Capítulo Vinte e Três - Epílogo

Pov. Clarke Griffin

Não posso dizer que foi fácil. Eu não sabia nada sobre bebês. Posso dizer que foi o maior desafio da minha vida cuidar de: Charlotte, minha filha com Bellamy, adivinhar porquê ela chorava, se era fome, sede ou só manha.

Não vivemos mais em Jaha, há alguns anos todos nós nos mudamos para English Town. Tudo aqui funciona como uma verdadeira cidade. Tudo tem estado bem calmo, a paz com os Grounders já dura nove anos e não parece que será quebrada tão cedo. Luís estava certo quando disse que sou povo precisava se reconstruir, dois anos depois ele convidou LIncoln e Octavia para viver com ele e para infelicidade de Bellamy eles aceitaram. Na época pensei que seria bom, eu e Octavia vivermos separadas, mas a verdade é que atualmente sinto sua falta. Por mais discussões que tivéssemos acabamos nos tornando amigas no meio desse caminho.

Octavia é uma boa tia para Charlotte e segundo ela eu sou uma boa mãe. Atendendo o pedido de Lexa decidimos não contar a verdade a ela, não toda, Charlie sabe que não é minha filha biológica, mas nos contemos em dizer a ela que sua mãe foi uma grande guerreira que faleceu dando a luz a ela.

Sei que não é uma grande história ṕara se contar a uma criança, mas é melhor que a verdade. Para todos os Sky nós a adotamos, a encontramos na floresta naquela noite e decidimos que poderíamos dar um lar aquela criança.

Talvez um dia Charlie faça mais perguntas do que queremos responder, porém enquanto isso somos felizes. Nossa família foi presenteada a três anos com um novo membro: Finn Blake.

Talvez seja tolice acreditar que finalmente estamos seguros de toda aquele caos. Tentamos nos prevenir de possíveis guerras, nos preparar para caso aconteçam de novo, mas a verdade é que a maior parte do tempo nós rezamos para que a paz continue, que o próximo líder dos Grounders seja tão pacífico quanto Luís.

Alguém está sentindo sua falta?- Diz Bell com Finn nos braços. Olho em seus olhos e quase posso fingir que nada mudou, que ainda somos aqueles jovens da Arca. Tenho vinte e sete anos, mas a impressão que tenho é que sou muito mais velha, que já vivi o suficiente para apreciar um momento quando ele acontece.

Ponho Finn em meus braços e quase choro. Deu tudo certo.