Sophia e James foram jogados no chão de uma forma bruta. Tudo parecia igual, mas eles sentiam que algo tinha acontecido. Nesse momento eles se encontravam no chão do que parecia a sala da diretora. Sophia estava cima de James, mas estava tonta de mais para reclamar.

– Isso é tudo sua culpa, Potter.

– Eu já ouvi isso antes. – uma voz desconhecida diz.

– Isso com certeza não é uma coisa que se vê todo o dia. – outra voz desconhecida fala. Eles rapidamente levantaram do chão, ainda tontos. Pelo que tudo parecia eles realmente estavam na sala da diretora. Todos os quadros dos antigos diretores estavam no lugar, assim como os moveis. Mas em vez Minerva estar sentado em sua mesa, ela era ocupada por um velho senhor com óculos de meia lua e olhos azuis que pareciam ler sua alma. E a sua frente se encontrava dois jovens, um praticamente igual a James e outro com cabelos negros compridos e olhos azuis acinzentados. E eles olhavam para os dois como se fossem alienígenas.

– Quem são vocês? – pergunta James, sem saber o que realmente dizer.

– James Potter, e vocês? – responde o jovem parecido com James. É obvio, pensa Sophia, ele é parecido com o Potter, porque ele deve ser o avô dele.

– Merda. – ela exclama baixinho percebendo o que tinha acontecido.

– Senhores, creio eu que podem se retirar agora. Conversamos mais tarde. – fala o velho homem. Então os dois garotos que estavam os olhando estranhamente se encaminharam em direção a porta, saindo logo em seguida - Bom, se me permitem perguntar, quem são vocês?

– Meu nome é Sophie McKinnon e ele é James Sirius Potter, em que ano nos estamos senhor? – ela pergunta/responde. Dumboldore os observa e parece estar analisando a responda, até que sorri de leve.

– Estão em 1977, Srta. McKinnon

– E você é Dumboldore? Quer dizer Albus Dumboldore? – pergunta James incrédulo.

– Bom, sim. – responde simplesmente.

– Ah cara, papai vai me matar- fala James preocupado.

– Não se preocupe, Potter. Ele não vai te matar. Eu vou – Sophie diz irritada.

– Será que antes da matança, posso saber como vieram parar aqui? E de onde vieram? – pergunta Dumboldore divertido.

– Somos do ano de 2022, senhor. E viemos para aqui por causa desse idiota aqui e de um objeto estranho – Sophie aponta para James no final da frase.

– Ei. – reclama James Sirius indignado, mas logo deu o objeto ao diretor. O professor analisa intrigado o objeto.

– Isso se parece com um vira- tempo, mas não qualquer um, este é muito raro. Ele permite que a pessoa viaje por décadas, em vez de horas como presumo que ocorreu, mas este parece-me quebrado, temo que tenham que ficar algum tempo até conseguir o concertar. – fala Dumboldore

– Parabéns, idiota. Viemos pro passado por sua culpa e agora estamos presos nele – Sophia diz irritada.

– Não foi minha culpa se o vira-tempo raro quebrou – reclama o garoto

– Pro começo de conversa se você não tivesse pegado ele nada disso estaria acontecendo!

– E... – James foi interrompido por Dumboldore que por mais que estivesse se divertindo com a briga, teve de a parar, pois estavam perdendo o foco na conversa.

– Creio que terão tempo o suficiente para brigarem, mas por enquanto temos que decidir algumas coisas.

– Professor, antes de começarmos, posso lhe fazer uma pergunta? – Sophia o questiona

– Fique à vontade

– Podemos contar o que ocorreu no futuro? – pergunta ela

– Uma ótima pergunta, Srta. McKinnon. Creio eu que vocês podem falar sobre o assunto, tendo em vista que assim que vieram pra cá, estamos em outra realidade, visto que acho que alguns fatos poderão ser alterados se necessário. Mas pelo que vejo eu não estou vivo no futuro, não é?! – diz Dumboldore

– Sim, senhor. – James fala triste. Ele sempre quis conhecer Dumboldore, pois seu pai sempre falava do antigo diretor com grande respeito e carinho.

– Gostaria de saber o que ouve? – pergunta Sophia calmamente

– Não será necessário, mas gostaria de os questionar quanto a Voldemort, como talvez vocês já saibam, estamos em uma época onde ele está muito mais poderoso.

– Ele está morto – garante ela

– Meu pai o matou em seu último ano – completa ele.

Um brilho de curiosidade passa pelos olhos do diretor.

– Vocês se incomodariam de me contar como? – pergunta ele.

Assim os dois jovens começam a contar como tudo aconteceu no futuro. Dumboldore ouvia tudo atentamente, mas quando eles disseram sobre a morte de Marlene, suscetivelmente pelas de James e Lily e a prisão de Sirius, o velho diretor sentiu seus olhos marejarem, ele os adorava, mesmo alguns sendo mais bagunceiros que outros. Ao fim do relato, todos os presentes estavam emocionados, mas tentavam não demonstrar.

– Penso eu que vocês gostariam de contar essa história a seus futuros parentes

– Sim, senhor – fala Sophia

– Muito compreensivo, mas tenho que lembra-los que estamos em uma nova realidade, isso significa que alguns fatos podem ser alterados, mas tudo o que já aconteceu, alguma hora acontecera – diz o diretor

– Por exemplo? – pergunta James confuso

– Seu nascimento, por exemplo. Vocês têm mais alguma pergunta sobre isso?

– Não, senhor – James fala

– Certo então decidiremos onde vocês ficaram, imagino que já que serão apresentados como viajantes do tempo, seria melhor ficarem na Sala Precisa, evitaríamos curiosos desnecessários. – conclui ele

– Claro – respondem juntos sem muita animação pois teriam que ficar juntos num mesmo cômodo.

– Vocês serão apresentados no jantar. E terão aulas normais, vocês são do 7 ano, correto? – pergunta ele

– Sim – diz Sophia

– Pelas suas vestes vejo que a Srta. é da sonserina e o Sr. é da grifinoria

Os dois afirmam com a cabeça, positivamente. Assim o diretor prossegue.

– Creio que os dois sentaram separadamente na hora do jantar. – o professor olha pra traz dos dois e exclama baixinho – Nossa nem me dei conta do horário, melhor irmos se não vamos perder o delicioso pastelão de rins que os elfos prepararam hoje.

O diretor, então, se levanta de sua mesa e segue em direção a porta de seu escritório, seguido pelos dois jovens, logo atrás. Passando pelos corredores praticamente vazios, eles perceberam que tudo era praticamente igual a Hogwarts que eles conheciam, tirando um ou dois quadros. Se eles não soubessem que estavam em 1977, nunca desconfiariam se olhassem o castelo. Quando chegaram a porta do Salão Principal, o diretor fez uma curva e entro por uma passagem lateral escondida. Pediu para que os dois esperassem que eles os anuncia-se, e assim o fizeram.

O diretor foi para seu palanque e imediatamente não se escutou nenhuma das vozes, que antes eram ouvidas.

– Antes de começarmos a nos deliciarmos com essa maravilhosa comida, peço a atenção de vocês por breves minutos. Hoje fui surpreendido com visitantes inesperados em meu escritório. Depois de conversar brevemente com eles descobri que eles são viajantes do futuro – são ouvidos murmurinhos, mas o professor os ignora e prossegue- Eles contaram o que acham que devem contar, e gostaria de pedir para não os incomodarem com perguntas inconvenientes vendo que eles talvez não saberão responde-las. Agora gostaria de apresenta-los, eles são Sophia McKinnon e James Sirius Potter. – assim que o diretor fala isso, ambos saem de salinha e vão em sua direção.

O Salão fica em silencio quando os vê. A maioria pensando que eles eram muito parecidos com duas pessoas de seu tempo. O silêncio é quebrado quando Dumboldore anuncia que eles poderiam se sentar respectivamente nas mesas de suas casas. Logo após todos se sentarem a comida aparece magicamente nas mesas.

Enquanto Sophia comia tranquilamente, James Sirius era cercado por um grupo bastante conhecido, os Marotos. James serra os punhos quando vê Pettrigrew junto deles. Logo atrás vinham duas garotas, uma ruiva com olhos verdes como esmeraldas que ele logo identificou como sua avó, Lily Evans. E a outra garota loira com olhos verde oliva que logo em seguida a reconheceu, sendo a avó de Sophia, Marlene McKinnon.

– Certo, vamos direto ao ponto, o que você é do meu querido amigo, Veado, aqui – fala Sirius se sentando de frente a ele. Logo imitado pelos outros garotos, enquanto as meninas se sentavam ao seu lado.

– É, Cervo, Pads – reclama James irritado, mas é ignorado pelo mesmo.

– Black! - exclama Marlene – seja mais discreto – ela o reprende

– Desculpe, Lenizinha. Mas queremos resposta. – ele afirma

– Você... – eles são interrompidos por pelo maroto de cabelos espetados que queria mais que ninguém saber quem o que iria acontecer em seu futuro

– Ei, vocês, já deu. Estamos na frente de do garoto que pode ser meu filho com a ruivinha, então calem a boca – os dois olhavam raivosos pra ele, mas se mantiveram calados.

– Vai sonhando, Potter. Eu nunca teria um filho com você – e olhou para James Sirius esperando que ele concordasse, mas foi totalmente ignorada por todos na mesa.

– Na verdade, você é meu avô – fala o garoto para James

– Certo – ele abre um sorriso sincero – E quem é a sua avó? – pergunta olhando desafiadoramente para Lily

– Bom... Lily Evans.