Spes escrita por Deny


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Admito que foi do caralho escrever uma fic cheia das fofura, tendo apenas 3.000 caracteres de limite. E também contando que essa é a minha primeira Solangelo, então...
A história toda já está bolada na minha cabeça, porque não era bem pra ela acabar assim, mas é o que deu, e não vou continuar nem nada do tipo. Qualquer coisa que queiram perguntar, como o que houve depois e coisas do tipo, é só me perguntarem ^^
(Thank's a lot Memé ♥ Te amo maninha)
{Garden, sua fofa, sdds ♥ }
[Dedico essa fic ao meu namorado ♥ Te amo, Meu Sol.]
Espero que gostem ♥



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– Ano de 2084 -

A pequena e distante esfera reluzente que era a lua lançava uma luz pálida e mórbida de um leve tom azulado através de um fino véu de nuvens cinza diretamente sobre o chão escuro.

Os diversos e enormes arranha-céus que se erguiam do chão como espinhos, refletiam a luminosidade por todas suas extensões feitas quase que completamente de vidro, fazendo os edifícios brilharem.

Parado no meio da Rua Principal, rodeado de tantas outras pessoas vestidas com roupas grossas e escuras de frio, Nico di Ângelo encarava a tela luminescente do enorme televisor com impaciência. Sua respiração se condensava em uma névoa tênue diante de seus lábios. A neve se acumulava sobre seus ombros e sobre o capuz preto que cobria sua cabeça.

A sua frente, abria-se o amplo espaço vazio onde todos se reúnem uma vez ao ano para prestar os juramentos ao Governante, declarando diante da bandeira dilacerada da antiga junção de territórios denominada Estados Unidos da América.

Nico certa vez ouvira falar que bem ali, onde agora havia nada - a não ser uma bandeira em fiapos hasteada ao chão e tremulando ao vento -, existia uma majestosa construção com o nome de Empire State Building.

E, como sempre, a cidade estava silenciosa.

O único ruído audível aos ouvidos mais sensíveis era o de passos constantes contra o chão; as tosses roucas dos enfermos e o som do vento a zunir pelas ruas.

Desde o Domínio, – que ocorrera em meados dos anos de 2016-2017 – sons não naturais; como um assovio, uma cantarolada espontânea ou uma risada ecoante estavam explicitamente proibidos. E essa lei, a mais importante e perigosa entre tantas outras, ainda permanece até os dias de hoje.

Um aviso cheio de ameaças ecoou pelos altos falantes espalhados sobre as paredes, zunindo tão alto que os tímpanos de Nico pareceram explodir dentro de sua cabeça.

Todos levantaram os pulsos para o ar, e as pulseiras grossas feitas de um ferro negro e indestrutível que envolvia todos os pulsos direitos dos Dominados emitiram um bip agudo, que somado aos milhares, faz os sentidos vacilarem.

Nico girou sobre os calcanhares e caminhou apressadamente entre a multidão, serpenteado entre corpos que tremiam ao vento, com seus pés quase deslizando sobre a neve suja e semi derretida.

Enquanto o garoto se encaminhava a um destino incerto – não queria voltar para o cubículo pequeno e escuro que chamava de habitação - passou por becos onde, envoltos por um denso véu de sombras, um grupo de pessoas se ajoelhavam diante de uma figura rabiscada sobre a parede em grossas linhas negras, seus lábios murmurando algum tipo de prece, sem emitir som algum. Passou também por diversos becos escuros, de onde um forte odor fétido emanava. Nico sabia que era ali que muitos Dominados se reuniam, injetando em suas veias vários tipos de drogas.

Nico também tinha um lugar em que ele se enfurnava quando se sentia assim, cansado. Cansado de tudo isso. Imensamente cansado da frieza das ruas e das pessoas; do péssimo odor da comida e ainda mais o dos indivíduos. Descobrira há alguns meses o seu paraíso secreto, onde ele podia fechar os olhos e imaginar um mundo diferente do que ele vivia.

Talvez imaginar fosse um dos muitos esforços vãos que ele se dava ao trabalho de fazer, assim como sonhar e quando acordar se deparar com essa dura realidade que o cercava de todos os lados como uma fera selvagem há muito extinta. Apenas uma distante e doce ilusão aparentemente inalcançável. Mas, se ainda isso fosse tirado de si, não poderia fazer mais que sentar-se e assistir enquanto o que resta da raça humana se deteriora e se extingue como pó soprado ao vento.

A fachada da pequena construção era vazia, erguida sobre grandes blocos cinza-escuros. Não haviam janelas, assim como muitas outras construções e “casas” de Dominados. A porta era simples de madeira escura e lisa, e a maçaneta de um ferro frio e coberto pela ferrugem. Abrindo-a, um túnel escuro descia indefinidamente, embrenhando nas profundezas do Silêncio – nome popular dado a esse estranho lugar.

Sem hesitar, Nico iniciou a descida, fechando a porta lentamente atrás de si, evitando ao máximo provocar alarde. Cerca de cinquenta passos depois, o íngreme e escuro lance de escadas se abriu num ambiente totalmente diferente. Lembrava muito um bar, como aqueles retratados em folhas antigas, quando as enormes e verdes árvores existiam quase que em um número incontável.

Mesas pequenas de madeira frágil estavam espalhadas organizadamente sobre o recinto, e uma luz amarelada derramava-se sobre o piso de madeira. Havia apenas quatro mesas ocupadas, e uma delas por uma figura conhecida à Nico.

– Olá, Piper – o garoto a cumprimentou, sentando-se em frente ao balcão de madeira. Nico abaixou o capuz, e a luz refletiu em seus olhos castanho-escuros. A uma luz mais forte, a pele pálida de Nico era banhada por leves tons dourados. Nico retirou do fundo de seu bolso duas moedas de cobre e as deslizou na mesa em direção à garota que o observava atrás do balcão. – A de sempre – ele pediu. A garota de belos e longos cabelos castanhos assentiu.

Piper trouxe de debaixo do balcão um pequeno aparelho – do tamanho de sua palma – e o colocou em frente a Nico, juntamente com os fios pretos em que o som era emitido.

Nico sabia que estava infringindo seriamente a lei, mas não se importava.

O garoto apertou os dois pequenos fones contra a orelha, encaixando-os de uma forma aconchegante, e, com seu polegar coberto por uma camada de pele fina e pálida quanto o céu do entardecer, pressionou o PLAY.

E fechou os olhos.

A música iniciou-se, e junta com dela aquela boa sensação percorreu todo o corpo de Nico de uma vez só como uma onda elétrica, e toda a preocupação, dor e todo o medo pareceu vazar de sua mente como água. Tudo que ele sentia era a emoção da música e a letra que o fazia insistir em viver.

Keep moving on...

Foi só quando a música enfim acabou que Nico abriu os olhos, se sentindo ligeiramente mais revigorado – quem precisava de drogas quando se tinha músicas? – que notou que estava sendo encarado por um par de belos olhos de um profundo e límpido azul.

Corou, sem conseguir evitar, mas não desviou o olhar.

Fire It Up de novo? – Will perguntou, com um sorriso no canto de seus lábios finos. Sua pele era de um tom natural se comparada à de Nico, e pequenas sardas pontilhavam seu rosto, quase imperceptíveis à luz do ambiente. – Você realmente ama essa banda. – ele disse, arrastando a cadeira mais para próximo de Nico. – Black Label Society. É boa?

Will Solace. Ali. Ao seu lado. Perto o suficiente para ele estender a mão e tocar seus cabelos que brilhavam como fios de ouro. Conseguia sentir o cheiro agradável que o fazia se sentir bem e feliz.

Mesmo ambos estando juntos por quase quatro meses, ainda era difícil para Nico se acostumar com a fragrância dele, ou conter o impulso estender a mão e tocar seus cabelos, deslizar os dedos por seu rosto, por cada centímetro, querendo guardar suas feições para sempre na sua mente como inscrições prensadas à ferro quente. Era inevitável para Nico sentir o calor invadir o seu rosto sempre que os belos olhos azuis de Will se cravavam em si, fitando-o com um sorriso fino que o fazia perder o ar.

A lembrança da primeira vez que seus lábios se tocaram num beijo tímido voltou à mente de Nico instantaneamente – ainda podia sentir a textura, o calor, o gosto dos lábios do loiro e a sensação extasiante que percorreu seu corpo -, e isso o fez desviar os olhos novamente para o pequeno aparelho que apertava nas mãos.

– Eu gosto – Nico murmura em resposta. – A letra é... Encorajadora.

– Agora que você mencionou essa palavra – ele começou, levantando-se da cadeira quase num pulo. – Me lembrei que temos que conversar.

Antes que Nico pudesse protestar, Will o tomou pelo pulso, puxando-o atrás de si enquanto se encaminhava em direção ao lance de escadas que subia metros na escuridão até a entrada/saída daquele pequeno e secreto estabelecimento.

O garoto o guiou por uma rua coberta por um tapete de neve pálida e úmida, que derretia sobre as solas dos seus sapatos enquanto eles afundavam durante a corrida. Os cabelos loiros de Will dançavam ao ar, como se fossem uma auréola de luz ao redor da cabeça do garoto.

Talvez Will fosse realmente um anjo, afinal. Ou algum tipo de divindade que vive no meio de uma sociedade – se é que isso pode ser chamado de uma sociedade – como se fizesse parte deles. Talvez Will Solace fosse seu brilho de sol. Um brilho que há muito deixara de brilhar sobre a cidade.

– Suba logo – Will o apressou, indicando a escada de incêndio que escalava a lateral de um prédio antigo e depredado até o topo, cerca de poucos quinze andares acima. Mesmo através do tecido da luva que envolvia suas mãos agora – era sempre bom trazer uma luva quente e macia dentro da jaqueta -, Nico podia sentir o metal, frio como gelo, mas já estava acostumado.

Enquanto subia a escada, o vento soprava forte contra o corpo magro de Nico. Era como se o vento fosse dentes afiados tentando penetrar através dos tecidos quentes para se enterrar na carne do garoto, congelando-o.

– Está tudo bem aí embaixo? – Nico sussurrou, olhando de esgueira sobre os ombros, diretamente para onde Will subia lentamente um pouco abaixo de si.

– Estou ótimo – ele respondeu, sorrindo. Seus lábios haviam começado a perder a cor enquanto o sangue esfriava. – A vista daqui de baixo é ótima – ele acrescentou, dando uma piscadela à Nico.

– Não seja idiota – Nico murmurou, acelerando a subida, com vergonha. Tanta coisa para ele olhar daqui, e ele fica olhando logo para a minha bunda?, Nico pensou, sorrindo. Sinceramente Will... – Vamos logo que está frio.

A subida até o topo da escadaria demorou mais que o habitual, e quando Nico e Will enfim chegaram à laje – um largo espaço de chão coberto por um tapete branco de neve – logo correram para o canto, próximo ao parapeito, onde era o lugar especial de ambos.

– A partir de hoje, esse lugar vai ser o nosso Ninho de Amor. – Will havia dito na primeira vez que levara Nico até ali, enquanto apontava, com um sorriso hesitante nos lábios e o rosto totalmente enrusbrecido, para o chão, onde um grande cobertor branco estava enrolado. Naquele dia não era inverno, e o sol tentava brilhar forte o suficiente para atravessar as nuvens poluídas que cobriam todo o céu sobre a cidade. Mas o sorriso de Will era o seu sol particular que afastava todas as sombras de seu coração, e que o esquentava nos momentos frios.

Nico se acomodou ao lado de Will, e o loiro jogou o pesado tecido branco sobre os ombros de ambos e se espremeu junto à Nico. Suas mãos se entrelaçaram num aperto quente, e a cabeça do moreno se apoiou carinhosamente nos ombros de Will.

Ao longe, por detrás dos picos pontudos e negros das construções que perfuravam o céu frio da noite, na linha distante do horizonte, do outro lado da enorme muralha de ferro que circundava os limites da cidade, trancafiando-os nesse lugar sem vida e alegria, estava o Mar.

Nico o conhecia apenas de boatos e vislumbres, mas, na sua imaginação, a visão que tinha era exuberante: uma quantidade infinita de água de um azul tão límpido e cristalino quanto lápis-lazúli se estendo até onde a vista alcançava, com a luz do sol refletida sobre sua superfície, fazendo-a brilhar como se um número incontável de diamantes boiassem sobre a água, resplandecendo convidativamente aos raios quentes do sol do entardecer, quando ele se deita sobre o oceano e é engolido por ele, manchando as águas esverdeadas como sua forte luz alaranjada, como tinta flutuando das cerdas de um pincel quando mergulhado em água. Podia sentir o cheiro salgado da brisa do mar; o som constante das ondas rebentando nos rochedos com força, e o assovio do vento flutuando acima da água como pássaros.

Mas isso tudo era apenas em sua imaginação – baseando-se com o pouco que o garoto vira retratado naquelas folhas finas e coloridas.

Ali, com o corpo de Will junto ao seu, aproveitando do calor que compartilhavam, o mar era negro devido à escuridão da noite, e refletia a fraca luz da lua como os vidros dos prédios que o cercavam por todos os lados.

– É lindo, não? – Will sussurrou, com uma voz doce. A sua respiração subia em nuvens brancas. – Ás vezes eu me pergunto o que pode haver para lá dos muros de ferro. Que tipo de realidade há lá, ou o tipo de pessoas.

– Não creio que a realidade de lá seja muito melhor que a daqui – Nico disse, sentindo a tristeza nítida em sua voz. – E, se houver realmente alguém lá fora, eu não faço a mínima ideia de como possam parecer.

– Felizes, talvez?

Nico se endireitou, fitando o rosto de Will com confusão no olhar. Ele tentava sorrir, mas parecia que o frio havia enrijecido seus músculos, e o sorriso saíra mais distorcido do que geralmente belo.

– E por que eles estariam felizes? – Nico indagou, fazendo um movimento amplo com as mãos em direção ao que quer que fosse que existisse além dos muros. – Sabe-se lá o tipo de coisa que existe lá. Pode haver tantos perigos, tantos medos e tantas preocupações que, assim como aqui, não há tempo nem sequer para a felicidade. E, como assim eles estariam felizes?

Will não sorriu – na verdade o loiro não esboçou reação alguma. Seu rosto sério estava focado no brilho distante e distorcido da lua sobre as águas, e seus olhos brilhavam como duas jóias resplandecentes. Ele ficou alguns segundos em completo silêncio antes de virar na direção de Nico, encará-lo nos olhos com um leve sorriso no rosto e lhe apertar as bochechas levemente entre os dedos.

– Eles são felizes porque são livres – Will respondeu enfim, e havia um quê de convicção em seu tom de voz. Uma centelha fraca de esperança. – Não precisam ter medo de expressarem o que sentem – ele continuou, erguendo os olhos para o céu. - Podem rir quando quiserem, chorar quando quiserem, gritarem quando quiserem e amar quando bem entenderem; ao contrário de nós, que temos tantas restrições e proibições, que estamos sempre com essas caras duras e frias como gelo, sofrendo em silêncio enquanto tudo a nossa volta morre aos poucos, inclusive nós mesmos.

– Você gostaria de ser livre? – Nico questionou, pensando na ideia de liberdade.

– Mas é claro que eu gostaria – Will exclamou, e logo após abaixou o tom de voz. – Qualquer lugar é melhor do que aqui. Nós poderíamos fugir juntos, e viver como amantes em meio a um mundo totalmente desconhecido.

– E morrer alguns dias depois.

– Você é muito pessimista, Nico – Will rebateu, rindo. – Onde está o seu senso de aventura? – ele perguntou, se inclinando na direção de Nico para um beijo.

Seus lábios se tocaram, e Nico sentiu no mesmo instante seu coração pular no peito, e o sangue correr rápido por suas veias, como se uma onda elétrica tivesse passado por todo o seu corpo e colocado seu sistema nervoso para trabalhar numa velocidade estupidamente rápida e confusa. Os lábios de Will eram macios, e o beijo úmido e quente tinha um gosto doce e nem um pouco enjoativo. Quando se afastaram por ar, a mente de Nico gritava por mais de Will, mas seu corpo parecia paralisado.

– Mas, sabe – o loiro começou a dizer, deitando a cabeça sobre o colo de Nico. – até que eu gosto de viver aqui.

As mãos pálidas de Nico acariciavam os fios sedosos e dourados de Will, enquanto o admirava sem perceber o sorriso que tinha em seu próprio rosto.

– Will, eu quero perguntar uma coisa – Nico começou, com um pensamento se formando em sua mente. Quando Will assentiu, esperando pela pergunta, ele continuou: - Desde que eu me lembre por um constante visitador do Silêncio, eu nunca o vi com um aparelho, ouvindo música alguma. – Nico deu uma pausa, deixando sua observação pairar pelo ar. – O que você vai fazer lá todos os dias, então?

– Mas que acusação descarada Nico – Will rebateu, fechando os olhos e fazendo uma expressão de decepção. – Estamos namorando há quase quatro meses e você mal me conhece. Decepcionante. Isso chega a doer.

– Ah, cale a boca – Nico tentou dizer em meio às fracas risadas, tentando abafá-las com as mãos. Sentiu um toque em seu peito, e abaixou os olhos. Will tinha a mão sobre o seu tórax, a palma exatamente onde seu coração batia forte.

– É por isso. – ele disse, e essa simples e curta frase, fez um frio girar dentro da barriga de Nico. – Eu não preciso ouvir alguma música que outras pessoas já ouviram. Eu tenho a sua risada, que é muito rara, única e exclusiva, e posso sentir e ouvir nitidamente seu coração batendo dentro de você. No mundo em que vivemos hoje, isso é um bom sinal. Sabe por quê?

– Sim, eu sei – Nico disse, entrelaçando as suas mãos nas de Will. – Porque significa que não estamos morrendo.

Ao redor deles, os prédios finos e altos brilhavam à luz da lua enquanto a Cidade Negra mergulhava dentro da madrugada. Dentro em poucas horas o amanhecer se ergueria lentamente, e junto dele um outro novo dia.

E depois desse, outros tantos.

Porque, por mais difícil que fosse viver onde eles viviam, não era ao todo algo ruim, pois, afinal, eles tinham um ao outro.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso. Espero que tenham gostado da minha primeira fic sem tragédia, muito drama ou alguma morte ♥Desculpem por algo, e amo vocês todos, seus(suas) divosos(as) ♥Até mais o/



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