Surviving New Orleans escrita por LittleWolf


Capítulo 13
Hora de voltar


Notas iniciais do capítulo

;)



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Sonhei com Rebeka, ela estava colocando um bebê para dormir. De alguma forma eu sabia o nome dela, Hope.

Hope tinha o rosto da mãe, mas algo no olhar era do seu pai. Sorri para aquela cena, como é que uma coisinha tão fofa poderia estar em perigo? Ainda mais com uma original lhe protegendo.

...

Acordei com a luz no meu rosto, tinha me esquecido de fechar a janela do quarto. Me sentei devagar, me espreguiçando, há muito tempo eu não me sentia tão bem disposta assim.

Prendi meu cabelo num coque frouxo, sendo surpreendida pelas minhas mãos sujas de tinta.

Fui até o banheiro pra lavar as mãos, e me assustei com o que vi no espelho. Meu rosto e meu cabelo também estavam sujos de tinta. Seja lá o que tinha acontecido, eu precisava de um banho.

Depois do esforço para tentar tirar a tinta do meu cabelo, fui à sala ver se descobria algo.

Todas as minhas telas estavam espalhadas, com desenhos que eu não me lembrava de ter feito.

É– Joseph disse ao meu lado, sorrindo- parece que você superou seu bloqueio criativo.

–Eu não me lembro de ter feito isso- falei confusa, reconhecendo alguns desenhos da Hope, alguns de uma mulher voltada por trevas, outros eram apenas cores que se misturavam.

Aquela é Dahlia– ele apontou pra tela- ela é o perigo do qual você tem que proteger a criança.

–O que ela quer?-perguntei.

Ela quer usar a criança como fonte de poder. Há muito tempo Esther, a mãe de Klaus, fez um trato com Dahlia, então cada primogênito pertenceria a ela, foi o que aconteceu com Freya, a primogênita de Esther.

–É, os Mikaelson precisam urgentemente de terapia familiar- falei rindo comigo mesma, mas Joseph não pareceu achar graça, seu olhar estava sério.

Não é engraçado, Ariana– ele disse, me repreendendo- Dahlia é poderosa e muito perigosa.

–Tudo bem- falei ficando séria- então é por isso que Esther mandou as bruxas matarem a Hope?

Sim, Esther teme o que pode acontecer se Dahlia vier.

–Pelo jeito que você fala, parece que a Esther esta viva- falei pegando uma xícara de café- pelo menos ela eu sei que esta morta.

Errado, Esther esta em New Orleans e, suspeita que a criança esta viva.

–Qual é o problema dessas bruxas? Mesmo depois de mortas ela encontram um meio de atazanar a vida dos vivos, tudo seria tão mais fácil se elas ficassem quietas no seu canto- falei irritada.

Não conte com isso– Joseph disse sorrindo- mas assim que você completar o que foi destinada a fazer, eu ficarei em paz.

–Você não é tão ruim assim- falei sorrindo- é chato e insistente, mas até que você é uma boa companhia, ãn bem, tirando o fato que você esta morto.

E pela primeira vez, rimos juntos.

Arrumei os quadros e meu apartamento, que parecia que fazia séculos que não via uma vassoura. Tinha chamadas perdidas da Kate, minha mãe, até mesmo do meu pai. Liguei pros meus pais garantindo que eu estava viva e bem, agora só faltava a Kate que, sem duvida nenhuma ia me da uma bronca.

Ligação on

–Kate?- perguntei, fazendo minha voz de “por favor, não grita comigo”

–Ariana- sua voz foi do surpreso ao irritado- não acredito que, depois desse tempo todo, de todas as vezes que eu te liguei, você só me ligou agora. Você tem noção do quanto eu fiquei preocupada e, irritada?

Ela falou tudo de uma vez só, ouvi sua respiração acelerada pelo telefone, senti um aperto no peito, como eu senti saudade da minha melhor amiga.

–Me desculpa, foi mal mesmo- falei, sabendo que deveria ter ligado antes- eu meio que me desliguei do mundo e...você não imagina como é bom ouvir sua voz.

–Também é bom ouvir a sua- ela falou mais animada- senti muito sua falta, e nem ouse fazer uma coisa dessas comigo de novo, entendeu?

–Aham, então como andam as coisas por aí, você esta bem?- perguntei ,toda informação era bem vinda.

–Eu estou ótima- ela falou rido-tem tanta coisa pra gente conversar mas seria melhor se você estivesse aqui.

–Bom, isso não vai ser problema- falei animada- logo eu pretendo voltar á New Orleans, e pelo jeito vou passar um bom tempo por aí.

Tirei um pouco o telefone do ouvido, Kate deu um gritinho histérico.

–Isso é incrível- ela falou empolgada- vem o mais rápido que der, ok?

–Ok, até logo Kate.

–Até o mais rápido possível, Ari.

Ligação off.

Desliguei o telefone rindo, só a Kate pra me animar desse jeito.

–Joseph?-perguntei olhando em volta.

Sim?-ele apareceu sentado no sofá.

–Tem como eu me lembrar do que o Klaus me fez esquecer?-eu tinha que saber o que eu tinha esquecido.

Sim, mas pode ser doloroso– ele falou preocupado.

–Tudo bem- falei tomando coragem- por onde a gente começa?

Depois de uma hora e meia de muita dor e exaustão, as memórias começaram a voltar.

Porem, tudo que eu conseguia pensar é, o Klaus me beijou.

Toquei meus lábios sorrindo, até que aquela dor valeu a pena.

Arrumei minhas malas e as coloquei no carro.

–New Orleans, lá vou eu- sussurrei pra mim mesma.


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