Highway To Hell escrita por Cath


Capítulo 2
02. Os Vingadores


Notas iniciais do capítulo

Muuuuito obrigada pelos comentários no capítulo anterior.
Me desculpem por qualquer erro e boa leitura!



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POV Acacia

Aqui estou eu em um jatinho particular indo para Nova Iorque, um lugar completamente desconhecido para uma brasileira. Sempre reclamei de fazer inglês durante 6 anos, mas hoje em dia falo fluente e agradeço a minha mãe por ter me feito fazer.

– Pegou tudo? Não se esqueceu de nada, não é? – Pepper pergunta suavemente, acento que sim. Não estava muito afim de conversar por algumas horas, e a ruiva pareceu entender isso.

Já havíamos decolado e eu estava sentada em um dos assentos hiper-mega confortáveis de couro, estava quieta olhando para a foto minha e da minha mãe na tela de bloqueio do meu celular. Minha única amiga, minha confidente, minha maior heroína. E agora, meu anjo da guarda.

Eu queria chorar, mas não o faria na frente de Pepper. Sou uma mulher de 23 anos, não quero parecer fraca na frente de ninguém. Ouço um suspiro que vinha da ruiva mais velha que estava na minha frente, logo a mesma se senta no assento ao meu lado e me abraça fraternalmente. Por mais que fosse embaraçoso, eu precisava daquilo, alguém que realmente parecia se importar. Correspondo o seu abraço e sinto uma lágrima escorrer pela minha bochecha. Pepper acaricia meus cabelos e deposita um beijo em minha testa. Assim como minha mãe fazia.

– Tudo vai ficar bem, eu prometo querida. – agradeço com um sorriso e me viro para tentar dormir um pouco, eu estava exausta.

(...)

– Acacia, acorde querida.

Abro meus olhos e vejo uma Pepper embaçada a minha frente de pé, minha visão foca novamente e vejo minhas malas em suas mãos. Tiro o cinto e me levanto, havíamos chegado na base de uma tal de S.H.I.E.L.B... S.H.I.E.L.P... algo assim.

Ajudo Pepper com minhas únicas duas malas médias, não trouxe todas as minhas roupas, apenas o que achei que precisava. E também algumas coisas sentimentais, tal como álbum de fotos.

Logo que descemos do jatinho um homem negro com roupas pretas e metido a pirata com um tapa-olho, que era bem estranho e legal, nos recebeu e se apresentou como Nick Fury, ele pediu para que eu o seguisse. Olhei para Pepper procurado o que dizer, afinal, eu não os conhecia.

– Pode ir querida. Irei te esperar na saída. – ela diz e me sinto mais segura. Sempre gostei de me meter em lugares estranhos e estar em uma aventura, mas aquela S.H.I.E.L.P me assustava.

Dou de ombros e sigo Nick e uma mulher com um uniforme colado, Maria Hill se ouvi certo.

– Fomos informados que você é filha de Tony. – ele diz – Certo?

– Nem eu sei. Alias, qual a do tapa-olho? É bem legal, pirata.

Nick revira os olhos (só um, na verdade) como se já ouvisse isso todo dia.

– Fizemos um teste de DNA. – Maria se pronuncia.

– Com o que, exatamente?

– Você não gosta muito de lavar a louça, não é mesmo senhorita Closs? – olho-o sem entender – Saliva.

– Cara, vocês são bem rápidos e um pouco nojentos também. – digo.

– Enfim. – Maria volta afalar – Senhorita Closs, você é sim filha do Stark.

– Merda. Sabe, queria saber porque mamãe nunca me falou dele.

Nick e Maria trocam olhares.

– Tony nunca foi um ótimo exemplo, Mas ok, isso você resolverá com ele. Pepper lhe espera, vá senhorita Stark. Até em breve. – Nick se despede.

– A S.H.I.E.L.P é bem interessante, gostei daqui.

– É S.H.I.E.L.D, senhorita Stark. – Maria fala.

– S.H.I.E.L.P. É Closs. – a corrijo.

– Agora é Stark. – Nick se mete, cara chato.

– Ok, tanto faz. Aonde é a saída?

(...)

– Bem-vinda a torre Stark, querida. – Pepper sai do carro e diz para Happy pegar as malas, ele é o motorista e um cara muito querido.

Que baita torre, era enorme. Eu iria mesmo morar ali?

– Vamos? – a ruiva me chama vendo que eu estava impressionada com a torre.

Ao longo do caminho vim conversando com ela. Pepper administrava as industrias Stark e é namorada de Tony, ela é calma e paciente e costuma sempre ser positiva e sorridente. As vezes perde a paciência com Tony, mas isso só faz ama-lo mais.

– Vamos. – falo saindo do carro e entrando na torre logo e logo após no elevador. Não vejo ao certo qual andar Pepper aperta, minha cabeça pensava em como seria viver com um cara que é meu pai mas que nunca vi na minha vida toda.

O barulhinho de chegada do elevador me acorda, e logo que as portas se abrem vejo uma enorme sala, ouço vozes vindas de algum lugar e queria saber que era, mas Pepper me leva para ver meu próprio quarto.

Ela abra uma porta branca de um dos corredores e me puxa para dentro do lugar. Meu queixo deve ter caído, meu quarto era lindo e bem grande. Era maravilhoso e tinha uma vista incrível para a cidade.

– Eu amei Pepper, é meu mesmo?

– Claro que sim, anjo.- Ela deixa uma das malas ao lado do closet e me puxa novamente só que pra fora do quarto – Vamos ver aonde estão Tony e os outros.

Merda, como eu iria reagir com Tony? Não posso ser arrogante, claro, o cara me convidou para vir morar com ele. Eu tentaria não ser irônica e nem esquisita. Espera ai, ela disse outros? Que outros?

Vejo quem são “os outros” assim que chegamos na cozinha. E lá estava eu com cara de otária para 5 heróis de Nova Iorque.

– Oi! – foi o que eu disse, talvez estivesse nervosa.

Talvez.

– Acacia? – Tony, suponho, se levanta e vem em minha direção.

– É, sou eu mesma.

– Acho que já deve saber de tudo, não é? - ele pergunta.

Seja legalzinha com ele. Não banque a sarcástica, não seja arrogante. Dê uma boa primeira impressão. Eu pensava.

Nunca fui de dar uma boa primeira impressão, que se foda.

– Na verdade não, eu apenas estava afim de tomar um chá com alguns super-heróis então sai do Brasil e vim para cá por isso. – tentativa de ser legalzinha e não ser sarcástica já foi eliminado da listinha dos bons modos.

– Com certeza é sua filha. - Uma outra ruiva diz rindo de lado.

– Fique quieta Dona Aranha. Acacia, precisamos conversar. – Tony diz me guiando até a sala.

– Pode falar. – me sentei ao seu lado.

– Bom, eu conheci sua mãe há 23 anos, quando estava no Brasil. Eu era um jovem que apenas queria festejar, pegas algumas e me mandar dali. Mas com a sua mãe – seu olhar tinha um brilho sonhador – foi diferente, eu me lembro das mil cantadas que fiz até ela ceder e sair comigo. A levei para um restaurante muito bom e tomamos 2 ou 3 taças de vinho, ela ria de cada idiotice que saia da minha boca. Seu sorriso era lindo – seu sorriso aumentou – e foi na mesma noite que... ahm.... aquilo...

– Anthony, tenho 23 anos, sei o que fizeram.

– Ah, claro. Enfim, no outro dia eu sai logo pela manhã para não perder meu voo. Nunca pensei que me apegaria tanto a uma noite com alguém, Camila foi minha primeira paixão. Eu não parava de pensar nela e que nunca mais poderia reencontra-la. E quando eu li aquela carta, eu chorei o que um homem sóbrio não chora. Logo que li que Camila havia ficado grávida, eu não acreditei, mas cá está você Acacia. Santo Deus, você é cara da sua mãe. – Tony já tinha seus olhos cheios de lágrimas.

Num impulso eu o abracei forte, assim como se abraça um urso de pelúcia bem fofo. Talvez ele precisasse desse abraço. Além de tudo, ele era minha única família agora, eu sentia isso.

– Obrigada por me deixar ficar aqui Anthony. – falo em meio ao abraço, eu me segurava para não chorar.

– É o mínimo que posso fazer. E por favor, apenas Tony. Sei que ainda não está pronta para me chamar de pai. Eu entendo.

Aceno que sim, seria difícil me acostumar.

– Venha, - Tony se levanta enxugando seus olhos – quero que conheça Os Vingadores, ou bando de otários, como eu os chamo.

Já sei de onde vem meu lado irônico e sarcástico.

Tony me guiava pela casa e assim que chego na porta da cozinha vi que Os Vingadores falavam alto enquanto discutiam sobre algo que não fiz questão de saber o que era, além do que não era da minha conta.

– Ei! Calem a boca e se apresentem para Acacia. – Tony diz pegando um copo com bebida e se sentando no balcão da cozinha.

Todos me olharam esperando algo, talvez um ataque de uma típica fangirl. Definitivamente eu não faria isso, tenho minha dignidade e não sei de nada sobre eles. Talvez o nome de alguns e sei que “salvaram” Nova Iorque.

– Não vai gritar, ou sei lá, pirar? A maioria faz isso. – um cara de cabelos castanhos e curto que usava um uniforme preto e colado, disse.

– Não sou a maioria, querido. – me sentei em uma das cadeiras em volta da mesa que estavam – Vocês são apenas “super-heróis” sem graça, nada contra, mas eu prefiro o Batman.

Todos presentes fizeram cara de ofendidos.

– Ele nem tem poderes. - Disse um loiro bombado, com cara de galã de novela. Wow, que gato.

– Você também não, potinho de Whey. – ele fez cara de desentendido enquanto Tony ria alto. – Esquece, docinho.

Lhe lancei uma piscada de olho e vi o loiro ficar envergonhado, tive que acompanhar a risada de Tony depois desse showzinho.

Paz é o caralho. Acacia Closs veio ao mundo para causar a discórdia.

– Enfim. Olá Acacia, sou Bruce banner.

Como não vi ninguém verde ali, supus que Bruce fosse o Hulk. Que eu saiba, Bruce é um cientista.

– Prazer em conhece-lo Doutor Banner. – falei esticando minha mão para apertar a sua.

Olhei para a ruiva ao seu lado. Se tom de ruivo era mais escuro, tinta talvez.

– Sou Natasha Romanoff, prazer em conhecer você Acacia. – ela aperta minha mãe.

– Digo o mesmo. Gostei do cabelo Natasha, parece até uma explosão de um pote de ketchup. – a ruiva solta uma risada nasal com meu comentário sobre seu cabelo.

Não pensem que minha mãe não me deu educação, mas as vezes falo besteira sem nem pensar.

– Sou Clint Barton, prazer em conhece-la Acacia. – o do cabelo castanho disse. Que cara de bravinho.

– Prazer em conhece-lo, Clint. – digo e o mesmo da um sorriso de lado agradecendo e dá uma leve cotovelada no loiro ao seu lado que mais se parecia com uma parece.

– Ahm, olá Acacia, seja bem-vinda. Sou Steve Rogers, prazer em conhecê-la.

Vocês acreditariam se eu dissesse que o loiro teve o trabalho de se levantar só para beijar as costas de minha mão? Porque sim, ele fez e aquilo me arrepiou.

Que cavalheiro! Achei que estavam extintos.

– Ok, Capicolé. Chega de ceninha com minha filha. – Tony me puxa para seu lado - Temos um Deus no grupo também, mas ele está no seu mundo alado.

– Thor? – pergunto.

– Ele mesmo.

Esse eu conheço pois sou muito interessada em mitologia, seja grega, romana, nórdica ou qualquer outra.

– Deve estar cansada, sim? – Tony diz.

– Na verdade, não. Dormi enquanto viemos mas acho que agora vou indo arrumar minhas coisas em meu quarto. – peguei meu celular e vi que tinha 1 ligação perdida e 15 mensagens, que estranho.

– Ok, então vai lá arrumar e se precisar de alguma coisa bastar chamar JARVIS, ele é legal. Não é mesmo, JARVIS?

– Sim, senhor Stark. – uma voz robótica surge de algum canto me fazendo dar um pulo assustada.

– Ele é um amor de robô. – bebeu seu ultimo gole de bebida – Ah, espero que não se incomode de ter eles – aponta para Os Vingadores que permaneciam sentados, menos Steve que ainda estava de pé no lugar que havia vindo para beijar minha mão – morando aqui.

– Claro que não me importo, Tony. Bom, tchauzinho. – digo acenando para todos e quando me viro, lanço um sorriso de lado para Steve, e o mesmo cora violentamente.

Isso seria divertido.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Apareçam leitoras, e façam a escritora feliz szsz