Harry Potter e a Época dos Marotos escrita por Lilian Trindade Potter


Capítulo 12
O Vidro Que Sumiu




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Capítulo XI

O Vidro Que Sumiu

– Oi, eu sou Harry Tiago Potter.

Quando Harry se apresentou a sala ficou em estado de choque Lilian que estava com cara de choro abraçado á Tiago olhou para Harry com uma expressão de alívivo e correu para abraça-lo com ligrimas caindo.

– Harry, meu filho... – dizia ela

– Oi, mãe – disse Harry a abraçando e chorando.

Tiago se aproximou lentamente dos dois e olhou para Harry e pode ver que Harry se parecia muito com ele. Quando Harry olhou para ele, viu os lindos olhos de sua amada no filho e abraçou-o também.

As outras pessoas não dizia nada somente apreciavam esta cena com um sorriso. Quandoos três se separaram Sirius e Remo aproximaram-se e o abraçaram também.

– Pontas Junior, que bom que está bem. – disse Remo

– Estou bem. – disse Harry

– Graças a Merlin só de saber que você morou com os Dusleys já me deixou preocupado – disse Sirius

– Não se preocupe padrinho – disse Harry com um sorriso moroto.

– Pera... do que você me chamou?

– De padrinho.

– Ouviram?! Eu sou o pradrinho – disse pulando de alegria

– Parabéns – falaram Alice e Frank juntos.

– Que bom Sirius – disse Marlene com um sorriso

– Ei madrinha não vai dar um oi para o seu afilhado não? - disse Harry com uma cara marota.

– Meu afilhado? Eu sou a madrinha? – perguntou Lene com um sorriso no rosto levantando para um abraço e olhando para Lilian com um "obrigada" ni olhar.

–Ei Harry não vai apresentar seus amigos? – perguntou Sirius apontando para o centro da sala onde ainda os amigos estavam.

– Claro! Pessoal, esses são: Gina Weasley - disse indo para trás de Gina colocando a mãos em seus ombros.

– Muito prazer. – disse ela

– Rony Weasley.

– E ai? – disse ele

– Hermione Granger

– Olá, como vão? – disse ela.

– Luna Lovegood.

– Olá – disse a loira.

– E Neville Longbottom

– Oi.

– Longbottom? – perguntaram Alice e Frank ao mesmo tempo

– Sim – respondeu Neville – eu sou o filho de vocês

Quando foi dito isso Frank e Alice o abraçaram muito forte felizes.

– Bem – disse Hemione para quebrar o gelo – Vocês devem ter terminado o primeiro capitulo não?

– Sim terminamos – disse Lilian

– Que bom, agora que começa a história – disse Rony antes de ganhar uma cotuvelada de Hermione.

– Antes de começarmos tenho que avisar – disse Harry – que não podemos contar nada que ainda não for lido só poderemos discutir com vocês coisas que já tiverem passado ou que não estão no livro.

– Para que não ocorra informações antes do tempo? – perguntou Lene

– Isso – respondeu Gina

– Bem vamos ler então? – perguntou Rony

Assim todos se sentaram na seguinte ordem: Harry, Lilian e Tiago em um sofá, Neville, Frank e Alice em outro, Sirius e Remo em outro, Gina, Luna e Marlene em outro sobrando para Rony e Hermione sentarem perto de Snape.

– Então quem vai ler? – perguntou Gina

– Eu - disse Harry recebendo o livro e abrindo no capitulo 2.

'' Capitulo II

O vidro que sumiu

– O vridro que sumiu? – perguntou Sirius

– Magia acidental? – perguntou Remo

– Digamos que sim...- disse Harry constrangido voltando a ler.

Quase dez anos haviam se passado desde o dia em que os Dursley acordaram e encontraram o sobrinho no batente da porta, mas a Rua dos Alfeneiros não mudara praticamente nada. O sol nascia para os mesmos jardins cuidados e iluminava o número quatro de bronze à porta de entrada dos Dursley, e penetrava sorrateiro a sala de estar que continuava quase igual ao que fora na noite em o Sr. Dursley ouvira a funesta notícia sobre as corujas.

– Nossa! Quanto detalhe – disse Sirius.

– Devo adimitir que tem informação de mais. – disse Remo

Somente as fotografias sobre o console da lareira mostravam o tempo que já passara. Dez anos antes havia uma porção de fotografias de uma coisa que parecia uma grande bola de brincar na praia, usando diferentes chapéus coloridos, mas Duda Dursley não era mais bebê, e agora as fotografias mostravam um menino grande e louro na primeira bicicleta, no carrossel de uma feira, brincando com o computador do pai, recebendo um beijo e um abraço da mãe. A sala não continha nenhuma indicação de que havia, outro menino na casa.

– Então o Harry não esta mais lá? – perguntou Alice

– Não teria tantas esperanças – cochichou Neville deixando Alice com um olhar triste.

No entanto Harry Potter continuava lá, no momento adormecido, mas não por muito tempo. Sua tia Petúnia acordara e foi sua voz aguda que produziu o primeiro ruído do dia.

— Acorde! Levante-se! Agora!

– Linda maneira de se acordar, não? – disse Remo.

– Petunia, maldita, quando sair daqui você vai se ver comigo – resmungava Lilian olhando o livro de cara feia

Harry acordou assustado. A tia bateu à porta outra vez.

— Acorde! – gritou.

Harry ouviu-a caminhar em direção à cozinha e em seguida uma frigideira bater no fogão. Virou-se de costas e tentou se lembrar do sonho em que estava. Era um sonho gostoso. Havia uma motocicleta. Tinha a estranha sensação que já vira esse sonho antes.

– Uma memória fantastica – disse Tiago sorrindo para o filho ao seu lado.

A tia voltara à porta.

— Você já se levantou? — perguntou.

— Quase — respondeu Harry.

— Bem, ande depressa, quero que você tome conta do bacon. E não se atreva a deixá-lo queimar. Quero tudo perfeito no aniversário de Duda.

– Como assim? Você que cozinha na casa? – perguntou Lilian

– Sim – disse Harry sem jeito

– Deste quando? – perguntou Marlene

– Desde os seis anos.

– SEIS ANOS! - falaram todos

– É... - disse sem jeito - quando eu comecei a ter aultura para subir no banco para enchergar o fogão eu cozinho.

– Quando eu sair daqui eu irei matar minha irmã -falou Lily

– Eu ajudo - disseram Marlene e Alice.

– Então vamos fazer com estilo - disse Sirius pegando um papel - cada vez que alguém atormentar o Harry poderemos escrever algumas ideias de ... digamos tirar satisfações.

– Eu apoio - falam Tiago e Remo ao mesmo tempo

– Nós também - disseram todos do futuro.

– Dessa vez eu estou com vocês - disse Lilian com raiva.

– Então todos de apoio? - perguntou Sirius com uma carinha de inocente.

Um murmuro de concordo de todos foi ouvido com execução de Snape que não aceitaria concordar com Sirius.

– Otimo - disse fazendo um feitiço para que o pergamunho e a pena flutuarem e começou a escrever.

– Quando alguém falar alguma ideia de alguma pessoa que tentar fazer algum mal ao Harry a pena cmeçará a escrever a ideia e para quem, a pena escreve o que pensarem sobre esse assunto ou falarem - explicou Tiago.

– Acho que já tenho algumas ideias - disse Lily enquanto a pena ja estava escrevendo.

Quando todos ja tinham falado ou pensado suas ideias Harry voltou a leitura.

Harry gemeu.

— Que foi que você disse? — perguntou a tia com rispidez.

— Nada, nada...

O aniversário de Duda — como podia ter esquecido? Harry levantou-se devagar e começou a procurar as meias. Encontrou-as debaixo da cama e depois de retirar uma aranha de um pé, calçou-as.

Rony seguroi um gemido, Harry sabia que o amigo detestava aranhas.

Harry estava acostumado com aranhas, porque o armário sob a escada vivia cheio delas e era ali que ele dormia.

– COMO É!?!?!?! - exclamaram todos do passado

– Nem em um quarto você dormia? - perguntou Lilian vendo a pena voltar a escrever.

– Não - disse constrangido.

– Você era tratado pior que um elfo domestico - disse Sirius.

– Acho que os Dusley vão se arrepender de trata-lo assim - disse Marlene vendo a pena escrever.

Já vestido saiu para o corredor que levava à cozinha. A mesa quase desaparecera tantos eram os presentes de aniversário de Duda. Pelo que via, Duda ganhara o novo computador que queria, para não falar na segunda televisão e na bicicleta de corrida. Para o quê exatamente, Duda queria uma bicicleta de corrida era um mistério para Harry, porque Duda era muito gordo e detestava fazer exercícios — a não ser, é claro, que envolvessem bater em alguém.

– Me diz que ele não te batia - disse Tiago para o filho.

Harry abaixou a cabeça e voltou a ler ele logo saberia a resposta mesmo.

O saco de pancadas preferido de Duda era Harry, mas nem sempre Duda conseguia pegá-lo. Harry não parecia, mas era muito rápido.

– Bom reflexo para quadribol devo dizer. - falou Tiago se animando.

Todas as garotas exceto Marlene e Gina reviraram os olhos.

Talvez fosse porque vivia num armário escuro, mas Harry sempre fora pequeno e muito magro para a idade. Parecia ainda menor e mais magro do que realmente era porque só lhe davam para vestir as roupas velhas de Duda e Duda era quatro vezes maior do que ele.

– Nem comida davam direito. - disse Lilian com uma cara de raiva e uma aura vermelha começando a rondar ao seu redor.

Tiago ao ver essa aura a abraçou fazendo-a desaparecer, somente Tiago e Harry viram e decidiram não comentar.

Harry tinha um rosto magro, joelhos ossudos, cabelos negros e olhos muito verdes. Usava óculos redondos, remendados com fita adesiva, por causa das muitas vezes que Duda socara no nariz. A única coisa que Harry gostava em sua aparência era uma cicatriz fininha na testa que tinha a forma de um raio. Existia desde que se entendia por gente e a primeira pergunta que se lembrava de ter feito à tia Petúnia era como a arranjara.

— No desastre de carro em que seus pais morreram

– Desastre de carro!? Tiago e Lilian nunca morreriam assim! - falaram todos da sala.

— respondera ela. — E não faça perguntas.

Não faça perguntas — esta era a primeira regra para levar uma vida tranquila como os Dursley.

– Nem poderia fazer perguntas? Como ninguém o tirou dessa casa! - exclamaram Alice e Marlene

– Acho que como Dumbledore levou Harry para lá ninguém quis contraria-lo. - disse Remo

Tio Válter entrou na cozinha quando Harry estava virando o bacon.

— Penteie o cabelo — mandou, a guisa de bom-dia.

– Impossível os Potter possuem um feitiço muito antigo que nada pode acontecer com nosso cabelo. - disse Tiago mexendo no cabelo.

– Sério? - perguntou Lilian

–Claro, foi um feitiço do próprio Godric Grifindor. Qualquer feitiço jogado para ele é refletido com uma potencia maior. - disse Tiago bagunçando o cabelo.

– Eu me lembro de quando tentei pegar uma peça no Tiago - disse Sirius

–Eu lembro desse dia - disse Remo rindo - Sirius tentou deixar o cabelo do Tiago roxo, e ele acabou ficando de cabelo roxo por um mês.

–Minha mãe me irritou por um ano. Só porque um Black não deveria ser pego sem seu próprio feitiço. - disse Sirius imitando uma voz parecida com de Belatrix.

–Minha mãe teve que tentar fazer com que ela caísse na real e parace de pegar no pé do Sirius. - disse Tiago.

–Suas mães se conhecem? - perguntou Lilian

–Claro, - disse Sirius - Tia Dorea e minha mãe são irmãs. - disse simples mente.

–Tinha esquecido que famílias antigas eram todas parentes. -disse Lilian.

– Nem sempre isso é bom. - disse Sirius suspirando.

Harry percebeu que estavam todos em silencio e voltou a ler.

Mais ou menos uma vez por semana, tio Válter espiava por cima do jornal e gritava que Harry precisava cortar os cabelos.

Harry deve ter feito mais cortes que o resto dos meninos de sua classe somados, mas não fazia diferença, seus cabelos simplesmente cresciam daquele jeito — para todo lado.

Harry estava fritando os ovos na altura em que Duda chegou à cozinha com a mãe. Duda se parecia muito com o tio Válter. Tinha um rosto grande e rosado, pescoço curto, olhos azuis pequenos e aguados e cabelos louros muito espessos e assentados na cabeça enorme e densa.

Tia Petúnia dizia com frequência que Duda parecia um anjinho — Harry dizia com frequência que Duda parecia um "porco de peruca".

Todos da sala começaram a rir de cair no chão.

– Esse Harry e suas piadas - disse Sirius entre risadas - acho que ele puxou você Tiago.

– É – disse Tiago entre as risadas.

Quando as risadas acabaram Harry voltou a ler

Harry pôs os pratos de ovos com bacon na mesa, o que foi difícil porque não havia muito espaço. Entrementes, Duda contava os presentes. Ficou desapontado.

— Trinta e seis — disse, erguendo os olhos para o pai e a mãe a — Dois a menos do que no ano passado.

–Que mimado. - disse Marlene.

— Querido, você não contou o presente de tia Guida, e aqui está um grandão do papai e da mamãe, está vendo?

— Está bem, então são trinta e sete — respondeu Duda ficando vermelho. Harry, percebendo que Duda estava preparando um acesso de raiva começou a engolir seu bacon o mais depressa possível caso o primo virasse a mesa.

– Mimado até de mais - disse Lily entre os dentes

– Que bom que o Harry não ficou assim. - disse Alice com um sorriso para o garoto.

Tia Petúnia obviamente também sentiu o perigo, porque na hora disse:

— E vamos comprar mais dois presentes para você hoje. Que tal fofinho? Mais dois presentes está bem assim?

Duda pensou um instante. Pareceu um esforço enorme. Finalmente responde hesitante:

— Então vou ficar com trinta... Trinta...

– Ninguém merece! - exclamou Sirius - Além de ser mimado é burro.

— Trinta e nove, anjinho — disse tia Petúnia.

— Ah. — Duda largou-se na cadeira e agarrou o pacote mais próximo. — Então, está bem.

Tio Válter deu uma risadinha.

— O baixinho quer tudo a que tem direito, igualzinho ao pai. É isso ai, garoto! — e arrepiou os cabelos de Duda com os dedos.

– Muito igual ao pai. - disse Marlene bufando - É burro, estupido, mimado e gordo.

– Harry me diz se tiraram você dessa casa algum momento? - disse Lilian e Tiagi em um ar de suplico.

Harry não sabendo o que dizer ele precurou o olhar e Gina que olhava para ele transmitindo calma e depois disse:

– Não posso contar - disse com um olhar triste.

Lily ao perceber esse olhar já sabia a resposta mais decidiu não dizer nada e fez sinal para que Harry continuasse a leutura.

Naquele instante o telefone tocou e tia Petúnia foi atendê-lo, enquanto Harry e tio Válter assistiam Duda desembrulhar a bicicleta de corrida, a câmara de filmar, um aeromodelo com controle remoto, dezesseis jogos de computador e um gravador de vídeos. Estava rasgando a embalagem de um relógio de ouro quando tia Petúnia voltou do telefone parecendo ao mesmo tempo zangada e preocupada.

— Más noticias, Válter a Sra. Figg fraturou a perna.

– Figg? - Perguntou Remo confuso.

– Não são bruxos? - perguntou Tiago.

– Acho que sim, não lembro todas as famílias do ministério, - disse Frank - mas acho que sim.

– Acho que ja apareceram em alguma festa dos meus pais. - disse tiago - Acho que eles tem uma filha que é um aborto.

– Se for isso porque uma Figg estaria em uma residência trouxa? - perguntou Marlene.

– Dumbledore deve ter a colocado ali para vigiar Harry. - Disse Remo.

– Pode ser - disseram Lilian, Tiago e Marlene juntos.

As pessoas do futuro estavam surpresas com as conclusões que eles tomavam com pouca informação que tinham. Como mais ninguém disse nada Harry voltou a leitura.

Não pode ficar com ele. — e indicou Harry com a cabeça.

Duda boquiabriu-se de horror, mas o coração de Harry deu um salto. Todo ano, no aniversário de Duda, os pais dele o levavam para passar o dia com um amiguinho em parques de aventuras, lanchonetes ou no cinema. Todo ano deixavam Harry com a Sra. Figg, uma velha maluca que morava ali perto. Harry detestava o lugar. A casa inteira cheirava a repolho e a Sra. Figg lhe mostrava fotografias de todos os gatos que já tivera.

— E agora? — perguntou tia Petúnia, olhando furiosa para Harry como se ele tivesse planejado tudo. Harry sabia que devia sentir pena da Sra. Figg que quebrara a perna, mas não era fácil quando lembrava que ia passar um ano sem ter que olhar para o Tobias, o Néris, Seu Patinhas e o Pompom outra vez.

– Ninguém te culpa por querer se divertir um pouco - disse Lily com um sorriso sincero.

— Poderíamos ligar para a Guida — sugeriu tio Válter.

— Não diga bobagem, Válter, ela detesta o menino.

Com frequência, os Dursley falavam de Harry assim, como se ele não estivesse presente, ou melhor, como se ele fosse alguma coisa muito desprezível que não conseguisse entendê-los, como uma lesma.

— Isso é horrível! - disse Alice

– Tratar você como se fosse uma mala de problemas é errado! - disse Remo

Senaoe estava começando a sentir pena de Harry, ele teve uma infância sofrida como a dele. Tentaria melhorar seu humor dom ele.

— E aquela sua amiga, como é mesmo o nome dela, Ivone?

— Está passando férias em Majorca — respondeu Petúnia, com rispidez.

— Vocês podiam me deixar aqui — arriscou Harry esperançoso (ele poderia assistir ao que quisesse na televisão para variar e, quem sabe, até dar uma voltinha no computador de Duda).

– Bem a esperança é a última que morre né - disse Sirius

Tia Petúnia parecia que tinha engolido um limão.

— E quando voltarmos, encontrar a casa destruída? — rosnou.

Lilian rangeu os dentes com raiva.

– Túnia dramática, vai se arrepender cada detalhe do que disse.

— Não vou explodir a casa — prometeu Harry, mas os tios não estavam mais escutando.

— Talvez pudéssemos levá-lo ao zoológico — disse tia Petúnia lentamente — e deixá-lo no carro.

— O carro é novo. Não vou deixá-lo sentado no carro sozinho.

– Isso é horrível. - disse Frank - Ele é só uma criança e te tratam assim? - disse ele em direção ao Harry.

Duda começou a chorar alto. Na realidade não estava chorando, fazia anos que não chorava de verdade, mas sabia que se fizesse cara de choro e gritasse a mãe lhe daria o que quisesse.

Todos da sala bufaram de raiva e so foi ouvida a pena escraver no pergaminho.

— Dudinha, querido, não chore, mamãe não vai deixar ele estragar o seu dia! — exclamou abraçando-o.

— Não... Quero... Que... Ele... Vá! — Duda berrou entre grandes soluços fingidos — Ele sempre estraga tudo! — E lançou um riso maldoso por entre os braços da mãe.

Naquele instante a campainha tocou.

— Ah, meu Deus, são eles chegando! — disse tia Petúnia nervosa um minuto depois, o melhor amigo de Duda, Pedro entrou acompanhado da mãe. Pedro era um menino magricela, com cara de rato. Em geral era quem segurava por trás os garotos enquanto Duda batia neles. Na mesma hora Duda parou de fingir que estava chorando.

Meia hora depois, Harry, que não conseguia acreditar em sua sorte, estava sentado no banco traseiro do carro dos Dursley, com Pedro e Duda a caminho do jardim zoológico, pela primeira vez na vida.

– Pelo menos vai se divertir um pouco - disse Lilian.

O tio e a tia não tinham conseguido pensar no que fazer com ele, mas antes de saírem, tio Válter puxara Harry para o lado.

— Estou lhe avisando — disse, aproximando a cara grande e vermelha de Harry — Estou-lhe avisando, moleque, a primeira gracinha que fizer, a primeira, vai ficar preso naquele armário até o Natal.

— Não vou fazer nada — disse Harry — juro...

Mas tio Válter não acreditou nele. Ninguém nunca acreditava.

O problema era que sempre aconteciam coisas estranhas à volta de Harry e simplesmente não adiantava dizer aos Dursley que não era sua culpa.

– Não se preocupa – disse Tiago ao filho – Os Potter têm tendencias de se meterem em encrencas.

Uma vez tia Petúnia, cansada de ver Harry voltar do barbeiro como se não tivesse estado lá, apanhara uma tesoura de cozinha e cortara o cabelo dele tão curto que o deixara quase careca, exceto por uma franja, que ela deixou, para esconder aquela cicatriz horrorosa. Duda morrera de rir de Harry, que passou à noite acordado imaginando como que seria a escola no dia seguinte, onde já riam dele por causa das roupas folgadas e dos óculos emendados com fita adesiva. Na manha seguinte, porém, quando se levantou os cabelos estavam exatamente como eram antes de tia Petúnia cortá-los.

– Eu disse - disse Tiago - não se pode mexer no cabelo de um Potter.

Tinham-no deixado preso uma semana no armário por causa disso, apesar de sua tentativa de explicar que não saberia explicar como é que os cabelos tinham crescido tão depressa.

– Petunia sabe que é magia acidental eoa não deveria fazer isso. - disse Lilian com raiva.

Outra vez, tia Petúnia tentara obrigá-lo a vestir um macacão velho de Duda (marrom com pompons cor de laranja). Quanto mais tentava enfiá-lo pela cabeça dele, tanto menor o macacão ficava, até que finalmente parecia feito para um fantochinho de dedo, e com certeza não ia servir para o Harry. Tia Petúnia concluiu que devia ter encolhido na lavagem e Harry, para seu grande alivio, não foi castigado.

Por outro lado, ele se metera numa grande encrenca quando o encontraram no telhado da cozinha da escola. A turma de Duda o estava perseguindo, como sempre, e tanto para surpresa de Harry quanto dos outros, ele apareceu sentado na chaminé. Os Dursley receberam uma carta muito zangada da diretora de Harry, contando que Harry andara escalando os prédios da escola. Mas só o que tentara fazer (conforme gritou para tio Válter através da porta trancada do armário) fora saltar para trás das grandes latas de lixo da porta da cozinha. Harry supunha que o vento devia tê-lo apanhado na hora em que saltou.

– Você aparatou? - Perguntou Remo surpreso como todos au seu redor

– Não sei - disse Harry.

– Provalvelmente sim. - disse Sirius - Mas é uma magia miuto poderosa para fazer assidentalmente. O que você estava pensando na hora?

– Pare ficar o mais longe possível do alcance de Duda.

– Nunca nos contou dessa Harry - disse Rony

– Foi mal.

– De boa.

Harry vendo que não iam mais falar voltou ao livro.

Mas hoje nada ia dar errado. Valia até a pena estar em companhia de Duda e Pedro para passar o dia em outro lugar que não fosse à escola, o armário, ou a sala com cheiro de repolho da Sra. Figg.

Enquanto dirigia, tio Válter se queixava à tia Petúnia. Ele gostava de se queixar de tudo: das pessoas no trabalho, de Harry, do conselho, de Harry. O banco e Harry eram seus dois assuntos preferidos. Esta manhã eram as motocicletas.

– Não critique as motos seu gordo! - disse Sirius com raiva.

— ... Roncando pelas ruas como loucos, os arruaceiros — disse, quando uma moto emparelhou com eles.

— Tive um sonho com uma motocicleta — falou Harry, lembrando-se de repente — Ela voava.

Tio Válter quase bateu no carro da frente. Virou-se para trás e gritou com Harry, seu rosto parecendo uma beterraba gigante e bigoduda:

— MOTOCICLETAS NÃO VOAM!

– A voam sim pelo menos a minha sim. - disse Sirius feliz.

Duda e Pedro deram risadinhas.

— Sei que não voam — respondeu Harry — Foi só um sonho.

Mas desejou que não tivesse dito nada. Se havia uma coisa que os Dursley detestavam mais do que as suas perguntas, era quando falava de coisas que faziam o que não deviam, não interessava se era sonho ou desenho animado, pareciam pensar que ele poderia arranjar ideias perigosas.

Era um sábado muito ensolarado e o zôo estava cheio de famílias. Os Dursley compraram grandes sorvetes de chocolate para Duda e Pedro à entrada e, então, porque a mulher sorridente na carrocinha perguntara o que Harry ia querer antes que pudessem afastá-lo depressa dali, eles lhe compraram um picolé barato de limão. Não era ruim, Harry pensou, lambendo-o enquanto observavam um gorila que coçava a cabeça e se parecia demais com Duda, exceto pelos cabelos que não eram louros.

Harry passou a melhor manhã que já tivera em muito tempo.

– Graças a Merlin você se divertiu um pouco - disse Sirius mis tranquilo .

Cuidou de andar um pouco afastado dos Dursley, de modo que Duda e Pedro, que ali pela hora do almoço estavam começando a se chatear com os bichos, não recaíssem no seu passatempo favorito de bater no primo. Almoçaram no restaurante do zôo e quando Duda teve um acesso de raiva porque seu sorvetão não era bastante grande, tio Válter comprou-lhe outro e deixou Harry terminar o primeiro.

Depois Harry achou que devia ter adivinhado que estava bom demais para durar muito tempo.

Terminado o almoço foram visitar o alojamento dos répteis.

Era fresco e escuro ali, com quadrados iluminados ao longo das paredes. Por trás dos vidros, rastejavam e deslizavam em pedaços de pau e em pedras todos os tipos de cobras e lagartos. Duda e Pedro queriam ver as enormes cobras venenosas e as grossas pítons que esmagavam um homem. Duda logo encontrou a maior cobra que havia. Poderia dar duas voltas no carro de tio Válter e amassá-lo até reduzi-lo ao tamanho de uma lata de lixo, mas naquela hora ela não estava disposta a fazer nada. Na realidade, estava dormindo a sono solto.

Harry fez uma pausa e olhou para os amigos Hermione, Gina e Rony já sabiam do que ia acontecer e permaneceram quietos.

Duda parou, o nariz comprimido contra o vidro, observando as espirais marrons e reluzentes.

— Faz ela se mexer — choramingou para o pai. Tio Válter bateu no vidro, mas a cobra não se mexeu.

— Faz outra vez — mandou Duda. Tio Válter bateu no vidro com os nós dos dedos, mas a cobra continuou dormindo.

— Que chato — queixou-se Duda. E saiu arrastando os pés, Harry veio se postar na frente do tanque e estudou a cobra com atenção. Não se admiraria se a própria cobra morresse de tédio. Não tinha companhia a não ser aquela gente idiota que batucava no vidro, tentando incomodá-la o dia inteiro. Era pior do que ter um armário por quarto, onde a única visita era a tia Petúnia esmurrando a porta para acordá-lo, mas ao menos ele podia visitar o resto da casa.

A cobra inesperadamente abriu os olhos, que pareciam contas.

Devagarinho, muito devagarinho, levantou a cabeça até seus olhos chegarem ao nível dos de Harry.

E piscou.

– Cobras não fazem isso fazem?- perguntou Marlene.

Harry arregalou os olhos. E olhou depressa a toda volta para ver se havia alguém olhando. Não havia. E retribuiu o olhar da cobra, piscando também.

A cobra acenou com a cabeça na direção de tio Válter e de Duda, depois levantou os olhos para o teto. Lançou um olhar a Harry que dizia com todas as letras:

— "Isso é o que me acontece o tempo todo".

– COMO! - exclamaram as pessoas do passado.

– Você é ovidioglota? - perguntou Sirius.

– Sou - disse sem jeito.

– Mais como os Potter não tem esse dom. - Disse Tiago apavorado.

– Valdemort consegue - disse Snape pela primeira vez deixando todos surpresos.

Quando foi dito Lilian e Tiago entenderam o que aconteceu e disseram ao mesmo tempo.

– A cicatriz.

– Vocês não estão pensando que o Harry adquiriu algum poder do Voldemort pela cicatriz né? - disse Alice e Frank

– É o mais logico que pode estar acontecendo. - disse Snape.

— Eu sei — murmurou Harry pelo vidro, embora não tivesse muita certeza se a cobra poderia ouvi-lo — deve ser bem chato.

A cobra concordou com um aceno de cabeça enfático.

— Mas de onde é que você veio? — perguntou Harry.

A cobra apontou com o rabo uma placa próxima ao vidro.

Harry espiou.

— Boa Constrictor, Brasil, era bom lá?

A jibóia apontou novamente a placa com o rabo e Harry leu:

"Este espécime nasceu em cativeiro".

— Ah, entendo, então você nunca esteve no Brasil?

A cobra sacudiu a cabeça, mas um grito ensurdecedor atrás de Harry fez os dois pularem:

— DUDA! SR. DURSLEY! VENHAM VER ESSA COBRA! VOCÊS NÃO VÃO ACREDITAR NO QUE ESTÁ FAZENDO!

Duda veio bamboleando até onde o amigo estava o mais depressa que pôde.

— Cai fora — falou dando um soco nas costelas de Harry.

– Essa doeu até em mim. – falou Sirius

Apanhado de surpresa, Harry caiu com força no chão de concreto.

O que se passou em seguida aconteceu tão depressa que ninguém viu como foi: num segundo, Pedro e Duda estavam encostados no vidro, no segundo seguinte, estavam saltando para trás soltando uivos de terror.

Harry sentou-se e parou de respirar: o vidro da frente do tanque da jibóia tinha sumido.

– Ótima magia acidental - disseram Tiago, Sirius, Remo, Frank e surpreendete Snape.

A grande cobra se desenrolou depressa e escorregou pelo chão, as pessoas no alojamento dos répteis gritaram e começaram a correr para as saídas.

Quando a cobra passou rápido por ele, Harry poderia jurar que uma voz baixa e sibilante tinha dito: "Brasil, aqui vou eu... Obrigado, amigo".

O zelador do alojamento dos répteis ficou em estado de choque.

— Mas o vidro — ele não parava de repetir, — para onde foi o vidro?

O diretor do zôo em pessoa preparou uma xícara de chá forte para tia Petúnia enquanto se desculpava mil vezes.

Pedro e Duda só conseguiam balbuciar. Pelo que Harry vira, a cobra não fizera nada a não ser fingir abocanhar os calcanhares deles quando passou, mas quando chegaram finalmente ao carro do tio Válter, Duda estava contando que a cobra quase lhe arrancara a perna a dentadas, enquanto Pedro jurava que a cobra tentara apertá-lo até matar. Mas o pior de tudo, pelo menos para Harry, foi Pedro ter se acalmado o suficiente para perguntar:

— Harry estava conversando com ela, não estava, Harry?

– Garoto filho...

– SIRIUS! exclamou Marlene

– Desculpa.

Tio Válter esperou até Pedro estar longe da casa para brigar com Harry, Estava tão zangado que mal podia falar. Conseguiu apenas dizer:

— Vá... Armário,... Harry... Sem comida — antes de desmontar em uma cadeira e tia Petúnia ter que correr para lhe servir uma boa dose de conhaque.

– Ele não tem culpa - disse Lilian para o livro como se a podesse a ouvir

Muito mais tarde, deitado no seu armário, Harry desejou ter um relógio. Não sabia que horas eram e não tinha certeza se os Dursley já estariam dormindo. Até que estivessem, ele não poderia se arriscar a ir escondido até a cozinha buscar alguma coisa para comer.

Vivia com os Dursley havia quase dez anos, dez infelizes anos, desde que se lembrava, desde que era bebê e seus pais tinham morrido naquele acidente de carro.

Não conseguia se lembrar de ter estado no carro quando os pais morreram.

As pessoas da sala ja estavam com os olhos lacremejados.

Às vezes, quando forçava a memória durante longas horas em seu armário, lembrava-se de uma estranha visão: um lampejo ofuscante de luz verde e uma queimadura na testa.

– Isso é impossível! - exclamou Snape.

– O que foi? - perguntou Sirius

– Só existe um feitiço com luz verde e é a maldição da morte.

A sala ficou em silêncio tentando entender como Harry sobreviveu a essa maldição.

– Será explicado no livro - disse Hermione antes que alguém perguntasse.

Isto supunha ele, era o acidente, embora não conseguisse lembrar de onde vinha toda aquela luz verde. Não conseguia lembrar nada dos pais. A tia e o tio nunca falavam neles e naturalmente tinham-no proibido de fazer perguntas. E não havia fotografias deles na casa.

Quando era mais novo Harry sonhara muitas vezes com um parente desconhecido que vinha levá-lo embora, mas isto nunca acontecera, os Dursley eram sua única família.

– Boa pergunta. - disseram Lilian e Tiago

– Porque nenhum de vocês foram pelo menos ve-lo? - perguntou Lilian

– Não sabemos. - disseram todos

Ainda assim, ele achava (ou talvez fosse só uma esperança) que estranhos na rua o conheciam. E eram estranhos muito estranhos. Um homenzinho de cartola roxa se curvara para ele uma vez quando estava fazendo compras com tia Petúnia e Duda. Depois de perguntar a Harry, furiosa, se ele conhecia o homem, tia Petúnia tinha empurrado os meninos depressa para fora da loja sem comprar nada. Uma velha amalucada toda vestida de verde uma vez acenara alegremente para ele no ônibus. Um careca com um longo casaco púrpura, chegara a apertar sua mão na rua um dia desses e em seguida se afastara sem dizer nada. A coisa mais estranha nessas pessoas era a maneira com que pareciam desaparecer no instante em que Harry tentava vê-los melhor.

– Bruxos - Falaram todos da sala.

Na escola Harry não tinha ninguém. Todos sabiam que a turma de Duda odiava aquele estranho Harry Potter com suas roupas velhas e folgadas e os óculos remendados, e ninguém gostava de contrariar a turma do Duda.

– Acabou - disse Harry fechando o livro

– Nunca pensei como seria sua vida na casa dos seus tios - disse Luna.

– É foi difícil. - disse com um olhae triste.

– Vamos mudar isso filho - disse Tiago abraçando-o.

– Bem agora quem vai ler? - perguntou Hermione.

– Eu. - dise Tiago.

– Capitulo 3 "As cartas de ninguém "


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Notas finais do capítulo

' Lumos


Juro Solenemente que não farei nada de bom,


FELIZ NATAL!!!
Como presente de natal dois capítulos para vocês.


Beijos,
Lilian.



Malfeito feito.


Nox'



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