 18. Inglês. Edward.

Havia poucas pessoas no cômodo. Dirigi-me à carteira de costume. Batia os dedos impacientemente na carteira, os olhos cravados na porta. Então ele entrou no cômodo. E todos aqueles clichês ridículos de filme romântico agiram sobre mim. Meu estômago revirou, a sala ficou mais iluminada e podia jurar que tinha ouvido um passarinho cantando. Mas nenhuma dessas emoções era novidade para mim, não depois daquele dia.

Certo vez, quando tinha cinco anos, fui ao parquinho com minha mãe. Ela se distanciou alguns metros para comprar um sorvete e eu decidi ir no escorregador mais alto do lugar. Desci rápido demais e cai no chão. Meus olhos encheram de lágrimas por meus joelhos arranhados. Lembro de ter procurado mamãe com o olhar, mas não encontrei. Estava prestes a cair num choro compulsivo por aquele que era o pior momento de minha curta vida quando senti uma mão em meu ombro. Virei rapidamente, pensando que Renée havia voltado, mas encontrei olhos verdes brilhando de preocupação.

- Você está bem? – perguntou o garoto.

Ele deveria ter mais ou menos a minha idade, os cabelos tinham sido domados com gel de uma maneira estranha. Mas ele continuava bonito.

- Você está bem? –repetiu.

A única coisa que consegui fazer foi fungar alto para conter as lágrimas.

- Meu nome é Edward. Por que você esta chorando? – se sentou ao meu lado.

- Meu nome é Bella. – sussurrei – Eu cai e machuquei o joelho. – funguei novamente.

Ele se abaixou e viu as marcas vermelhas em minha pele.

- Espere um minuto.

Edward se levantou e saiu dali. Franzi o cenho, curiosa. Alguns instantes depois ele voltou. Tinha uma flor na mão.

- Para você, Bella. – estendeu a flor – Agora você não precisa mais chorar. – sorriu.

Aquela foi a coisa mais fofa que já fizeram por mim. Explodi em lágrimas.

Edward abriu a boca em um perfeito O.

- Você não precisa chorar mais, sabe? As meninas sempre ficam felizes quando recebem flores. Então você tem que ficar feliz. – concluiu de maneira profunda. – Mamãe sempre sorri quando meu pai leva flores para ela.

Olhei para ele.

- Obrigada Edward. – dei um beijo na bochecha dele.

Nós dois ficamos extremamente corados e um silêncio estranho se formou.

- Edward! Edward! – uma mulher bonita chamava por ele há alguns metros. – Querido, vamos embora.

- Tenho que ir, Bella. Minha mãe está chamando. – se levantou – Tchau Bella. – acenou antes de correr para perto da mulher. br

Eu fiquei ali, vendo-o caminhar e quando ele sumiu voltei minha atenção para flor. Foi naquele momento que descobri que havia encontrado meu príncipe encantado – igual aquele da Cinderela - Foi naquele momento que me apaixonei por Edward

Desde aquele dia há onze anos, eu nutria um sentimento forte pelo meu príncipe. Primeiro eu fiquei muito triste por nunca mais encontrá-lo no parquinho. Então fui transferida de escola e meu pequeno coração voltou a se alegrar quando descobriu que ele e seus irmãos estudavam lá, fiz amizade com todos os três. Com a convivência, passei a gostar cada vez mais dele, mas Edward sempre me tratou como tratava Alice.

Fomos crescendo e aquilo não saía do meu peito, ficando cada vez mais forte. Porém não fui a única a me apaixonar por Edward. A cada ano ele ficava mais e mais bonito, roubando o coração de cada garota solteira – e algumas comprometidas – de Forks. O ciúme me corroia, mas a única coisa que eu podia fazer era mostrar o quanto gostava dele. Apesar de nunca dizer-lhe isso diretamente. Contundo Edward não vê todos os milhares de sinais que eu sempre mando e continua agindo como se eu também fosse sua irmã. Aquilo machucava bastante, mas amava-o demais para desistir.

Sacudi a cabeça, voltando ao presente. Edward Cullen estava sentado na carteira em minha frente. Perdida em lembranças como estava, não percebi quando ele se acomodou em seu lugar e nem quando a professora começou a passar matéria no quadro. Com uma rápida espiada em meu relógio de pulso, percebi que havia divagado por muito tempo. Minutos depois, o sinal tocou anunciando o intervalo.

Ainda estava abobalhada com as lembranças, por isso perdi Edward de vista. Caminhei sozinha até o refeitório. Peguei apenas um sanduíche de manteiga de amendoim e fui para a nossa mesa. Rosalie e Emmett gargalhavam enquanto Jasper e Alice mantinham expressões contrariadas.

- Oi gente. – cumprimentei - O que aconteceu, Allie?

- Não é nada, Bella. Apenas os imaturos dos nossos irmãos e as gracinhas deles – foi Jasper quem respondeu.

- Olha o respeito! – a loira falou, fingindo seriedade – Eu sou mais velha que você!

- Menos de um ano, irmãzinha. – sibilou Jasper

- Mesmo assim você tem que me respeitar!

- É. Respeite a minha namorada! – Emmett passou o braço pelos ombros da loira enquanto tentava falar de maneira séria.

- Quieto, Emmett. Você já acabou com o meu bom humor. Não piore a sua própria situação! – a caçula dos Cullen ameaçou.

Emmett abaixou os olhos para a mesa. Impressionante como um homem que parece um urso amigável tinha medo da garota mais baixinha que eu conheço. Aliás, quem não se rendia as vontades de Alice Cullen? Ela era a persuasão em pessoa.

- Esta bem. Esta bem. – bati a mão de leve na mesa – Acabou o que quer que tenha acontecido aqui. Vamos acabar com esse clima chato. O que vocês vão fazer hoje à noite?

Todos pareceram satisfeitos com a mudança de assunto e começaram a tagarelar sobre os planos de hoje. Apenas maneei a cabeça e mordi meu sanduíche para me abster de falar e assim poder procurar Edward com o olhar. Ele estava parado perto da porta, conversando com Tanya. Os dois pareciam bem entretidos um no outro para perceber o resto do mundo. Senti o monstro do ciúme rasgando meu estômago.

Tudo bem. Está tudo bem. O dia em que Edward perceberá que me ama não está tão longe. Ele esta apenas conversando. Está tudo bem.

Repetia isso como um mantra. Eu preciso acreditar naquelas palavras, pois não sei quanto tempo mais posso agüentar sem ele.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

OMG! será que alguém vai gostar?! z
ai que frio na barriga z