Encantada escrita por SBFernanda


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou, uma semana depois com um capítulo novo. Ele já está pronto desde semana passada meus amores, e estou a trabalhar no próximo já. Espero que estejam gostando, porque estamos caminhando para o clímax e, consequentemente, para o final dessa shortfic.

Agradeço imensamente aos comentários sempre lindos e empolgantes de "MaddieHimeChan", "UzumakiHyuga17", "hinadiva", "Jackehina", "Fluffy Mary" e "Petniss2"
Obrigada também Jackehina pelo favorito!

E Ganhamos uma recomendação! UzumakiHyuga17, minha linda linda fofa! Muito obrigada pela sua linda recomendação, como sempre me deixando boba. Como combinado, o agradecimento pela recomendação vem nesse capítulo e a dedicação é o próximo.

Sem mais delongas,
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/608015/chapter/7

Capítulo 7

Todo o caminho até a fazenda dos Hyuuga foi silencioso. Naruto não podia falar com Hinata, afinal Kiba não a via, mas trocava olhares rápidos com ela pelo retrovisor e percebia que ela ficara nervosa e analisando Kiba, tentando se lembrar se o conhecia. Por um breve e insano momento Naruto pensou que ela pudesse ser a noiva, mas então percebeu que seria muita loucura ter o “espírito” dela ali. Deveria ser algum parente da menina, afinal, todos da família moravam na grande fazenda, ainda que não na mesma casa, Kiba explicara prevendo que teriam muitos querendo mata-lo naquele momento.

Mas nem mesmo pensar que o amigo estava muito encrencado ajudava o Uzumaki a se acalmar. Ele, que estivera em busca de respostas, estava indo para o meio da família que poderia lhe dar essas respostas caso ele soubesse perguntar. Mas ele não sabia. Caso alguém perguntasse como ele sabia de Hinata, não tinha o que dizer. Ele não a conhecera antes. Eram nessas coisas que pensava, enquanto a menina, meio espremida no pequeno banco de trás, pensava que veria a sua família pela primeira vez desde que acordara sem lembranças. Talvez, ela pensava, poderia se lembrar de algo, como o motivo de estar assim.

Kiba, por outro lado, não se manteve quieto. Ele começara a murmurar coisas sem sentido para Naruto, tanto que o loiro parou de fazer força para tentar entender e começou a se concentrar apenas nos turvos pensamentos. A fazenda era longe e por isso demoraram, achou melhor avisar a mãe que demoraria por estar com Kiba. A Uzumaki simplesmente estourou no telefone que estava no viva voz e rapidamente o loiro fuzilou o amigo e ficou vermelho, porque Hinata ouvia. Ele já estava velho demais para ouvir esse tipo de sermão de sua mãe, por isso se despediu rapidamente e desligou.

Ao chegarem, Naruto desceu da picape e deixou a porta aberta, saindo do caminho de Hinata. Só então notou que Kiba nem mesmo se mexera. Haviam pessoas no portão, pessoas que reconheceram Kiba e por isso deixaram que eles entrassem e agora o amigo estava tremendo dentro do carro.

– O pior e mais fácil já vez, agora vamos logo, porque eu realmente morro se perder a hora amanhã pra universidade, você sabe como é a Sra. Pimenta Sangrenta. – usara o apelido pelo qual sua mãe ficara conhecida na pequena cidade quando ela era mais nova.

Ainda tremendo o amigo desceu do carro e ambos bateram as portas, Naruto aproveitou para sussurrar um “fique calma” para Hinata e apressou o passo para acompanhar Kiba que andava um pouco lento demais, aproveitando para o empurrar um pouco. Tocaram a campainha e em poucos segundos uma senhora atendeu, ela tinha cabelos brancos e um olhar bondoso e quando olhou para Kiba deu um suspiro, deixando que ambos entrassem.

– Eles estão na sala de estar, venha comigo, por favor. – ela disse baixo. Kiba olhou para Naruto rapidamente e o loiro afirmou com a cabeça antes de ambos continuarem a andar.

– Isso é inadmissível, Hanabi! – ouviram a voz grande de um homem a gritar antes mesmo de chegarem próximos ao cômodo. Kiba estremeceu e Naruto olhou para Hinata que estava logo atrás. Apesar do olhar da Hyuuga estar mostrando estar assustada, ela sorria. – Olhe a sua idade! Eu sabia que esse casamento era uma armação! Onde estava com a cabeça?

– Papai, eu... – mas ela parou assim que viu os recém-chegados. A menina, mais nova do que todos ali se levantou rapidamente e correu em direção a Kiba, o abraçando. – Que bom que chegou. Vamos resolver isso, não é? – apesar de estar meio esverdeado, o rapaz afirmou e ela sorriu.

– Eu abri as portas da minha casa para você, moleque! – bradou o Sr. Hyuuga, fazendo com que Kiba tremesse novamente, apesar de continuar abraçado com Hanabi. – O que pensa que pode fazer? Quem pensa que é? – a cada frase a voz do homem aumentava de tom, e até mesmo Naruto começava a recuar.

– Eu a amo. – foi tudo o que Kiba conseguiu dizer. Mas seu tom de voz era baixo, um pouco assustado, porém não deixava de ser sincero.

– Ah, a ama? E como pensa em sustenta-la? – nenhum dos dois respondeu, nem Kiba e nem Hanabi. – Como eu pensava! E agora vocês terão mais uma boca! Vocês não pensam!

Naruto conseguia compreender o homem. Kiba não possuía terras como eles, seus pais trabalhavam no comércio e eram pessoas boas, sua mãe inclusive fazia remédios muito bons com ervas, mas nada além. Fora que Kiba não tinha ainda um emprego, ajudando às vezes o pai no comércio. Ele, Naruto, se tivesse filha também não iria gostar de uma situação como aquela.

– Darei um jeito... – foi tudo o que Kiba disse, afinal, ele precisaria mesmo.

– Eu deveria... – Hyuuga começou, mas então uma mão surgiu em seu ombro e ele bufou. Até então Naruto não tinha notado a presença de Neji, que era quem parecia estar acalmando o tio.

– O que podemos fazer agora é programar esse casamento para o mais rápido o possível, tio e decidir em qual casa e no que Kiba irá trabalhar aqui, como deve ser, certo? – ele parecia centrado, decidido... Um verdadeiro herdeiro, Naruto percebeu.

– Sim, tem razão... Kiba e Hanabi, venham. – porém, só então, o homem notou a presença de Naruto. – Quem é você?

– Ah, desculpe... – ele se apressou. – Sou Naruto, apenas vim porque Kiba estava sem carro... Nada demais. – deu de ombros. Sua vontade foi fazer uma piada, dizendo que o amigo estava com medo, mas isso não ajudaria no momento.

– Se é assim, peço que o espere aqui, não demoraremos. – sem dizer mais nada ele saiu e rapidamente Hanabi se apressou a segui-lo, puxando Kiba junto.

Houve silêncio enquanto Naruto apenas observava o amigo ir para mais uma longa discussão. Hinata parecia um pouco apreensiva ao seu lado. Ela queria ser vista, mas ninguém naquela casa era capaz de o fazer.

Ouviram um pigarro e viraram-se no mesmo instante, ficando frente a frente com Neji. O Hyuuga olhava para Naruto como se o estivesse analisando e então estendeu a mão para ele.

– Neji Hyuuga, peço desculpas por estarmos nos conhecendo em uma ocasião como esta.

– Naruto Uzumaki. Bem, eu avisei para Kiba, ele não me ouviu. – deu um pequeno sorriso, mas Neji não o fez, apenas acenando com a cabeça.

– Ele pode não ser filho do meu pai, mas é igual a ele, não se consegue arrancar sorrisos de Neji com facilidade. – era Hinata explicando algo que provavelmente lembrara-se naquele momento. – Pergunte a ele sobre mim. – ela pediu. Por mais que Naruto não soubesse no que iria dar aquilo, o fez.

– Ér... Hinata Hyuuga é algo sua, certo? – Naruto quis parecer confuso, apesar de saber bem daquilo.

– Sim. Ela é minha prima, irmã de Hanabi... por quê? – lá estava o olhar desconfiado que Naruto já esperava.

– Diz que estudou comigo. Que se lembrou do meu nome. – Hinata assoprou novamente uma resposta.

– Estudei com ela. – falou rapidamente. Mais olhares desconfiados. – Faz algum tempo... Eu apenas lembrei do nome.

– Foi assim que conheceram Hanabi? Digo, que ele conheceu Hanabi?

– Ah, não. Eu nem mesmo sabia quem era até hoje... – apressou-se a explicar para que não acabasse virando todo aquele problema para ele.

– Que bom. Se bem que você e sua família devem ter a mesma desconfiança... – murmurou Neji, parecendo descontente e desconfiado. Naruto ficou confuso sobre o que ele dizia e percebendo o Hyuuga apenas apontou para a poltrona, se sentando em outra. Apenas quando o loiro se sentou foi que ele começou a explicar: - Até onde sei, Kiba se aproximou de Hanabi para descobrir o que tínhamos feito com os Watanabe, ele acusou Hanabi de muitas coisas até aquela briga toda se transformar nisso aí. Até onde sei, sua família também era amiga deles...

– Minha mãe. – Naruto confirmou. – Eu e meu pai concordamos que sempre há mais coisas que não se vê. – Mesmo querendo que o assunto voltasse para Hinata, saber mais sobre aquele assunto interessava a Naruto. – Mas confesso que achei estranho vocês nunca se pronunciarem.

– Querer se mostrar apenas mostra que você não possui caráter. – disse Neji, as mesmas palavras de Hinata. – Foi isso que eles fizeram, então preferimos ficar quietos. Meu tio não gosta que falemos sobre esse assunto, mas... Bem, os Watanabe estavam tentando nos sabotar com nossos financiadores e com as pessoas para quem vendíamos, mas foram pegos. Meu tio deu duas opções, ou eles se entregavam ou iam embora. Eles foram embora, mas não sem antes colocar toda a cidade contra nós.

– Isso é meio... coisa de filme. – murmurou Naruto um pouco confuso.

– Aprendi que às vezes os filmes tem coisas reais e não o inverso. – ambos fizeram uma pausa depois daquilo e Neji olhou desconfiado para o loiro. – Você pareceu interessado...

– Vou lhe confessar que recebi um trabalho na faculdade sobre vocês. Mas precisarei da sua permissão para usar esta conclusão nele e lhe usar como fonte.

– Então acredita? – foi a única coisa que Neji perguntou, ainda sem demonstrar qualquer emoção.

– Na verdade sim. Como falei, achei estranho toda aquela repercussão dos Watanabe. Meus pais faliram, mas estamos trabalhando para nos reerguer. Isso não é fácil, mas não desistimos... eles sim.

– Você leva jeito com o negócio. – elogiou Neji e apenas Hinata sabia como aquilo era raro de acontecer. – Por isso eu lhe dou essa permissão, com uma condição... – Naruto esperou. - ... Não deixe que isso seja publicado. – o loiro então acenou, afirmando e ambos deram um breve aperto de mão.

– Estão mesmo demorando. – murmurou Naruto mais para Hinata do que para Neji.

– São muitas coisas a decidir. Kiba terá de morar aqui já que não possui um lugar nem emprego. Mesmo que não queira, meu tio o fará vir. – explicou o Hyuuga.

– Hm... – murmurou o loiro e então olhou para Hinata rapidamente, em seguida voltou os olhos para Neji. – E Hinata? Ela está? Seria bom revê-la depois de tanto tempo... – continuou com sua mentira.

– Sinto que não será possível... Não sabe? Hinata está hospitalizada, em coma. Uma tragédia que apenas deixa meu tio ainda mais nervoso.

...

Toda aquela informação que Naruto recebeu fez com que o mesmo ficasse em estado de choque, ao mesmo tempo que lhe servia como resposta. Ele tivera muitas respostas. Sabia o que realmente acontecera entre duas famílias, sabia de onde Hinata era e como ela estava. Mas ainda não sabia como podia ver a jovem e apenas ele podia ver. Aquilo apenas o consumia cada vez mais. Não tendo respostas, acabou por ficar a noite inteira fazendo o trabalho da faculdade, enquanto Hinata disse que precisava pensar... Se ele precisava, imaginava ela. Saber que se está entre a vida e a morte sem qualquer causa aparente deveria ser realmente traumático.

Enquanto digitava o trabalho que ficara mais longo do que achava ser capaz, sua mente vagava em direção ao mistério ainda não solucionado. Estava ficando obcecado por Hinata, ou foi assim que pensou, pois vez ou outra ia até a janela para ver se a menina estava a vista.

Não dormiu. Quando Naruto conseguiu pegar no sono estava perto da hora de levantar e por isso seu corpo implorou pela cama enquanto ele se levantava a contra gosto. Tentou melhorar sua expressão para que sua mãe não começasse a falar logo cedo e saiu rápido de casa, mostrando apenas em um balançar o trabalho concluído.

A aula com Kakashi era a última naquele dia, por isso tentou se concentrar nas anteriores e ao final da aula do professor esperou que todos saíssem da sala e foi até ele, entregando o trabalho concluído. Sem esperar muito mais o sensei foi até a última página, lendo o final narrado por Neji. Um breve acenar com a cabeça e Naruto teve sua curiosidade aguçada.

– Então? Lhe dei a sua resposta?

– Era exatamente a que eu imaginava. Então, conseguiu falar com um Hyuuga?

– Neji foi.. gentil. – ele não encontrara outra palavra, apesar de ter dito aquela contra sua vontade. – Não foi difícil, na verdade.

– Sim. É mais difícil conseguir que um Watanabe fale sobre isso sem chamar os Hyuugas de invejosos e sabotadores.

– Kakashi-sensei... o que isso tem de tão importante?

– Ah, os Watanabe são da minha família. – disse em um tom casual, mas percebeu o olhar confuso do aluno. – Sim, meu sobrenome não é o deles, meu pai descobriu essa coisa toda e achou melhor tirar o sobrenome deles para que eu pudesse viver em paz. Mas sempre quis saber se era isso mesmo. Parece que meu pai sempre esteve certo... – ele deu de ombros, como se aquilo não fosse nada. – Mas e você, Naruto, qual é o seu segredo?

Saindo da sala, o Uzumaki acenou por cima da cabeça para o professor enquanto ria e dizia:

– Se eu contasse não acreditaria, sensei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Antes que alguém pergunte, sim, essa fanfic é bem simples. É um clichê e tem algumas coisas que são bem esperadas, mas eu acho que uma das revelações fiais será uma surpresa... Não adianta me subornarem, não direi. Está chegando.

Espero que estejam gostando. Amo vocês, sério mesmo!