A Sala Vira-Tempo escrita por Annie Black


Capítulo 11
Cap 11 - Dumbledore e a Batalha de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Nesse capitulo a Armada conta o restante dos fatos do futuro para Dumbledore, então, obviamente, tem spoilers pra quem nunca leu os livros... mas imagino que vocês, assim como eu, já leram todos :)



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POV Autora:

Todos estavam no salão comunal quando James e Lily entraram de mãos dadas. Sirius estava particularmente feliz, pois isso significava que tinha ganhado uma aposta de Aluado (algumas semanas antes Remo apostou com Sirius que Lily nunca ficaria com James), que, apesar de perder a aposta, estava feliz pelo amigo.

No outro canto da mesa Harry olhou os pais entrando juntos no salão e disse sorrindo para seus amigos:

— Agora lembrei porque o Natal de 1976 era diferente, foi quando meus pais ficaram juntos!

— Gente, eu e Harry trombamos com eles mais cedo... inventei nomes para eu e Harry, só para prevenir, me chamem de Gi e Harry de Hans. – Gina respondeu.

— HANS? – Jorge perguntou rindo. - Você estava tentando arranjar um nome estranho pra ele de propósito ou foi sem querer irmãzinha?

— Vá caçar trasgo, Jorge. – Gina xingou, mas todos acabaram rindo, inclusive Harry.

— Vamos comer rápido para ir para a sala do diretor e contar o resto da nossa historia gente! Entreguei algumas memórias para ele ver, temos que ser cuidadosos. – Disse Hermione um pouco nervosa.

— Então, você é primo de James, Hans? – Sirius apareceu de repente e se sentou ao lado de Harry todos pararam de falar imediatamente sobre a missão. – Aparentemente então os Potter tem um gosto especial por ruivas. – Ele disse olhando para Gina e todos sorriram. – Me digam, quanto tempo vocês pretendem ficar em Hogwarts? Alguma esperança de que joguem pela Grifinória com aquelas vassouras?

— Não sabemos quanto vamos ficar, Dumbledore que vai decidir...

— Tudo bem então... Sabem, meu amigo realmente se deu bem depois que vocês pegaram o Pomo... Ele estava atrás da Evans por dois anos, mas ela não estava nem aí, era ridículo. – Sirius riu e Remo chegou e se sentou ao seu lado – Enfim, Remo, temos candidatos ao time de quadribol! – Hermione interrompeu e disse:

— Você sabe, acabamos de chegar e talvez estudemos aqui por um tempo... Quais matérias vocês estão estudando com a McGonagall? – Hermione perguntou rapidamente, tanto para mudar de assunto quanto para sondar sobre a situação dos marotos. Seria bom saber se já eram animagos ou não.

— Ela começou a explicar sobre animagos, uma matéria interessante, na verdade... Mas não achei nada desafiadora. – Remo disse rindo para Sirius, que retribuiu o sorriso e disse:

— Acho Defesa Contra a Arte das Trevas muito mais fascinante, especialmente o que ensinam sobre lobisomens... Parecem tão fáceis de controlar. – Remo deu um sorriso e olhou para o grupo – Qual a matéria que vocês acham que vão gostar mais?

— Hans é o melhor que existe na Defesa Contra a Arte das Trevas – Jorge e deu um sorriso. – Nenhuma duvida disso - Sirius não conseguiu se segurar:

— Então obviamente Aluado e Hans vão ter que duelar mais tarde. – Hermione já ia negar quando Sirius disse sorrindo – Ou então eu e meus amigos vamos descobrir qual o assunto que vocês vieram tratar com Dumbledore. - Neville riu:

— Sirius ameaçando O Eleito. Vocês devem estar de sacanagem. – A armada acompanhou a risada de Neville.

— Bom, temos um amigo que, digamos, consegue se enfiar em qualquer canto para descobrir o segredo dos outros... – Sirius disse, pensando em Rabicho, e sorriu, sem saber o quanto a Armada entendia daquela ameaça. – Reconsiderem.

— Não tem problema, vai ser divertido. – Harry disse, realmente animado para duelar contra Aluado. – Mas mais tarde... Agora temos que conversar sobre uma situação ilegal em Hogwarts com Dumbledore. Nos deem licença. – Sirius e Remo congelaram. Será que aquele grupo sabia que seus amigos eram animagos?

A armada se encaminhou para a sala do diretor, que estava os aguardando com Minerva, que tinha o chapéu seletor em mãos.

— Parece que vocês ficarão aqui por um tempo, não é mesmo? Vou permitir que fiquem nos dormitórios que o chapéu indicar e que tenham as aulas juntos com seus colegas. – Olhou para Hermione – As memórias que você me entregou me convenceram.

— Diretor... já fomos selecionados, você sabe...

— Eu sei, isso estava incluído nas memórias que eu analisei. O chapéu é uma mera formalidade.

Todos foram selecionados para as mesmas casas do futuro. Harry olhou para Draco e disse:

— Bom, lembre-se do voto perpétuo que fez e do nosso acordo... Talvez você possa descobrir coisas lá na Sonserina que ajudem a nossa missão.

— Vou fazer o possível. – Draco respondeu. – Snape deverá estar lá não é mesmo? Vocês acham que seria prudente eu fazer amizade com ele?

— Vamos terminar de contar tudo para Dumbledore antes de decidir qualquer coisa, pode ser? – Hermione respondeu.

— Onde paramos de contar?

— A ultima parte foi sobre Sirius Black em Azkaban injustamente. – Dumbledore disse com tristeza.

— Bom, 12 anos depois ele fugiu.

— Fugiu? É impossível fugir de Azkaban! – Minerva disse revoltada.

— Bom, ele era um animago... Um animago ilegal, um cachorro preto, para ser mais precisa. Se transformou e deu no pé quando descobriu que Pedro Pettigrew estava em Hogwarts perto de Harry. O que acontece é que Pedro também era um animago, um rato, e era o rato de estimação da família do Ron. – Hermione apontou para os Weasley.

— Como podem existir tantos animagos ilegais? – Minerva perguntou com um tom de revolta.

— James também... Se tornava um cervo. Eles fizeram isso para ajudarem Remo nas suas transformações... – Hermione parou por um momento, lembrou que o professor preferido estava morto e teve que se conter por um momento. Luna percebeu e continuou a historia:

— Acabou que, mesmo tendo a ajuda de Remo, que foi professor em Hogwarts durante um ano, Sirius não conseguiu impedir que Pettigrew fugisse, porque tinham vários dementadores atrás dele. Ele quase recebeu o beijo, diretor, - Minerva congelou - mas Remo tinha ensinado o Expecto Patronum para Harry, que salvou Sirius. Acabou que Sirius teve que fugir novamente, já que não tinham mais Pedro para provar sua inocência.

— Isso foi no terceiro ano. Já no quarto ano foi quando Voldemort voltou, com corpo e tudo, depois de Pedro sequestrar Harry no final do torneio tribruxo... Harry conseguiu fugir, mas Voldemort já estava andando por aí em carne e osso... Chamou seus comensais e voltaram a se reunir. – Ron completou.

— No quinto ano nenhuma pessoa do Ministério da Magia acreditava que Voldemort tinha realmente voltado. Tudo uma jogada política contra você, diretor... Acabou que te afastaram de Hogwarts e colocaram uma pessoa pior que Voldemort no cargo de direção: Dolores Umbridge. – Jorge completou, todos sabiam que ele odiava a mulher, mas sabiam que ele estava brincando quando disse que ela era pior que Voldemort. – Ok, não pior que Voldemort, mas ela quase usou Crucio para descobrir alguns segredos de Harry.

— Uma diretora usando Crucio? – Minerva ficou chocada.

— Quase, professora. – Respondeu Hermione novamente. – Ela baniu ensinamentos práticos com as varinhas em Hogwarts, então estaríamos praticamente indefesos contra Voldemort quando saíssemos da Escola.

— Nisso tivemos a melhor ideia do mundo, criamos a Armada de Dumbledore. – Luna disse apontando para todos que estavam ao seu redor. – Como Umbridge não queria nos ensinar, Harry nos ensinou... Afinal, infelizmente, já tinha encontrado Voldemort 3 vezes, duelado... Sabia fazer um Patrono... E ele foi um ótimo professor, de verdade.

Harry ficou feliz de saber que ela o considerava um bom professor.

— Fizemos as aulas clandestinamente na Sala Precisa, que Longbottom encontrou. – Ron continuou – Mas acabou que fomos descobertos... E Voldemort implantou uma visão em Harry, por meio de Legilimência, de que Sirius estava sendo torturado no Ministério. Fugimos rapidamente para o Ministério e descobrimos que era uma armadilha... Acabou que o Ministério percebeu que Voldemort realmente havia voltado e os membros restantes da Ordem da Fênix apareceram para nos defender, Sirius, Tonks, Remo, Moody e Shacklebolt, até você mesmo, diretor, mas...

— Sirius morreu me defendendo nessa noite. – Harry disse de repende. – Bellatrix o matou com a maldição da morte.

— Bellatrix então... Já era de se esperar que fosse uma comensal, mas matar o próprio primo é algo muito frio. – Dumbledore disse. – Entretanto vamos impedir que isso aconteça.

— Diretor, acho melhor irmos almoçar e continuarmos logo depois o almoço. Não sei se consigo digerir tudo isso tão rápido. – Minerva disse lutando com lagrimas nos olhos, Harry sabia que ela gostava muito de Sirius.

A Armada de Dumbledore se retirou e Dumbledore acalmou Minerva.

— Minerva, preciso saber se você acha que consegue estar comigo até o fim dessa história. Preciso que seja meu braço direito.

— Consigo Alvo, claro... Só fiquei chocada, Sirius preso em Azkaban por 12 anos, fugindo no Ministério por mais 2 anos e morrendo pelas mãos de Bellatrix... James morrendo também... E Lily! Imagino que Remo não tenha escapado, Hermione ficou triste ao lembrar dele... Alvo, eu sei que brigamos muito com todos eles por causa das suas marotagens e tudo o mais, mas eu realmente tenho um afeto por aqueles grifinórios... – Ela respirou por alguns momentos – Foi... só um momento de fraqueza Alvo. Pode contar comigo.

Dumbledore abraçou a amiga para a confortar. Sentia-se como ela, mas deveria se manter firme e forte se quisesse manter a calma da tal Armada e de Minerva.

Após o almoço todos voltaram para a sala de Dumbledore, que tinha conjurado uma mesa redonda com lugar para todos se sentarem. Então Hermione continuou:

— Bom, vou contar sobre as Horcruxes agora, pode ser diretor? – Ele assentiu com a cabeça. – Voldemort fez 6 horcruxes intencionalmente e uma sem ter intenção. A mais fácil de alcançarmos agora é o Diadema da Corvinal, que está em algum lugar da Sala Precisa.

— Quem diria... Ele guardou um pedaço de si mesmo em Hogwarts...

— Sim... A outra horcrux mais “alcançável” é o Anel de Marvolo Gaunt, que está na cabana dos Gaunt... Eles eram parentes de Riddle, mas você já deve saber disso, diretor. De qualquer maneira, o Colar de Salazar Sonserina é um pouco mais difícil de conseguir, está num lugar chamado Caverna de Cristal. O senhor me levou lá quando pegou o colar, teve que beber um liquido que parecia uma forma de tortura para conseguir... Também tem a Taça de Helga Lufa-Lufa, que deve estar no cofre da família Lestrange em Gringotts. Foi muito difícil consegui-lo, diretor, você nem imagina... – Harry olhou para o diretor que parecia incrédulo.

— Vocês conseguiram invadir Gringotts?

— Só com a ajuda de um duende... E ele acabou nos traindo, fugimos montados em um dragão.

Minerva os olhava tão incrédula quanto o diretor.

— Adolescentes invadindo Gringotts e conseguindo fugir... Me desculpe, mas preciso de uma memória para acreditar, Hermione.

Hermione prontamente apontou com a varinha para a têmpora e conduziu sua memória até a penseira. Eis o que Dumbledore e Minerva viram (clique aqui). 

— Tudo bem, continue.

— Tom Riddle escreveu um diário, diretor. Depois tornou esse diário uma horcrux também. No segundo ano eu o destruí com veneno do basilisco que está na Câmara Secreta. – Harry percebeu que Gina tinha ficado mais tensa, então continuou rapidamente - Voldemort nos atraiu até lá com uma armadilha, acabou que consegui matar o basilisco por sorte, com a espada de Godric Grifinória. Acabou que a espada absorveu o veneno e pudemos matar outras horcruxes com ela.

Minerva olhou incrédula mais uma vez.

— Garotos do segundo ano matando um basilisco?

— Tudo bem, olhem minha memória – Harry levou a memória do ocorrido na Câmara Secreta para a penseira (clique aqui para ver a memória) e, após Dumbledore e Minerva entenderem o que havia acontecido, ele continuou. - Voldemort tornou Nagini, uma cobra gigante, uma horcrux também, mas isso foi em algum momento de 1994, ano do início do torneio tribruxo, então não precisamos nos preocupar com ela agora que estamos no passado.

— Diretor, Voldemort desapareceu no dia 31 de outubro de 1981, depois de matar James e Lilian Potter e tentar matar Harry. Mas ele não conseguiu terminar o serviço e acabou, sem intenção, fazendo mais uma horcrux... A verdade é que um pedaço da sua alma foi parar em Harry. – Dumbledore estava muito tenso enquanto Hermione falava – Acabou que Voldemort mesmo destruiu a horcrux que estava em Harry, durante a batalha de Hogwarts, sem saber o que estava fazendo...

— Batalha de Hogwarts?! Onde eu estava? Onde estavam os professores? Não é possível que alunos lutaram! – Dubledore disse perplexo. – Nem em um milhão de anos eu permitiria que Voldemort entrasse em Hogwarts!

— Os professores lutaram ao nosso lado, diretor! Os alunos que quiseram fugir, foram embora, mas McGonagall foi quem liderou tudo, ao lado de Harry! – Ron disse com um pequeno sorriso para a professora. – Você foi incrível professora! Slughorn, Lupin, Flitwick, Trelawney, Hagrid, Sprout e seu irmão, Aberforth, lutaram também diretor. Hogwarts não estava abandonada.

— O senhor não estava na Batalha de Hogwarts diretor... Quando você foi destruir o anel, um ano antes, foi envenenado por alguma maldição de Voldemort...

— Então... – Dumbledore começou a dizer, mas Harry continuou.

— Dumbledore, o que acontece é que um dos seus alunos de hoje atuou como um espião duplo para você. Severo Snape. – Dumbledore ficou surpreso, não achava que conseguiria que Severo se juntasse a ele. – Ele tentou te ajudar, mas não conseguiu impedir que o veneno continuasse com seu efeito. Então você sabia que ia morrer, diretor. Mas não morreu envenenado.

— Voldemort me deu a missão de te assassinar, Dumbledore. – Draco falava pela primeira vez em muito tempo, Dumbledore olhou para ele como se tivesse tomado um susto. – Eu fui obrigado a me juntar aos comensais e tive que aceitar essa missão, se não... Bom, você sabe... Mas acabou que não consegui cumprir com minha missão e... Não consegui reunir forças para lançar a maldição... E Snape teve que dar um jeito...

— Snape te matou, Dumbledore. Bellatrix também estava lá, mas essa foi a forma que você encontrou para fazer com que Voldemort não desconfiasse de Snape...

Dumbledore permaneceu calado por uns instantes, olhando fixamente para a mesa. Minerva segurou sua mão e disse bastante séria:

— Continuem contanto sobre a Batalha de Hogwarts.

— Bom, Voldemort estava com a varinha das varinhas quando eu lutei com ele pela ultima vez, mas ele não sabia que o mestre da varinha não era ele mesmo... Quando Draco te encontrou na noite em que foi assassinado, ele te desarmou, então Draco se tornou o mestre da varinha, mas pelo fato de Snape ter te matado, Voldemort pensou que ele que seria o mestre, então o matou e achou que o problema havia acabado. Mais tarde, numa luta na casa dos Malfoy, eu desarmei Draco, então eu mesmo me tornei o mestre da varinha que Voldemort estava usando contra mim... Então acabou que o feitiço da morte que ele usou ricocheteou para ele mesmo e... Fim... – Harry concluiu.

— Obrigado por contarem tudo... Preciso de um tempo para colocar meus pensamentos no lugar, quando estiver pronto os chamarei novamente, combinado? – Dumbledore disse num sussurro. – Fiquem a vontade nos seus dormitórios e em Hogwarts nesse meio tempo.

Todos concordaram e saíram para suas salas comunais.

— Será que Dumbledore vai ficar bem? Ele ficou bem abalado... – Disse Neville a caminho da sala comunal da Grifinória.

— Vamos reverter tudo, ele vai ficar bem. – Disse Harry.

— Vocês já pensaram como a Sala Vira-Tempo vai lidar com as mudanças que estamos fazendo? Pensei em varias possibilidades, mas não sei... – Disse Luna por um momento, racionalmente. – Vou para a Corvinal, até mais tarde.

— Sabe, é estranho quando a Luna faz sentido... – Ron disse e Hermione respondeu:

— É... Serviu para me deixar preocupada, mas suponho que já temos o suficiente para nos preocuparmos...


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Notas finais do capítulo

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