Quando Caitlin acordou já eram dez da manhã. Ela se levanta da cama em um pulo, tinha dormido demais. A primeira coisa que faz é conferir seu celular. Há mais ligações de Barry e até de Joe. Quando viu as ligações do detetive, ficou extremamente preocupada. Barry provavelmente ligaria para avisa-la, pois o mesmo não sabia de nada, mas Joe...Joe sabia, então suas ligações só poderiam significar duas coisas: Ou ela estava encrencada, ou aconteceu alguma coisa. Seu coração se aperta com a possibilidade de Barry não ter cumprido sua promessa e ter feito algo estúpido.

Cait tenta ligar no celular de Barry, mas não tem sorte. Depois ela tenta o celular do detetive West, porém este só da ocupado.

"Por favor esteja bem, esteja bem" Ela suplicava em seus pensamentos enquanto corria para se arrumar o mais rápido possível. Cait nem parou para tomar seu café da manhã. Ela apenas pegou uma maçã em sua fruteira e saiu.

Primeiro ela foi a casa dos West e não encontrou ninguém, então seguiu para a delegacia. Entrando lá ela encontrou Joe que estava junto de sua filha.

— Oi. Você viu Barry? - Ela perguntou para Joe antes de mais nada.

Cait estava tão preocupada que não perdeu tempo com formalidades.

— Ele saiu para pensar um pouco, mas não deve demorar muito para aparecer. - Joe respondeu com o tom: "esta tudo bem, mas não posso falar nada na frente da minha filha"

Caitlin soltou o ar aliviada

— Olá Iris, como vai? - Ela cumprimentou a jornalista agora que seu desespero havia passado.

— Oi... Você é a amiga de Barry, a enfermeira do Star Labs, não é? - Iris diz.

— Na verdade sou bioengenheira, mas claro...Pode me chamar de enfermeira. - Cait responde se controlando para não voar no pescoço daquela mulher.

Iris não era sua pessoa favorita no mundo, aliás, ela em estava na lista. Cait tinha que admitir que grande parte disso não era culpa da jornalista, e sim dos sentimentos que a bioengenheira tinha por Barry. Ciúmes, essa era a palavra. Ela não deveria sentir, afinal Barry e ela não tinham absolutamente nada, mas não conseguia evitar.

— Desculpe - Iris disse, provavelmente notando o clima pesado que se formou ali. - Bom...Tenho que ir trabalhar.

Depois de dizer isso a morena se retira, deixando Joe e Cait para trás.

— O que aconteceu? Onde esta ele? - Caitlin pergunta atropelando Joe com as palavras.

— Hey...Calma. Ele esta bem... Na medida do possível. - Joe responde a alarmando.

— Na medida do possível? - Cait rebate preocupada

— Eu contei a ele. - Joe revela. - Sobre quem é Wells, seu plano para salvar Cisco, enfim, tudo.

Cait ficou sem palavras. Ela poderia perguntar o por que agora, por que ele não a esperou voltar para que ela se certifica-se de que Barry não fosse fazer nenhuma bobagem que o fizesse acabar morto, mas apenas fez uma única pergunta, a pergunta que mais importava para ela.

— Onde ele esta?

...

Caitlin agora estava parada na entrada de um antigo bosque em Centra City. O lugar não era nada a mais que ruínas. Aquele bosque um dia já foi bonito, um dia já foi movimentado. Hoje...hoje ele não passava de uma estrutura abandonada, consumida pelo tempo.

A doutora estava aliviada por estar usando uma calça naquele momento. Pular um muro de vestido não era bem uma das coisas mais fáceis de se fazer. A única coisa que a incomodava eram seus saltos. Eles não eram tão altos, mas ainda tornavam sua tarefa complicada.

Ela tirou seus sapatos e os segurou em uma mão. Então se pôs a subir em uma arvore que estava na calçada. Subindo na arvore, ela conseguiu ter um aceso fácil ao topo do muro. Aquela foi a parte simples, a parte difícil agora seria descer. O único jeito era pular. "Por que Barry não poderia escolher um lugar de fácil acesso" Ela pensava silenciosamente enquanto pulava para dentro do bosque.

Por sorte ela não se machucou na descida. Pular muros nunca foi uma atividade em que Caitlin fosse boa, na verdade, aquela foi a primeira vez que ela a realizou. Cait não precisou andar muito para encontrar Barry, o mesmo estava sentado em um banco perto do antigo playground. Ela então se dirigiu até lá e se sentou ao lado dele.

— Quanto tempo? A quanto tempo sabia sobre Wells? - Barry perguntou.

— Alguns dias... Era esse o assunto que eu queria te falar aquele dia - Ela respondeu

— E por que não me contou? - Seu tom de voz soou magoado.

— Para te manter seguro. - Cait respondeu com a verdade.

Tudo que ela vinha fazendo; todas as coisas que tinha escondido, eram com esse intuito, mantê-lo seguro.

— Eu não preciso estar seguro. Não preciso de proteção. É dos meus pais que estamos falando. Devia ter me contado antes. - Ele gritou zangado.

— Você está bravo...E tem todo o direito. Eu escondi coisas de você? É verdade! mas não é por isso...Não é isso que te incomoda.- Cait diz.

— Eu confiava nele... Eu me importava com ele... E ele matou minha mãe. Eu passei todo esse tempo trabalhando...Admirando o homem que destruiu a minha vida. Eu...- Barry para de falar e encara o parquinho com lagrimas nos olhos.

Caitlin segura a mão do velocista, em um sinal de que ele não estava sozinho.

— Ela me trazia aqui quando eu era pequeno... E ficava sentada bem aqui, enquanto me observava brincar. - Ele revela.

Cait então entende o motivo dele ter escolhido vir a esse lugar quando descobriu a verdade. Lembranças...As vezes são as mais felizes que machucam mais. Ela queria poder dizer algo, fazer a dor passar, mas não tinha esse poder, ninguém tinha.

— Acho que não há nada que eu possa dizer pra fazer as coisas melhorarem...Para fazer essa dor ir embora. Mas eu quero que saiba que não importa o que acontecer, não importa se um dia você me odiar. Eu sempre vou estar aqui por você. - Cait diz apertando a mão de Barry.

O velocista fica sem palavras. "Eu sempre vou estar aqui por você" Ela tinha razão, aquilo não tirava sua dor, mas fazia algo se aquecer em seu peito. "Odia-la" Ele não entendeu o que aquilo significava. Barry Allen jamais seria capaz de odiar Caitlin Snow, isso era um fato. O que ele sentia por ela - Começava a desconfiar - era praticamente o oposto disso.

Ainda segurando a mão de Cait, Barry se inclina pra frente, ficando a milímetros dos lábios da morena. A respiração descompassada de ambos se mesclando. Caitlin não pôde deixar de se lembrar da primeira vez que estiveram tão perto, mas desta vez...Desta vez nada iria interrompê-los. Ela deu o passo que faltava, se inclinado um pouquinho para frente e finalmente selando seus lábios nos dele. O beijo começou lento e delicado, mas em pouco tempo se tornou intenso. Era como um dança envolvente,onde seus lábios queriam prolonga-la pelo maior tempo possível.

Ambos não tinha percebido o quanto necessitavam daquele beijo, até que ele enfim aconteceu. Aquele momento poderia durar para sempre, mas seus pulmões discordavam. Caitlin e Barry se separaram ofegantes, mas ainda permaneceram muito próximos.Quando Cait abriu seus olhos, notou a íris esverdeada de Barry a observando com fascínio. Barry ergueu sua mão e tocou os lábios da sua companheira de equipe com a ponta de seus dedos. Ela não pode evita de sorrir e ele também sorriu ao constatar isso. Com as costas de sua mão ele acariciou o rosto dela e ela fechou seus olhos para apenas sentir o toque. A mão de Barry seguia até a cabeça de Caitlin, emaranhando-se em seu cabelo e em um movimento rápido ele capturou os lábios dela novamente.

— Eu fiquei com tanto medo - Barry revela quando se separam novamente em busca de ar.

— Medo de que? - Ela pergunta olhando profundamente nos olhos de Barry.

— Medo de ter acontecido algo com você. Quando Joe contou do ataque da assassina congelada no hospital...- Ele iria continuar, mas Cait o interrompeu.

— Nevasca. - Ela disse

— O que? - Ele perguntou agora confuso.

— Nevasca... Se quiser chama-la de algo, chame de Nevasca. - Cait respondeu rompendo a conexão entre seus olhares.

— Por quê? - Ele quis saber.

Aquele era o momento...O momento que ela tanto temia. A verdade...Ela precisava lhe dizer a verdade.

— Porque eu...- Ela iria continuar quando o celular de Barry toca interrompendo os dois.

" Será que algo sempre irá interromper?" Ela pergunta a si mesma, quando ele pede um momento para atender.

— O que aconteceu? - Cait pergunta a um Barry pálido, quando ele volta.

— Wells...Ele pegou meu pai

...

Barry estava correndo pela cidade, em uma busca as cegas pelo seu pai e pelo seu maior inimigo, Harrison Wells. Com a nova cartada do Flash reverso, Caitlin acabou por não contar a Barry, o que estava escondendo dele pelos últimos meses. No momento ele tinha algo mais importante com que lidar.

Já fazia três dias...Três dias em que o Flash tentava desesperadamente encontrar seu pai. Três dias em que não tinha conseguido uma pista sequer.

Cait estava no Star Labs...Um completamente deserto Star Labs. Quando o acelerador de partículas explodiu. Praticamente todos que trabalhavam ali perderam seus empregos e aquele lugar ficou vazio. Mas nunca daquele jeito. além dela e os meta-humanos presos, não existia uma única alma viva ali.

Aquele foi o primeiro lugar em que Barry foi procurar, mas quando o mesmo chegou ao laboratório, apenas encontrou um bilhete: "Nos vemos em breve". Harrison Wells sabia que já tinham descoberto a verdade sobre ele, e isso colocava a vida de todos em risco.

A morena estava ajeitando uns papéis enquanto observava na tela de um computador o pequeno pontinho vermelho correndo pela cidade. Aquele pontinho correspondia ao rastreador presente no traje de Barry. O velocista já havia procurado em cada canto daquele cidade pelo menos umas duas vezes. Uma coisa eles tinha que admitir: O Reverso sabe se esconder.

De repente um vento muito conhecido bagunça os cabelos de Cait. Ela ainda tem seus olhos fixos no pontinho vermelho que representa Barry. Se não era ele, só poderia ser uma única pessoa. Ela se virou lentamente para dar de cara com a alguém que não queria ver naquele momento.

— Que tal darmos uma voltinha? - Wells pergunta sarcástico antes de correr levando Cait com ele.

Ele para e empurra o corpo da bioengenheira contra uma parede. Caitlin olha em volta e logo percebe onde eles estão. Tratasse do subterrâneo do Star Labs. Outra coisa que ela nota é o corpo de um homem deitado em meio a uma possa de sangue. O corpo de Henry Allen. Cait corre até o homem para checar se o mesmo ainda esta vivo.Ela solta um suspiro de alivio ao constatar que sim, mas logo volta a se preocupar. Ele estava vivo, mas por quanto tempo?

— Barry não deveria saber. - Ele fala chamando a atenção de Cait. - Não agora, pelo menos. As coisas ainda não estão prontas. Eu ainda precisava de um pouco mais de tempo. Pensei em matar Henry Allen para me vingar do fato de tudo não sair como planejei, mas depois eu percebi a verdade. A culpa é sua.

— Minha culpa? - Cait pergunta se levantando e encarando o homem a sua frente.

— O quanto acha que sou idiota? Eu sei somar um mais um. O fato do Capitão Frio e o Onda térmica sofrerem um "acidente" com gelo enquanto você era mantida de refém. O fato de ter ficado muito estranha depois disso e ido embora. Depois quando você volta, eu começo a ter problemas com uma meta-humana com poderes criogênicos. Sem contatar o fato dela ter ido visitar quem? Ah é... Cisco! - Wells diz em tom debochado.

Caitlin levanta as mãos e o ataca, porém o velocista se esquiva do gelo facilmente.

— Como eu disse, não sou idiota - Wells fala apontando para a parede congelada atrás dela - Você começou tudo. Você descobriu e frustrou meus planos. Então por que não terminamos o que começamos naquele hospital. Eu ainda irei amar poder te matar.

— E eu ainda adoraria poder te machucar. - Ela responde no mesmo tom ameaçador em que ele usou, e então deixa sua pele se transformar em gelo solido.

Ela estava apavorada. Morrer não estava exatamente em seus planos para aquele dia, mas nunca...Jamais daria esse gostinho a ele. Jamais o deixaria saber que ela estava com medo. Ela apenas se transformou em gelo para esconder isso dele. Por que no final das contas, não importava se ela era mais forte e resistente assim, ele ainda conseguiria mata-la com facilidade. A única vantagem era que seu rosto totalmente inexpressivo e se tom de voz assustador, escondiam seu medo.

Cait correu para cima dele e tentou acertar um soco no rosto do homem que tanto odiava,mas Wells se esquivou rindo. Para ele a tentativa dela de lutar era patética e extremamente engraçada, mas para ela, se conseguisse acertar nem que fosse um único soco na cara dele, ela iria morrer muito mais feliz.

— Por quanto tempo vai continuar com essa palhaçada? - Ele pergunta depois de mais algumas tentativas de Cait.

Então ele resolve acabar com isso de uma vez. Ele a segura pelo braço e a arremessa contra uma parede, fazendo com que a doutora batesse a cabeça em um dos canos ali presentes. A visão de Cait fica turva e ela sente uma forte dor em sua cabeça. Em poucos segundos sua pele volta ao normal. Ela leva sua mão até o foco de dor e sente seu sangue escorrer por suas mãos.

— Eu não cometeria o mesmo erro duas vezes. - Wells diz se aproximando dela.

Então a morena é consumida pela escuridão do seu inconsciente.

...

Barry estava correndo pela cidade. Verificando e reverificando possíveis esconderijos. Ele e Cait haviam dividido a cidade por áreas. Assim ficava muito mais fácil identificar os lugares em que o Flash já procurou e se focarem nos próximos.

— Área cinco esta limpa. - Ele informa pelo seu comunicador.

Tudo que ele obtém como resposta é o silencio, e ele não consegue evitar de ficar preocupado. Com tudo o que estava acontecendo ele acabara por ficar um pouco paranoico quando a questão é a segurança das pessoas com que se importava.

— Cait? - Ele pergunta, mas mais uma vez apenas recebe o silêncio.

Ele então corre ao Star Labs. Desejando mentalmente que o motivo dela não ter respondido seja algo sem importância, e não os cenários horríveis que passavam pela cabeça dele.

Quando ele chegou ao laboratório encontrou um monte de folhas esparramadas pelo chão, mas diferentemente de todas as vezes, não foi ele que fez isso.

— Cait? - Ele chamou mais uma vez, implorando para que ela respondesse.

Ele conferiu cada local onde ela poderia ter ido naquela instalação. Ele apenas sabia que ela não tinha saído porque seu celular estava sobre uma mesa e sua bolsa em cima de uma cadeira.

Ele correu por cada corredor, entrou em cada sala dali e já estava em completo desespero. Foi então que ele teve a ideia maluca de conferir o subsolo. Harrison Wells não seria tão cara de pau a ponto de se esconder bem debaixo de seus narizes, ou seria? Isso explicaria o fato de ainda não ter sido encontrado. Barry achava que aquela era uma ideia idiota, mas não deixaria a semente da dúvida crescer.

Quando chegou lá embaixo, viu uma cena que o fez paralisar por alguns segundos. Seu pai caído em uma canto, deitado em uma poça de sangue, e um pouco mais a frente estava ele, Harrison Wells, agachado ao lado de uma Caitlin desacordada.

— Eu não cometeria o mesmo erro duas vezes. - Wells diz a ela, ainda sem notar a presença de Barry.

Antes que o reverso possa fazer alguma coisa, Barry o ataca. Tirando-o de parto de Caitlin.

— Barry...Allen. - Wells fala pausadamente quando se desvia das investidas do Flash. - que surpresa, devo dizer, nada agradável.

Barry tentou ataca-lo mais uma vez. Ambos trocaram alguns socos, mas o Reverso por algum motivo era mais rápido que ele.

— Estou começando a achar que a sorte dessa mulher é algum tipo de super poder - Wells diz apontando para Cait com a cabeça - Mas o fato é, você tem uma escolha a fazer. Ou Luta comigo, ou ajuda ela e seu pai. Qual será sua escolha?

Depois que o reverso disse isso, ele sai correndo para fora dali. Barry não vai atrás dele. Ele confere se seu pai e sua médica ainda estão vivos e depois carrega ambos até o hospital.

...

Caitlin acorda com uma dor de cabeça horrível. Como ela ainda esta viva? É uma pergunta que ela ainda não tem a resposta. Ela olha para o lado e vê Barry sentado em uma cadeira a encarando.

— Como você esta? - Ele pergunta preocupado.

— Bem... Viva- Ela responde e depois pergunta.- Como está seu pai?

— Machucado, mas vai ficar bem. A policia esta fazendo plantão no quarto dele e os médicos o sedaram fortemente. Acho que ele irá dormir até amanhã. - Barry responde, mas Caitlin percebe que a algo o incomodando.

— O que foi? - Ela pergunta

— Wells fugiu.- Ele respondeu, fazendo com que ela fizesse uma careta com a informação - Mas antes ele me disse que acha que sua sorte é um tipo de super poder, por que?

— Porque essa não é a primeira vez que ele tenta me matar. - Quando ela diz isso, Barry arregala os olhos em preocupação.

— O que? - Ele pergunta ainda processando.

— Antes de eu te contar a história inteira, quero te pedir desculpas por não ter dito nada antes; na época eu achei que era o certo, mas hoje eu não tenho tanta certeza. Acho que eu...O fato é, você confia em mim e eu não posso mais manter esse segredo - Cait diz e depois fica por um tempo em silencio procurando as palavras certas.

— Por favor, fale logo. - Barry pede.

— Tudo começou no dia em que fui sequestrada, na verdade esse é o motivo de eu ter ido embora. Estamos falando sobre a meta-humana que você estava procurando. Aquele dois se machucaram porque ela os atacou...Não intencionalmente, mas ela fez.

— Você já a tinha visto antes. - Barry pergunta e Cait assente. - E foi embora por medo dela?

— Sim! Eu tive medo pelo que ela fez. Tive medo pois ela não tinha controle. Tive medo que ela machucasse alguém inocente...Cisco...Você. E por fim, eu tive medo pelo fato de que... De que ela sou eu.

Barry apenas fica em silencio e então Caitlin continua.

— Eu fui embora para me certificar que não seria um perigo para ninguém, mas depois do que houve com Cisco...Tive que voltar para ver como ele estava e... Naquele dia no hospital, Wells tentou matá-lo e eu impedi. Por pouco ele não me matou...Era disso que ele falava

— Nós poderíamos ter ajudado você - Ele diz magoado

— Eu sei... Mas acho...Eu só...Sinto muito - Ela diz enquanto uma lagrima escorre por sua bochecha.

— Você esta me dizendo que por todo esse tempo, você vem mentindo pra mim. Me excluindo da sua vida. Por todo esse tempo eu me senti culpado. Achei que... O fato de eu ser o Flash, havia te posto em perigo, te machucado e por isso você foi embora. Por minha causa. - Ele praticamente cospe as palavras.

— Não...Eu sinto muito Barry...Eu realmente sinto. - Ela lhe diz chorando.

— Eu também. - Ele fala deixando uma lagrima cair e se virando para ir embora.