Ice Heart escrita por Clever Girl


Capítulo 8
Capítulo 8 - Say Something


Notas iniciais do capítulo

Oi meus queridos shippers de Snowbarry! Eu finalmente terminei esse capítulo Uhuu!!!
Bom, esse capítulo é dedicado ao Mr J, que me escreveu uma recomendação linda. Muito obrigada, você não imagina o quanto ela me deixou feliz, e foi poucos dias antes do meu aniversário, então encarei como um presente incrível. Muito obrigada! Obrigada mesmo! Espero que todos vocês gostem do capítulo. Bjss :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/608901/chapter/8

Caitlin estava tendo alta do hospital. O corte em sua cabeça não havia sido grave, então ela apenas teve que permanecer 24 horas em observação e depois foi liberada para ir pra casa.

Barry não havia aparecido para vê-la depois que soube a verdade. Ela sabia que não havia passado tanto tempo assim, mas seu coração ansiava por vê-lo mais uma vez, para tentar concertar as coisas entre eles. Com esse pensamento ela estava se preparando para deixar o hospital, porém ela foi surpreendida pela pessoa que tanto queria ver.

— Barry eu - Ela começou a falar, mas foi interrompida.

— Eu vou te levar pra casa.- Ele informou frio, sem olhar nos olhos dela.

Aquela atitude não passou despercebida por Caitlin, mas ela resolveu não contrariar, pelo menos não ali no hospital, então ela apenas balançou a cabeça. Barry olhou em volta para se certificar que ninguém estava olhando. Ao constatar que não havia ninguém, ele pega Cait no colo e em poucos segundos eles estão na frente do apartamento dela.

Ele a coloca no chão e ela abre a porta, depois faz um sinal com a cabeça para ele entrar. Barry apenas entrou para conferir se não havia nenhum sinal de que Wells passou por ali. As pessoas poderiam chamar de paranoia, mas o ponto era: O reverso tentou matar Caitlin...Duas vezes e Barry não deixaria que houvesse uma terceira.

— Acho que você vai ficar bem - O velocista diz depois de conferir todo o apartamento, certificando-se de que estava tudo bem...Pelo menos por enquanto.

Ele se virou para sair, mas Cait impediu.

— Barry? Barry olha pra mim!- Ela pediu e ele a olhou nos olhos pela primeira vez depois do ocorrido.

O olhar de Barry estava repleto de magoa e isso cortou o coração da doutora.

— Acho que prefiro que você grite agora... Que coloque o que esta sentindo pra fora, mas por favor...Por favor diga algo. Não me trate com esse silencio. - Ela quase implorou.

— Como você fez? - Ele perguntou em tom irônico.

— Eu cometi um erro, ok? E eu não posso mudar isso. O que eu posso dizer é que sim, eu me arrependo e se pudesse fazer diferente, eu faria. Naquele momento eu achei que era o certo... E eu tive meus motivos, talvez não bons motivos, mas ainda assim eu os tive. Sei que provavelmente você me odeia agora...

— Eu não te odeio - Ele a interrompeu. - Eu só preciso de um tempo para processar, pra entender. Você pode me dar esse tempo?

— Ok. Apenas... Sim é claro. - Ela respondeu com uma tom baixo.

Depois disso Barry foi embora, deixando-a sozinha com seus pensamentos.

...

Havia se passado uma semana desde que os dois haviam tido aquela conversa, e as coisas estavam começando a voltar ao normal... Bem, nem tudo estava. As únicas palavras que Barry e Caitlin trocavam eram: "Oi" "Tudo bem?" e algum assunto extremamente necessário, como alguma coisa relacionada a meta humanos. Wells, felizmente ou infelizmente, não havia dado sinal de vida durante esse tempo. Barry estava uma pilha de nervos por isso, porém tentava fazer com que sua vida não parasse por causa dele.

Henry Allen estava bem melhor. Durante essa semana Barry não havia conseguido conversar direito com o pai. Sempre havia alguma enfermeira que os impedia, dizendo que o paciente precisava de repouso, ou aparecia algum problema na delegacia. Hoje o velocista tentaria fazer outra visita e estava confiante que devido a melhora de seu pai, conseguiria ter uma conversa decente com o mesmo.

— Hey pai! - Barry diz ao entrar no quarto de hospital e ver seu pai torcendo o nariz para um pote de gelatina.

— Hey campeão. - Henry sorri, assim que vê seu filho.

— Deixa que eu convenço ele a comer. - Barry diz pra enfermeira que estava tentando, sem sucesso, fazer o homem comer a gelatina.

Ela concordou e se retirou do quarto.

— Eu amo gelatina, mas gelatina de hospital? Isso parece que não tem gosto. - Henry reclama de bom humor.

— Mas você tem que comer. - Barry informou. - Quer um bom conselho? Faça logo, que acaba mais rápido.

O velocista estampou um sorriso satisfeito quando seu pai, mesmo a contra gosto começou a comer.

— Então, como vão as coisas? - O senhor Allen perguntou a Barry fazendo que o sorriso do mesmo desaparecer.

— Bem... - Ele mentiu.

— Eu sou seu pai... Sei que algo que te incomoda. Então me fale, o que é?

Barry não queria mencionar Wells, então resolveu falar da outro coisa que estava acabando com ele.

— Eu tenho um amigo que esta tendo problemas com um garota e eu não sei como ajuda-lo . - Ele começou dizendo ao pai.

— Um amigo? - Henry sorriu com o velha desculpa. - E esse seu "amigo" estaria apaixonado por essa garota?

— Sim, ele estaria. - Barry respondeu corando e dando um riso nervoso.

Aquela era a primeira vez que tinha admitido em voz alta que estava apaixonado por Caitlin e a verdade é que nunca tinha se sentido tão bem.

— O que aconteceu? - Henry perguntou.

— Ela mentiu pra mim. - Respondeu deixando a história de "amigo" de lado.

—Que tipo de mentira? - O pai de Barry perguntou sério.

— Ela escondeu algo de mim... Algo muito importante.

— E como você descobriu a verdade? - Henry perguntou intrigado

— Ela me contou - Barry respondeu

— Então, ela te contou? e te disse o motivo que a fez esconder?

— Ele disse que queria me proteger.

— Me parece um bom motivo. - Henry contatou. - O fato é o seguinte: Você também esconde segredos das pessoas que ama e faz isso pelo mesmo motivo. Eu não sei qual foi a mentira e o quão terrível ela foi, então eu quero que me diga uma coisa. É o suficiente para acabar com todas as coisas boas?

— Não, mas... Eu sinto que talvez eu não fosse tão importante pra ela...Importante o suficiente para ela confiar em mim e me deixar fazer parte de sua vida. - Barry diz em um tom triste.

— Sua mãe e eu já brigamos muito Barry. Um vez eu esqueci nosso aniversário de casamento e ela ficou furiosa. Ela me colocou para dormir no sofá, mas no meio da noite ela me acordou e me fez uma única pergunta. Ela perguntou se eu a amava e eu respondi que não tinha nenhuma duvida sobre isso. Então sabe o que ela me disse? Ela falou que era isso que importava. As pessoas cometem erros Barry, ninguém é perfeito, mas se você a ama, tem que aprender a perdoar, pois senão vai ter muito a perder. - Henry Allen aconselhou o filho.

— E se ela não sentir nada por mim e for por isso que mentiu? E se ela não me amar?- Barry pergunta.

— E se ela amar? - Henry devolve a pergunta e Barry permanece em silencio.

O celular de Barry apita, quebrando o silencio que havia se formado no local. Era uma mensagem de Joe. Havia uma nova cena de crime para Barry examinar.

— Eu tenho que ir. - O velocista disse ao seu pai.

— Apenas pense no assunto, ok? - Henry disse ao filho e Barry concordou, saindo logo depois em direção a nova cena de crime.

...

Já havia acabado o turno de Barry na delegacia e Joe havia pedido que o mesmo buscasse Iris em uma cafeteria. O velocista estranhou o pedido, não pelo fato de que Joe havia pedido que ele acompanhasse Iris até em casa, mas pois o detetive estava estranhamente animado.

Ao chegar a cafeteria, Barry encontra Iris sentada em uma mesa com o que parece, uma colega de trabalho. A jornalista o apresenta a sua colega, Linda Parker e pede para que Barry se sente e tome café com as duas. O homem apenas concorda. Passando-se alguns minutos Eddie chega para buscar a namorada e Barry fica sem entender, mas finalmente percebe o que esta acontecendo quando nota o sorriso no rosto de Iris. Aquilo era uma tentativa de empurra-lo para a amiga de Iris. Desde que Barry havia falado o que sentia para Iris, a morena tentava arrumar encontros para o mesmo, na tentativa de que ele a superasse, mal sabia ela, que ele já havia feito isso.

Por educação Barry continuou lá com a moça e foi até bem agradável. Linda era uma pessoa legal. Se não fosse por Caitlin, ele poderia com certeza investir nela.

— Você até que é engraçado Barry Allen. - Diz ela rindo de uma piada que ele contou.

A mulher pegou uma caneta em sua bolsa, puxou a mão do velocista e escreveu um número de telefone nela.

— Me ligue - Ela pediu e se levantou, logo depois depositando um beijo na bochecha de Barry.

Depois que ela foi embora, ele ficou por mais algum tempo sentado com seus pensamentos longe, mas ao contrario do que poderia parecer aos que estivessem vendo de fora, ela não estava pensando em Linda e sim no que seu pai havia dito mais cedo. Seus pensamentos voaram para aquele dia no bosque. Para a sensação de beijar Caitlin. Seu coração acelerou com apenas aquele pensamento e as borboletas em seu estomago se reviravam violentamente. Ele sentia sua falta. Falta de conversar com ela, de estar próximo, e depois daquele dia, falta de sentir seus lábios.

Ele ficou pensando nisso por um bom tempo e depois foi pra casa. Decidido a conversar com Caitlin amanhã pela manhã.

...

Já era final de tarde e Cait estava entediada...Muito entediada. Desde que Wells se revelou como o Reverso e quase acabou com sua vida, ela estava no que carinhosamente chamava de quarentena. Barry havia estritamente proibido que ela colocasse os pés no Star Labs sozinha e depois do ocorrido, nem ela queria. Isso resultou em pegar todos os seus equipamentos mais importantes, e que pudessem ser movidos, e levar para sua casa. Sua sala, antes tão organizada, agora tinha como decoração um monte de coisas empilhadas.

O trabalho dela durante essa semana, era apenas cuidar caso Barry tivesse algum ferimento e ficar esperando que algum meta humano desse sinal de vida para que ela tivesse algo que fazer. Ela se sentia muito mal, na verdade uma pessoa horrível, pois nessa altura do campeonato estava desejando que algo acontecesse e a tirasse desse tédio. Um novo meta humano, algum maluco, até um mogadoriano se existisse, qualquer coisa estava valendo.

Durante os seis meses que passou longe ela tinha seus poderes para treinar e estudar. Sua mente estava ocupada, mas agora, ela não queria destruir sua casa, então tinha que se contentar em fazer picolé instantâneo e tentar ocupar sua mente com alguma coisa.

Com o final da tarde, Cait resolveu sair. Não aguentaria ficar sem fazer nada por mais um segundo. Resolveu apenas caminhar sem rumo e aproveitar a linda vista que os raios alaranjados do pôr do sol lhe proporcionavam.

Por um tempo sua ideia funcionou e a fez se sentir melhor, mas seu bom humor foi para o ralo quando viu a última coisa que gostaria. Barry Allen sentado em uma cafeteria, no que se parecia muito com um encontro. Caitlin ficou do outro lado da rua observando a cena. A mulher, muito bonita por sinal, mas que Cait jamais admitiria isso em voz alta, estava rindo para Barry. Isso fez o sangue da bioengenheira ferver em ciúmes.

Ela ficou lá parada e observou a mulher escrever algo na mão de Barry e se despedir com um beijo na sua bochecha, mas nada disso a magoou mais do que a cara que Barry fez depois que ela foi embora. Ele estava perdido em pensamentos com a maior cara de bobo alegre. Caitlin fechou cerrou seus punhos, respirou fundo e fez de tudo para impedir que lagrimas escorressem de seus olhos. Ela não iria chorar, não ali. Ela estava com raiva, não de Barry, mas de si mesma. Ela havia pensado que o que aconteceu entre eles havia significado algo e agora tinha chegado a conclusão de que significou apenas para ela. Então deu meia volta e foi em direção ao seu apartamento com um único pensamento: Ela se sentia bem melhor antes de sair de casa.

...

Caitlin foi acordada com batidas em sua porta. Ela tinha ido dormir tarde a noite. Depois do que viu, ela havia feito uma maratona com os filmes do Jurassic Park e acabado com um pote inteiro de sorvete de chocolate. Assim como foi dormir, ela não havia acordado em um bom humor.

Ela se levantou, calçou um par de pantufas roxas que combinavam perfeitamente com seu pijama e foi atender a porta, decidida a fuzilar quem quer que tivesse a acordado.

Cait abriu a porta e se deparou com Barry Allen. O velocista assim que a viu, olhou-a de cima a baixo e esboçou um sorriso divertido.

— Isso são horas? - Ela lhe perguntou irritada.

— Caitlin, são dez horas. - Ele informa e dá risada da cara de surpresa que ela fez.

— Eu trouxe café - Barry diz e estende o copo para ela.

Caitlin pega o copo e da espaço para que o homem entre.

— O que você quer Barry? - Caitlin pergunta secamente.

— Vejo que alguém acordou com o pé esquerdo hoje - Ele nota sorrindo e Cait o fuzila com o olhar.

— você esta bem? - Ele pergunta agora preocupado.

— Melhor impossível - Ela responde sarcástica.

— Ok...- Ele disse hesitante.

Barry nunca tinha visto Caitlin tão mau humorada,e olha que quando eles se conheceram ela não era a pessoa mais amigável do mundo.

— Eu queria conversar com você - Ele diz como alguém que esta pisando em ovos.

— Conversar? - Ela pergunta e solta um pequeno riso - Você quer conversar? Você passa a semana inteira sem praticamente uma única palavra e agora você quer conversar?...Interessante.

Barry fica a analisando. Por um momento ele teve a sensação que a causa do mal humor de Caitlin era ele, mas logo expulsa esse pensamento. Afinal ele não fez nada, ou fez?

— Olha Barry... Eu definitivamente não quero conversar hoje. - Ela informa com um tom de voz controlado.

— Você está bem? - Ele volta a perguntar.

— Ótima! - Cait responde. - Vai precisar de mim para algo hoje? Eu estava planejando visitar Cisco em Starling City.

— Claro... Quer dizer não, não vou. Se você quiser eu posso te levar. Sou muito mais rápido que qualquer carro. - Barry ofereceu.

— Não precisa. Eu prefiro ir de carro...Sozinha. - Ela deu enfoque ao sozinha para que Barry entendesse que ela não queria sua companhia naquele momento.

O velocista percebeu a dica e resolveu deixar Caitlin sozinha antes que ela o despachasse dali. Ela não estava de bom humor e Barry não queria ser o alvo de sua ira, então deixou para conversar com ela em um momento que ela estivesse mais calma.

— Barry, o que foi? - Joe perguntou assim que o perito chegou a delegacia com uma cara preocupada.

— Eu definitivamente não entendo as mulheres.- Foi o único comentário que o velocista fez.

...

Caitlin havia saído de Central City depois do almoço. Duas horas depois ela já estava sentada em uma cadeira ao lado da cama em que Cisco repousava. Ele estava recebendo todos os cuidados necessários naquele hospital secreto de Ray Palmer e tinha apresentado algumas melhoras, mas ninguém sabia ao certo quando ele iria acordar.

— Você não imagina o quanto eu sinto sua falta - Caitlin disse ao seu amigo mesmo sabendo que ele não a ouvia - O mundo é tão cinza sem a sua dose de bom humor diária. As coisas estão estranhas lá em Central City. Nós precisamos de você!- Ela sussurrou a última parte e começou a chorar.

O mundo parecia que estava desabando e ela só queria fugir, fugir da dor, fugir de seus sentimentos por Barry, mas ela não podia. Onde quer que ela fosse, Barry estaria marcado em seu coração e isso a perturbava.

Cait nem percebeu tempo passar. Ela apenas ficou lá sentada ao lado de seu amigo, relembrando momentos felizes do passado. Quando ela viu que eram quase seis horas, resolveu ir embora, não queria chegar tarde em casa.

— Melhore logo Cisco... Isso são ordens médicas - Ela disse em um tom firme e triste, e depois deu um fraco sorriso antes de sair.

— Caitlin - Felicity a chamou assim que Cait saiu do "hospital", fazendo com que a doutora se virasse para encara-la.

— Oi Felicity...O que faz aqui? - Cait pergunto curiosa.

— Acho que adivinhei que você apareceria - Felicity disse sorrindo, mas ao notar a cara de Caitlin de quem sabia que não era isso, confessou. - Barry pediu que eu conferisse como você esta.

— Então um suco? - Caitlin sugeriu ao notar que não sairia dali sem conversar com a técnica de T.I.

...

— Eu não sei o que aconteceu. - Felicity disse depois de mais uma tentativa frustrada de fazer Caitlin falar. - Mas você tem que conversar com alguém...Talvez não comigo, mas com alguém. Obviamente há algo errado e não faz bem ficar guardando tudo pra si, vai por mim, é a mais pura verdade.

Caitlin suspirou. Na fundo, no fundo, Felicity tinha razão. Guardar tudo aquilo pra si estava apertando seu coração. Uma parte dela queria colocar tudo pra fora, mas a outra- a sensata - queria fingir que nada a incomodava.

— Ok. Você deu seu conselho e agora eu preciso ir. Já esta tarde e quero chegar em casa antes das dez. - Cait diz se levantando.

— Promete que pelo menos vai pensar no assunto? - Felicity pergunta antes de Cait ir.

— Eu prometo

...

A chuva caia incessantemente em Central City. Joe estava num jantar na casa de Eddie e Iris, jantar esse que Barry não quis ir, não por se importar em ver os dois juntos, pois isso já passou, mas por estar preocupado. Depois que Felicity conversou com Caitlin, ela havia ligado pra Barry e dito que parece que a conversa não tinha adiantado em nada. A bioengenheira apenas tinha dado respostas evasivas e ido embora.

O velocista estava sentado em uma cadeira apenas ouvindo a chuva cair. O barulho continuo da água de repente foi cortado pelo som da campainha. Barry foi atender a porta achando que era Joe e o mesmo havia esquecido a chave, mas teve uma surpresa ao se deparar com uma Caitlin totalmente ensopada.

— Cait o que...- Ele começou a falar mais foi interrompido.

— Calado! - Ela disse em um tom alto - Eu tenho algo muito importante a dizer e vou falar antes que perca a coragem, ou recupere a sanidade, o que vier primeiro.

Barry fez menção de responder, mas Caitlin o olhou de um jeito que o fez ficar quieto na hora.

— Quando Ronnie morreu, eu repassei aquele dia milhares de vezes na minha cabeça. Eu ficava pensando em cada coisa que se tivesse acontecido diferente, ele poderia estar vivo. Ficava pensando no que eu poderia ter feito, mas como não sabia, não fiz e isso foi torturante pra mim. - Ela começou com a voz repleta de dor, mostrando a Barry que aquele era um assunto delicado. - Quando descobri sobre meus poderes, me vi como um perigo e fiquei imaginando todo tipo de cenário horrível. Eu podia acabar te machucando...Ou pior... Não ia deixar acontecer de novo. Se tivesse uma maneira de te deixar seguro, eu faria. Não iria perder você, mesmo que isso significasse te perder... Se é que faz algum sentido. Em vez de ficar imaginando o que eu poderia ter feito, eu resolvi agir. Não suportaria te ver morrer, ainda mais por minha causa, mas suportaria ficar longe, se isso significasse que você iria ficar bem... Seguro. Não pense por um único segundo que essa decisão não me destruiu por dentro, mas foi melhor do que iria acontecer se eu te machucasse. - Ela disse agora chorando.

— Oh...Cait... - Ele iria começar a falar, mas não achou palavras.

— Eu ainda não acabei - Ela disse, fazendo-o parar de tentar achar algo para dizer.

Cait respirou fundo e continuou.

— A verdade é que eu tive medo... Eu tive medo e não foi apenas por isso. Eu tive medo do sentimento que começou a crescer no meu coração. Eu tive medo da força dele. Eu amei Ronnie e acabei com um buraco no lugar do coração. Eu achei que jamais iria me levantar, jamais iria ser capaz de voltar a sentir algo por alguém, mas então você apareceu e mudou tudo. Não sei exatamente quando aconteceu, ou como. Eu só sei que você chegou de mansinho e antes que eu pudesse perceber, você provou que eu estava errada. Provou que eu ainda era capaz de sentir. Eu... Eu te amo Barry Allen, essa é a verdade que eu tentei fugir, essa é a verdade que eu tive medo. Eu te amo e estou aterrorizada com a possibilidade de me machucar novamente. - Ela terminou e ficou encarando Barry.

O velocista ficou paralisado com o que tinha acabado de ouvir. Ela havia se declarado pra ele. Ela o amava. Barry estava tentando descobrir se estava acordado ou não, pois se estivesse sonhando, não iria querer acordar jamais.

— Então era isso...- Ela disse meio sem graça e se virou pra ir embora.

Antes que ela pudesse ir embora, Barry a segurou pelo Braço e a puxou pra si, colando seus corpos e juntando seus lábios em um beijo profundo e urgente. As mãos do velocista desceram até a cintura de Caitlin, a segurando firme contra si. As mão de Cait, por sua vez, estavam enganchadas na nuca de Barry.

Ambos se separaram ofegantes em busca de ar, mas não se afastaram alem do necessário. Barry ainda a segurava pela cintura e não tinha a mínima intenção de solta-la.

— Eu não vou te machucar Cait... Tudo que eu quero é te fazer feliz do mesmo jeito que você me faz feliz - Ele começa com um enorme sorriso estampado em sua face - Eu também te amo Caitlin Snow

Cait abre um grande sorriso.

— Repete? - Ela pede.

— Eu te amo! - Ele diz e deposita um selinho nos lábios da doutora - Eu te amo! - outro selinho - Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo! - Ele fala e depois captura os lábios dela em outro longo beijo.

— Mas e a moça do café? - Ela pergunta a contra gosto depois que eles se separam mais uma vez.

— Moça do café? - Barry pergunta confuso.

— Não se faça de desentendido. Você...Ela... Ontem no café. Eu acho que ela te deu seu número e depois você ficou com uma cara de homem apaixonado... - Cait ia falando e se lembrando do que tinha visto. O que resultou em uma cara nada agradável.

Foi então que Barry percebeu... Que tudo fez sentido. Ela havia visto aquilo e entendeu tudo errado.

— Você ficou com ciúmes! - Não era uma pergunta - Era isso...Você ficou com ciúmes! -Ele exclamava sorrindo.

— Pode tirando esse sorrisinho do rosto Barry Allen e não mude de assunto - Cait disse batendo de leve no braço dele.

— Bom então eu te digo que você não tem motivos pra sentir ciúmes. Linda foi uma tentativa que Iris fez de me arrumar uma namorada. Ela até que é legal, mas não é você.- Barry começa a falar - E minha cara de apaixonado era sim por causa de uma mulher. Ela é bem nervosa, um pouquinho mandona e pelo visto ciumenta. Ela tem o melhor beijo do mundo e não sai da minha cabeça desde que nos beijamos no bosque. Você têm ideia de quem seja? - Ele pergunta provocante.

— Seu idiota. - Ela tenta parecer brava, mais um sorriso brinca em seus lábios. - Meu idiota - Ela diz e o puxa pelo colarinho, selando seus lábios mais uma vez em um beijo profundo.

Naquela noite não havia problemas, não havia o Reverso, Flash, Nevasca, meta-humanos...Nada. Naquele momento apenas existia Barry e Caitlin. Duas pessoas que se amavam e que finalmente haviam decidido parar de lutar contra isso e serem felizes juntas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Ao Mr J, obrigada novamente.( Eu to tão feliz que você não tem ideia) :D
Também agradeço a todos os comentários que todos vocês me deixaram no capítulo anterior. minha net não tava colaborando muito essa semana. Então as pessoas que eu demorei pra responder, peço desculpas. Seus comentários são muito importantes pra mim. Posso demorar pra responder, mas vou responder todos.
Até mais meus amores... Bjss

Obs: Pra quem não sabe, Mogadorianos são uma raça alienígena realmente má, da minha série de livros favoritas, então não resisti a referência.