Barry estava deitado na grama olhando para o céu. Era um dia lindo, cheio de nuvens que formavam um contraste quase mágico com o sol que estava se pondo. Mas não era nada isso que fazia aquele momento perfeito.

Ao olhar para o lado ele não pode evitar de sorrir. Caitlin estava lá, com um sorriso capaz de iluminar-lhe o dia. Ela olhava fascinada para o tom acobreado que tomava conta das nuvens e ele...bom, ele poderia ficar para sempre naquele momento.

Depois de alguns minutos encarando o céu, ela finalmente olhou para o homem que estava ao seu lado.O sorriso em seus lábios em nenhum momento desapareceu e isso fez Barry sorrir também.

Eram os olhos dela... Não o sol ou as cores nas nuvens... Eram os olhos dela a coisa que Barry achava mais linda. Aqueles olhos que o prendiam e fazia o resto do mundo parecer algo tão distante.

Naquele momento ele começou a ouvir um som bem conhecido, mas ele não queria ir. Queria estender aquele momento o máximo possível. Ainda assim, aquele maldito despertador insistia a leva-lo de vota a realidade.

...

Barry acordou irritado. Isso sempre acontecia quando ele sonhava com ela e depois era obrigado a acordar. Depois ele ficava bravo consigo mesmo por senti tanto a falta dela. Ela foi embora... Ela se foi sem dizer nenhum adeus, nenhuma explicação. Já era a hora dele superar...Ela já devia ter superado.

Não era como se ela tivesse ido ontem. Já faziam seis meses...Seis meses sem nenhuma ligação, nenhuma mensagem...Nada. Seis meses onde tudo que lhe restava de Caitlin eram lembranças e aqueles sonhos que insistiam em atormenta-lo a noite.

Agora ele iria para de pensar nisso. Ele tinha que parar. Se ela não queria vê-lo, então ele também não iria querer. Pelo menos era nisso em que escolhia acreditar.

Uma das vantagens de ser o Flash é que Barry não precisaria se atrasar para nada. O engraçado é que por mais rápido que ele fosse, ele sempre dava um jeito. Naquela manhã era um maluco com uma bomba que o fez se atrasar para o trabalho. Seu superior o olhou com um olhar reprovador assim que ele chegou a cena do crime. Se ele não fosse muito bom no que fazia, provavelmente estaria muito... Muito encrencado.

...

Cisco ainda pouco estava conversando com Joe. O detetive desconfiava que Dr. Wells estava envolvido no assassinato de Nora Allen. Ele simplesmente não acreditou, mas acabou sendo convencido a investigar o caso. Por mais que ele acreditasse na inocência de Wells, a duvida já havia sido plantada.

Então lá estava ele, vendo e revendo os cálculos para a armadilha que deveria capturar o reverso. Curiosamente não havia nada...Nada que pudesse ter gerado uma falha no campo de contenção. Estava tudo perfeito e funcional.Não era para ter falhado a menos que alguém tivesse o sabotado.

O engenheiro resolveu tirar suas duvidas de uma vez por todas. Ele foi até o próprio contensor e começou a testa-lo. Ele ainda tinha um pingo de esperança de que havia uma outra explicação, porém isso foi destruído no momento que a armadilha ligou e ele se deparou com o Flash Reverso lá dentro.

Involuntariamente ele deu um passo para trás. Só se acalmou ao perceber que aquilo não era real, era um tipo de projeção. Ele continuou mexendo e descobriu que podia controla-la. Foi assim que o reverso fugiu.Pelo fato dele nunca ter estado lá.

Joe estava certo...Certo sobre tudo. Ele tinha que avisa-lo...Avisar Barry, mas primeiro precisava sair dali. Não podia ficar no mesmo ambiente que Harrison Wells  por nem mais um segundo.

Com pressa, ele tomou o rumo da saída do Star Labs. Infelizmente ele encontrou a única pessoa que não queria ver,no meu do caminho.

— Cisco...Onde vai com tanta pressa? - Dr. Wells perguntou.

Como aquele homem podia ser tão cínico.

— Eu...Hum...Eu preciso fazer algo. - Cisco se esforçou para não gaguejar.

— Tudo bem? - Ele perguntou fingindo estar preocupado.

— Sim.- O engenheiro tentou soar o mais firme possível.

Assim que disse isso ele saiu apressado. Chegando ao estacionamento pegou seu carro e saiu em disparada. Só iria ficar tranquilo quando estivesse bem longe dali.

Logo após que Cisco saiu. Harrison Wells tirou seu sorriso amigável do rosto e foi conferir as câmeras de segurança. O cientista não era bobo, sabia que Cisco havia descoberto algo. Olhando as filmagens, ele descobre que o engenheiro descobriu sobre o Reverso.

— Ah Cisco... Por que tinha que mexer onde não devia? - Ele diz enquanto levanta da cadeira calmamente e vai em direção ao seu traje amarelo.

Enquanto isso Cisco estava correndo com seu carro. Ele tentou ligar para Barry, mas seu celular dava na caixa postal. Então ele ligou para Joe.

— Detetive West. - Joe atendeu falando seu nome.

— Joe sou eu...Cisco. Você estava... -Ele foi interrompido por grande baque que empurrou seu carro em direção a um barranco.

— Cisco...Cisco! - Joe chamava-o pelo telefone sem obter resposta.

Wells apenas desceu o barranco e interrompeu a ligação. Logo depois ele foi conferir se tinha alcançado seu objetivo. Quando olhou dentro do carro, pode perceber seu antigo empregado desacordado com sangue escorrendo por seu ouvidos. Aquele provavelmente seria um "Acidente" mortal no entanto,Cisco ainda respirava. O reverso se sentiu frustrado. Se ele matasse Cisco com as próprias mãos, as pessoas começariam a investigar e poderiam chegar a uma resposta. Ela não deixaria que elas -Principalmente Barry - descobrissem. Resolveu então deixar Cisco lá, para morrer sozinho.

...

Barry correu para o hospital quando soube o que ocorreu com o amigo. Depois do que aconteceu durante a ligação. Joe movimentou a policia e Barry para tentar descobrir o que houve. A policia o encontrou primeiro. Algumas pessoas que passavam por aquele lugar, viram o carro caído e ligaram para a emergência.

Agora Barry estava lá, sem saber se Cisco iria ou não conseguir. Ele estava se sentindo desolado e inútil. Ele era o Flash para poder proteger os outros, mas mesmo assim lá estava ele, prestes a perder seu amigo.

As horas iam passando e nada de um médico aparecer para dar notícias. Joe e Dr. Wells tinham aparecido e estavam lá com Barry. Quando enfim uma médica apareceu as notícia não eram boas.

— Como ele esta? - Perguntou Barry.

— O estado dele ainda é bastante crítico. A pancada foi bem séria. - Ela respondeu.

— Mas ele vai ficar bem? - Wells quem perguntou dessa vez.

— Eu não sei. Se ele vir a acordar, pode ser que hajam danos cerebrais irreversíveis. No momento eu não posso lhes dar uma resposta. Sinto muito.

Aquelas palavras ficavam rondando a cabaça de Barry. O atormentando na realidade. Cisco poderia morrer. Ele simplesmente não estava preparado para aquilo.

Quando ao Wells...Bom, ele estava aliviado.Por enquanto não era necessário fazer nenhum movimento. Podia não ter acontecido como queria, mas ele conseguiu tirar Cisco da equação.

...

Haviam se passado alguns dias. Barry sempre ia ao hospital para acompanhar o estado do amigo. Ele entrava no quarto para ver Cisco, porém nunca conseguia ficar muito tempo. Vê-lo daquela maneira era muito difícil. Então muitas vezes ele ficava no corredor depois da visita, tentando se recompor emocionalmente.

Aquele dia porém parecia diferente. A atmosfera estava gelada. O suficiente para arrepiar todos os pelos do braço do velocista. Barry decidiu ignorar. Apenas sentou em um dos bancos localizados no corredor e ficou lá. Ele estava absorto em pensamentos até ouvir um barulho de saltos se aproximando. Quando ele olho para a fonte do barulho, seu coração pareceu querer saltar do peito. Era ela... Ela estava ali.

Ele ficou paralisado. Aqueles olhos que tanto sonhou estavam olhando para ele. Cait estava diferente. Ele só não conseguia dizer como. Era como se ela tivesse um brilho diferente.Como se algo houvesse mudado drasticamente.

A única coisa que tinha certeza, era de que ela era real. Daquela vez era real. Não mais um de seus sonhos. Caitlin Snow havia voltado para Central City.