A Sala Vira-Tempo escrita por Annie Black


Capítulo 4
Cap 4 - O Passeio de Neville no Ministério


Notas iniciais do capítulo

Pra quem pensou em Teen Wolf, acertou :)
Aqui a cena: https://www.youtube.com/watch?v=wmmu3i8yXBU

Eu não consigo não escrever essa história! Tenho prova amanha e dois trabalhos pra sexta, socorro! Se der pra comentar pra dar uma moral, vou curtir demais :D

Esse capítulo foi pra Aly, que teve um desejo atendido nesse capítulo :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/608037/chapter/4

Depois de explicarem à Armada como fariam para conseguir a confiança de Dumbledore, Hermione começou a explicar tudo o que sabiam sobre as horcruxes e como destruí-las.

– Teremos que usar o veneno do basilisco ou fogomaldito, que é muito difícil de controlar. – E Ron completou:

– Perdemos todas as presas do basilisco que estava na Câmara Secreta quando destruímos uma horcrux lá, então vamos ter que matar o basilisco na época que voltarmos para conseguí-las... claro que é mais fácil falar do que fazer né? Mas Dumbledore pode nos ajudar.

– Ai temos as seis horcruxes para achar e destruir. Os mais tranquilos vão ser o diadema de Corvinal e o medalhão de Sonserina. O diadema estará na sala precisa, com a liberação de Dumbledore para entrar em Hogwarts vai ser fácil. O medalhão da sonserina estará numa caverna que Harry já entrou, então ele sabe quais passos seguir.

– O anel dos Gaunt e a taça da Lufa Lufa são um pouco mais difíceis. Para conseguir o anel vamos precisar de Dumbledore pessoalmente, já que existem encantamentos que o protegem. Vamos levar todas as memórias que conseguirmos para mostrar como lidar com o anel, já que da ultima vez Dumbledore fez algo errado e acabou sendo praticamente envenenado. E vamos precisar invadir Gringotts outra vez para conseguir a taça. Sinceramente, não faço ideia de como vamos conseguir sem aquele duente. Se não bolarmos nada até lá Harry vai ter que usar a maldição Império de novo, mas vamos tentar evitar maldições imperdoáveis.

– Tem um motivo pra estar em Gringotts. Muito seguro. – Neville disse. – Mas quem sabe Jorge dá um jeito com as coisas da loja dele. – Ele sorriu e Jorge começou a pensar no que poderia fazer para conseguir a taça.

– E então temos as coisas mais complicadas. – Harry disse. – Nagini e o Diário de Tom Riddle. – Gina estremeceu ao lembrar do diário, mas logo voltou a prestar atenção. – Nagini deve estar com Voldemort, só vamos conseguir pegá-la se encontrarmos com ele. Provavelmente vamos ter que improvisar na hora mesmo. E para conseguir o Diário vamos precisar invadir a mansão dos Malfoy, que é a sede dos comensais... Como não temos mais Dobby não tenho a menor ideia de como fazer isso.

– Bom... podíamos usar alguém que conhece bem a mansão. – Luna disse calmamente.

– Não é uma boa usar o disfarce de Snape, Luna... – Harry começou a contestar, mas foi interrompido pela loira que disse:

– Eu não estava falando do Snape. Podemos levar Draco com a gente.

– Você está louca? Ele vai trair a gente! – Hermione disse rapidamente e Luna respondeu:

– Talvez não, podemos fazer um voto perpétuo...

– Calma Hermione, talvez isso dê certo! – Harry disse – Podemos ir até os Malfoy agora e convencê-los.

– Como você acha que vai convencer aquela doninha a ajudar os caras que acabaram de matar o Lorde deles?

– Chantagem. Se ele nos ajudar eu digo ao mundo bruxo que, assim que Voldemort morreu, eu percebi Narcissa e Lúcius saindo da maldição Império que estava os controlando... Talvez ele resolva nos ajudar, se o cara que derrotou Voldemort der carta branca pros Malfoy. – Harry disse rapidamente e Hermione abriu um sorriso.

– Luna, você é um gênio. – Neville disse sorrindo para a menina, que acabou corando um pouco.

– Acha bom mesmo incluir um sonserino nos planos de Godric? – O leão se pronunciou de repente, e vários do que estavam na sala deram um pulo de susto. – Mesmo com um voto perpétuo, ele pode encontrar alguma forma de te prejudicar, Harry. Não sei não...

– Não temos outro plano... Vai ter que ser esse mesmo. Se der errado é só mais uma coisa pra improvisar. – Harry disse e a barriga de Ron começou a roncar. – Acho que já está na hora do almoço – Todos riram e foram para a Sala Comunal da Grifinória, onde um elfo trouxe um pequeno banquete para a Armada de Dumbledore.

Enquanto comiam, combinaram o que cada um faria durante a preparação para a viagem. Neville procuraria os corpos de Bellatrix e outro comensal antigo para pegar cabelos para a poção polissuco. Jorge, Gina e Luna iriam à sala de Dumbledore pegar todas as lembranças que achassem uteis. O trio iria junto atrás de Draco para tentar conseguir sua ajuda.

– Uma aliança com a doninha. O que poderia dar errado? – Ron riu e então a Armada se dividiu, cada um foi fazer o combinado.

– - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

POV Jorge:

Bom, eu tinha voltado a fazer minhas piadinhas habituais, mas claro que não estava bem, afinal Fred ainda estava morto. Se o plano de Harry desse certo, aí sim tudo ficaria bem e eu teria meu irmão comigo de novo, então eu planejava fazer tudo direito e acho que ninguém nunca viu um dos gêmeos ficar tão sério igual eu fiquei durante a explicação do plano. Luna provavelmente percebeu o que eu estava pensando, porque disse sorrindo:

– Vamos conseguir mudar tudo, Jorge. Você vai ver.

– Espero que sim... Mas tanta coisa pode dar errado nesse plano. Só de ter que me aliar à doninha eu já fico com o pé atrás.

– Vamos ver né. Qualquer coisa mandamos ele e os pais para curtir os dementadores de Azkaban. - Gina disse.

Eu dei um sorriso e então chegamos à sala do antigo diretor. Graças à Merlin ela estava vazia, eu não tinha bolado nenhuma desculpa para Mcgonagall caso ela nos achasse ali. Olhei para o armário ao lado da penseira e vi milhares de vidrinhos com uma etiqueta com o nome do dono da memória. Existiam vários escrito Harry, Minerva e Hagrid e centenas escrito Dumbledore. Ficaríamos horas pra vasculhar tudo.

– Imagino que Harry tenha mandado Neville catar cabelos porque não confiou nele com tantos vidrinhos que quebram. – Eu disse sorrindo e Gina deu uma risada, mas Luna não pareceu ter achado muita graça. Claro que não, rolava um clima entre os dois, aposto que os dois eram tímidos demais para admitir qualquer coisa, mas eu sei que eles se gostavam.

– Ele nem é tão desastrado assim.

– Tudo bem – Eu disse sorrindo – Pode defender seu amorzinho, Luna. Não vou mais brincar com ele. - Ela ficou muito vermelha e disse olhando pra mim:

– Às vezes você não é engraçado, Jorge. Espero que saiba disso.

– Ah, eu sou sempre engraçado. Mas vamos começar a procurar as memórias logo, antes que Neville venha quebrar todos os vidrinhos.

Luna não disse nada e começamos e virar cada memória na penseira. Aquilo ia levar anos.

– - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

POV Neville:

Não vou negar que eu queria ter ido buscar as memórias com Luna. Ir atrás de cabelos da mulher que enlouqueceu meus pais não era nada agradável, ainda mais sozinho. E Luna é uma companhia agradável. Demorei vários minutos para chegar até o pátio do castelo, aí então percebi que o corpo dos comensais não estava mais lá. Esses contratempos sempre acontecem comigo, claro. Então ouvi uma voz atrás de mim:

– Senhor Longbottom, pensei que já tivesse ido para casa com sua avó depois que adiantamos as férias. O que está fazendo no castelo? – Era a Professora Mcgonavall. E eu nunca consegui mentir para ela, mas não podia contar o plano de Harry, então arrisquei:

– Vim pegar meu sapo, Trevo.

– Tudo bem... Se precisar de mim estarei na minha sala.

– Professora? Pra onde foram os corpos dos comensais?

Ela então pareceu ter percebido que eu tinha escondido alguma coisa, porque me olhou no fundo dos olhos quando disse:

– O Ministro os buscou. Devem estar no Ministério da Magia esperando para serem cremados. Devem fazer isso ainda hoje. Porque a pergunta?

– Ah, é só que... – Eu tinha que pensar rápido. O que eu poderia dizer para convencer a professora? – Bellatrix pegou... Uma coisa... Muito importante. E eu preciso pegar de volta.

Mcgonagall pareceu acreditar, porque disse:

– Bem, se eu fosse você iria direto para o Ministério. Duvido que eles revistem o corpo dos comensais antes de cremá-los, devem simplesmente jogar todos na fornalha.

Me despedi dela e fui embora correndo. Como eu faria para explicar no Ministério da Magia que queria um cabelo de dois comensais? Porque essas coisas sempre acontecem comigo?

Aparatei no Ministério e imediatamente percebi que não tinha como eu conseguir aqueles cabelos: os corpos dos comensais estavam pendurados na parede atrás daquela estátua dos trouxas carregando os bruxos. E Bellatrix estava ao lado de Voldemort (o qual era o alvo de várias fotografias e olhares de todos os que passavam pelo corredor).

– Como o Ministro deixou... – E fui interrompido por um senhor de cabelos vermelhos.

– Não critique o Ministro, Neville. Ainda mais em voz alta. – Era o Sr. Weasley que parecia muito cansado – O clima no Ministério está meio estranho, melhor não provocarmos nenhuma indisposição.

Então segui o pai de Ron até sua sala, a qual estava extremamente quieta. Não havia ninguém nos corredores trabalhando, apenas uma faxineira. Arthur parece ter percebido que eu achei isso estranho porque disse:

– Todos estão comemorando. Uma semana de festa porque Voldemort bateu as botas de vez. – Ele não parecia muito animado com isso, provavelmente por causa de Fred. – Bem, nem todos estamos a fim de comemorar... Eu só quis sair de casa um pouco e vim aqui buscar alguns papéis, então vejo aquela atrocidade no corredor da estatua...

– Sr. Weasley, desculpe, mas estava pensando se o Sr. poderia me ajudar...

– Claro, seria ótimo ocupar minha cabeça um pouco. – Ele deu um sorriso, parecia estar sofrendo muito. Nem imagino como a Sra. Weasley deve estar. – Em que posso ajudar?

– Bom... – Eu precisava bolar alguma coisa inteligente para não ter que contar o plano de Harry – Preciso pegar uma coisa no corpo de Bellatrix... Ela pegou uma coisa minha... E...

O Sr. Weasley não acreditou em nenhuma palavra que eu disse, mas parece que queria se distrair um pouco, então concordou em me ajudar. Ainda bem. O que me desanimou é que tinham revistado o corpo dos comensais, ou seja, Arthur não ia me levar até os corpos, mas sim até uma sala com os objetos apreendidos. Então eu tive que ir para manter o disfarce.

Chegando lá vi uma coisa que me animou imediatamente, tinha uma escova de cabelo com vários cabelos negros presos. Ainda bem que o cabelo daquela mulher era um ninho, senão não seria difícil de pentear e esses cabelos não estariam na escova. (Mas pensando bem, uma comensal carregar uma escova de cabelos durante a Batalha de Hogwarts era uma coisa muito estranha). Peguei a escova e o Sr. Weasley me olhou assustado:

– A Bellatrix pegou sua escova de cabelos Neville?

– Pois é. – Eu disse com o sorriso mais inocente que consegui fazer e então sai da sala antes que ele perguntasse outra coisa. Ele não me seguiu (graças à Merlin) e então eu desaparatei perto de Hogwarts e entrei no castelo. Aquilo tinha sido mais demorado do que eu esperava, porque já era noite no castelo.

Chequei na Sala Comunal e o resto da Armada ficou olhando para mim esperando uma explicação, provavelmente por causa da demora. Ron acabou dizendo:

– Cara, quanto tempo leva pra arrancar um cabelo da cabeça de alguém? Ficamos achando que algum comensal tinha te sequestrado.

– Tive que ir até o Ministério e convencer seu pai a me dar a escova de cabelos de uma comensal. O que você esperava?

Jorge começou a rir e então Neville explicou tudo que aconteceu. Só quando terminou de contar ele percebeu um menino de cabelos praticamente brancos sentado perto da lareira.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sério, deixem comentários, porfa :)
Só devo conseguir escrever de novo no sábado, a menos que eu seja irresponsável mais uma vez e não consiga me segurar hehehe. Reviewsss!