Ice Heart escrita por Clever Girl


Capítulo 16
Capítulo 16 - The Coldest Days


Notas iniciais do capítulo

Oi meus queridos :D
Acho que estou parecendo um zumbi agora, mas não me deixei dormir até terminar esse capítulo.
Sei que já passou da meia noite, e que agora já é o dia 9, mas se eu não dormi, pra mim continua sendo ontem. Então feliz dia das mulheres a todas vocês ♥
Bom eu espero que vocês gostem desse cap. Beijinhos...



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 - Cait...O que você esta fazendo? - Barry pergunta chocado, depois de conseguir desviar do primeiro ataque, com um pouco de dificuldade.

 Ele é rápido...Muito rápido; isso é um fato, mas de jeito nenhum ele a imaginou tentando machuca-lo. Aliás, na sua lista de possíveis inimigos, o nome dela nem estava presente. Porém ali estão eles, e ela obviamente quer feri-lo, e não pretende desistir. Ele percebe isso quando ela cria uma placa pontiaguda bem em cima dele, e a deixa cair.

 Barry desvia mais uma vez, correndo um pouco para o canto. Ele não quer machuca-la, simplesmente não pode, não consegue fazer isso. Então apenas ficou desviando de todos os objetos de gelo que ela lançava para cima dele. A solução mais lógica naquele momento, seria correr para o mais longe possível. Estava frio...Congelando para sermos mais específicos. O chão escorregadio, e suas pernas ainda estavam cansadas por causa da singularidade. Se formos analisar corretamente, ele tinha é sorte dela não ter conseguido acerta-lo... Ainda.

  - O que aconteceu com você? - Questionou, mesmo sem ter a esperança de obter uma resposta.

 Havia algo  diferente ali. A forma como seu rosto se contorceu levemente ao escutar a pergunta; o olhar puramente cruel que acabara de dividir seu espaço com uma outra emoção. Por um momento...Por mais breve que fosse; ele pensou ter visto algo mais. Ele pensou ter visto dor. No entanto, isso só durou alguns segundos, e logo a sua expressão  se transformou novamente. Mas agora era algo muito mais assustador. Era raiva; era ódio. E pelo modo que ela o atacou a seguir, ele soube que havia feito a pergunta errada.

 Toda a camada de gelo do chão, começou a se mover, crescendo rapidamente em formas altas e irregulares. Ele tentou correr; na verdade, ele o fez por alguns metros. Porém não foi o suficiente. O alcance dos poderes dela, ocupavam toda aquela área; e ele não era como uma explosão, se expandindo, mas sim como se já estivesse em toda aquela extensão,  e ela apenas o levantasse do chão, congelando e ocupando cada mínimo espaço vazio no ambiente.

 A dor que sentiu quando foi preso pelo gelo, foi algo excruciante. Cada nervo, cada músculo de seu corpo estava endurecendo, congelados como todo o resto. Ele teve sorte de desmaiar rapidamente, pois sentir aquilo por mais um segundo sequer, seria a pior das torturas.

...

 Se a morte fosse assim, ele definitivamente a odiava. O frio, a dor e...O extremo mal cheiro?

 Barry abriu os olhos de repente, notando que se encontrava ainda muito vivo. Ele estava deitado no chão de algum tipo de túnel, e coberto por vários cobertores. Quando fez a leve menção a se levantar, todo seu corpo protestou. Era como se tivesse acabado de ser atropelado por um caminhão. Um gigante, pesado e em alta velocidade...Caminhão.

 Mesmo contra toda a dor, ele se esforçou para pelo menos se manter sentado. Lentamente ele conseguiu, escorando as costas na parede atrás dele. Quando puxou o cobertor para avaliar seus machucados, teve uma grande surpresa. Ele já havia se machucado muito, em todo o seu tempo como o Flash, mas nada como aquilo. Sua pele estava manchada em tons de vermelho, roxo e preto. Seus dedos, todo o cumprimento de seus braços estava inchado. Algumas partes até em carne viva. Havia alguns curativos amarelados espalhados por seu corpo, onde, ele assumiu, que os piores machucados estavam.

 - Não, não, não, não! - Uma voz desconhecida de mulher chamou a atenção de Barry. - Você tem que ficar coberto! O calor vai te ajudar a curar mais rápido - Explicou como se falasse com uma criança e logo depois ajeitou o cobertor em cima do velocista.

— Quem é você? - Ele pergunta, não conhecendo a mulher de meia idade que estava cuidando dele

— Meu nome é Karen - A mulher responde gentilmente

— Barry

— Você é um cara de sorte Barry! Ela não costuma deixar as pessoas vivas

— Quem? Caitlin?

— Você é como o Vibro, não é?!  Você a conhecia de antes?! - Karen assume com uma certa pena em sua voz, depois trocando para um tom de aviso -  Eu sinceramente acho difícil de acreditar que ela já tenha sido uma boa pessoa. Não há absolutamente nada de bom naquela mulher. O quanto antes aceitar isso, melhor.

 Havia tantas coisas que ele queria responder aquela mulher. Ela não havia conhecido Cait, como ele havia. Não havia uma maneira de que não houvesse mais nada de bom dentro dela. Ela era Caitlin Snow, a mulher que colocava a segurança das pessoas que ama, antes da dela; mulher que cuidava dele quando se machucava; a mulher que ele ama.

 Quatro anos! Ainda era difícil acreditar que tivera ficado fora por tanto tempo. Devia haver alguma grande explicação. Algum motivo para tudo estar daquele jeito. Talvez fosse apenas um pesadelo extremamente realista.

— Deixe que eu assumo daqui Karen...Obrigado! - Dessa vez foi uma voz conhecida que chegou aos seus ouvidos.

 A mulher saiu sem contestar, deixando os dois homens ali. Era Cisco. Francisco Ramon estava parado bem na frente dele, no entanto não se parecia nada com o homem que havia conhecido. Usava pesados casacos contra o frio. Seus cabelos estavam raspados e havia uma grande cicatriz cortando seu rosto do meio da testa, até a bochecha esquerda. Pela maneira que o corte passava por seu olho, Barry teve praticamente certeza, que seu antigo amigo não tinha mais a visão deste.

— Você deve estar se perguntando o que aconteceu? - Cisco  começou a falar quando percebeu que ele estava reparando - Foi a Nevasca a responsável...Por tudo isso.

— O que aconteceu com a Cait? - Barry pergunta a ele, pois sabe que se alguém pode responder a esta pergunta, essa pessoa se encontra bem a sua frente.

— Ela esta morta! Caitlin se foi a muito tempo. Isso...Essa coisa, é só uma casca... Um monstro que vive para causar dor em todos. Ela não é mais a mulher que você amava, Barry. Ela não é a minha amiga. Ela é cruel...Uma assassina sem arrependimentos ou coração. Isso é tudo o que se tem pra saber. - Ele cuspiu as palavras de uma maneira sombria.

— Eu não entendo... Como assim ela esta morta? Nós precisamos fazer algo - Barry começou a falar tentando.

— Eu irei fazer algo, e por isso que estou aqui agora - Cisco lhe responde em um tom ameaçador. - Barry você era meu amigo e eu entendo que você ainda tenha uma estúpida esperança, e que ainda tenha sentimentos por ela. Porém você ficou fora por quatro anos, e muita coisa mudou nesse tempo. Nós iremos para-la, e você não irá gostar de como. Mas eu já vou lhe avisando, nem pense em entrar no meu caminho.

 O velocista levou alguns segundos para compreender o que tinha acabado de escutar.

— Você irá mata-la? - Pergunta incrédulo, esperando que seu amigo dê risada e fale que ele entendeu tudo errado, mas tudo que recebe é um silencio confirmador. - Você não pode fazer isso! Tem que ter outra maneira.

— Não existe outra maneira! - Dessa vez o engenheiro gritou - Ela tirou tudo, de todos. Nós vivemos no esgoto, escondidos como ratos. Ela mata pelo menos uma pessoa por dia, apenas por pura diversão. Nós não sabemos se as pessoas que amamos estão mortas, ou escondidas como a gente. É perigoso lá fora, nada cresce, nada vive. Estamos apenas sobrevivendo. Ela me tirou tudo: Meu olho, minha família...Andy. Ela matou a própria irmã, e não sentiu nada. Então sim, ela tem que morrer. É a única maneira de sermos livres novamente. E você...Você não ira me impedir; não se quiser continuar vivendo também.

 - Cisco? Esse não é você - Barry afirma não reconhecendo mais a pessoa que costuma ser seu amigo.

— Andy foi a última coisa. O último raio de sol que me fazia ter esperança. Que me fazia ser o antigo eu. E olha onde isso nos trouxe? Ela esta morta! E no dia em que aquela coisa a matou, ela levou o homem que você conhecia junto. Agora eu sou melhor, eu posso fazer o que já devia ter feito a muito tempo.

 O velocista não tinha mais palavras. Ele desejava que nada daquilo fosse real. Esse futuro era como o pior pesadelo que alguém pudesse ter. Cait...Cisco... Sua cabeça girava com toda aquela informação.

— Estou feliz que esteja aqui Barry...Realmente. Espero que se cure logo e possa ir ver Joe, ele esta ansioso. Sei que agora você me odeia, mas eu estou fazendo o certo. isso tudo é para melhor, você irá ver. Então descanse. Eu espero que entenda, e quem sabe, possa até me ajudar com isso. Nós não vamos matar uma pessoa. Vamos acabar com um monstro para salvar centenas de inocentes. Apenas vamos fazer o que é necessário. - Foi a última coisa que o engenheiro disse antes de deixar Barry sozinho novamente.

 Ele não conseguia entender como as coisas chegaram aquele ponto. Cisco, o cara mais incrível que já conheceu esta falando em matar uma pessoa...Em matar Cait. O que realmente aconteceu com todo mundo?

 O corpo do velocista ainda esta frágil e machucado, mas ele sabe de uma coisa: Ele irá se curar, e irá consertar as coisas. Ele acabou de ver sua mãe morrer e definitivamente não irá ver o mesmo acontecer com a mulher que ama. Não esta desistindo. irá lutar...E irá ter esperança. Não pode deixar que tudo acabe assim. Se existe alguma parte da sua Cait lá dentro, ele não se importa o quão fundo terá que cavar para trazê-la a superfície, mas ele irá ajuda-la. E se Cisco estiver certo? Bom...Então irá morrer tentando.


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Notas finais do capítulo

Fortes emoções. Vimos um pouquinho mais da Cait...E o Cisco...
É, a coisa ta feia nesse futuro. E Barry, meu lindo, você vai ter um trabalhão aí.
Espero que tenho gostado e até os comentários. Bjss...



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