Following to the Darkness escrita por Leh Linhares


Capítulo 22
Capítulo Vinte e Dois


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! É um prazer escrever isso, mas ao mesmo tempo me sinto mau. Esse é o penúltimo capítulo da minha primeira fanfic de The 100, mesmo não tendo tantos reviews quanto poderia só tenho a dizer a todos que vem me acompanhando até agora: MUITO OBRIGADA. Escrevê-la foi maravilhosa, percebi que posso lidar com a preguiça e a falta de frustração de maneira simples: foco. Essa fanfic me fez perceber como eu sentia falta da escrita da minha vida, brigada por lerem meus delírios. Espero que gostem!



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Pov. Bellamy Blake

Conforme o tempo passa a paz se instala. Já faz duas semanas desde o dia que prendemos Lexa e tudo tem estado tranquilo, Nosso povo retornou: na semana passada e aos poucos nos reconstruímos.

A antiga líder dos Grounders continua presa naquele Casebre. Clarke, Lincoln, Octavia, eu e Raven nos dividimos em turnos de seis horas cada. É importante que continue em segredo a prisão dela, todos acreditam que a morena foi morta em combate e junto dela o bebê que carregava.

Lexa tem um tratamento, mil vezes melhor que o que eu tive em sua aldeia, uma vida digna. Sem muitos luxos, contudo tentamos dar conforto a ela. Querendo ou não Lexa está grávida do meu filho e ele merece que a mãe dele viva e morra com o máximo de dignidade possível.

Eu e Clarke pretendemos dar a essa criança um futuro muito melhor que o de filho de um traidor. E se depender de nós ninguém nunca saberá de onde o bebê veio. Vem sendo difícil para nos dois nos adaptar a ideia de ter um filho. Acho que a ficha só vai cair quando puder segurá-lo.

Gosto de pensar que Lexa se arrependeu de tudo o que fez. A mesma nunca me disse isso, entretanto acreditar nisso foi minha forma de superar, de lidar com a raiva reprimida que só vê-la me trazia.

Uma das primeira coisa que fizemos foi garantir que English Town está realmente segura. E creio realmente que ouvimos a verdade de Lexa. Não precisamos de torturas, nada desse tipo, apenas gentileza.

3 Meses Depois…

Pelas nossas contam faltam ainda duas semanas para o parto e os preparativos estão a mil. O tempo passou rápido e aqui estamos nós sem nem um nome para a criança ou enxoval preparado.

Não sei como alguém espera que eu cuide dela, não sei o que fazer. Abby vem dizendo que vai nos ajudar, mas sei lá. Tudo é tão diferente aqui na Terra, sabe se lá quais conselhos ainda servirão . Clarke tem andado tão pirada quando eu, quando foi que achamos que isso seria uma boa ideia?

– Bell, Bellamy… TERRA CHAMANDO BELLAMY.

– Oi, desculpe. Você, disse algo?- Falo para Octavia, não tinha a visto bem na minha frente.

– Você anda distraído, cara. Ainda bem que não estamos mais em guerra.

– No que posso te ajudar, O?

– Direto ao ponto… Tem algo de errado, né? Pode falar comigo, você e Clarke brigaram ou algo assim?

– Não é isso. Não é nada na verdade, só besteira minha…

– Não está nervoso por causa do bebê?- O jeito que ela me pergunta, quase me irrita. Por que todos acham que eu não preciso estar preocupado? É um filho, a maior responsabilidade que eu vou ter na vida.

– Você vai se sair bem.

– Como você sabe?

– Por um simples motivo. Se eu estou aqui hoje: viva e bem. É só porquê você estava lá. Você foi meu pai, você assumiu a responsabilidade de me criar quando a mamãe estava no trabalho ou louca demais pra tomar conta de mim. Você me amou, como um pai deveria amar, me vestiu, me alimentou, me reprimiu quando eu fiz coisas erradas… Você só vai ter que fazer de novo. E dessa vez eu vou estar aqui pra te ajudar, todos estaremos.

– Eu te amo, O.

– Também te amo, Bell.- Nos abraçamos e fico mais tranquilo talvez ela estivesse certa.

– Desculpa interromper o momento de vocês dois, mas está acontecendo.- Diz Raven ofegante.

– O quê?

– Como dizer isso sem fazer alarde. Bellamy Blake o que vinhamos esperando todos esses meses está acontecendo.

– Agora não era o seu turno?- Pergunto ainda sem entender. Do que ela está falando?

– Exatamente, Blake. É esse o ponto, ninguém mais precisa fazer turno. - Assim que me dou conta saio correndo com Octavia e Raven na minha cola.O bebê está nascendo, finalmente o bebê está nascendo. Entro no casebre sem pedir licença e encontro Abby e Clarke junto de Lexa.

A morena não parece estar bem, esta suada e continua gritando de dor a todo momento. As duas pedem para que ela se acalme, mas não parece funcionar. Não sei bem o que passa pela minha cabeça, porém seguro sua mão. Seu toque me traz péssimas recordações, contudo ao invés de focar nelas, foco na ideia do meu filho. Logo seus gritos serão substituídos por um choro.

Leva mais tempo do que imagino, entretanto seis horas depois finalmente acontece: uma menina, uma linda menina. Clarke a entrega nos meus braços e eu admiro por poucos segundos antes de mostrá-la a Lexa, encantado em como algo tão pequeno pode gerar em mim tanto amor.

Não tinha reparado até agora, mas a morena chora. Não pequenas lágrimas, é um choro desesperado. Não sei se de dor ou de felicidade, talvez um pouco dos dois.

– Posso segurá-la?

– Claro.

– Preciso que você me faça um favor. Sei que sou a última pessoa que pode pedir algo a você, mas eu imploro.

– Pode dizer.

– Não diga nada a ela. Ela não precisa saber quem eu fui ou que eu um dia existi. Ela vai ter uma mãe, uma muito melhor do que eu seria. Então, é só isso. Perdão por tudo que eu te fiz. - Aceno minha cabeça em compreensão. Isso é algo que eu posso cumprir.

– Clarke tem algo de errado. Ela já deveria ter parado de sangrar. - Escuto Abby dizer.

– O que tem de errado? - Lexa parece fraca.

– Você tem uma hemorragia, mas nós duas podemos consertar.- Pra quê gastar seu tempo? Eu tenho que morrer de todo jeito que seja de um modo natural.

– Pode ser doloroso.

– Nada que eu não mereça. Cuidem bem dela. - Demora alguns minutos, porém logo depois ela perde a consciência. Boto a bebê nos meus braços de novo, contudo ela chora, chora desesperadamente como se soubesse que tem algo de errado. Saio do casebre, ela podia até não compreender ainda, entretanto não a deixaria assistir sua mãe morrendo.

– Ela só está com fome. Isso nos podemos consertar.- Diz Clarke também do lado de fora.

– Eu não queria que precisasse ser assim. Ás vezes eu esqueço quem ela realmente é e como essa menina foi feita.

– Eu também, Bell. Eu também.- Por mais estranho que pareça a criança para de chorar e eu sou obrigado a verificar se ela ainda respira. É difícil acreditar que eu a meses atrás jurei não me importar.

– Acho que ela gosta de você. Quer segurá-la?

– Mais tarde?- A loira parece nervosa, contudo eu a entrego mesmo assim.

– Ela é linda.

– É claro, é minha filha.- Sorrio e ela ri de volta. Ninguém disse que vai ser fácil, mas nos vamos conseguir. Agora sei que podemos.


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Notas finais do capítulo

Reviews?
Estou esperando amores. Essa é a hora dos fantasminhas aparecerem ou não vocês que sabem
Beijoos



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