Pov. Clarke Griffin

Já terminamos todos os preparativos, grande parte dos nossos já dorme vestido e pintado como um Grounder. Logo, logo a batalha começará e por mais que eu saiba que tudo indica a nosso favor, confesso que estou nervosa, lutar é sempre um risco. Mesmo quando vencemos existe sempre a chance de perdermos alguém que amamos no percurso.

Olho pra Bellamy, o moreno observa as estrelas distraído, não quero perdê-lo, não depois de tudo que já enfrentamos para estar juntos.

— Nervosa?

— Um pouco.

— Vai dar tudo certo- Fala ele e me abraça.

— É o que eu espero- Digo temerosa.

— Não enfrentamos tudo isso para morrer agora. Promete que vai sobreviver?

— Talvez não seja algo que eu possa prometer.

— Você não? Eu prometo. Não vou deixar que ninguém me mate amanhã. Tenho muito que viver ainda- Diz Bellamy e sorri.

— Também prometo então.

— Vou cobrar- Sua boca encontra a minha e eu esqueço por algum tempo do resto do mundo. Nosso beijo começa tranquilo, mas aos poucos vai se tornando mais e mais quente. Com mais destreza que na primeira vez, passo minha mão no seu corpo, em cada músculo, grudo cada parte minha na dele. Sabe se lá se teremos a chance de fazer isso de novo amanhã.

— Calma, Princesa… Não vou sumir.- Ignoro o que ele diz e volto meus lábios ao seu pescoço, enquanto as mãos deles param na minha bunda, a apertando. Escuto seu gemido de prazer e sorrio selando seus lábios com mais um beijo. Nos divertirmos hoje, é o mínimo que podemos fazer. Imploro por mais toques e Bellamy obedece, estar com ele é como estar vivendo no paraíso.

— Princesa, sabe... que … estamos em ... um lugar público de novo…- Diz ele ofegante.

— Não tem ...ninguém... aqui. - Voltamos um para o outro, Bellamy tira minha blusa e beija meus seios. A cada retirada de peça, ele percorre meu corpo. Primeiro meus seios seguido de abdome, coxas e pernas, enquanto eu tento conter meus gemidos. Não quero que ninguém nos ouça e venha nos interromper. Já nua encaro Bellamy ainda todo vestido. Retiro sua blusa e calça com pressa. Preciso dele dentro de mim urgentemente…

…

Depois do sexo, eu e ele somos obrigados a nos preparar para guerra mais uma vez, não há muito tempo para dormir, no fim das contas a única coisa que podemos fazer é esperar. Aos poucos todos acordam e se colocam a postos. Cada um em sua posição já definida.

Lincoln e Octavia se encontram próximos a nós, contudo ninguém conversa, não é hora para distrações. A missão dos dois é conseguis capturar Luís, segundo Lincoln ele deve estar bem próximo a Lexa, já que é o segundo em comando do exército. Enquanto os dois o pegam é esperado que eu e Bell detenhamos e aprisionemos Lexa. Ter êxito nessa parte do plano é de extrema importância. A chance do nosso povo encontrar a paz.

Se tudo funcionar como esperamos, os nossos fantasiados de Grounders servirão de distração para o sequestro de Lexa e Luís. Vejamos como o povo deles reage, enquanto parte deles mesmos o atacam.

A batalha começa. Não vejo Lexa, Há mais de vinte Grounders mortos ou feridos graças as armadilhas e bombas criadas por Raven e Wick, Num cavalo no final da comitiva está ela. Sua velocidade não é próxima de nenhum dos outros cavaleiros, não seria tão fácil alcançá-la.

Olho para o lado, procurando por Octavia e Lincoln…

— Eles já foram. Luís estava do lado oposto.

— Já o pegaram?- Digo sem tirar os olhos de todos os lados. Não podemos nos dar o luxo de conversar normalmente.

— Aparentemente sim. - Fala ele enquanto atira em um Grounder que está perto demais.

— Acho que será um pouco difícil para nós dois. Você me dá cobertura?- Disparo contra um grupo de inimigos. Bell acena com a cabeça e seguimos caminho. Lexa não se move muito, o grande problema é chegar a ela sem levar nenhuma lança envenenada.

O Acampamento está um caos. Há Grounders para todos os lados, entre eles vejo algum dos nossos, a verdadeira batalha está prestes a começar. Bell me protege o máximo que consegue e eu faço o mesmo por ele: estamos próximos.

Avisto: Erick, um dos nossos camuflados, matar cinco dos inimigos e sorrio. Nosso plano vai dar certo, tem que dar. Chegamos a Lexa. Antes de tudo precisamos fazê-la crer que o queremos é protegê-la de toda violência a sua volta.

— Não pensei que viria. Está louca? Um dos nossos poderia tê-la matado. Ainda pode na verdade- Falo baixo. É importante que ela continue acreditando no velho acordo.

— Não é como se eu pudesse não estar aqui. Estou exausta- E a mesma parece mesmo. Gestantes costumam se cansar fácil, isso somado a todo o estresse da situação não é algo bom pra ela ou pra criança.

— Andar horas a cavalo não é o indicado para grávidas. Nós sabemos de um lugar aqui perto, onde você poderia descansar. Podemos te levar até lá se quiser- Falo e olho pra Bellamy precisamos que ela aceite de uma vez. Não temos muito tempo até ela perceber o que realmente está acontecendo com seu exército.

— Não posso… Só um pouco, não deve fazer mal - A guiamos até uma clareira próxima, o velho casebre, o mesmo que ela usou dias atrás.

— Eu conheço esse lugar.

— Sim- Sorrio e permito que a morena entre na minha frente. Primeira parte do plano: cumprida. Bellamy tranca a porta e se junta a Lincoln e Octavia.

— Já fizemos a proposta a Luís. Como o senhor pode ver aí está ela. Presa e em nossas mãos.

— Presa? O que vocês fizeram?- A líder dos Grounders pergunta enquanto tenta inutilmente derrubar a porta. Bellamy a segura firmemente.

— Pensei que pudesse confiar em vocês.

— Engraçado, Lexa. Foi o mesmo que pensamos a meses atrás- Volto meus olhos a Luís, sua resposta é muito mais importante que as reclamações de Lexa.

— A proposta de vocês é tentadora, já planejava matá-la há algum tempo e vocês facilitariam muito pra mim. Aceito.

— ELE NÃO VAI DAR A PAZ QUE VOCÊS QUEREM- Grita Lexa.

— Eu direi a todos que você teve uma morte heróica, Lexa. Faremos uma bela cerimônia, não sei ao certo quantos comparecerão visto a sua popularidade atual, mas farei. Fique tranquila seu legado está seguro.

— ELE ESTÁ MENTINDO. NUNCA VAI PROTEGER VOCÊS.

— Como conversamos: Lincoln, paz é o que os dois povos precisam. Lexa foi uma boa líder por muito tempo, porém agora depois de tantas mortes que já tivemos o que o povo quer é paz, uma chance de reconstruir suas vidas. Obrigada por nos ajudar a conquistar. Você será sempre bem-vindo a Tondc. Garantirei isso.

— Acho que é hora de cessarmos a batalha.

— Tenho mais um pedido a fazer?- Diz Luís.

— Não posso governar com medo de um dia Lexa retornar. Vocês precisam matá-la e sei que não farão agora pela criança que ela carrega, contudo assim que fizerem, eu gostaria de estar presente.

— Não será um problema. - Digo com firmeza.

A batalha é dissolvida em algumas horas restando apenas o cheiro de podre daqueles que não conseguiram sobreviver até o final dela. Luís leva o resto de seus homens de volta, grande parte dos deles e dos nossos ainda estão vivos. Racionalmente podemos dizer que tivemos sorte, mas a verdade é que não me sinto assim.

Os poucos mortos são enterrados e em quanto faço isso penso em cada família que perdeu seu ente querido, para eles não houve vitória, só morte. Luís levou grande parte dos seus mortos, porém isso não me faz parar de pensar neles. São vidas demais desperdiçadas.

— Está tudo bem com você?- Pergunta o Blake enlaçando seus braços nas minhas costas.

— Na medida do possível e você?

— Estou bem. Vim cobrar a sua promessa.

— É? - Falo sorridente é bom não ter mais uma guerra com que se preocupar. O moreno me beija, e com as mãos em seu pescoço tento imaginar porque não faço isso desde que cheguei a Terra. Tudo teria sido mais fácil.