Winner escrita por Alice


Capítulo 6
Top Less, Por quê Ninguém Está no Topo!


Notas iniciais do capítulo

Eu dedico isso a minha mãe, que me mostrou a maravilha que é ficar sem a parte de cima do biquini na praia (escondida dos outros porquê ainda é proibido).



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Praia. Depois de três meses longe de seu precioso sol, finalmente ela iria recuperar a sua vitamina D e seu bronzeado cor de canela claro. Rose Narcisa havia passado por todos os estágios da depressão, sem chorar, e agora estava na parte final: guardar tudo como uma ótima lembrança – já que é só isso que restou.

Então, na praia artificial de Manhattan, no primeiro dia quente de maio, ela comemorava a sua promoção – ganha depois que a policia [finalmente] prendeu os [merdas dos] meninos [muito filhos da puta] que estupraram as meninas no Brooklin – junto das meninas do movimento Top Less (Por quê ninguém está no topo!) e fazendo top less. Como Rose gostava daquele biquini asa-delta azul piscina, que não marcava o quadril e cujas tiras passavam por cima das ancas, e daquele sentimento de liberdade, já que estava sem a parte de cima junto de outras onze garotas, jogando vôlei na praia.

Se papai me visse agora?, ela gargalhava em sua mente.

Porém, há imbecis em todos, em todos, os lugares. Mas ali, quando algum infeliz dizia alguma coisa sobre ela estarem com a sua beleza a mostra, normalmente algo sobre “todas se comerem juntas” ou “todas se comerem juntas na casa dele”, bem, não era a toa que elas iam em grupo. O infeliz – que estava feliz antes de abrir a boca –, definitivamente não abriria mais a boca. A vez de quem dava o soco, naquela hora, era de Lyra Cornélia Greengass, com cabelos e olhos negros e sexy de asa-delta vermelho, uma das colegas de trabalho de Rose que adorava bater cabelo em festas e de quebrar mandíbulas na praia. Vendo aquilo, a Weasley não conseguiu entender como, como os homens achavam as mulheres fracas? Ao menos, aquele infeliz, não iria mais achar aquilo.

Elas estavam disputando o set faziam trinta minutos, e o time de Rose estava ganhando no tiebreaker, disputando a vitória do jogo. Uma menina chamada Marie Thomas estava para sacar e aquele saque as levou há vitória: Marie Thomas errou. Rose sorriu enquanto cumprimentava as colegas, Rose Weasley nunca perdia.

A ruiva e a morena se deitaram para pegar sol, Rose com sua pele escura e Cornélia com sua pele clara, lindas, Narcisa com os seios empinados e mamilos quase negros, Lyra com seus mamilos rosas e seios fartos. Mas, por mais feliz e em paz que estivessem, elas não conseguiam parar de observar os olhares que lhes mandavam: Desejo imundo e raiva pelo desrespeito vindo dos homens, nojo e até inveja de outras mulheres.

Sister Sister, where did we go wrong?

Tell me what the fuck were doing here

Why are all the boys acting strange?

Weve got to show them were worse than queer

Nesses momentos, em que ela se lembrava do nojo no olhar do pai quando ela lhe explicou o que era Feminismo, Rose pensava se realmente valia a pena toda aquela luta. Mulheres que destratam mulheres ao invés de se unir, homens que ensinam aos seus filhos sobre como é certo viver em sua perspectiva, e famílias destruindo seus filhos por terem uma mente aberta. Por que?

Mas sempre vinha a resposta clara: de top less, fazendo o que achava certo, não se permitindo ser subjugada pela sociedade, escrevendo suas reportagens, tudo isto era ela se defendendo. Não era uma escolha, era ela. Rose tinha que lutar por quê ela era Rose. E, quando tentou explicar isso para Cornélia, não foi necessário esforço. Elas se entendiam, todas elas, que lutavam, entendiam aquilo: não é uma escolha, é quem nós somos. Jamais vão tirar isto de nós.

Quando a Weasley se olhou novamente, ela estava no fim de um discurso, fazendo as meninas do Top Less (Por quê ninguém está no topo!) a olharem agradecidas, fazendo com que os homens as olhassem mais ofendidos e com que as moças abrissem um pouco mais a mente.

Infelizmente, sempre tem aquele imbecil.

Um idiota, bêbado, veio para perto das meninas e ficou falando merda, dizendo que elas eram putas e que deveriam ir para Chinatown se prostituir, ou ir pra Amsterdã, onde aquilo era permitido e elas não seriam presas. Só que o infeliz II tropeçou e ia cair de cara em uma pedra, quebrando a cara, e Marie, doce Marie de dezoito anos, tentou ajudar, segurando o cidadão ofensor. Ta, ele estava bêbado, mas qualquer um tem que ter noção que, depois de uma menina, que você acabou de xingar, te impedir de quebrar o nariz, você não solta uma gargalhada e aperta os peitos dela de forma grotesca, para doer.

Né? Pois bem, sim, o cara fez isso. E naquele momento, Rose gritou o que havia gritado para seu pai seis anos antes, quando ele disse que ela deveria ir para o seu lugar:

– SUCK MY LEFT ONE! – Ela se sentiu orgulhosa uma segunda vez, por usar aquela frase tão bem. Obrigada, Kathleen Hanna!

Foi gritado com ódio, na verdade. E depois repetido por todas as meninas do grupo, que se aproximaram do cara e resgataram a doce Marie de dezoito anos. Lyra acertou outro cara e quebrou outra mandíbula, e o nariz, porquê Lyra adorava quebrar mandíbulas e narizes na praia.

Daddy comes into her room at night

Hes got more than talking on his mind

My sister pulls the covers down

She reaches over, flicks on the light

She says to him: SuCK MY LEFT ONE

Rose fez uma reportagem com aquilo tudo e ela foi publicada. Outro cara foi preso e os seios de Marie ja haviam parado de doer. Mas as lembranças de Rose, ainda sensíveis há morte de Sirius, estavam vindo a tona e a perturbando. Todas as brigas de seus pais, todo a raiva de Ronald, toda a submissão de Hermione.

A Weasley não queria lembrar disto tudo, e foi quando decidiu esquecer que veio a pior de todas:

“– Você nunca, nunca, será aceita nesta família! – O pai dela gritava, roxo de raiva. – Você vai casar com quem eu achar bom e é isso: sem faculdade, apenas filhos e cozinha!

Nunca. – Rose falou cheia de sarcasmo, e continuou assim: – O que aconteceu com o nunca permita que te desrespeitem, papai?

– Ficou com o meu orgulho, Rosinha. – Aquela sim, aquela doeu muito. – Sabia que sua mãe havia criado você errado.”

Rose mandou ele se puder depois disso e ele quase bateu nela. Quem levou o tapa foi sua mãe, que mais tarde disse que ela teria de ter mais respeito por seu pai, deveria ser mais educada e obedecer. A ruiva apenas assentira, ignorando tudo. Agora, ela só conseguia pensar no nojo que o sobrenome do pai a estava trazendo. Ela queria ser uma Granger. Mais tarde, naquele mesmo mês, ela fez isso, e se tornou Rose Narcisa Granger, jamais uma Weasley.

Ela ficou feliz e, quando se olhou no espelho, depois de três fins de semana de sol com as meninas do Top Less (Por quê ninguém está no topo!), e se viu com a pele cor de canela média, pensou se sua mãe estaria feliz, se deveria resgatá-la das garras que seu pai. Afinal, a regra deveria servir para todas a meninas: jamais serem desrespeitadas. Ela riu. Se mandasse para o Congresso Nacional eles teriam a mesma reação de quando sua mãe disse para ser educada com seu pai. A Granger ficou repetindo claro, claro, claro, claro infinitamente.

Rose olhou para seus seios e constatou que não havia nenhuma maquina de biquini. Ela deu uma gargalhada gostosa, amava top less.

Mama says:

You have got to be polite girl

You have got to be polite

Show a little respect for you Father

Wait until your Father gets home

Fine fine Fine fine Fine fine Fine Fine


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Notas finais do capítulo

Alguém ai ja se cansou dos caras ficarem nos encarando quando estamos de biquini na praia?
EU NÃO SOU UMA BOSTA DE PEDAÇO DE CARNE, PORRA!



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