Intercâmbio escrita por LaisaMiranda


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Gente, fiquei muito feliz com os comentários!!! Com todos!
Muito obrigada!!



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Já havia se passado dois dias depois do nosso passeio. Enzo não foi me buscar mais na EIPB, e não estávamos encontrando tempo para ficarmos sozinhos, pois quando não era Nico que ficava grudado em Enzo a tarde toda, era Lacey que não me soltava. Ainda mais agora que estava afobada por causa dos preparativos para o casamento.

Essa era a desvantagem de morar na mesma casa, com parentes dele, que não podiam descobrir nada.

No bar também não tivemos muito contato. Enzo sempre procurava me olhar quando eu me aproximava do balcão, mas com certa discrição. Ele realmente não queria que ninguém desconfiasse nada do que estava acontecendo. Estava com saudades de conversar com ele, de beijar ele, mas não sabia quando teríamos uma oportunidade de novo, então fui trabalhar. Pelo menos a hora passaria mais rápido.

— Oi, você pode me ajudar? - um homem alto e de cabelos louros compridos me parou, enquanto eu andava com a bandeja, cheia de copos e garrafas, da última mesa que limpei. Ele estava sentado numa mesa sozinho.

— Sim. Algum problema? - perguntei, sendo simpática.

— Sim. Minha acompanhante me deu um bolo.

Eu não sabia o que responder. Para quê ele estava querendo minha ajuda afinal?

O homem começou a rir.

— Acho que eu não sou tão interessante quanto pensei. Ou ela deve ter tido uma boa razão para ter me deixando plantado aqui sozinho.

— Hm... - comecei, tentando pensar no que dizer para aquele cara - Em que eu posso lhe ajudar? Porque... - soltei uma risada - Não estou entendendo.

— É simples... - ele olhou para o meu uniforme e buscou pelo meu nome - Giselle. Você pode se sentar um instante?

— Não, eu não posso. - respondi.

Tá legal que ele era o homem mais bonito que já tinha dado em cima de mim, durante meus três meses aqui no bar (na maioria dos casos, eram bêbados, velhos e pirralhos). Ele tinha algo de Chris Hemsworth em sua aparência, mas eu não estava interessada.

— Tudo bem. - ele assentiu se conformando - Mas eu tinha que tentar. - então sorriu para mim e percebi que ele podia ser um cara legal.

Se eu não estivesse apaixonada por outro homem, quem sabe?

— Se precisar de alguma coisa... Do bar - deixei bem claro - É só me chamar.

Ele assentiu e eu fui em direção a cozinha. Quando voltei Clayton veio falar comigo.

— O Enzo está pedindo para você ir pegar uma garrafa de Uísque no estoque.

Eu não entendi por que Enzo estava me pedindo isso, mas fui buscar mesmo assim. Talvez fosse uma desculpa para que eu entregasse a garrafa a ele e assim poderíamos nos olhar mais de perto.

Entrei no estoque e procurei pela Garrafa de Uísque. Clayton tinha me ensinado que as bebidas de uso mais comum ficavam na prateleira do lado esquerdo. Tentei procurá-la e ouvi a porta se abrir. Fiquei surpresa ao ver Enzo entrar.

— Eu já ia levar a garrafa para você. - disse.

— Esquece. - respondeu ele, se aproximando - Foi uma desculpa para te trazer até aqui.

Me trazer até aqui? O que isso queria dizer? Não sabia que Enzo era do tipo que gostava de se arriscar. Alguém podia nos pegar ali dentro.

Esperei ansiosa para que ele me agarrasse e me beijasse, mas ele estava sério.

— O que foi aquilo? - perguntou diretamente, sendo arrogante. Daquele mesmo jeito que costumava falar comigo.

Eu não sabia por que ele estava se dirigindo à mim daquela maneira novamente.

— Aquilo o que? - perguntei, não entendendo nada.

— Olha, Giselle... - Enzo abaixou a cabeça, respirando fundo. Percebi que estava tentando se controlar. Ele puxou o cabelo para trás, do jeito que só fazia quando estava nervoso - Eu sei que a gente não oficializou nada, mas eu não gostei do que eu vi.

— E o que foi que você viu?

— Aquele cara estava dando em cima de você - olhei perplexa para a cara de Enzo. Ele só podia estar de brincadeira - E você estava sorrindo para ele.

Eu quase ri.

— Isso é sério? - perguntei, não acreditando que tudo isso era por causa do carinha sem noção.

— Você está achando engraçado? Porque eu não. Estou tentando levar isso a sério, mas se você...

— Eu também. Você está fazendo tempestade atoa, Enzo. - o interrompi, fazendo-o perceber que aquilo não tinha sentido nenhum - E eu não tenho culpa se ele ficou interessado.

— É verdade. - respondeu ele, usando seu antigo tom de voz meigo e suave, ao mesmo tempo em que é rude e irônico - A culpa é toda minha! Eu que não devia ter escolhido você. Podia ter pego uma mulher mais feia.

— O quê? - repliquei imediatamente. Ele não tinha acabado de dizer isso. Não tinha.

Enzo viu que falou besteira e logo tentou se desculpar. Mas eu não ficaria ali, para ouvir tamanha idiotice.

— Espera... - pediu ele, se pondo na minha frente, e não me deixando sair.

— Se você me conhecesse saberia que eu não sou esse tipo de pessoa. - disse, sentindo meus olhos cederem. Eu não queria chorar, mas ouvir ele dizendo essas coisas, tinha me machucado.

— Exatamente. Eu não te conheço. - disse Enzo, usando um tom mais calmo - E é para isso que a gente está fazendo o que está fazendo.

— E o que estamos fazendo, Enzo? - perguntei. Eu já nem sabia mais.

Ele não respondeu essa pergunta.

— Desculpa. Eu não quis ser grosseiro. Eu estou tentando, Giselle. Eu juro que estou. É só que... Eu não estou sabendo mais o que é isso. O que é estar com alguém. Numa relação diferente.

Ele se aproximou mais de mim. E parecia realmente arrependido pelo seu ato.

— Me desculpa. - pediu ele.

Enzo olhou em meus olhos e depois para a minha boca. Ele se aproximou mais do meu rosto. Então antes de nos beijarmos, ouvimos a voz de Clayton.

— Enzo, é melhor você voltar. - avisou Clayton normalmente - Está começando a dar fila.

— Já estou indo. - respondeu Enzo, ainda me olhando nos olhos.

— Por que não disfarçou na frente do Clayton? - perguntei.

— Ele sabe, e pedi para não abrir mais a boca.

— Você pediu? - perguntei, sabendo exatamente como ele fez isso.

— É, eu pedi do meu jeito. - respondeu Enzo com um meio sorriso. Ele voltou a se lembrar do que estávamos prestes a fazer antes de Clayton nos interromper.

— Então é melhor voltarmos antes que o Nico desconfie. - me afastei um pouco.

— Espera. - pediu ele devagar, pegando na minha mão - Já que estamos aqui...

Enzo se aproximou mais uma vez, mas coloquei a mãos na sua boca com delicadeza, o impedindo de me beijar e acariciei seu rosto.

— Enzo.

— O quê? - respondeu ele. Senti que ele queria me beijar. Eu também queria, afinal já fazia um tempo.

Eu sabia que por enquanto eu não podia colocar meus sentimentos em palavras ou ações, sem pelo menos assustá-lo, mas tinha uma coisa que eu podia dizer com certeza.

— Não é só você que está com medo de se machucar. - disse com sinceridade.

— Eu sei. - então foi ele que se afastou.

O que estávamos fazendo? Será que tudo isso era só uma atração e mais nada? Eu sabia que o prazer não é um mal em si, mas certos prazeres trazem mais dor do que felicidade.

***

Quando voltamos para a casa Nico foi direito para o quarto. Ele estava cansado, eu também estava. A noite tinha sido cheia e complicada.

Eu não parei de pensar na pequena discussão que eu e Enzo tivemos. Sentia um peso terrível no peito. A dúvida pairava na minha mente. Enzo me disse que queria tentar, mas me lembrei de que não tinha perguntado o que afinal ele queria dizer com isso. Tentar ter um relacionamento? Tentar fazer a dor ir embora? Tentar esquecer Claire? Eu não sabia dizer qual das perguntas eram a correta.

Fui para o meu quarto e Enzo nem tentou me chamar para conversarmos. Talvez ele não quisesse conversar. Talvez estivesse arrependido por ter me escolhido para tentar o que quer que fosse.

Uns cinco minutos depois de me deitar, escutei alguém bater na minha porta sem fazer muito barulho. Se eu estivesse dormindo, com certeza não escutaria nada.

Levantei-me da cama já usando meu pijama de frio, calça e blusa de manga comprida. Estava inverno em Londres e as noite no final de ano eram bem mais frias. Abri a porta devagar e me deparei com Enzo parado. Ele não tinha trocado de roupa ainda. Estava com a camiseta preta de gola V e calça jeans.

— O que está fazendo aqui? - perguntei, puxando meu cabelo em um coque alto, e depois cruzando os braços no peito, com frio.

— Que bom que você ainda não dormiu. - disse ele num sussurro para que ninguém pudesse ouvir - Eu quero falar com você.

— Enzo, é uma hora da manhã.

— Eu não vou conseguir dormir até conversarmos direito. Será que eu posso entrar? - fiquei surpresa com o convite - Ou você pode sair, podemos conversar na cozinha.

Eu queria mesmo falar com ele, então deixei que ele entrasse no meu quarto. A luz estava apagada, mas consegui ver o rosto de Enzo pela luz da noite que atravessava a janela.

— Você ainda está chateada? - perguntou ele, usando um tom normal agora. Não era preciso sussurrar, ninguém podia nos ouvir do meu quarto.

Eu estava chateada sim, mas não queria brigar. Na verdade eu queria resolver as coisas de um jeito bem claro. Para que eu entendesse tudo direito.

— Enzo, eu preciso saber se você está fazendo isso porque quer, ou porque Nico disse que você tinha que fazer.

Ele passou a mão no cabelo. Estava nervoso.

— Eu não vou mentir para você. O Nico pode ter me influenciado um pouco - então ele tinha confessado - Mas se isso aconteceu é porque ele talvez esteja certo.

Assenti para mim mesma, desanimada. Ele se aproximou mais.

— Mais cedo você me perguntou o que estamos fazendo. - Enzo buscou meus olhos - Eu não sei. Estou mais confuso do que você nessa história toda. Mas, foi como eu avisei. No começo não vai ser fácil. Você precisa ter paciência comigo.

Eu não consegui dizer nada, então ele continuou:

— Eu não entendi a reação que tive hoje, e peço desculpas. É só que faz bastante tempo que assumi essa personalidade forte, e afastar as pessoas ou ser rude com elas, parece o modo mais fácil de resolver as coisas.

— Não é a grosseria que me preocupa, Enzo. É outra coisa.

— O quê? - ele realmente não sabia do que eu estava falando.

— Não sei. Às vezes me pergunto se você... Quer mesmo isso. Porque hoje me deu a impressão de que você só me escolheu para... Não sei. Esquecer. - a ultima palavra quase não saiu.

Eu não consegui ser tão direta e dizer o que realmente estava pensando, mas acho que ele conseguiu entender o que eu queria dizer.

— Parece que você ainda não entendeu a razão de tudo isso. Eu não quero esquecer. Isso é impossível. Tudo o que eu quero é tentar viver como qualquer pessoa normal. Ter uma vida pessoal, sem me sentir culpado. Sem medo de me machucar.

Enzo se aproximou mais de mim, de modo que tive que olhar para cima para buscar seus olhos azuis. Senti seu braço esquerdo segurar minha cintura. Nossos corpos estavam quase colados.

— Eu não devia estar te contando isso, porque eu não quero que você fique pensando ou imaginando coisas. - ele colocou sua mão direita no meu rosto - Mas já faz um tempo que Claire não é a única pessoa que ocupa meus pensamentos antes de dormir.

Não contive meu sorriso. Nem o nervosismo que invadia meu corpo. Sem confessar, mas confessando de alguma forma, Enzo estava dizendo que pensava em mim.

— Se eu escolhi você para tentar fazer isso comigo - ele meio que riu - O que quer que isso seja, não foi só porque Nico sugeriu.

Eu não precisei esperar para que ele me beijasse, pois eu mesmo fiz isso. Aproximei minha boca da dele e Enzo respondeu ao beijo com uma mão na minha cabeça e a outra abraçando minha cintura. Senti seus cabelos macios na minha mão enquanto ele movia os lábios devagar, sentindo cada canto da minha boca. Enzo segurou minha cabeça com as duas mãos e aprofundou mais e mais o beijo, como se pudesse explorar minha língua cada vez mais fundo. Ele já não era mais delicado, e quando se afastou ofegante, senti que queria mais.

— Não consigo me controlar quando estou perto de você. - disse Enzo devagar, num sussurro, olhando para a minha boca e me beijando de novo, só que dessa vez com mais leveza. Me dando beijos e se afastando devagar a cada selinho demorado.

Quando abri os olhos, vi ele me observando.

— Você é o mais próximo que cheguei de sentir essa sensação de novo. - Enzo passou o dedo pela minha boca - E não pensei que fosse possível querer uma coisa que tanto evitei, nesse tempo todo.

Apertei sua camiseta na minhas mãos e deitei a cabeça em seu peito. Enzo me envolveu em seus braços e beijou o alto da minha cabeça. Por aquele momento, eu soube que isso, o que quer que seja, daria certo.

***

Faltava um dia para a virada do ano, logo estaríamos em 2016. Estava animada, pois passaria o ano novo em Londres, de um jeito que eu jamais esqueceria.

Convidei Enzo para ir comigo ao London Eye com os alunos e o professor Fernando, ele aceitou, mas disse que teríamos que ser discretos para que Lacey e Nico não desconfiassem de nada. Quando avisei Lacey onde passaria o Réveillon, ela disse que era uma ótima ideia e que também iria. E ainda sugeriu que fossemos todos de carro com Nico.

Eu não tive como opinar, além de não querer que ela desconfiasse de nada, não queria dar a impressão errada de que não queria que ela fosse. Então depois de comermos e nos vestimos, saímos de casa pouco depois das seis e meia da noite.

Sentei no banco de trás junto com Enzo, tentando me controlar, pois queria estar mais perto dele. Uma vez ou outra eu tentava olhar, disfarçadamente, é claro, e ficava feliz quando ele me olhava justo quando eu virava o rosto para ele.

Nico estacionou o carro perto do Big Ben. Ele disse que teria que estacionar próximo dali, pois não conseguiríamos passar com o carro pela multidão.

Chegamos por volta das sete e meia e parecia que todo mundo estava chegando naquela hora. Milhares de pessoas caminhavam até a frente da London Eye e quando eu menos esperava, lá estava ela na nossa frente. Já tinha bastante pessoas, com certeza os alunos brasileiros e o professor estavam naquela multidão. Eles tinham combinado de irem mais cedo.

A medida que mais pessoas entravam, mais o lugar ficava apertado. Meu pé já estava ficando dormente, e para piorar, quando a policia estava fechando o espaço, para que ninguém mais pudesse entrar (pois já estava lotado), fomos esmagados e empurrados, mas logo aquilo passou.

Quando bateu 22:00h no Big Ben, o prédio iluminado atrás da London Eye, marcou que faltavam somente duas horas para a festa começar, e foi quando todo mundo começou a se empolgar. Durante todo o tempo tocou música, mas a medida que foi chegando mais perto da meia-noite, todo mundo se animou mais, e aí sim começaram a cantar e dançar.

Senti as mãos de Enzo na minha. Como todo mundo estava bem próximo, Lacey ou Nico não poderiam nos ver de mãos dadas. Ele não olhou para mim, achei que estava com medo de não saber disfarçar.

Só faltava meia-hora quando o locutor avisou e o London Eye começou a piscar e todo mundo foi à loucura! Eu fiquei tão empolgada que mal conseguia esperar pela meia-noite. Faltavam apenas vinte minutos quando começou a garoar fraquinho, e todo mundo, todo mundo mesmo, abriu os guarda-chuvas. Fiquei surpresa quando vi que Lacey arrancou um de dentro da bolsa e nos cobriu. Pelo visto os ingleses eram acostumados com esse tipo de imprevisto. Felizmente, após três minutos, ela parou.

Eu já estava contando os segundos para a primeira explosão! Quando a contagem começou aos 10 segundos finais, todo mundo enlouqueceu. À partir daí, eu só olhei para o céu e admirei o belo espetáculo que acontecia na mais lindas da cidade de Londres. Tudo estava tão colorido. Estávamos muito perto. Enzo apertou ainda mais minha mão, e não pôde deixar de olhar para mim. Sua irmã estava ocupada beijando o noivo ao nosso lado, e senti um pouco de inveja, pois não poderia ter a mesma sorte, de aproveitar da mesma maneira.

Eu nem consegui tirar muitas fotos, porque queria ver tudo direitinho. Era tão emocionante e grandioso que foi impossível não se pegar de boca aberta olhando para cima. Enquanto os fogos dominavam o céu, uma trilha sonora sincronizava ao mesmo tempo. Era muito, muito lindo.

— Precisamos sair daqui. - disse Enzo no meu ouvido, agarrando minha cintura.

Olhei para ele e já sabia o que fazer.

— Lacey! - chamei ela, enquanto estava abraçada com Nico, olhando para os fogos.

Happy New Year!— gritou Lacey, me abraçando.

Desejei feliz ano novo para os dois, Nico também me deu um abraço.

— Eu acho que vi meu professor ali na frente. - gritei para que eles pudessem me escutar - Vou até lá desejar feliz ano novo.

— Tudo bem! Cuidado para não se perder! - gritou Nico de volta.

Quando me virei, não vi mais Enzo ali.

— Cadê o Enzo? - perguntou Lacey, também percebendo que ele tinha sumido.

— Deve ter ido dar uma volta. - respondeu Nico, não se importando muito - Ele sabe se cuidar, Lay.

Tentei me espremer entre as pessoas da minha frente, tentando chegar cada vez mais perto do London Eye. Não parava de olhar para os lados, procurando por Enzo. Como ele foi sumir assim? Quando estava quase desistindo e voltando para trás, senti uma mão apertar meu braço e me puxar.

— Aí está você! - disse ele, com a voz maliciosa.

— Por que você sumiu? - perguntei nervosa.

— Eu precisava sair antes de você, ou eles podiam desconfiar. - ele me abraçou e aproximou o rosto do meu - Feliz ano novo.

Sorri e ele me beijou. Achei estranho nos beijarmos na frente de tanta gente. Mas eram pessoas desconhecidas, que não sabiam de nada. Envolvi meus braços em seu pescoço e continuei beijando Enzo. Ele parou e me abraçou forte. Ficamos um tempo assim, só sentindo a respiração um do outro. E escutando os fogos de lá de cima.

— Está tudo bem? - perguntei, depois que se passaram alguns segundos e ele não se afastou.

— Sim. - ele me deu um beijo na bochecha, e depois um na boca. - Não podemos ficar aqui. Eles podem nos ver.

— Para onde você quer ir? Será arriscado se não voltarmos. Lacey vai ficar preocupada e vai vir atrás de mim.

— E você acha que eu não conheço minha irmã? - ele se afastou do meu corpo e pegou minha mão de novo - Eu tenho um plano.

Enzo deu aquele sorriso suspeito. Eu não sabia o que ele estava tramando, mas deixei ele me levar. Eu queria mesmo um tempo sozinha com ele.


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Notas finais do capítulo

E aí o que vocês acham que eles vão aprontar?
Comentem, quero saber o que vocês estão achando até aqui.