Winner escrita por Alice


Capítulo 2
Os anos '50.


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a Cupcake de Morango. Você foi importante.



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Se algo caracterizava a Weasley eram os anos ’50. Ela adorava petit-pois, bandanas na cabeça e cintura alta. Se estiver atrás de estilo, procure Rose Weasley no Google. Estilosa e sexy. Quadril médio, cintura fina, ombros largos, seios empinados, coxas e glúteos grandes o suficientes para chamar a atenção.

Estou lhe dizendo isso para você conseguir imaginá-la saindo do elevador de um prédio antigo do Brooklin, com os lábios negros e uma calça de couro que roubara de Alice. Ela colecionava roupas de suas melhores transas, e aquela menina, que ainda dormia, desmaiada de prazer, era o que ela mais amava: tímida. Assim, ela exibia um sorriso, seu cabelo solto batia em suas costas, o andar era confiante e o pirulito em sua boca a deixava mais sexy.

O dia tinha tudo para ser fantástico, até que o porteiro, em pé ao lado da porta, abriu a boca.

Grudou direitinho com a loira, putinha?

Com a voz debochada e maliciosa ecoando no corredor, ela teve que suspirar. Já ele, tadinho, mal conseguiu falar “merda” antes de apanhar.

Oh, sim. Esqueci. Se você procurar agressiva no Google, o resultado também é Rose Weasley. As vezes esquecem que ela têm um metro e setenta e oito. Uma joelhada no saco, um soco na cara e o cara estava no chão com o nariz quebrado.

O batom dela nem tinha borrado.

– Eu sei que você queria estar no meu lugar, putinha. – ela chupou se pirulito – Nunca ofenda uma garota, principalmente se ela conseguir se defender. Se ela não conseguir, bem, você é pior que uma puta, você é covarde.

Bem, o dia acabou de melhorar.

(She's so very, I don't care.)

Just cuz I named it right here sweet Chickadee

Don't mean for a minute you should think

I'm opposite of anything

But if you wanna know for sure

I'll tell you

Para muitas, ser ofendida é realmente uma ofensa. Para Rose – e talvez para você – isso lembra o motivo de ter de lutar para conseguir o que quer. Liberdade – que estava tatuada em suas costas. Além do mais, quando se é ofendido você tem o direito de ofender de volta. Discussões, brigas, argumentações. Ela era boa nisso. Não é a toa que era uma das jornalista da parte social do Times.

Ela podia julgar, mostrar a sua opinião. Que Londres fosse a merda: pelo menos nos Estados Unidos podia abrir a boca sem que casassem virgem e a fizessem mudar de sobrenome. Ali ela podia fazer sexo.

Eu sei que muitas meninas pensam como as princesas da Disney: primeiro amor, primeiro beijo, primeira vez que transou e tudo ficou “feliz para sempre”. Não que ela não acredite em finais felizes – ainda esperava que as mulheres ganhassem tanto quanto os homens –, mas ser puritana ja estava ultrapassado. Para entender o que é, o que é viver, ser um ser-humano, é preciso fazer tudo que está a seu alcance. Viver.

Sexo faz parte disso. E ninguém vai descobrir o quão isso é prazeroso em um casamento chato, tendo transado com uma única pessoa na sua vida. Por isso Rose transava com várias pessoas, de vários modos e de vários gêneros. Ela precisava ficar com alguém que a fizesse feliz, e ela tinha que procurar esta pessoa.

Afinal, desde que haja respeito, o amor é uma delícia – dica: fica melhor se o babaca do porteiro não disser que você é uma puta depois da transa.

We're not gonna prove nothing nothing

Sittin around watching each other starve

What we need is action/strategy

I want, I want, I want

I want it now

E não se engane: amor não existe se não houver respeito. Se você estiver louca pelo cara e ele te chamar de vadia no meio, bem, isso é paixão.

Amor foi o que Rose sentiu pela Longbottom. Era proibido, era apaixonante, excitantede mais. Mas, em todo o momento, era fluido sem brusquidão, até meio selvagem, necessitado, porém jamais, jamais, contra a vontade da outra. Mesmo que fosse por prazer, mais tarde. O que importa é sempre o momento.

A primeira vez da ruiva fora com um amigo próximo da família, ainda em Londres, da primeira vez que bebeu. Lorcan Scamander não foi o pior nem o melhor que Rose poderia ter tido: doeu – e isso foi a única coisa que ela lembrou daquela noite –, ao menos ele esperou um pouco para começar. Ela mudaria um única coisa se pudesse: que o prazer tivesse sido compartilhado.

Depois daquele dia, Rose se mudou para New York e nunca mais viu o loiro. Descartou ele, junto com seu hímen. Não haviam arrependimentos, apenas conselhos para quem perguntasse.

I believe in the radical possibilities of pleasure, babe

I do, I do, I do


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Notas finais do capítulo

Meninas, isso sempre será para vocês...