O que eu sou para você escrita por FaonLV


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

(* Caraleo, vocês sabem como e difícil para mim escrever algo com 3k? Essa fic terminou com 5,5k e eu tive de comer muita coisa, achei extremamente corrida, mas acho que ficou boa. De todo jeito, fiz para o desafio de abril, então mesmo querendo colocar mais coisas eu não vou fazer. Qualquer duvida, quanto a eles, o passado deles, o contexto do mundo que vivem, pode perguntar que a tia responde! Obrigada por lerem!



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Olhos marrons encaravam Loki durante a aula, o fazendo engolir em seco e se perder na matéria que tentava explicar. Mesmo de costas ele podia sentir aquela sensação de ser observado. Ele não podia se concentra na explicação da terceira guerra daquela maneira.

– Klent, se está incomodado com alguma coisa, diga. Não gosto que me encarem a não ser que seja por prestar atenção na aula. – disse Loki fechando a mão no ar e fazendo a tela holográfica a sua frente desaparecer. Klent o encarou e depois deu de ombros bufando de forma infantil. – Quero você depois da aula para conversarmos sobre seu comportamento.

– Agora quer conversar então? – perguntou o garoto e abrindo um sorriso de deboche enquanto apoiava a cabeça nas mãos, os cabelos castanhos cacheados estavam em uma desordem irritante para Loki e ele sabia que estavam daquela forma por essa razão. Loki o ignorou e olhou para toda a turma. – Leiam o capitulo 27 de suas apostilas holográficas e façam um resumo das principais causas. Quero tudo entregue em minha mesa ao fim da aula. – os alunos concordaram com a cabeça e começaram a ler o material em suas mesas computadorizadas.

“Você tem que me da mais atenção” disse a voz de Klent em sua mente e Loki esfregou os olhos se sentando na própria mesa.

“Uma criança pode exigir tal coisa, fazer birra até te o que quer. Mas um aluno não pode pedir tal coisa a seu professor, Klent.”

“Não somos só aluno e professor.” A mente de Loki ficou vazia por um instante com o fim da telepatia. De todas as tecnologias e habilidades desenvolvidas após o que foi chamado de Ragnarök há cinqüenta anos, a telepatia era a mais irritante delas.

***

Ao fim da aula Loki permaneceu em seu lugar depois do horário, recebendo o agradecimento de cada aluno ao sair da sala. Depois de dez minutos, Loki e Klent eram os únicos ali. Com um comando na tela holográfica, Loki trancou a sala e depois encarou Klent sorrir como se estivesse se divertindo com a situação.

– Não pode continuar com isso, Klent. – disse fechando a tela holográfica ao abanar a mão. O sorriso de Klent se desfez.

– Ah, você se importa se eu te encaro e mando mensagens telepáticas? – disse o garoto olhando para a parede vazia e fazendo um bico resignado nos lábios.

– Por que está sendo tão infantil? – perguntou cansado e apertando a ponta do nariz.

– Se você ao menos olhasse para minha cara quando chega em casa, talvez eu não te incomodasse tanto na escola. – Loki olhou para o garoto com uma sobrancelha erguida e Klent riu.

– Eu disse talvez. – Loki negou com a cabeça.

– Você sabe que eu o faria se desse, mas eu tenho muita coisa para corrigir, estudar, planejar...

– “Sou seu professor, tudo que dou para você fazer eu devo corrigir outros 67 iguais.” – disse Klent fazendo falsete da voz de Loki. – Já ouvi o discurso, não muda o que eu sinto.

– Se sente sozinho? É isso? – perguntou o professor o encarando e depois suspirou. – Arraste uma cadeira até aqui.

– Agora sente falta de ficar perto de mim?

– Não quero gritar com você e a escola toda escutar, já percebi que o problema não é professor e aluno. – Klent não se levantou e apenas encarou Loki de seu lugar.

–Se percebeu isso, então o que somos? – Klent perguntou sem desviar os olhos dos de Loki. Mil respostas poderiam ser ditas, mas olhando os olhos de Klent, a suplica muda por respostas, Loki esqueceu todas.

– Não sei. – respondeu observando o garoto acenar que sim e recolher o próprio material. – Onde vai?

– Como você disse, não é assunto entre professor e aluno, quando você souber o que eu realmente sou para você, ai conversamos. – Klent se levantou da mesa e caminhou até a porta. – Não é algo a se resolvido na escola. – o garoto caminhou para fora, mas parou no corredor. – Obrigado pela aula. – e saiu como todos os dias havia feito.

Loki deu o comando de fechar a porta novamente. Ele não sabia mais o que fazer com Klent, não sabia como resolver aquilo. Era tão mais fácil quando o garoto era uma criança, alguém que Loki ajudava nos deveres e cuidava como um irmão mais novo. Loki escondeu o rosto nas mãos. Em que ponto da vida Klent havia soltado sua mão e seguido sozinho para um lugar onde Loki não podia alcançar? Quando Loki começou a se afastar? Era idiotices fazer aquelas perguntas, ele sabia exatamente quando foi. Loki se levantou recolhendo as próprias coisas, ficar ali remoendo o passado era perda de tempo ele tinha mais o que fazer.

***

Loki aguardava o “flutuador” e podia ver vários dos alunos de sua escola ali, conversando em grupinhos e dentre eles, estava o de Klent. Era obvio que o garoto de cabelos cacheados não via o professor, estava rodeado de amigos e com uma garota ao seu lado. Loki queria estar feliz por aquilo, por Klent ter amigos, talvez até uma namorada, mas não seria verdade. O “flutuador” chegou e a massa de pessoas se espremeram para dentro. Loki conseguiu um lugar sentado ao fundo do transporte e suspirou cansado ouvindo as conversas paralelas dos adolescentes de sua idade ou pouco mais jovens. Loki queria ser um deles, ser um garoto classificado como normal e ter uma vida normal, mas mesmo entre os classificados como “ouro” Loki não era muito sociável.

Ele não sabia exatamente o porquê de ser assim, não conseguir criar laços permanentes de amizade. Loki olhou ao redor novamente e encontrou Klent rindo de algo se apoiando em um amigo e batendo em suas costas. Loki desviou o olhar. Aquilo tinha sido o motivo de seu afastamento, ciúme. Por diversas razões, Loki sentia ciúmes de Klent. Sentia ciúmes do garoto ter amigos e ele não, sentia ciúmes de Klent não ter apenas ele no mundo sendo que Loki só tinha o garoto como companhia. Sentia ciúmes do garoto poder sair e se divertir com os colegas por ser “bronze” e ele nunca teve tempo para tal por sendo “ouro”, sua vida consistia em apenas estudar e focar no objetivo.

“Vou direto para casa também. Estou vendo você Loki.” Loki ergueu o olhar e viu o garoto lhe olhando. “Espera para irmos juntos?’

“E seus amigos?”

“Eles entendem que eu tenho um irmão mais velho chato que implica se chego tarde.” Loki abriu um minúsculo sorriso com aquilo. “Então você me vê como um irmão mais novo?”

“Aqui não, discutir em minha cabeça faz parecer que ela vai cair. Em casa.” Loki abriu os olhos e Klent já havia desviado a atenção para a suposta namorada.

***

– Loki... – chamou Kent ao fechar a porta da casa. – Vai trabalhar agora? – Loki olhou para a pulseira e para o garoto, os olhos marrons fizeram o corpo arrepiar de receio do que uma conversa poderia resultar.

– Tenho muita coisa a corrigir. – Klent suspirou cansado e se jogou no sofá.

– Vai ter tempo para mim depois? – perguntou o encarando e Loki deu de ombros. – Nem cinco minutos?

– Talvez quando eu terminar, mas posso fazer um lanche para nós. – Klent continuou o olhando enquanto Loki guardava o casaco e a bolsa. – O que foi?

– Só estou olhando para você. Parece que surte algum efeito.

– É, incomoda! – disse dando um tapa leve na cabeça de Klent, mas o garoto lhe segurou a mão.

– O que eu sou para você, Loki? – Loki teve os olhos presos pelos de Klent e engoliu em seco sentindo a mesma sensação desconfortável de antes.

– Cozinha. – disse soltando a mão da do garoto que bufou irritado.

– Você... é um maldito gênio idiota. – disse Klent irritado. – Acerta tudo em uma maldita prova, mas quando eu te faço uma pergunta não sabe como me responder. – Loki observou ele sair da sala em direção ao quarto e foi para a cozinha.

Na geladeira havia uma coleção de fotos, a maioria dos dois garotos enquanto cresciam na companhia de uma senhora idosa no orfanato onde foram deixados durante a infância, mas as duas primeiras eram dos pais de Loki que haviam morrido em um acidente na cidade satélite lunar.

Loki não sabia quando havia começado a fazer os sanduíches, mas já havia acabado e encarava a comida em cima da mesinha de centro com a cabeça doendo.

“Já esta na sala, se sair agora podemos comer juntos.” Disse em pensamento para o garoto e logo ele surgiu usando apenas a calça de dormir na porta do quarto.

– Serio? – perguntou sorrindo e Loki acenou que sim. – Que milagre é esse? – perguntou se sentando no sofá com o mais velho e pegando um dos sanduíches.

– Você me vira hoje e diz que sente falta de passar tempo comigo, preciso de mais algum motivo? – respondeu ligando a TV e comendo deu próprio lanche.

– Pensei que nem tivesse me ouvido. – disse o garoto recolhendo as pernas para cima do sofá, abraçando-as com um braço enquanto o outro segurava o sanduíche.

– Eu sempre ouço você. – respondeu e soltou o ar. – Desculpe por ter me afastado. – Klent o encarou e depois negou com a cabeça.

– Imagino que ainda não vai responder minha pergunta. – Loki negou com a cabeça. – Bem, acho já seria esperar de mais.

– Não vamos brigar de novo.

– Ninguém está brigando aqui. – disse levantando as duas mãos em rendição e sorrindo. Loki lhe bagunçou o cabelos cacheados e bateu dois dedos em sua testa. – Promete não se afastar de mim, ou me ignorar como vem fazendo?

– Se sente solitário? – perguntou Loki sorrindo em deboche e Klent desviou o olhar corando um pouco.

– É doloroso quando a pessoa mais importante para você finge que você não está ali. – sussurrou Klent e Loki arregalou os olhos ao encará-lo. – Vou dormir. Obrigado pelo lanche. – o garoto se levantou e saiu novamente, deixando Loki sozinho na sala.

***

Já era tarde da madrugada quando Loki acordou com diversas telas holográficas ligadas ao redor. Ele amaldiçoou o cansaço e Klent por aquilo, cansaço por ele ter dormido, Klent por não ter corrigido nada por que as palavras do garoto estavam martelando em sua cabeça. Loki mais uma vez não sabia o que fazer. De certa forma, ele se sentiu extremamente estranho quando Klent disse aquilo, sentiu-se profundamente feliz, mas também preocupado, como o que, ele não sabia.

O professor esticou os braços acima da cabeça e sentiu algo lhe escorregar dos ombros, olhou para o chão e viu seu cobertor. Abanou a cabeça sorrindo sem saber o motivo e se levantou, desligou as telas, pegou o cobertor no chão e saiu do escritório. As luzes da casa estavam totalmente apagadas, apenas as lâmpadas da rua faziam uma precária laminação, mas já era o bastante. Loki seguiu pelo corredor até parar de frente a porta de Klent e a abrir como fazia praticamente todas as noites desde que o menino parou de dormir consigo há sete anos.

Klent dormia como sempre, esparramado na cama e com metade do cobertor para fora. Loki entrou no quarto, o cobriu, e então fez o que eu andava fazendo há alguns meses, se sentou na cadeira da escrivaninha e o observou dormir. Ele não sabia bem o porquê fazia aquilo, mas era um meio para que ele relaxasse e tivesse bons sonhos, ficar com a imagem do rosto calmo de Klent em mente quando se deitava na própria cama o fazia sorrir e dormir em alguns minutos. Mas dessa vez a rotina foi quebrada quando ele se levantou e sentiu algo lhe agarrar a mão.

– Por que faz isso toda noite e me ignora de dia? – perguntou o garoto e por alguma razão Loki se sentia envergonhado por ter sido pego.

– Por que está acordado?

– Não consegui dormir. Não consigo mais, preciso saber de uma vez o que eu sou para você!

– Que tipo de resposta você espera de mim? – perguntou já irritado, soltando o braço e encarando o garoto. – Quer que eu diga que te vejo como irmão? Filho? Amigo? Eu não sei como te vejo, nunca te rotulei de alguma coisa!

– Mas eu rotulei você! – disse o garoto se colocando de joelhos na cama.

– Então como você me vê? – perguntou cruzando os braços e Klent virou o rosto. –Pare de virar o rosto e responda!– Loki pegou o rosto do garoto e o virou a força, Klent o encarou nos olhos e um arrepio passou por todo o corpo do mais velho, por um instante ele se sentia inseguro de ficar próximo daquela maneira do garoto.

– Amo você seu imbecil! – disse fazendo uma careta.

– Também amo você, isso não é um rotulo!

– Te amo como namorado! – Klent soltou as mãos de seu rosto e as segurou entre as suas. – Se olhasse para mim veria! Tem tempos que eu venho querendo chamar sua atenção, falar sobre esse assunto com você, mas sempre que eu dizia estar apaixonado você estava ocupado de mais! – Klent abaixou a cabeça. – Eu cansei de esperar o depois e decidi perguntar diretamente o que eu sou para você.

– Klent, isso é só uma fase. Todo adolescente ...

–Eu gosto de você Loki! Você não é muito mais velho que eu e não é uma fase!

– Klent... – o garoto rangeu os dentes quando Loki tentou soltar as mãos da dele e em um puxão e se inclinando para trás fez os dois corpos caiem na cama.

– Cale a boca. – disse com o rosto colado ao do mais velho e se inclinando para frente para beijá-lo, mas ao primeiro toque Loki recuou. Os dois se olharam nos olhos, os rostos ainda próximos e Loki podia sentir as mãos tremerem. Klent se inclinou para frente novamente, mais uma vez tocando os lábios de Loki com os seus e dessa vez o mais velho permitiu o toque, mas não reagiu.

– Não sei fazer isso... – disse apertando os olhos quando se separaram e Klent se apoiou nos cotovelos para ergue o tronco.

– Você nunca fez isso? – Loki negou com a cabeça.

– Nunca tive alguém assim. – o garoto o olhou nos olhos novamente e depois riu tocando o rosto do mais velho.

– Extremamente inteligente em compreender qualquer teoria e um especialista em historia humana, mas um ignorante em contato humano. Que ironia, professor! – Loki rangeu os dentes e tentou se levantar, mas Klent girou na cama para que ficasse por cima. – Diga a verdade, nunca teve sequer uma namorada? – disse sorrindo e Loki virou o rosto. – Você sempre esteve ocupado de mais cuidando de mim para qualquer outra coisa, não é? – Loki o olhou e o rosto de Klent demonstrava compreensão e doçura.

– Não era só por isso, nunca achei que precisava de alguém alem de você de importante em minha vida.

– Se são importante assim, por que me afastou?! – perguntou o garoto e Loki fechou os olhos se rendendo à situação.

– Você sempre estava rodeado de amigos da escola, e meninas, pensei que eu era um estorvo para você. – Klent o encarava descrente e Loki riu. – Fora que eu tinha ciúme de tudo aquilo, nunca tive as coisas que você tem, nunca tive talento para isso.

– Você é um imbecil se achou por um segundo que eles seriam mais importantes que você! – Loki sentiu os dedos de Klent em seu cabelo, o tirando do rosto. – Loki, eu já te disse o que é para mim, então, o que eu sou para você? – os olhos mais uma vez suplicavam e mesmo sentindo incerto do que fazer, tomou os lábios com Klent nos seus.

– Não sei. – disse ao se afastarem e se deixou cair na cama. – Mas eu posso te falar alguma coisa que venho fazendo e você me dá o ultimato. – Klent o olhou confuso. – Quando disse que estava apaixonado, eu fugi por que eu não queria saber quem seria a pessoa que te roubaria de mim, nem como ela é incrível ao seus olhos. – Klent que estava ajoelhado por cima do corpo do mais velho agora se sentou sobre seu quadril. Loki encarou o rosto do garoto e sorriu. – Você é a única coisa que eu tenho no mundo Klent, eu não queria te perder, mas também não queria te prender a mim, por isso me afastei, para ser menos doloroso quando a hora finalmente chegasse.

– Eu nunca sequer pensei em deixar você... – disse o garoto se abaixando sobre o corpo do maior e lhe beijando a testa, os cachos formando uma espécie de cortina ao redor de seu rosto ao se afastar.

– Qual é seu julgamento? – perguntou e Klent levantou os ombros. – Tudo bem, então acrescente que eu gostei de te me beijado e estou gostando da posição que estamos. E agora? – Klent negou com a cabeça e não respondeu nada, apenas abaixou a cabeça novamente e começou um beijo de verdade, o que fez Loki se sentir ainda mais despreparado, mas fez seu melhor para agradar ao garoto. Quando se separaram novamente, Klent exigiu que o mais velho dormisse com ele, como faziam antes, e assim Loki fez.

– Acho que agora eu terei de te ensinar algumas coisas, professor. – Loki encarou o teto e puxou Klent para seu peito, descansando o queixo em sua cabeça. – O que eu sou para você?

– A pessoa mais importante da minha vida. – respondeu fechando os olhos e sentindo Klent se aconchegar.

– Posso te beijar quando eu quiser?

– Só fora da escola! – disse sorrindo.

– Amo você Loki, e vou fazer você ver que me ama desse jeito também. – Loki encarou o escuro pensando que realmente queria que Klent mostrasse isso a ele.


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Notas finais do capítulo

(* Dicionário: -flutuador- é assim que os cidadãos o chamavam por tem um nome idiota que ninguém lembrava consiste em uma espécie de metrô, mas que usa um mecanismo de inversão de polaridade para, literalmente, flutuar acima dos trilhos que ligam toda a cidade, fazendo então que as pessoas viajassem mais rapidamente.

(* Loki é o nome dele, não é o Loki, deus da zuera e ilusões. Ele só recebeu esse nome dos pais por que eles eram apaixonados pela mitologia nórdica (ou gostava do Loki da Marvel, afinal, estão em meados de 2085)



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