Dearest escrita por teffy-chan


Capítulo 1
Capítulo Único - I'm Really Loveless?


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Bem, essa é a primeira vez que escrevo uma fic sobre Loveless, espero que tenha ficado boa, mas por favor peguem leve comigo. Esta fic foi feita para o Desafio do Mês de Abril de 2015 e, como ele só permitia escrever no máximo três mil palavras, a fic acabou ficando muito menor do que eu gostaria. Na verdade essa foi a parte mais difícil do desafio, não ultrapassar as três mil palavras. *ainda sofrendo horrores com isso*
Como não encontrei nenhuma brecha para citar isso dentro do capítulo (e nem tinha espaço para isso devido ao número limitado de palavras) informo aqui que a história se passa no ano de 2015.
Essa história foi baseada em um sonho maluco que eu tive, como várias das minhas fics postadas nesse site, aliás. O começo da história foi o que eu sonhei, e eu dei continuidade ao sonho, inventando um final para essa história... bem, espero que gostem do meu sonho maluco e do final que criei para ele, que acabou se transformando em oneshot!
Boa leitura^^



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Agatsuma Soubi caminhava por ruas desertas, como já estava acostumado a fazer. Tinha enfrentado outra batalha, sem Ritsuka dessa vez, pois não quis chamar o garoto, que ainda estava ferido por causa da última batalha. Tinha se saído razoavelmente melhor do que das outras vezes, pois costumava ficar mais ferido do que estava agora quando lutava sozinho. Tinha apenas alguns arranhões aqui e ali, e cortes superficiais em seus braços e no tórax dos quais escorriam filetes de sangue. Nada para se preocupar.


E no entanto, apesar da recente batalha e dos ferimentos adquiridos nela, os pensamentos de Soubi estavam voltados para um assunto totalmente diferente agora: Por que ele não chamara Ritsuka para enfrentar a batalha junto com ele? Apenas porque o garoto ainda estava ferido, fora o fato de que não daria tempo de ele chegar até o local da batalha, já que era óbvio que seus inimigos não esperariam que o garoto chegasse, ou havia mais algum outro motivo? Aquilo simplesmente não fazia sentido… Ritsuka era seu sacrifício, era ele quem deveria receber os ferimentos no lugar de Soubi, que era seu combatente. Mas Soubi tinha a impressão de que havia alguma outra razão para ele não ter feito isso… uma que ele vinha evitando pensar já tinha algum tempo, mas parecia que uma mão invisível insistia em esfregar a verdade na cara dele.


— Me desculpe, Seimei. - Soubi falou, parando de caminhar e encarando no céu. — Sei que te prometi que sempre diria ao Ritsuka que o amava, mas… parece que começarei a dizer isso por um motivo diferente daqui em diante.


Como se o seu antigo sacrifício o tivesse escutado, uma pequena figura aproximou-se dele. Ritsuka, o irmão caçula de Seimei, deparou-se com Soubi ao virar a esquina. Parou de caminhar, surpreso ao encontra-lo tão de repente.


— Soubi? O que está fazendo aqui?
— Nada de mais, apenas voltando para casa. — O maior respondeu, o que não era mentira afinal. — E você, Ritsuka? Já está tarde para as crianças ficarem passeando sozinhas na rua.
— Não estava "passeando". Eu estava com a Yuiko e o Yayoi. Estávamos jogando videogame na casa dele. — Ritsuka corrigiu, emburrado. Só então pareceu notar os ferimentos espalhados pelo corpo de seu combatente, e sua expressão mudou de irritada para preocupada. — Onde arranjou todos esses ferimentos?
— Ah, é que encontrei alguns inimigos no caminho. Não precisa se preocupar, não foi nada de mais.
– Como assim "nada de mais"? Por que não me chamou? Eu sou seu sacrifício, deveria estar lá com você! — o menor exasperou-se.
— Eu não queria que você se machucasse. Você ainda tem ferimentos da última batalha, não é? — Sem esperar por uma resposta, Soubi aproximou-se dele e levantou a manga direita do seu casaco, revelando o braço ainda enfaixado com bandagens do garoto
— Isso não é nada, já está quase curado. — Ritsuka puxou o braço de volta, desviando os olhos para o lado. — Você devia ter me chamado, seu idiota!
— Já disse que não queria que você se machucasse. Talvez não pareça, mas eu me preocupo com você. Afinal, eu… eu te amo. — pela primeira vez na vida, Soubi repetiu aquelas palavras de forma verdadeira. Sempre dizia isso, porém apenas por pura obrigação. Mas naquela noite ele enfim se deu conta de que, sem perceber, acabou se apaixonando de verdade por Ritsuka.


Antes que percebesse, seu corpo pareceu se mover sozinho. Ele inclinou-se até ficar na mesma altura que Ritsuka e, sem pedir permissão, selou seus lábios com os dele. Segurava o rosto do menor entre as mãos, para que ele não recuasse, mas Ritsuka estava tão perplexo que não poderia fazer isso. Foi um beijo terno e gentil no começo, como os poucos outros que Soubi já tinha lhe dado. Ele deveria ter parado por aí, como sempre fazia, mas algo o impulsionou a continuar. Não queria se separar de Ritsuka, não queria se afastar dele. Precisava sentir o gosto dele, o calor de seu corpo junto ao dele. Abraçou Ritsuka, enlaçando sua cintura e trazendo-o para mais perto de si, e invadiu sua boca com a língua. Ritsuka arregalou os olhos e ofegou, corando, sem saber o que fazer.


Ritsuka literalmente não sabia o que fazer. Não sabia se tentava se desvencilhar e fugir, embora duvidasse que conseguiria se libertar de Soubi tão facilmente. Não sabia se devia e nem como se fazia para corresponder ao beijo. Não sabia nem se ele queria corresponder ao beijo. Ainda confuso e paralisado, ele apenas sentia o maior aprofundar o beijo cada vez mais. Soubi fazia movimentos estranhos enquanto enroscava sua língua na dele, fazendo-o produzir ruídos constrangedores. Ele apertou os olhos com força, em uma tentativa de deixar aquilo menos embaraçoso, mas de nada adiantou. Em pouco tempo começou a ficar sem ar e, felizmente, Soubi pareceu notar isso e o soltou, encerrando o beijo.


— O q-que pensa que está fazendo?! - Ritsuka indagou assim que conseguiu reunir fôlego o suficiente para falar, escondendo os lábios recém-beijados com a mão. Afastou-se vários passos dele, ofegando, encarando Soubi como se não conseguisse acreditar que aquilo realmente tinha acontecido. — O que foi isso… o que você fez?
— "O que"? — Soubi repetiu, confuso com aquela pergunta. — Eu te beijei. Não consegue reconhecer um beijo, Ritsuka?
— Isso não foi um beijo! — o menor exclamou alterado. — Quero dizer, você já me beijou antes, mas não foi assim! Você fez coisas estranhas com meu corpo!
— Não fiz nada de estranho, eu só te beijei, já disse. Foi diferente das outras vezes apenas porque foi… como posso dizer…? Um beijo mais profundo dessa vez. Desculpe, não consegui me segurar. Eu realmente te amo, Ritsuka.
— Mentira! — Rituka o cortou, ainda fora de si — Você só diz isso porque o Seimei te ordenou antes de morrer. Se ele não tivesse mandado você me dizer "eu te amo" cada vez que nos encontramos, você jamais diria algo assim para alguém como eu. Você não me ama coisa nenhuma, é só um mentiroso e um pervertido! Nunca mais faça uma coisa dessas comigo! E não me siga! — Ele deu meia-volta em seguida e saiu correndo, sumindo ao dobrar uma esquina.

— Ainda não consigo acreditar nisso. — Soubi murmurou pela terceira vez naquela noite.


Agora estava em sua casa, sentado no chão, encostado contra a parede. Ele tinha permanecido no mesmo lugar onde se declarara para Ritsuka por vários segundos, até que se deu conta da verdadeira reação do garoto. Ritsuka não tinha ficado com raiva ou magoado com o que ele dissera, como geralmente acontecia. Aquela expressão em seu rosto, o modo como ele o encarava… Ritsuka tinha ficado com medo dele. Não pelo fato de Soubi ter dito que o amava, o que Ritsuka concluiu que ele estava falando apenas para cumprir as ordens deixadas por Seimei, e sim por causa do beijo. Sim, eles já tinham se beijado antes, mas nunca daquela forma. Provavelmente foi isso que assustou Ritsuka.


— Como não consegue acreditar? Até mesmo eu, que nem conheço bem aquele moleque, posso perceber que você fez uma enorme burrada. — seu amigo Kio falava, sentado perto dele. Tinha cuidado de seus ferimentos e, mesmo Soubi achando aquilo sem importância se comparado à rejeição de Ritsuka (ele se esquecera completamente que estava ferido na verdade), deixou que Kio cuidasse dos machucados apenas porque não estava com humor para discutir com ele. — Francamente, como você pode fazer uma coisa dessas com um garotinho quanto tem a mim? Sabe que pode me dar beijos ainda mais quentes do que esse que eu não ligo! Fico até feliz na verdade!
— Por favor, Kio, não estou para brincadeiras hoje. — Soubi disse apenas. Acendeu um cigarro, mas nem mesmo isso parecia acalma-lo. Tinha contado parte do que tinha acontecido para Kio, apenas para ele parar de interroga-lo, mas agora se arrependia de ter feito isso.
— Certo, como quiser. — ele respondeu emburrado. — Mas é sério, você precisa tomar mais cuidado com o que faz. Você pode achar divertido brincar com aquele garoto, mas não se esqueça de que ele só tem doze anos. Brincadeira tem limite, sabe?


Soubi não estava brincando quando fez aquilo. Estava completamente sério, mais do que todas as vezes anteriores desde que encontrara Ritsuka na verdade. Mas tinha que admitir que Kio estava certo em uma coisa: Ritsuka só tinha doze anos. Mesmo Soubi se esquecendo disso às vezes, a diferença de idade entre eles era grande. Não é de se admirar que Ritsuka tivesse ficado assustado.


Então, ele acabara de se declarar, e fez a pessoa que amava ficar com medo dele roubando-lhe um beijo… parece que Soubi era mais idiota do que imaginava.

Enquanto isso, Ritsuka também não conseguia parar de pensar no que tinha acontecido. Já tinha chegado em casa e, após tomar banho, trancou-se no quarto. Agora estava deitado na cama encarando o teto sem realmente vê-lo. Tocou novamente os lábios com as pontas dos dedos, sem conseguir tirar aquele assunto da cabeça. Não podia se deixar iludir cada vez que Soubi lhe dizia "eu te amo", pois sabia muito bem que Soubi só vivia repetindo aquilo por ordem de seu irmão.


— Seimei… — Ritsuka murmurou o nome do irmão — Por que você tinha que dar uma ordem dessas ao Soubi? Não podia ter ordenado "Ajude o Ritsuka a encontrar os Sete Luas" ao invés disso? Essa sua ordem está me causando um enorme problema!


Ele se virou para o lado, encarando a parede emburrado, sua cauda felina agitando-se no ar por conta da irritação que sentia. Por mais que soubesse que Soubi só lhe dizia que o amava porque Seimei mandou que ele fizesse isso, aquele beijo foi diferente das outras vezes. Ritsuka nem sequer conseguiu identificar aquele ato como um beijo, para início de conversa. Em sua opinião pessoal, parecia algo muito mais indecente do que um simples beijo. Mas, ainda assim, foi a primeira vez que Soubi fez algo daquele tipo. E quando ele disse "eu te amo", chegou até a gaguejar… quase como se estivesse sendo sincero. Não, Ritsuka não podia criar falsas esperanças. Por que Soubi sentiria algo por ele? Ritsuka era apenas um menino magricela e baixinho. E ele ainda tinha orelhas de gato! É verdade… Ritsuka se lembrava que, quando conheceu Soubi, ele lhe disse que poderia ajuda-lo a perder as orelhas se desejasse, mas só quando ele crescesse um pouco mais. Se dependesse de sua altura, Ritsuka duvidava que isso viria a acontecer algum dia. Isso sem falar que, se aquele beijo já tinha sido embaraçoso, então perder suas orelhas devia ser ainda mais constrangedor.


Bem lá no fundo, Ritsuka sabia que desejava que aquelas palavras fossem ditas por serem verdadeiras, e não apenas por se tratar de uma mera ordem, mas Ritsuka não tinha a menor ideia se Soubi estava ou não sendo sincero com ele quando disse aquilo. Espere aí… "ordem"? Era isso. Ritsuka era o novo sacrifício de Soubi agora, e não Seimei. E o próprio Soubi lhe disse uma vez que, bastava Ritsuka ordenar que ele seria obrigado a fazer qualquer coisa que ele mandasse. Ritsuka poderia simplesmente ordenar que Soubi respondesse se ele estava ou não dizendo a verdade, afinal, ele mesmo já admitira antes que sempre dizia que amava Ritsuka porque Seimei lhe ordenou a fazer isso. Se ele estivesse apenas mentindo, então apenas responderia a mesma coisa de sempre: "Estou dizendo isso porque foram as ordens deixadas pelo Seimei".


Ritsuka tinha medo da resposta, mas ele precisava saber a verdade. Sentou-se na cama e pegou o celular. Começou a digitar uma mensagem para Soubi para lhe perguntar sobre isso, mas parou na metade. Ele queria muito saber a resposta, mas não através de uma mensagem de texto. Ele queria encarar Soubi nos olhos quando ele lhe respondesse. Infelizmente, teria que esperar até o dia seguinte para poder fazer isso.

Depois do que pareceu uma verdadeira eternidade, muito embora só tivesse se passado um dia, Ritsuka deixava a escola no fim da tarde, perguntando-se se deveria ligar para Soubi e pedir para encontra-lo, mas isso não foi necessário, pois ele estava encostado no muro da escola, como sempre fazia quando ia busca-lo. Assim que o avistou, Ritsuka foi até ele mas, antes que pudesse dizer alguma coisa, Soubi falou primeiro:


— Olá, Ritsuka. Creio que precisamos conversar.
— Sim, eu estava mesmo querendo falar com você. — O menor respondeu, surpreendendo Soubi. Geralmente Ritsuka sempre se mostrava irritado quando ele o chamava, como se sua presença o incomodasse. Não era do feitio de Ritsuka dizer algo assim.


No entanto, Soubi não questionou. Ao invés disso, apenas o seguiu até uma praça perto dali, a mesma onde eles tiraram suas primeiras fotos juntos quando se conheceram. Sentaram-se em um banco e, novamente, antes que Ritsuka pudesse pronunciar-se, Soubi falou primeiro:


— Ritsuka, creio que preciso esclarecer melhor o que aconteceu ontem.
— Era sobre isso que eu queria conversar com você. Mas me deixe falar primeiro. — Ritsuka pediu. — Antes… na época em que nos conhecemos e você começou a dizer que me amava… quando eu te perguntei sobre isso, você disse que tinha que me falar aquilo porque o Seimei mandou. Mas, ontem… parecia haver algo de diferente. Ontem, depois que você… m—me beijou… - Ele desviou os olhos para o lado, sentindo seu rosto esquentar. — Você disse aquilo apenas porque o Seimei mandou?
— Seimei realmente deixou ordens para que eu sempre lhe dissesse "Eu te amo". Mas, ontem, eu não disse aquilo porque estava apenas cumprindo as ordens deixadas por ele. — Soubi respondeu.
— Então por que você disse aquilo? — Ritsuka voltou a encara-lo, temendo a resposta.
— Ontem eu disse "Eu te amo" porque realmente amo você, Ritsuka.
— O q—que…? - Ritsuka gaguejou, sem conseguir acreditar no que ouvia. — Mas não pode ser. Você só diz que me ama porque meu irmão mandou… o Seimei também te ordenou a dizer isso, caso eu perguntasse algo assim um dia? Responda a verdade, é uma ordem!
— Não. — Soubi respondeu com tanta convicção no olhar que era impossível sequer desconfiar que ele estava mentindo. — Seimei apenas me mandou dizer "Eu te amo", e disse que eu podia confirmar que era porque estava cumprindo ordens dele caso você me perguntasse sobre isso um dia. Mas, ontem eu te disse "Eu te amo" porque te amo, Ritsuka. Percebi isso a pouco tempo na verdade, mas… a verdade é essa. Lamento se exagerei ontem, não queria te assustar. Esqueci da diferença de idade que existe entre nós. Tentarei pegar mais leve com você daqui em diante, mas a verdade é essa. Eu te amo.
— Não… não pode ser. — ele recusava-se a acreditar, embora não conseguisse ver um resquício de mentira sequer no olhar de Soubi. — Você jamais diria um "Eu te amo" sincero para alguém como eu. Pare de me confundir… eu não quero criar esperanças falsas à toa! — Ele tampou as orelhas felinas com as mãos, cerrando os olhos que começavam a ficar marejados.
— Não estou mentindo. Não dessa vez. — Soubi alegou. — Se não acredita em minhas palavras, talvez acredite em meus gestos.


Antes que Ritsuka pudesse compreender o que estava acontecendo, Soubi o tinha puxado para mais perto de si e, envolvendo seu corpo diminuto com uma das mãos, roubou-lhe um beijo. Terno e carinhoso, como o garoto estava acostumado, pois Soubi não queria assusta-lo novamente depois do que aconteceu na noite passada. Mesmo perdido em meio a confusão e o constrangimento misturados dentro de si, Ritsuka pode perceber que havia algo de diferente naquele beijo dessa vez. Nas poucas vezes em que se beijaram anteriormente, a maioria tinha sido anterior a uma batalha, algo necessário. E Soubi também tinha lhe roubado um beijo quando se conheceram e, embora Ritsuka tivesse ficado tão estupefato com aquele ato, conseguiu notar que o homem estava um tanto frio e distante quando fez aquilo. Mas dessa vez era diferente. Soubi estava sendo o mais cuidadoso que conseguia. Aquele era um beijo gentil e terno, completamente preenchido de sentimentos… os sentimentos que ele alegara nutrir por Ritsuka.


Enquanto o garoto perdia-se nesses pensamentos, começou a ficar sem ar. Soubi gostaria de ter aprofundado o toque, porém foi obrigado a encerrar o beijo. Enquanto o menor ofegava, tentando repor o ar em seus pulmões, ele falou:


— Acredita em mim agora? Ou precisa de outra demonstração?
— Não, obrigado. — Ritsuka respondeu, ofegante. — Então isso é mesmo verdade? Você realmente… também se sente desse jeito por mim?
– "Também"? — Soubi repetiu. — Isso significa que você também me ama?
— Ah… e-eu nunca disse que… quero dizer… droga! — Ritsuka desviou os olhos para o lado, amaldiçoando-se por ter denunciado a si mesmo tão facilmente.
— Não precisa ficar com vergonha. — Soubi respondeu sorrindo, segurando o rosto dele gentilmente com uma das mãos, forçando a encara-lo. — O amor é um sentimento lindo, não há nada para se envergonhar.
— Até parece. — Ritsuka falou, baixando os olhos. — Têm muitas coisas erradas nisso. Eu sou Loveless. "Aquele Que Não É Amado". E você é Beloved. "Aquele Que É Amado". Segundo o nome que carrego, estou fadado te amar, sem jamais ser correspondido. O máximo que posso ouvir é você dizendo "Eu te amo" por ordem do Seimei, mas estou destinado a nunca ser amado por você de verdade.
— Bem, então por que não mudamos o seu nome? — Soubi sugeriu como se aquilo fosse algo muito simples, e Ritsuka voltou a erguer os olhos para encara-lo. — Ao invés de Loveless, a partir de agora você será… Dearest. "Aquele Que É Querido". Alguém que é adorado por todos. Talvez não tenha percebido, mas todos gostam de você, Ritsuka. Sua família, seus amigos da escola… e eu, é claro. — Ele voltou a se aproximar seu rosto do de Ritsuka, e sussurrou no ouvido dele. — Eu sou o que mais gosta de você, meu querido Dearest. — Soubi o beijou o novamente, ao que Ritsuka correspondeu dessa vez, sentindo que, finalmente, podia acreditar em Soubi quando ele dizia aquelas três simples palavras que ele tanto queria ouvir com sinceridade: "Eu te amo".


~*~THE END ~*~


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Notas finais do capítulo

Olá de novo e parabéns para você que chegou aqui até o final! Espero que todos tenham gostado dessa história, estou realmente torcendo para que ela tenha ficado boa... bem, mas eu acho que isso só vocês podem dizer, não é?
Deixem reviews onegai e façam uma autora feliz! *o*