República Evans escrita por Carol Lair


Capítulo 9
Os pretendentes da ruiva, parte II


Notas iniciais do capítulo

Oi, queridos!

Vocês perceberam que RE ganhou uma nova capa? Pois é, não ficou muito linda?
ÓBVIO que ficou, quem fez e me deu de presente foi a MILLER! Portanto, este é mais um capítulo dedicado a essa maravilhosa autora e artista com o photoshop!

Agora, o capítulo:



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Capítulo 9 – Os pretendentes da ruiva, parte II

Durante o mês de outubro, os alunos da Universidade de Hogwarts não falavam em outra coisa a não ser a respeito da famosa festa de Halloween que a universidade organizava todos os anos. Os organizadores da festa eram sempre os estudantes do último ano de seus respectivos cursos e seu objetivo era o de arrecadar dinheiro para a festa de formatura que se realizaria em junho. Portanto, em meados de outubro, encontrar qualquer aluno do último ano desocupado era uma tarefa consideravelmente difícil, uma vez que estes viviam se reunindo para resolver os últimos ajustes referentes à decoração e à venda dos convites. Desta forma, para Anita Ecklair, uma terceiranista de Moda, tornava-se muito mais difícil encontrar Louis Renoir, que cursava o último ano de Direito.

Mas naquele dia ela finalmente havia conseguido.

Anita o encontrou na outra extremidade do Salão Principal. Louis não havia mudado absolutamente nada fisicamente: o cabelo loiro permanecia ligeiramente comprido, a barba loura por fazer, como sempre. Ele conversava seriamente com uma colega também do último ano. Anita observou que a expressão pensativa em seus olhos azuis caía-lhe muito bem. Era, de fato, um rapaz atraente, não precisava de muito para chamar atenção. Anita finalmente conseguira alcançá-lo.

– Oi, Louis! – ela cumprimentou, não se contendo e interrompendo a conversa dele com a colega.

Louis virou-se e a encarou, mal reconhecendo-a por motivos óbvios. O cabelo novo e o fato de que eles nunca mais se falaram depois que seu namoro com Lily terminara.

– Oi. – Cumprimentou ele, um pouco confuso.

– Louis, só não se esqueça de ligar para a empresa de iluminação, certo? Eu preciso ir agora para a reunião com o pessoal que está cuidando das bebidas! Até mais! – A amiga de Louis se retirou logo após terminar a frase. Assim que a garota sumira de vista, Louis se aproximou de Anita.

– Então, você está precisando de alguma ajuda? Comprar convites? – perguntou ele, deixando escapar um forte sotaque francês em suas palavras.

Anita sabia que ele devia estar se perguntando o que a trazia ali. Afinal, Louis era o ex-namorado de uma de suas melhores amigas.

– Não é nada disso. - ela suspirou. Como posso abordar o assunto?, ela se perguntava incessantemente. - Bom, Louis, eu sei que vou ser um pouco inconveniente agora, mas... você não se importaria em me responder uma pergunta... pessoal?

Ele a olhou de soslaio com um meio sorriso.

– Provavelmente deve ser sobre a Lily. – ele adivinhou.

– Está tão óbvio assim? – Anita estava definitivamente aliviada com a boa recepção dele. – Enfim, eu acho que ela está com alguns problemas...

– O que houve? – ele a interrompeu, um tanto preocupado.

Louis Renoir tinha vinte e dois anos de idade, namorara Lily Evans por apenas quatro meses e haviam terminado havia seis. Era de conhecimento geral que fora Lily quem havia terminado o namoro, no entanto, a ruiva contara às amigas que o motivo do término era simplesmente o fato de não gostar dele o suficiente para prolongar a situação. Anita sempre soube que a ruiva fora um tanto fria com relação ao namoro, mas com os últimos acontecimentos, ela resolvera esclarecer suas dúvidas.

– Calma, Louis, ela está bem! Eu queria só te perguntar qual foi o real motivo para vocês terminarem. Por exemplo, aconteceu alguma coisa ruim entre vocês?

Louis ficou calado alguns instantes e finalmente respondeu:

– Bom, foi a Lily quem terminou, você sabe. Nos últimos dias do nosso namoro, tivemos uma discussão e ela se afastou definitivamente de mim, arranjou coisas demais para fazer só para me evitar. E então, uma noite, ela me chamou para conversar e terminou comigo. Disse que não tinha mais como continuar. Ela não te contou nada disso?

– Contou. – Anita não estava satisfeita. – Desculpe ser totalmente inconveniente de novo, mas você fez alguma coisa para ela agir dessa forma?

Louis balançou a cabeça, pensativo.

– Não que eu saiba.

Ele abriu um sorriso triste, perdido nas boas lembranças que tinha de Lily. Anita pôde notar o olhar dele e mais uma vez pensou em como Lily tinha o dom de desperdiçar bons partidos.

– Por que você está perguntando? – Louis perguntou-lhe, após alguns segundos de silêncio.

– Porque... Ela parece ter trauma de relacionamentos, não quer mais se envolver com ninguém e isso me preocupa. – Anita desabafou.

– Extremista como sempre. A Lily não muda. – disse ele, com carinho na voz. – Anita, se servir como conselho, acho melhor você perguntar para o último cara com quem ela saiu, talvez ela tenha "adquirido" esse tal trauma com ele.

– Pois então, Louis. Você foi o último.

Louis arregalou levemente os olhos. Uma sombra de sorriso passou por seus lábios, num misto de surpresa e de confusão.

– E-eu? Você tem certeza disso? Faz pelo menos uns seis meses que terminamos.

– Por isso eu vim falar com você. Depois desses meses todos, ela ainda dispensa qualquer homem meramente interessado, acredita? – de repente, Anita percebera que já estava fornecendo informações demais ao ex da amiga. Era hora de encerrar o assunto. – Enfim, desculpe ter atrapalhado você nessa correria da organização da festa. Agora eu preciso ir.

Louis continuara paralisado, compenetrado em pensamentos, os olhos vidrados em algum ponto no além.

– Até mais, Louis!

Anita saíra depressa, a fim de evitar mais perguntas vindas dele. Droga, falei demais. Esperava profundamente que ele não fosse conversar com Lily sobre tudo o que acabara de saber e torcia para que ele se esquecesse da conversa o mais rápido possível.

–--

Peter Pettigrew estava esparramado no sofá, devorando um enorme sanduíche enquanto assistia à televisão. Amos abrira a porta de casa.

Mas a primeira coisa que Amos vira ao adentrar a república Whisky de Fogo foi Frank olhando o movimento da rua através da janela da frente, por trás das cortinas. Ele já notara que o amigo fazia isso quase todos os dias naquele mesmo horário, mas não tinha ideia da razão.

– Frank, o que você está olhando? – Amos resolveu se aproximar.

Nada. – respondeu o outro, secamente, mas não se mexeu.

Amos continuou ali, olhando através da janela, ao lado de Frank, que resmungara algumas coisas ininteligíveis para que o amigo o deixasse sozinho. Naturalmente, Amos o ignorou e permaneceu no mesmo lugar. Poucos segundos depois, um ônibus vermelho de dois andares virou a esquina lentamente e parou num ponto bem perto da república Whisky de Fogo. Quando o ônibus seguiu em frente em seu percurso, foi possível avistar Alice atravessando a rua. Ela passou na frente da janela deles – naquele momento, Frank se esquivara um pouco para trás – e logo depois desapareceu da vista dos dois, provavelmente chegando em sua casa.

– Eu não acredito que você fica assistindo à Alice chegar, cara.

Frank se afastou da janela mal-humorado e se jogou no sofá, ao lado de Peter. Peter não estava prestando atenção nos amigos, estava absorto na televisão e no sanduíche.

– Isso é doentio, cara. – Amos continuou.

– Não enche o saco, Amos.

– Por que você simplesmente não vai falar com ela?

Frank levantou a cabeça e olhou para Amos.

– Se ela vira a cara quando me vê na faculdade, imagina se eu abordá-la na rua? Nem pensar.

– Talvez ela vire a cara porque você nunca foi atrás dela depois daquele dia. Já pensou nisso?

Frank revirou os olhos. Em seus vinte anos de vida nunca tinha se sentido daquela forma. Alice o atraía ainda mais depois que haviam brigado. O pior era que ele jamais a flagrara fitando-o ou disfarçando o olhar: era como se ele simplesmente tivesse se tornado invisível para ela.

– Faz tempo que não organizamos uma festa. – continuou Amos. – Vamos marcar uma para esse final de semana?

Frank sorriu, um tanto desanimado.

– Por mim, ok.

– Então por que você não vai lá convidar a Alice? – Amos sugeriu, dando uma cotovelada em Frank.

Frank analisou a proposta por alguns instantes, mas permaneceu em silêncio.

–--

Naquela mesma noite, James, Sirius e Remus jogavam poker em seu quarto e, como sempre, Remus estava ganhando. Ele possuía a habilidade de decifrar os olhos dos amigos, o que os tornava ligeiramente previsíveis e lhe oferecia uma considerável vantagem.

Quando os três haviam acabado de terminar mais uma partida vencida por Remus, alguém batera na porta.

– Pode entrar! – chamou Sirius.

James observou a cabeça ruiva de Evans surgir pela porta entreaberta.

– Remus, a Helena está aqui e disse que precisa falar com você.

– Mas precisa falar com ele agora? – perguntou James, contrariado.

Evans simplesmente o ignorou, o que andava fazendo desde o mal entendido em seu quarto, e permaneceu olhando para Remus, aguardando uma resposta.

– Lily, ela está bem? Digo... ela não apareceu chorando, ou coisa do tipo? – Remus já começou a se levantar, preocupado.

– Nós estamos no meio de uma aposta, ela tinha que vir bem agora? – James insistiu, a fim de obrigar Evans a lhe dirigir a palavra.

– Ela parece bem, Remus. – Evans o tranquilizou. James girou os olhos, permanecendo ignorado. – Agora desça logo, ela está sozinha lá embaixo!

Remus deixou as cartas de lado e saiu do quarto sem hesitar. Quando saiu, fechou a porta atrás de si, deixando Evans dentro do cômodo. Ela olhou em volta e não pôde deixar de comentar:

– Que bagunça horrível está esse lugar – seus olhos verdes passavam por todos os cantos do quarto. – Sirius, você não está cumprindo a sua promessa do Ano Novo.

Sirius se adiantou, sorrindo sedutoramente:

– Mas é claro que estou, querida. Não se preocupe. – sua voz era gentil demais para ser verdadeira e Evans balançava a cabeça, ciente de que o que ele dizia era uma mera desculpa. – O que você vê agora é apenas um pequeno deslize. Eu e o James vamos começar a arrumar tudo daqui a pouco, não é, James?

– Eu não vou arrumar nada só porque a Evans quer. – James retrucou, enquanto embaralhava as cartas distraidamente, sem olhá-la.

– Sirius, vou confiar na sua palavra. – Evans respondeu, claramente ignorando James, que revirou os olhos mais uma vez.

Depois de terminar de falar, Evans virou-se para reabrir a porta. Quando encostou na maçaneta, ouviu a voz de James nas suas costas:

– Que tal sair comigo, Evans?

Sirius, que até então estava distraído observando a desordem do quarto, fechou o sorriso e virou-se completamente perplexo para o amigo, sem entender nada. Evans, que até então estava obtendo muito sucesso em ignorá-lo, não pôde resistir ao impulso de virar-se para o garoto, com os olhos em chamas.

– O que foi que você disse? – ela falou lentamente, tentando conter sua raiva.

Era a vez de James ignorá-la. Ele continuou embaralhando as cartas e não a encarou.

– Potter, eu te fiz uma pergunta.

Sirius concluiu que havia alguma coisa da qual ele ainda não estava ciente.

– Mas eu te fiz uma primeiro, Evans. – e então, James levantou a cabeça e encarou uma ruiva charmosamente fuzilando-o com os olhos.

– Você é absolutamente patético e infantil. Eu não tenho tempo para perder com você. – Evans finalmente conseguiu se retirar, batendo a porta atrás de si, deixando clara a sua irritação.

Sirius ainda encarava o amigo com uma expressão interrogativa. James começou a gargalhar alto, contagiando Sirius, que acabou rindo também.

– Está acontecendo algo que eu não sei, James? – Sirius quis saber.

No entanto, James não conseguia parar de rir, abandonou as cartas se deitou na cama, segurando a barriga, como se esta doesse de tanto rir. Depois que recuperara o fôlego, ele se sentou novamente e falou, num tom muito convencido:

– Uma coisa eu te digo, Sirius: ninguém é capaz de ignorar James Potter.

– Ah, James, vai pro inferno! – Sirius tacou um travesseiro no amigo. – Então agora você está interessado em sair com a Lily, é?

James riu mais ainda.

– É claro que não, Sirius. Mas como eu não sou como você e o Remus, que obedecem e fazem tudo o que ela quer, ela simplesmente me ignora e finge que eu não existo. Então, eu descobri que se eu a convidar para sair, independente da situação, ela pára de me ignorar ou desiste de discutir comigo e eu não preciso "obedecê-la". Entendeu?

– Ah, sim, porque isso faz muito sentido, cara. – Sirius tinha um tom irônico. – E outra: você sabe muito bem que eu não faço tudo o que ela manda! Eu só digo que faço. – e então, ele abriu um sorriso maroto. – Sabe, às vezes falta um pouco de flexibilidade em você.

– Pense o que quiser, mas uma coisa eu te digo: eu não me sinto obrigado a ficar agradando a Evans. Agora, vamos jogar uma partida enquanto o Remus não volta.

–--

Helena estava com os cabelos vermelhos-sangue presos no alto da cabeça e não usava os habituais óculos. Seu olhar sereno exalava um ar mais positivo do que normalmente. Ela falava com uma voz mais leve, parecendo aliviada, e Remus observou tudo isso enquanto ela lhe contava o que havia acontecido.

– Obrigada por ter me ajudado tanto, Remus. Depois de quatro anos, finalmente tomei coragem para ligar para o meu irmão e ele pareceu muito feliz com a minha ligação. Tudo graças a você! – ela sorriu. Remus raramente a via sorrir, e concluiu que a garota se tornava muito mais atraente daquela forma. Ah, se ela soubesse.

– Pode ter certeza de que tudo vai melhorar a partir de agora.

Helena sorriu mais uma vez. Seus olhos encheram-se de lágrimas.

– Eu não sei o que posso fazer para retribuir, Rem-

– Só não comece a chorar! – ele a interrompeu, divertido.

Ela rapidamente secou uma lágrima que estava prestes a escapar, enquanto dizia:

– Mas dessa vez é de alegria! Seus conselhos me ajudaram muito, você não tem ideia! Queria muito poder retribuir.

Remus sorriu.

– Não se preocupe com isso. Você foi minha primeira paciente, Helena.

– Espero não ter te feito desistir da profissão. – ela brincou.

Remus não conteve o riso.

– Admito que você chora com certa facilidade, mas sei que isso era só uma má fase.

Helena abriu um sorriso tímido. Os dois jovens trocaram olhares durante um considerável tempo, e, diante do repentino e incômodo silêncio, Helena resolveu se despedir:

– Enfim, eu só vim aqui para te contar isso. Acho que já vou voltar para casa.

– Eu te levo até a porta.

Os dois caminharam até a porta. Remus a abriu.

– Obrigada mesmo, Remus. Você me ajudou muito, nunca vou me esquecer de você.

– Não precisa me agradecer. E não me veja mais como um psicólogo. Me veja como um amigo.

Após ter dito tais palavras, tomado por um movimento que, mais tarde, ele denominaria como involuntário, Remus pegou as pequenas e frias mãos da moça a sua frente. Ela olhou para as mãos, corando.

Amigo? – Helena questionou, com um sorriso brincando em seus lábios e as sobrancelhas arqueadas.

Remus balançou a cabeça e sorriu. Ele naturalmente havia entendido a nítida ambiguidade da pergunta. Ainda segurando as mãos dela, refletiu rapidamente a respeito das consequências da atitude que estava prestes a tomar - e que era a esperada por Helena, pelo que a circunstância transparecia.

– Remm. – ela quebrou o silêncio mais uma vez. – Você me conhece há pouco tempo, mas me conhece melhor do que ninguém, então já deve ter percebido a forte influência que você tem sobre mim. – Remus afirmou com a cabeça, ainda pensativo. – E não consigo evitar que essa influência seja forte em todos os sentidos. Também sei que não é certo que haja um envolvimento emocional entre a paciente o médico, mas como você ainda não se formou, acho que isso não seria tão errado assim...

– Acho que diante de tal argumento, eu não tenho como discordar.

Ele a puxou para mais perto pelas mãos. Logo depois, soltou-as e trouxe o rosto de Helena ainda mais perto. E ele finalmente a beijou.

–--

Um bom tempo depois, Helena se dirigia de volta para sua casa. Ela não fazia ideia de quanto tempo ficara trocando beijos e sussurros com Remus na varanda de sua república, mas não importava. Mesmo depois de terem se despedido, ela não conseguia desfazer o largo sorriso que tomara conta de seu rosto. Ela mal podia acreditar em tudo o que havia acontecido de bom naquele dia.

No momento em que Helena alcançava a porta de sua casa enquanto tateava os bolsos em busca das chaves, a porta se abriu e por ela saiu Frank Longbottom, despedindo-se amigavelmente de Bellatrix Black. Naturalmente, a ruiva estranhou todos aqueles sorrisos, uma vez que ela nunca os havia visto conversando antes. Frank e Helena estavam no mesmo ano de Engenharia e faziam várias disciplinas juntos e eram, de certa forma, bem amigos.

– Obrigado pela cerveja, Bella. – agradecia Frank, que ainda não tinha avistado Helena.

– Venha mais vezes!

Bellatrix começou a rir, mas parou assim que avistara Helena se aproximando.

– Oi. – a recém-chegada cumprimentou, desconfiada.

– Oi, Lena! – Frank a saudou, sorrindo feliz.

Helena estranhou ver aquele sorriso feliz no rosto do amigo, que ultimamente andava visivelmente cabisbaixo por conta da briga com Alice.

– Onde está a Alice? – Ela acabou por perguntar, olhando ao redor a fim de ver se a amiga estava por perto.

– Ela saiu. – respondeu Bellatrix, prontamente.

– Para onde? – antes de sair, Helena tinha visto a amiga de pijamas.

– Eu não sei, quando eu cheguei, ela já não estava aqui. – Bellatrix respondeu mais uma vez, um tanto impaciente.

Helena finalmente se despediu dos dois e entrou em casa, sem entender muito bem aquela nova simpatia da parte de ambos. Frank sempre a apoiara quando Helena desabafava a respeito dos problemas de morar com Bellatrix e Sarah, e Bellatrix jamais era simpática com alguém sem possuir algum interesse por trás. Ainda pensativa, Helena entrou em seu quarto, que dividia com Alice e Marlene. Marlene estava em sua cama, com o notebook no colo.

– E aí, falou com o Remus? – ela perguntou, interessada, abandonado o notebook.

A ruiva reabriu o sorriso largo. Sentiu seus olhos encherem-se de lágrimas, mas não queria deixar as lágrimas escaparem: era hora de parar com isso. E então, narrou à amiga tudo o que havia acabado de acontecer. Ao final, Marlene estava boquiaberta.

– Você e o Remus? Meu Deus, amiga! – ela sorriu. – Meus parabéns! Espero que pelo menos alguém desse quarto se dê bem, por que olha, eu e a Alice–

– Eu o quê? – Alice interrompeu a amiga, surgindo da porta do toalete que ficava no fim do quarto e jogando-se na cama de Marlene. – Me contem tudo!

– Alice? – Helena repentinamente se esqueceu de toda a história com Remus e lembrou-se do que Bellatrix havia acabado de lhe dizer. – Eu achei que você não estava aqui.

– Eu? Por quê? Quem saiu foi você! – Alice riu.

Helena ficou séria por alguns instantes. Marlene e Alice se entreolharam.

– Por que a pergunta? – Alice achou melhor verificar.

– A Bellatrix... disse que você saiu. – Helena respondeu, entendendo melhor, e sua voz voltara a soar fracamente como de costume.

– Estranho, eu não saí desde que cheguei do escritório. Ela deve ter me confundido com a Sarah, muita gente nos confunde quando nos vêem de costas, a cor do cabelo é a mesma. Afinal, nós somos primas, mesmo que não tenhamos absolutamente nada em comum e–

– Alice, – interrompeu Helena, preocupada. – O que aconteceu foi o seguinte: a Bellatrix estava se despedindo do Frank toda sorridente quando eu cheguei. Quando eu perguntei de você, ela disse que você tinha saído. Por acaso ela veio te avisar que ele veio aqui?

O Frank? – foi a vez de Alice interromper. – Será que ele ainda está por aqui? Faz tempo que você chegou, Helena?

– Faz cinco minutos, mas-

O coração de Alice já estava disparado enquanto ela abria um enorme sorriso. Numa fração de segundo, levantou-se e saiu correndo do quarto, passando as mãos pelos cabelos ondulados, a fim de rapidamente melhorar a aparência para o caso de ainda conseguir encontrar Frank em sua casa.

Quando Alice finalmente chegou à sala, encontrou Bellatrix e Sarah aos cochichos. Elas se calaram e se endireitaram assim que notaram sua presença.

– Bellatrix, o Frank... estava aqui? – Alice perguntou, esperançosa e quase sem fôlego.

– Sim. – respondeu, simplesmente.

Alice franziu o cenho. Queria acreditar que a resposta tão seca vinda de Bellatrix fosse fruto apenas de sua falta de pragmatismo linguístico.

– E...? – Alice reformulava a pergunta. – O que ele queria? Ele perguntou por mim?

– Não, por que perguntaria? – Bellatrix se largou no sofá.

Alice suspirou e baixou o olhar, demonstrando claramente estar desapontada. Se sentiu uma idiota por ter pensado que Frank a procuraria novamente. O curto relacionamento que tiveram não tivera a mínima importância para ele, isso era claro, já que ele nunca mais a havia procurado. Por que seria diferente agora? Alice, sua imbecil, se ele nunca mais veio falar com você, por que ele viria até a sua casa para isso?

– E o que ele queria, Bella? – perguntou Alice, por fim. Afinal, Helena era a única das moradoras da república que tinha uma amizade com Frank, e ela não estava na casa quando ele viera.

– Nada, querida. Nada de mais. – Bellatrix falou, abrindo um sorriso falso.

– Você não quer me dizer o que vocês conversaram? – Alice começou a desconfiar das respostas curtas de Bellatrix.

– Alice, querida. – interveio Sarah, que até então estava de braços cruzados e com expressão de tédio. – Não é só porque você e o Frank deram uns amassos meia dúzia de vezes que você tem que saber de tudo o que ele faz. Aliás, não foi você quem terminou com ele?

– Sim. – Alice respondeu, entendendo que, de fato, não obteria nenhuma informação das duas. Aproveitou para retribuir o sorriso falso. – Mas amanhã eu mesma vou falar com ele, não se preocupem.

Bellatrix se levantou do sofá lentamente, meneando a cabeça.

– Se eu falei que ele não disse nada de mais, é porque não disse. – ela esclareceu, calmamente. – Mas se você faz questão de demonstrar para ele que não tem um pingo de amor próprio indo tirar satisfação a respeito da visita dele aqui, ok, você quem sabe.

– Isso é um problema meu. – Alice retrucou. Àquela altura, a garota já estava completamente desconfiada a respeito da explicação de Bellatrix e o comportamento de Sarah. Era claro que havia algo que elas não queriam que Alice soubesse.

– Nossa, Alice, sério que você precisa correr atrás de homem assim? – Sarah revirou os olhos. – Ele nunca demonstrou querer algo sério com você e não fala com você há semanas, tem certeza de que você precisa fazer isso? Pense melhor, prima, para o seu próprio bem.

Sarah lhe dando conselhos? Alice não podia estar mais certa de que havia algum interesse no ar.

– Como eu já disse, isso é um problema entre mim e o Frank.

Assim que Alice dissera aquilo, Bellatrix, sem tirar os olhos de Alice, andou até sua direção. Passou por ela sem falar nada e subiu as escadas, sendo seguida por Sarah. Alice não conseguira mover um passo, sua mente estava tomada por mil hipóteses sobre tudo o que acontecera naquela noite. É claro que Bellatrix e Sarah poderiam estar certas, aquela visita talvez não tivesse sido nada de mais: Frank poderia estar precisando de um pouco de açúcar e fora pedir às vizinhas. Mas mesmo que todas as evidências apontassem que Frank não tinha mais nenhum interesse em se resolver com ela, o comportamento suspeito de Bellatrix não deixaria Alice descansar enquanto não soubesse por ela mesma o que havia acontecido.

–--

No dia seguinte pela manhã, assim que Alice avistou Lily na entrada de sua sala, a morena correu encontrá-la.

– Venha, Lily, eu preciso te contar uma coisa.

As duas encostaram-se na parede do corredor. Após respirar fundo, Alice começou a contar a Lily sobre a visita de Frank, da qual Bellatrix misteriosamente não quis falar.

– Por que a Black agiu daquele jeito? Por que ela simplesmente não te contou o que o Frank foi fazer lá?

Alice revirou os olhos.

– Não sei. Marlene e Helena acham que eles podem estar... sei lá, saindo. Ou querendo sair um com o outro. Ou talvez-

– Não seja precipitada, Alice. – Lily interveio, notando que Alice já estava sofrendo antecipadamente só de ficar pensando em hipóteses negativas. – Pode ser que a Black só quisesse te irritar não te contando o que ele foi fazer lá, porque provavelmente não foi importante. Já pensou nisso?

– Não. – Alice suspirou. – Você tem razão, Lily. Estou sendo precipitada. Você acha que eu deveria ir falar com ele? Será que ele foi lá me procurar?

– Acho ótimo você ir falar com ele. – Lily sorriu.

As duas foram atraídas por um grupo de pessoas barulhentas falando bem alto no corredor. Lily virou-se para olhar e avistou James e Sirius conversando com várias garotas risonhas que os rodeavam.

– Antes o fã clube era só do Sirius, agora é do James também. – comentou Alice, observando o grupo. - Pra você ter uma ideia, tem uma garota do terceiro ano que faz estágio comigo. Acredita que ontem ela passou o dia falando com o James por mensagem? Não saiu do celular, te juro! E quando perguntei sobre o que tanto falavam, ela me disse que eles estavam decidindo os nomes dos futuros filhos deles, acredita? - Alice riu.

– Não sei como alguém pode dar corda para o papo furado do Potter, sério. Aposto que ele fica com a mesma conversinha com todas. – Lily simplesmente não conseguia entender como que, em pleno século vinte e um, ainda existissem pessoas tão obtusas.

Alice ainda ria. Naquele momento, o estrondoso sinal soou pela universidade e as duas não demoraram a entrar em sua sala de aula.

–--

– Frank! – Alice gritou o nome do garoto, atraindo vários olhares.

Frank virou-se lentamente, pois reconhecera de imediato a voz dela. Alice vinha correndo em sua direção.

– Sim? - fez ele, desnecessariamente formal.

Alice tomou fôlego. Olhou nos olhos dele e sentiu como se todo o ressentimento que acumulara nas últimas duas semanas evaporasse em questão de poucos segundos.

– Eu fiquei sabendo que você foi à minha casa ontem. – ele continuou impassível. – Aconteceu algo?

– Eu já falei com a Bellatrix e ela ficou de passar o recado para todas vocês. Era só isso?

– Pois ela não passou recado nenhum.

Frank bufou, demonstrando impaciência.

– Vai ter uma festa na minha casa sexta-feira. Era isso.

Ele fez menção de virar-se e continuar seu caminho, mas Alice entrou em sua frente.

– E você foi até lá só para nos avisar? – ela perguntou, desacreditada. – Tem certeza de que era isso, Frank?

Frank a olhou intensamente, mas seu olhar era distante. Ele parecia transtornado.

– Tenho. – respondeu, finalmente. – Agora, com licença, eu tenho que ir.

E assim, Frank se afastou sem olhar para trás, deixando Alice completamente perplexa e com os olhos cheios de lágrimas.

–--

– LILY!

Lily estava tão absorta nos estudos, que só pôde ouvir Anita chamando-a do andar de baixo após a terceira vez que ela gritara seu nome.

– O que é? – Lily gritou de volta.

– Venha cá!

Lily fechou seus livros e saiu do quarto, detestando ser interrompida. Por que Anita simplesmente não tinha subido para lhe dizer o que tanto queria dizer? No entanto, quando alcançou o pé da escada, Lily encontrou quem menos esperava encontrar, sentado no sofá de sua sala: Louis.

– Oi, Lily, tudo bem? – ele se levantou prontamente para cumprimentá-la.

Mas antes que pudesse responder qualquer coisa, milhares de lembranças tomaram os pensamentos da ruiva. Seu coração disparou imediatamente. Ela olhou para o lado, e pôde ver Anita acenar animadamente para que ela seguisse em frente.

– Bom, eu vou subir. – disse a loira. – Fiquem à vontade!

Anita passou por Lily, trocando um olhar incentivador. Depois desapareceu escada acima e deixou os dois sozinhos.

Lily estava completamente sem palavras. Não sabia o que dizer, o que pensar, e muito menos o que esperar daquela visita. Louis naturalmente percebera o olhar confuso da jovem e achou melhor se adiantar:

– Você deve estar se perguntando o que eu estou fazendo aqui. – ele andou alguns passos em sua direção. – Eu queria conversar com você, Lily.

Ele voltou a se sentar no sofá. E foi somente então que Lily finalmente conseguira abandonar o estado de transe no qual se encontrava e pôde se mover, indo sentar-se ao lado do rapaz, tentando parecer natural, embora a expressão interrogativa ainda estivesse nítida em seu rosto.

– Aconteceu alguma coisa, Louis?

Ele sorriu, notando a preocupação dela. Fazia meses que Lily não via aquele sorriso, não via aquele olhar de admiração nos olhos dele.

– Bom, Lily, é o seguinte: a Anita me procurou no começo da semana, ela está muito preocupada com você.

E então, Lily temeu estar quase entendendo o motivo para tudo aquilo. No entanto, algo do seu profundo inconsciente não a permitia aceitar o óbvio. Não pode ser, a Anita não se atreveria a contar a ele, pensava ela, relutante.

– Parece que você anda fechada demais na sua vida... amorosa. – Louis dizia, cauteloso. – E eu acabei ficando preocupado também. Devo admitir que eu não consegui parar de pensar nisso desde que a Anita veio conversar comigo.

– Louis, não se preocupe, de verdade! – Lily interveio, agora sentindo suas bochechas esquentarem. Ela simplesmente não sabia como reagir diante de tudo aquilo.

– Não sei, Lily... Eu te conheço muito bem. – Louis colocou as mãos da jovem dentro das suas, sem tirar os olhos dos de Lily. – Você assume decisões extremistas quando se encontra numa situação desagradável. Não querer se envolver com mais ninguém pode ser fruto de alguma coisa que talvez tenha ficado mal resolvida entre nós dois. – ele fez uma pausa curta, enquanto Lily refletia a respeito do que acabara de ouvir. Ele continuou: – Infelizmente, nós não demos certo, mas eu se tem alguma coisa que eu puder fazer para te ajudar, é só me dizer.

Ainda sem palavras, Lily apenas assentiu com a cabeça. As palavras dele mexeram com seus sentimentos, a ruiva sabia que ele tinha razão a respeito de seu posicionamento diante de situações difíceis. Inevitavelmente, tal afirmação tão verdadeira trouxe à mente de Lily algumas lembranças quase totalmente esquecidas do curto namoro que tiveram.

Lily e Louis começaram a sair logo no primeiro mês em que Lily havia se mudado para a república. Ele não demorou muito para lhe pedir em namoro e demonstrava estar completamente apaixonado por ela. O problema era que, na época, haviam tantas novidades na vida de Lily - como o início da faculdade, o primeiro estágio e sua mudança para uma república -, que a ruiva nunca sentia que lhe retribuía da mesma forma.

No entanto, o fato de achar que ele gostava dela muito mais do que ela gostava dele não fora o motivo único pelo qual Lily resolvera finalmente terminar o relacionamento, como ela costumava afirmar às amigas.

"Você assume decisões extremistas quando se encontra numa situação desagradável". Essas palavras ecoavam na mente de Lily concomitantemente com a lembrança que lhe ocorria, lembrança que a atormentou por um certo tempo até que seu cérebro finalmente conseguiu enterrá-la em seu subconsciente, e que agora ressurgia nitidamente.

Alguns dias antes de Lily lhe comunicar o fim do namoro, Louis a convidara para jantar e, depois, a trouxera para sua casa. Lá, ele lhe disse que a amava pela primeira vez. Obviamente, Lily não conseguiria mentir e lhe dizer o mesmo, o que resultou numa situação completamente embaraçosa para ambas as partes. Em decorrência disso, houve uma longa discussão a respeito do relacionamento e os dois ficaram sem falar um com o outro por alguns dias. Nos poucos dias em que não se falaram, Lily refletiu até que concluiu que o namoro havia atingido um ponto sem retorno: ou terminavam, ou ela se entregava de verdade na relação.

– Você não sabe o quanto a Anita me deixou preocupado. – Louis continuou, trazendo-a de volta para a realidade, colocando uma mecha de cabelo ruivo de Lily atrás de sua orelha. Ele era definitivamente bonito e seu sotaque francês o deixava ainda mais charmoso, ela teve de admitir para si mesma.

Mas Lily continuava absorta em suas memórias. Lembrou-se de que quando finalmente decidira que ia se entregar de corpo e alma no relacionamento, ela resolveu esperá-lo do lado de fora de sua sala de aula, em Hogwarts, para convidá-lo para almoçar. Mas ele não veio. Tentou ligar, mas ele não atendeu. Foi até o estacionamento da universidade, onde ele estacionava seu carro - sempre na mesma vaga - e o carro estava lá, logo, Louis deveria estar pelo campus. Esperou um pouco, mas ele também não apareceu. Lily precisava ir para o Fórum e, por isso, teve que desistir de esperar. Dirigiu-se à saída do campus e começou a caminhar até o trabalho. E então, a dois quarteirões de Hogwarts, eis que Lily avistou um rapaz de costas com os cabelos muito semelhantes aos de Louis, aparentemente da mesma altura, com roupas parecidas com as dele, sentado à mesa de um café, posta na calçada do outro lado da rua na qual Lily se encontrava. Ela tinha quase certeza de que era ele.

No entanto, quando a ruiva começou a se aproximar para confirmar se era realmente ele, uma garota surgiu de dentro do café e o beijou, primeiro no pescoço e depois nos lábios. Lily sentira o corpo congelar e não conseguiu se mexer por longos instantes. Não deve ser ele, pensou, mas continuou observando. Daquela distância, ela não conseguia ver com clareza, não conseguira focar em nenhum dos rostos, eles estavam virados para o outro lado da rua. Quando a moça finalmente parou de beijar o suposto "Louis" e fez menção de virar o rosto, um enorme ônibus que passava pela rua entrou na frente da cena à qual Lily assistia sem piscar e parou por conta do semáforo. Foi só então que Lily conseguira se mexer: ela correu atravessar a rua, mas quando chegou à mesa que o casal antes estava ocupando, ela já estava vazia.

Obviamente, Lily tentou telefonar para Louis logo em seguida, mas ele não atendera à chamada mais uma vez. Aquela cena não lhe saiu da cabeça por horas, Lily se lembrava de que mal conseguira trabalhar e dormir naquele dia. Por fim, sem chegar à conclusão alguma e sem encontrar qualquer forma de abordar o assunto com Louis sem parecer uma ciumenta psicótica - porque, afinal, ela realmente não acreditava que ele fosse capaz de trai-la -, Lily resolvera aproveitar a deixa para colocar um fim no namoro. Resolveu não ficar imaginando se era Louis ou não; interpretou toda a confusão como um sinal para que terminassem, uma vez que já não conseguia corresponder aos sentimentos dele desde o começo.

– Você sempre foi muito legal comigo, Louis. – Lily finalmente quebrou o silêncio. Ele sorriu. – Você não tem culpa.

Eu que sou uma idiota por ter terminado com você por uma coisa estúpida como aquela, Lily completou a frase mentalmente. Afinal, ela jamais tivera certeza do que vira, apenas precisara de um motivo para pôr fim no relacionamento. Louis parecia aliviado com o que ouvira. Mas sabia que a ruiva ainda estava pensando e que ainda tinha algo para lhe dizer, então esperou.

– Mas você está com uma cara tão séria. – ele comentou.

Lily chacoalhou a cabeça.

– Não se preocupe. – ela baixou o olhar, abrindo um sorriso tímido. – Não existe nada a respeito do nosso passado que possa interferir no meu presente.

Ele aproximou-se mais dela. Olhou dentro de seus olhos e apertou suas mãos.

– Tem certeza, Lily?

Não, ela não tinha. Mas naquele instante, Lily estava completamente atordoada com a mistura de tantos sentimentos. A visita inesperada de Louis, o assunto delicado sobre o qual ele viera falar, as recordações já esquecidas sendo revividas, tudo. Foi então que Lily se deu conta de o rosto de Louis estava muito próximo e ele já semicerrava os olhos.

– Louis, eu...

Ele parou de se aproximar momentaneamente, mas assim que percebeu que ela não completaria a frase, ele continuou se aproximando.


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Notas finais do capítulo

Podem me matar por ter parado aí. Eu sei que mereço. Maaaas o próximo não vai demorar! Beijos a todos vocês, pessoas lindas, que leram mais um capítulo e continuam me acompanhando! Em breve, terei novidades!
Quem quiser bater um papo comigo, meu twitter é @carollairr e meu ask é /carollair (links no meu perfil). Eu adoro fazer amiga(o)s Jily shippers!



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