Doce Aposta Maldita escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Sara o ignorou. E sem dizer nada, nem mesmo cumprimentar seus companheiros, dirigiu-se para onde Grissom se encontrava. E sem pensar em mais nada, aproximou lentamente seus lábios dos suculentos lábios de Grissom. E o beijo aconteceu.



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Ela estava nervosa. Extremamente nervosa para falar a verdade. Seu corpo não a obedecia. Suas pernas insistiam em ficar bambas, seu coração teimava em disparar e suas mãos desobedientemente continuavam suando frio ante a expectativa do que estava prestes a fazer. Aquilo era loucura! Uma tremenda e deliciosa loucura! E tudo por culpa de quem? Daquele que se dizia ser seu melhor amigo! Melhor amigo? Amigo da onça, isso é o ele era. Aquele moleque de cabelos espetados e carinha de bebê haveria de lhe pagar caro! Ah isso ele iria!

Não sabia onde estava com a cabeça para aceitar aquela aposta tola. Jogos nunca foram o seu forte. Mesmo na adolescência e na juventude sempre saía perdendo quando se aventurara a apostar. E porque razão julgara que agora seria diferente? Apenas porque tinha alguns anos a mais? A experiência do passado não fora o bastante para lhe ensinar a manter-se longe dos jogos? Ela tinha que colocar na cabeça que era física e não apostadora. Mas agora não havia tempo para arrependimentos. Tinha de cumprir sua palavra. E se a cumprisse teria a satisfação de se vingar de seu querido amigo.

Sara caminhava devagar pelos corredores do laboratório à procura de cumprir sua prenda. Sentia vontade de fugir, dar meia volta e desistir dessa ideia maluca. Quanto mais se aproximava de seu destino, mais e mais nervosa ficava. O que pensariam dela? O que estava prestes a fazer poderia lhe custar uma suspensão. No entanto em seu íntimo tinha a estranha sensação de que valeria a pena.

“Eu te mato Greg!” Ela pensou consigo. Por que fora confiar seu segredo àquele fedelho traidor? Agora se via ali, presa a uma promessa que devia cumprir.

Faltavam poucos metros. Parecia que ia desfalecer. A cada passo que dava sentia que colocava um prego a mais em seu caixão. Estava perdida. Enquanto caminhava, Sara se lembrava da estúpida aposta que lhe levara até ali.

Fora no dia anterior. Ela e Greg se encontravam sozinhos na sala de convivência, enquanto aguardavam a chegada dos seus colegas. Haviam chegado mais cedo como de costume para poderem colocar o papo em dia. Conversavam sobre suas fracassadas vidas amorosas. Sara já havia contado para ele, em outra ocasião de seu amor por Grissom. Ele havia falado para ela de sua paixão secreta por Catherine. Durante essa conversa Greg teve a brilhante ideia:

_ Sara, duvido que você tenha coragem de beijar Grissom.

Ela corou. Beijar Grissom? Era o que ela mais queria! Pensou um pouco e respondeu:

_ Eu tenho sim.

_ Tem nada! Você só diz isso da boca para fora. Você se derrete toda quando o chefinho chega perto de você, mas não tem coragem de beijá-lo.

_ Isso é uma aposta Sanders? – indagou arqueando a sobrancelha.

_ Sim. Isto é uma aposta, senhorita Sidle - respondeu ele fazendo troça.

_ Tudo bem. O que eu tenho que fazer? – ela inquiriu temendo a prova que seu amigo lhe imporia. Podia esperar tudo de Gregory Sanders.

_ Você terá que beijar o Grissom na boca e na frente de todos.

Ela empalideceu. Por essa ela não esperava. Ele estava louco? Beijar o Grissom na frente de todos? Aquele menino devia ter perdido todos os parafusos. Ou então havia batido com a cabeça.

_ Você está louco? Eu posso ser suspensa, talvez até demitida.

Ele deu de ombros.

_ É pegar ou largar!

_ O que acontece se eu cumprir?

_ Você escolhe o que eu tenho de fazer.

_ Qualquer coisa?

_ Qualquer coisa!

_ Pois bem, se eu cumprir a prova, quero que você venha trabalhar vestido de mulher. Com direito a tudo: vestido, salto alto e maquiagem. Ela sorriu ao imagina-lo vestido assim.

_ Ahh, Sara! Não inventa... – ele se queixou – Pede outra coisa....

_ Não, não. Será isso. É pegar ou largar! – ela pagou na mesma moeda.

_ E se você não cumprir? Posso pedir o que eu quiser?

Ela não teve alternativa.

_ Sim, pode – respondeu cruzando os braços.

_ Se você não cumprir, terá que me servir fazendo tudo o que eu pedir durante um dia inteiro. Absolutamente tudo!

Sara não gostou muito da exigência, mas aposta era aposta.

_ E quando eu tenho que cumprir nossa aposta? – ela perguntou, torcendo que fosse para dali a uma semana. Assim poderia criar coragem suficiente para cumprir a prova.

_ Amanhã – ele respondeu com um sorriso debochado.

_ Amanhã? – ela engasgou com a própria saliva. Não estava preparada psicologicamente para o que ia fazer. Talvez não estivesse durante séculos.

_ Sim. Amanhã você cumprirá ou não o nosso trato. Se vencer, eu venho trabalhar no dia seguinte de mulher. Se perder, você me servirá durante um dia inteiro, atendendo a tudo o que eu pedir.

Apesar de amar a amiga, Greg torcia para que ela perdesse a aposta. Era seu sonho tê-la como escreva durante um dia inteiro.

Agora ela se encontrava ali diante da porta da sala de convivência. Respirou fundo. Sabia que todos estavam presentes. Vira os carros dos colegas no estacionamento.

_ Vamos lá Sara! Quem sabe essa não será a primeira vez que ganharia uma aposta?

Abriu a porta. Estava ciente do olhar de Greg para ela. Ele a olhava como se dissesse: Você não tem coragem!

Sara o ignorou. E sem dizer nada, nem mesmo cumprimentar seus companheiros, dirigiu-se para onde Grissom se encontrava. E sem pensar em mais nada, aproximou lentamente seus lábios dos suculentos lábios de Grissom. E o beijo aconteceu.


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Notas finais do capítulo

Fiz com todo carinho, não deixe de comentar heim!



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