A Sala Vira-Tempo escrita por Annie Black


Capítulo 5
Cap 5 - Aliança com um Antigo Inimigo


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta :) Esse capítulo foi um pouco difícil de escrever, porque eu não queria que Draco de repente ficasse amiguinho do trio (afinal foram anos e anos de briguinhas entre eles), mas queria que ele mostrasse um pouco de arrependimento.

Enfim, não vou comentar mais nas notas iniciais porque senão vira spoiler.

Comentem, deixem suas criticas e sugestões... Vai que eu uso uma delas igual fiz com a Aly? :)



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(Algumas horas antes)

POV Harry:

Estávamos caminhando para fora do castelo, afinal não é possível aparatar dentro de Hogwarts, e eu não estava mais aguentando segurar toda a minha insegurança com esse plano de Luna. Na hora pareceu uma ótima ideia (principalmente porque não tínhamos nenhuma outra), mas um segundo depois comecei a ficar com o pé atrás. Não quis dizer nada na frente do resto da Armada para não desencorajá-los, mas quando me afastei com Ron e Hermione acabei dizendo:

– Bom, estamos indo até a mansão Malfoy, logo depois que eu duelei e venci Voldemort, tentar convencer um dos seus comensais a nos ajudar a invadir sua própria casa numa missão no passado...

– Mas o que poderia dar errado Harry? – Ron disse ironicamente. – É só o menino que já implicou com todas as outras pessoas que estão indo na missão com a gente. Que já chamou a Hermione de sangue sujo, a Luna de lunática, roubou o lembrol de Neville no primeiro ano, sem contar com todas as vezes que insultou os Weasleys...

– Provocou o Bicuço e quase fez o bichinho ser morto e Hagrid ser despedido por isso. Implicou com Lupim e ajudou a Umbridge a descobrir a Armada de Dumbledore... E ainda deu um jeito de trazer os comensais pra dentro de Hogwarts com a intenção de matar Dumbledore... – Hermione continuou a citar todas as atitudes idiotas de Draco.

– Isso mesmo, agora nós vamos convencê-lo a nos ajudar a vencer seu Lorde, alguns anos no passado, antes que ele cause tanto mal. Já tivemos planos piores! – Ron disse sorrindo, esses dois sempre conseguiam melhorar meu astral.

– Verdade. Lembra quando invadimos Gringotes e fugimos voando num dragão?

– Lembro vagamente... – Eu respondi sorrindo. - Mas então, não acho que devíamos contar todo o plano pra Draco. Caso ele descubra um jeito de nos trair lá no passado, ele pelo menos não vai saber de tudo...

– Concordo totalmente! Acho que ele só devia ficar sabendo da parte dele e pronto. No voto perpétuo falamos que ele não pode se envolver em nenhuma outra parte do plano e que vai ficar esperando a gente terminar tudo na Sala de Godric. – Ron disse concordando comigo.

– Não sei gente, podemos demorar dias ou meses nisso tudo. Ele precisa comer né? Podíamos falar com Dumbledore sobre ele... Talvez Dumbledore aceite Draco como estudante depois que ele pegar o Diário, aí ele fica de olho na doninha. – Hermione disse sabiamente. Eu nunca entendi como ela conseguia pensar em todos os detalhes, mas ainda bem que ela era minha aliada.

– Ainda bem que a bruxa mais inteligente da nossa idade está do nosso lado, Harry. – Ron disse e deu um beijo na bochecha da Hermione, que acabou ficando corada.

– Gente, apoio vocês namorarem e tudo, mas sem essas demonstrações de amor gosmentas na minha frente. – Eu disse rindo e Ron acabou rindo também.

Então chegamos à Hogsmead e aparatamos até a Mansão Malfoy. Aquela seria uma excursão interessante.

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POV Draco:

Voldemort estava morto. Meus pais já estavam recebendo mil corujas pedindo que eles se apresentassem no Ministério para um interrogatório e eu não sabia o que faria da minha vida após ter atuado como um comensal. Eu nunca torci realmente para Voldemort, não concordo com a matança do sujeito, mas acabei me aliando a ele à força. Se eu me negasse a ajudá-lo a matar Dumbledore meus pais e eu acabaríamos mortos, então fiz o que foi preciso para ajudar meus pais e acabei ganhando uma marca negra no meu braço.

Agora nós, Malfoys, não tínhamos mais Voldemort para nos apoiar e era questão de horas até que dementadores chegassem à minha casa e levassem todos nós para Azkaban. Não havia nada que eu pudesse fazer. Na verdade eu estava surpreso porque eles já estavam demorando mais de dois dias para vir atrás de nós... Devem estar todos comemorando a vitoria de Potter.

Meus pais estavam no quarto deles, cogitando fugir, mas antes de decidirem de vez o que faríamos eu ouvi umas batidas na porta. Será que o ministro finalmente mandou alguém para nos escoltar até o Ministério?

Fui atender a porta, já que não haviam empregados na casa nesse dia, e eu não soube o que fazer quando vi Potter e seus amigos. O que eles vieram fazer aqui? Eu devo atacá-los ou os convidar para entrar na mansão? Meu corpo realmente deu uma travada, eu não conseguia me mexer. Então Potter acabou dizendo num tom muito sério:

– Tenho um acordo que pode ajudar sua família. Se me deixar entrar posso te contar tudo, Malfoy.

Não sei como, mas meu corpo deu um passo para trás e dei passagem para os três grifinórios que entraram rapidamente. Depois de um momento acabei recuperando a minha habilidade de comandar meus membros e os levei Potter e os outros até uma pequena sala perto da cozinha.

– Nunca te vi tão calado, Malfoy... – O Weasley acabou falando quando sentou num dos sofás.

– O que você esperava? Provavelmente daqui a algumas horas eu e meus pais seremos levados para Azkaban para sempre. Parabéns Potter, você venceu a guerra. – Eu acabei dizendo e percebi que fui sincero demais. Aquilo não soava nem um pouco com o que eu diria normalmente.

– Bom, foi você que escolheu o seu lado. – Granger disse rapidamente.

– Diziam que você é a bruxa mais inteligente da nossa idade, Granger. Será que não percebeu que eu fui forçado a me tornar um comensal? Voldemort me escolheu e se eu negasse acabaria morto.

– Você devia ter procurado Dumbledore, Malfoy. – Potter disse. Até parece que ele queria me ajudar. – Eu vi ele dizendo pra você, quando você o desarmou, que podia te ajudar. Se tivesse aceitado a ajuda dele naquela hora tudo poderia ter acabado diferente pra você e seus pais.

– Você viu aquilo? Então percebeu que eu não consegui matar o velhote. Não consegui cumprir a missão que Voldemort escolheu pra mim... E-eu não nasci pra ser um comensal.

Os três mantinham os olhos em mim sem dizer nada e eu comecei a pensar na noite que eu trouxe os comensais para o castelo e Dumbledore acabou sendo morto, um trabalho que o Lorde das Trevas tinha destinado pra mim. Eu não queria, mas eu era um comensal, e não tinha como voltar atrás nisso... Mas talvez eu pudesse tentar pedir desculpas por tudo o que causei... Afinal, de que adiantava ter o meu orgulho intacto se eu iria apodrecer em Azkaban para o resto da vida de qualquer maneira?

– Olha, eu não tenho mais nada a perder, acho que não vai fazer diferença eu contar pra vocês que nunca torci realmente pro Voldemort, mesmo tendo sido forçado a apoia-lo. – Então eu acabei olhando para a Granger quando disse – Sabe, eu fui criado pelo meu pai. Eu respeito tudo o que ele faz e sempre tentei seguir seus passos. Ele valoriza os sangues puro, as linhagens de bruxos de famílias bruxas... E eu acabei tentando seguir isso. Nisso acabei te vendo apenas como uma sangue ruim, Granger. Sinto muito por tudo que eu te chamei naquela época em Hogwarts. E sinto muito por ter te chamado de traidor de sangue também, Weasley. – Olhei então para o Potter – Desculpa por tudo também, Potter.

Eu fiquei olhando pro chão, esperando que os dementadores chegassem logo pra me tirar daquela sala. Agora eu não tinha mais nada meu, definitivamente, até meu orgulho tinha ido embora. E Potter acabou dizendo:

– Tudo bem Malfoy... Não suponho que consigamos esquecer tudo o que aconteceu, mas eu te perdoo. Mas não vim aqui para aceitar desculpas, cara. – Eu olhei pra ele e vi que estava sorrindo. O que tinha dado no Potter? – Esqueceu que eu disse que tinha um acordo para propor a você? Dependendo você até salva você e seus pais de Azkaban.

Eu analisei o trio que estava sentado à minha frente. Eles pareciam falar a verdade, então pedi para que me explicassem o que queriam dizer com aquilo. Granger me explicou o que tinha acontecido com aquela Armada de Dumbledore nos últimos dias em Hogwarts, embora tenha parecido que ela escondeu alguns detalhes, e eu acabei entendendo o acordo de Potter.

Voltaríamos no tempo (fala sério, como aquela sala ficou escondida anos e anos em Hogwarts e eu nunca a vi? Como isso é possível?), eu invadiria a mansão Malfoy, roubaria o Diário de Tom Riddle do cofre do meu pai e entregaria para o Potter. Parecia difícil acreditar em tudo, mas eu estava desesperado pela ajuda do Santo Potter, então acabei acreditando. Em troca ele contaria que percebeu claramente que minha família estava sendo controlada pela maldição Império para agir do jeito que agiu, livrando todos nós de Azkaban.

Fiz o que tinha que ser feito e aparatei para Hogwarts com Potter, Granger e Weasley. Duvido muito que o resto da Armada vai me receber de braços abertos, mas isso não importava. Meus pais estariam a salvo em algumas horas.


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Notas finais do capítulo

E então? Acharam o arrependimento de Draco bem escrito? Parecem mesmo os pensamentos dele?

Acham que o Draco vai acabar traindo o Harry?

Comentem!!!! :D



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