Encantada escrita por SBFernanda


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que esse capítulo está bem fraco. Muito, muito fraco, mas se quiserem dar um voto de confiança, eu agradecerei. Quem ficar com pé atrás pode até esperar pra comentar. Eu juro que vou entender. Esse capítulo é uma introdução de apresentação. Mas já no próximo vou começar a desenvolver.Apesar de tudo, espero que gostem. Desde já, obrigada a quem ler e quem der uma chance kkEnjoy!



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“E então chegamos ao conhecido conto de fadas. Conta a lenda que uma bela princesa de terras que ninguém sabe bem onde fica, mas todos suspeitam ser nos Estados Unidos, entrou em um sono profundo de cem anos por conta da maldição de uma bruxa que sem motivos aparentes resolveu querer matá-la. Cem anos depois é que um príncipe a encontrou e resolveu beijar aquela menina que estava aparentemente morta, sem qualquer explicação para isso. Vocês devem estar se perguntando o que o conto de fadas da Bela Adormecida tem a ver com a nossa aula. Pois vejam, neste conto fala que ao redor da princesa se formou uma densa floresta, que impedia a entrada dos forasteiros, isso até se passar os 100 anos. E como nossa aula fala sobre solos, florestas e um pouco disso tudo, devemos nos perguntar. E nossos bosques misteriosos? Eles aparecem e desaparecem, cada momento em um lugar. Por quê? Teria a ver com um conto de fadas?”

Aquela introdução do novo professor deixara Naruto, um jovem loiro e impaciente, muito entediado. Ele não queria estar ali. Apesar de saber que ajudaria a ele e aos pais em um melhor cultivo da terra que tinham, ele não queria isso. Preferia estar com os pais, cuidado da terra.

Naruto não era apenas impaciente, ele era um jovem hiperativo. Sua dificuldade em ficar parado era bem aproveitada quando estava trabalhando, mas quando estava dentro de uma sala de aula de uma universidade que seus pais o convenceram de fazer… Isso se resumia em um jovem com cara de tédio e pernas que não paravam de se mexer.

Naruto não tinha muitos amigos. Seus melhores amigos do colegial tinham se mudado para a cidade “grande”, como eles gostavam de dizer, mas Naruto não podia ir. Não apenas por não poder deixar os pais, que começavam a enfrentar problemas na administração dos negócios, mas também porque amava aquela cidade pequena que nascera e crescera.

Os Uzumakis, como gostavam de dizer, apesar de seu pai não ter esse sobrenome, eram uma família de classe média, que vivia da agricultura e servia para o sustento das cidades grandes. O papel deles era importante. Há alguns anos tinham tido muito sucesso e prosperidade, mas por conta da idade de seus pais, já avançada, muitos se aproveitaram e eles acabaram entrando em uma “pior”, como Naruto dissera. E fora aí que ele achou melhor começar a trabalhar em sua herança. Como consequência, tinha de estar na faculdade, não faltar nenhuma aula e ainda mostrar o que tinha aprendido.

Em vez de o professor ajudar, falando de algo interessante, ele vinha com contos de fadas americanos. Não entendia onde ele queria chegar e por isso parou de prestar atenção no que o mesmo dizia e começou a rabiscar no caderno. Haviam poucas mulheres na sala de aula e eram essas que mais prestavam atenção.

– Você que está anotando algo no caderno. - Naruto olhou em volta pra ver quem era o azarado, constatando desanimado que era ele. - Pode me dizer o que poderia ter a ver a lenda com o que vemos?

– É sério? - o loiro deu uma risada, mas percebeu um pouco depois que o professor falava sério. - Para começar, eu não acredito nisso. Segundo, se as pessoas acreditarem, então isso pode fazer valorizar ou não um determinado pedaço de terra. Sendo assim, para nós que trabalhamos com ela, fica sendo algo ruim.

– E essa é justamente a resposta que eu precisava! - elogiou o professor. Naruto ficou surpreso com aquilo. Então a historinha tinha um fundamento. - Qual o seu nome, rapaz?

– Naruto. Naruto Uzumaki. - respondeu rapidamente, vendo o professor procurar seu nome na listagem e marcar algo. O que seria aquilo?

– Como muito bem assinalou o senhor Uzumaki, essas lendas relacionadas a terra servem, na maioria das vezes, para desvaloriza-las. Por isso, como um trabalho de boas vindas eu quero que pesquisem as lendas locais e, com suas palavras, me digam se aquilo trará consequências boas ou ruins. Tenham bons argumentos. Estão dispensados.

Uma aula nunca havia sido tão rápida, porém, tinham ganhado um trabalho logo na primeira aula. O tempo de sobra seria para a pesquisa dos alunos mais aplicados. Naruto não se encaixava entre esses, ele não tinha nenhum interesse. Por isso, quando saiu, ele tinha em mente ir para casa. O professor o interceptou ao invés disso.

– Naruto! - o loiro olhou para trás ao ouvir a voz do sensei. - Você já fez o trabalho, tudo bem? Apesar de eu ter lhe dado a lenda, você respondeu corretamente. Não precisa fazer novamente.

– Está falando sério? - se surpreendeu. Ele nunca fora do tipo que o professor liberava de trabalhos por ter sido exemplar. Sempre fora o oposto, na verdade.

– Sim. Aproveite a folga. - após dizer aquilo o professor lhe deu um tapinha nas costas e saiu. Demorou algum tempo até o Uzumaki conseguir se recuperar e sair da universidade até a sua picape.

Ele era o típico agricultor, ou filho de agricultor. Tinha uma picape, pois com ela poderiam fazer entregas dentro da cidade, pois para fora eram os grandes caminhões que faziam.

Quando chegou em casa sua mãe o recebeu com uma careta, acreditando que o filho tinha faltado aula, ou fugido. Ele riu, caminhando alegremente até aquela senhora que já tinha alguns fios brancos em meio aos longos cabelos ruivos. Depositou um beijo estalado em suas bochechas, uma de cada vez e continuou subindo.

– O que faz aqui a essa hora?

– Fui liberado. Acertei a pergunta do professor, ele gostou de mim e tô livre de trabalho. - percebeu que sua mãe não acreditara. Nem ele acreditou na hora, não podia culpá-la. Foi então que contou toda a baboseira do professor e a sua resposta.

Sua mãe pareceu estranha por um momento, começando a se ocupar. Naruto sabia que quando ela fazia isso era porque estava querendo não falar. E se isso acontecia, era porque ela não queria acabar mentindo ou se entregando. Se conteve em perguntar o que seria. Mas calculou que sua mãe, como a maioria das mulheres, gostava ou até acreditava naqueles contos de fadas. Riu, percebendo que era exatamente isso. Novamente deu um beijo na bochecha dela e saiu.

– Vou me trocar e ir ajudar o pai! - gritou enquanto subia as escada para o quarto.

Kushina olhou em volta, enfim largando o que fazia. Por mais que tivesse ficado nervosa, agora ria de uma maneira meio boba e meio divertida. Talvez, pôr Naruto em uma universidade não fosse tão ruim assim. Para um menino que não acreditava em nada, começar a acreditar poderia ser a grande consequência.


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