A Sala Vira-Tempo escrita por Annie Black


Capítulo 9
Cap 9 - O Pomo de Ouro


Notas iniciais do capítulo

Demorei, massssss saiu!



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POV Lily:

Ainda era noite e eu estava na sala comunal da Grifinória com Marlene, uma das minhas melhores amigas. O problema era que ela não parava que falar de James Potter e eu não estava aguentando mais ouvir falar o nome daquele idiota. Obviamente, ela estava xingando o menino, porque eu tinha visto ele e uma menina do quinto ano da Lufa-Lufa e, incrivelmente, aquilo tinha mexido comigo.

Há dois anos ele começou a me cantar muito pelos corredores e eu pensava que ele estava tirando uma com a minha cara, então respondia com respostas curtas e grossas. A verdade é que eu nunca gostei muito do menino, afinal o que ele mais sabia fazer era se exibir (para as meninas idiotas que achavam o máximo ele andar por aí com o cabelo todo desarrumado e um Pomo de Ouro na mão) e bullying com Severo... Foi numa dessas sessões de bullying que Severo mostrou o que realmente pensava de mim, uns dois meses atrás.

Enfim, resumindo, depois desses dois anos de insistência eu resolvi ceder um pouco e ser gentil com James Potter. Quando fui a Hogsmeade com Marlene e Dorcas na semana passada encontrei com ele e seu grupo de amigos no Três Vassouras, eles acabaram sentando na nossa mesa (Remo e Dorcas estão enrolando muito para engatar algo sério e nós estávamos tentando dar um suporte) e James foi incrivelmente gentil. Pediu cervejas amanteigadas para todos e um pouco de hidromel para mim, até hoje não sei como ele sabia que eu preferia hidromel a cerveja, mas fiquei impressionada.

Conversamos um pouco, descobri que ele, na verdade, tenta pentear os cabelos todos os dias, mas aparentemente algo que Sirius chamou de “maldição dos cabelos Potter” impede que seus cabelos fiquem no lugar. Quando estávamos indo embora Sirius disse que James começou a tentar pentear o cabelo quando eu xinguei o visual do menino no ano passado, mas que realmente era um caso perdido, e James ficou todo vermelho, foi bem engraçado rir dele ao invés de xingá-lo.

Enfim, não sei o que deu em mim, afinal esse comportamento já era o que eu esperava, mas eu fiquei realmente mexida de ver James Potter com a menina do quinto ano. Marlene continuava xingando o menino e, finalmente, eu cansei de ouvir. Larguei ela falando sozinha e fui sentar na frente da lareira.

— Posso sentar aí com você? – Era Sirius. Por mais estranho que pareça, nós estávamos ficando amigos desde o incidente com Severo. Não que ele fosse melhor que James, mas eu me sentia mais confortável do seu lado. Fiz que sim com a cabeça e ele sentou do meu lado. – Aceita um pouco de chocolate quente? Os elfos de Hogwarts nunca erram a mão no chocolate e tem um pouco de marshmallow. – Ele estava com duas canecas na mão, eu sorri e aceitei uma, afinal estava com um pouco de frio e chocolate quente é uma das minhas bebidas quentes favoritas.

— Você realmente sabe animar uma garota. – Dei um gole e olhei para as chamas da lareira. – Obviamente seu melhor amigo também sabe animar algumas garotas... – Sirius levantou uma sobrancelha e estava começando a dar um sorriso sarcástico, então eu disse – Não é ciúmes.

— Então que reação foi essa minha filha?

— Bom, desde o dia que fomos juntos ao Três Vassouras eu achei que ele tinha mudado. Que tinha tomado um rumo na vida sabe? Achei até agradável a conversa com o menino... Mas aparentemente ele não mudou nada. – Sirius deu um pequeno sorriso. – Não me venha defender aquele menino!

— Você não quer ouvir minha versão dos fatos?

— Posso ouvir, mas não sei se vou acreditar. Afinal você é o melhor amigo do cara, né?

— Sou sim. O melhor amigo do cara que decidiu não ir atrás de nenhuma menina além de você, desde o dia que fomos em Hogsmeade.

— Nossa, quase uma semana em? Pena que ele não tem tanta força de vontade, afinal o que eu vi hoje...

— Lily, ela se atirou nele. E ele estava pensando em fazer isso desde o ano passado, mas pensava que você realmente o odiava... Aquele dia no Três Vassouras que deu uma esperança pro James decidir realmente por você.

— Você é amigo dele, Sirius. Desculpa, mas fica difícil acreditar. – Sirius deu um sorriso enorme. – O que?

— Dorcas estava lá. Nela você pode acreditar mais facilmente. Ela provavelmente está “estudando” com Remo agora, mas logo logo chega aqui na sala comunal. Então você poderá ter certeza. – Nisso ele se levantou e foi embora rapidamente. Eu só me virei e perguntei:

— O James que pediu que você viesse falar comigo?

— Não... Eu apenas gosto de ver casais felizes. E vocês ficarão bem boa pinta juntos. – Ele piscou um olho e subiu para o seu dormitório.

Mais tarde Dorcas chegou e confirmou a história de Sirius. Inclusive, disse que James já estava empurrando a menina para longe desde antes de me ver. Bom, não posso dizer que não fiquei feliz de saber disso.

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POV Autora:

Harry acordou antes de todos os seus amigos e, ao abrir os olhos, percebeu que a sala precisa havia mudado durante a noite: havia uma grande árvore de Natal em um canto, então ele lembrou que haviam voltado para a véspera de Natal de 1976. Embaixo das árvores, incrivelmente, haviam presentes para cada pessoa que dormia naquelas camas.

Seria muito estranho entrar no clima de Natal poucos dias depois da batalha final contra Voldemort, mas havia algo sobre essa época do ano que o animava. Harry decidiu acordar Gina e dar uma volta por Hogwarts com ela, então foi até a cama em que ela estava dormindo e a acordou com um beijo. Ao abrir os olhos ela sorriu e Harry disse sussurando:

— Vamos dar uma volta antes que todos acordem? Podemos pegar umas vassouras e voar um pouco, só para acordarmos bem.

— Até que não é má ideia. – Gina respondeu e trocou de roupa rapidamente, então saíram juntos da Sala Precisa e se encaminharam para o campo de quadribol. – Pensei que nunca mais pisaria no campo de quadribol de Hogwarts!

— Teoricamente essa é a primeira vez que você pisa nele. – Harry riu. – Isso é algo que nossa amiga Hermione diria, mas enfim... Duvido que você me alcança!

Nisso Harry deu um impulso rápido e deixou Gina pra trás, mas a menina logo deu um impulso e seguiu a seu encalço. Rapidamente estava ao seu lado e disse:

— Não é possível que te alcancei tão facilmente... Você deixou eu te alcançar Harry! – Gina odiava quando o menino facilitava qualquer coisa pra ela. – Odeio quando você faz isso. – Fez uma cara emburrada e Harry riu.

— Tudo bem, quer ver quem acha o Pomo primeiro então? Justo o suficiente? – Harry amava ver Gina com a cara emburrada, mas sabia que se provocasse demais ela acabaria apelando.

— Você tem um Pomo aí?

— Bom... não. Mas conheço alguém que tem. – Harry sorriu para Gina e virou a vassoura para os dormitórios masculinos da Grifinória. – Você me ajuda?

— O que você vai fazer?

— Você vai descobrir. – Harry sorriu e se dirigiu aos dormitórios com Gina logo atrás.

Ao chegar lá, procurou qual o dormitório exato dos marotos. Acabou descobrindo que era exatamente o mesmo dormitório que utilizou desde o seu primeiro ano em Hogwarts e imaginou se isso seria obra de Dumbledore.

James, Remo, Sirius e Pedro dormiam, então Harry abriu a janela e entrou no quarto de seu pai enquanto Gina segurava sua vassoura. Foi até o criado mudo ao lado da cama de seu pai e viu uma foto de sua mãe dentro de um coração feito, provavelmente, por seu pai. Ao lado da foto havia um pergaminho com uma letra cuidadosa dizendo:

“Desculpe por gritar com você ontem. Seu melhor amigo fez um ótimo trabalho em me convencer da sua inocência. Feliz Natal!”

Harry abriu a primeira gaveta e parou bruscamente quando ela fez barulho ao abrir. Remo balbuciou algumas palavras na cama do outro lado do quarto, mas não acordou. Harry olhou para a cama de seu pai e ele continuava dormindo. Viu o Pomo na gaveta e o pegou.

— O que você está fazendo Pontas? – Sirius tinha acordado. E achava que Harry era James! Harry tentou pensar rápido e respondeu:

— Nada. – Ótimo, agora Sirius prestaria mais atenção e perceberia que tinham dois “James” no seu quarto.

Harry esperou que Sirius questionasse, mas quando olhou para a cama ao lado o menino já tinha caído no sono novamente. Ele saiu rapidamente, pegou a vassoura com Gina e foi a toda velocidade para o campo de quadribol.

Após mais ou menos meia hora, Gina tinha capturado o Pomo duas vezes.

— Você sabe que isso tinha muita chance de dar errado. – Disse Gina depois de pegar o Pomo da segunda vez. - Mas acho que ganhar de você desse jeito compensou.

Harry riu da felicidade da namorada e se aproximou para dar um beijo, mas foi interrompido por um grito vindo do chão do campo:

— Estou interrompendo alguma coisa? – Era Lily. Ela provavelmente achava que Harry era James e estava com outra menina. Ela odiaria seu pai. Eles nunca ficariam juntos. E Harry nunca nasceria.

A missão estava em perigo. Harry havia mexido com o tempo mais uma vez e, agora, tinha colocado tudo estava a perder.


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Notas finais do capítulo

Incrível o quão motivados a postar nós ficamos nas férias!



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