Winner escrita por Alice


Capítulo 1
Garotinha Rebelde


Notas iniciais do capítulo

Surto contra o machismo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/608717/chapter/1

Se houvesse algo que seu pai à havia ensinado, isto seria: ela era uma garotinha. E sua mãe? Mesmo ela sendo uma garotinha, ela jamais deveria ser desrespeitada. Isto, Rose jamais permitiu que acontecesse.

Com suas roupas fofas e rosas, incomuns para uma pessoa tão alta, Rose usava um laço em seu coque perfeitamente desarrumado, seus olhos âmbar estavam perfeitamente contornados com lápis negro, seu short de cintura alta perfeitamente curto e sua camisa perfeitamente amarrada acima de seu umbigo.

O que quebrava toda essa perfeição poderia ser o baseado em seus lábios vermelhos, mas ele não o fazia, apenas aumentava a sexualidade que ela ja exalava. Ela dançava no meio da multidão, a banda Kill Bikini tocando a sua música e o sorriso mostrando o quanto ela era livre.

When she talks, I hear the revolution

In her hips, there's revolution

When she walks, the revolution is coming

In her kiss, I taste the revolution

Ela havia conseguido o emprego que queria, no jornal mais famoso de New York e estava escrevendo uma reportagem importante. Era um momento de realização, ela abriria a sua boca para falar sobre o feminismo e a importância que as mulheres tinham. Poderia, finalmente, ser repassada por dentro da sociedade machista que a condenava por ter voz.

Rose jamais, jamais, permitira que um homem a usasse como um objeto, como uma coisa de arrumar a sua casa e de comer depois do jantar. Para inicio de conversa, é a vagina que come o pau, e não o contrário. A vagina é que recebe o membro do sexo opressor. De verdade moças, ja pararam para pensar nisso? Mas ela comia quem ela quisesse e pouco se importava em esconder isso. Quem a chamasse de puta se arrependeria: ela humilhava os homens assim que eles terminavam de falar e ensinava as mulheres que elas deveriam se unir, e não se acabar.

Lésbica, talvez. Hétero, talvez.

Bissexual, com certeza.

Se quisesse beijar aquela menina de coturnos, calça de couro e cabelos brancos – a filha de seu chefe, Alice Longbottom que a olhava de olhos arregalados da porta, era o que faria. Se quisesse apertar a bunda do puritano que estava encostado num canto, observando todo o show assustado, e lhe ensinar o que fazer para uma garota, ou um cara, enlouquecer na cama, era o que faria.

Ela faria o que quisesse. Mudaria o mundo, simplesmente porque queria, porque era a hora das mulheres adquirirem o lugar que mereciam: eram elas que sangravam todo o maldito mês, que sofriam quando eram penetradas porque os caras têm “necessidades carnais” e que carregavam os seus filhos por nove meses, esperando que fosse um menino.

E não se iluda: são todos assim. Sem exceções.

Por isso a ruiva dançava, no final ela venceria, ja estava vencendo, simplesmente por não aceitar aquela merda toda. Ela só teria um homem permanentemente quando este aceitasse que talvez fosse ele que a esperaria com o jantar no final do dia, ele que arrumaria a casa, e não ela. Talvez não, com certeza.

Afinal, era o que a tatuagem em suas costas dizia: Liberdade. E estava implícito que era à gays, lésbicas, bisexuais, transexuais, pansexuais, mas acima de tudo a ela mesma: as mulheres.

Rebel girl, rebel girl

Rebel girl, you are the queen of my world

Rebel girl, rebel girl

I know I wanna take you home

I wanna try on your clothes

Ela olhou para Alice de novo. O baseado estava quase no fim, as idéias sobre o que fazer com a garota mais baixa se aflorando e a visão das duas se beijando ficando mais nítida: a menininha de laço na cabeça, mais alta alta que a punk de calça de couro e coturnos, a agarrando. Depois, Rose poderia vestir a calça de couro e ir embora, enquanto a outra dormiria, e sair com uma bandana na cabeça, a camisa amarrada ainda acima do umbigo e sua bunda apertada, e ir andando até em casa.

E as pessoas ainda perguntavam o motivo de ser excluída de sua família.

Você ainda não notou?

Rose Weasley era uma garotinha rebelde.

Rebel girl, rebel girl

Rebel girl, you are the queen of my world

Rebel girl, rebel girl


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários... Pleeeease!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Winner" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.