Intercâmbio escrita por LaisaMiranda


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

A continuação do capítulo como prometi.

PS: Giselle está cada vez mais próximo de descobrir a verdade sobre o passado de Enzo!!!



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Não respondi. Queria saber o que ele tinha para me dizer. Enzo se aproximou, mas a mesa ficou entre nós.

— Ontem à noite... - ele enrolou para falar. - Olha, eu não costumo beber, porque eu faço coisas e depois eu sempre me arrependo.

É claro que ele colocaria a culpa na bebida.

— E ontem... Eu disse e fiz algumas coisas.

— Você se lembra? - perguntei, queria saber até onde ele iria.

— Eu me lembro de alguns flashes, mas não claramente. Eu preciso que você me diga o que foi que eu disse - ele parecia preocupado. Achei interessante que ele não desviava os olhos dos meus.

— Você disse um monte de coisas - como eu saberia à que parte ele estava perguntando?

— Tá, mas... Eu preciso saber se eu te falei algo sobre... - ele não conseguia continuar a frase. - Eu te falei... Alguma coisa... Droga!

— Não estou entendendo.

O que ele queria exatamente? Que eu dissesse que ele me beijou, para depois ele dizer que aquilo foi um erro, porque estava bêbado e que não aconteceria de novo? Não, obrigado.

— Se você se lembra - continuei. - então por que está me perguntando?

— Eu não me lembro... - ele quase gritou, mas se recompôs depois que viu o que tinha feito. - Exatamente. Eu posso ter sonhado, não sei.

— Eu também não sei.

Se fosse para fingir que nada aconteceu, eu também faria isso. Só que nós dois sabíamos a verdade. Não tinha sido um sonho. Da primeira vez foi. Mas agora não. Agora tinha sido bem real.

Me virei para sair da cozinha, mas ele correu ao meu encontro e me puxou pelo braço, fazendo com que eu batesse em seu peito.

— Qual é, Giselle! - achei estranho ele dizer meu nome, pois ele nunca o usava para falar comigo. - Me fala.

Afastei-me dele.

— Pense um pouco - dessa vez fui eu que quase aumentei a voz. - Talvez você se lembre.

Quando estava preste a me virar para ir embora ele falou:

— Isso não tem nada a ver com o beijo. É outra coisa. Eu preciso saber o que eu disse para você. Se eu disse algo sobre uma pessoa. Eu não consigo me lembrar.

— Você lembra do beijo? - perguntei.

De tudo o que ele tinha dito, eu só registrei essa parte. Eu não acreditava que ele tinha confessado. Que não tinha escondido isso. Que não tinha negado. Ele se lembrava.

— Sim, mas isso não interessa - ele estava sério. - Eu preciso saber se...

— Eu não sei, não sei - disse chateada. Como ele teve coragem de dizer aquilo na minha cara?

— Como não sabe? - ele estava inconformado. - Você não estava bêbada, eu que estava.

— Exatamente - disse com firmeza. - E por que você bebeu?

— Quê? - perguntou ele, como se aquilo não importasse.

— O quê? Só você pode fazer perguntas?

Ele me olhava como se não entendesse nada. O que ele queria tanto saber? Era sobre aquela mulher por quem ele estava chamando? Eu não sabia e também, se fosse isso, eu não ia dizer.

A campainha tocou e fiquei aliviada. Agora tinha uma desculpa para sair da frente dele.

— Os convidados chegaram. Agora se me dá licença eu vou lá recebê-los.

Ele não me chamou ou puxou meu braço de novo, como pensei que fosse fazer. Nem sequer chamou meu nome. Saí furiosa da cozinha, pensando na razão de eu ter me comportado daquele jeito. E daí se ele fingia ou não que nada tinha acontecido? E daí se ele achasse que o beijo não significou nada? Enzo era um idiota. Era isso o que ele era.

Cheguei até a sala e vi que Nico continuava lá. Só que agora estava indo até a porta. Me apressei, ele não podia estar fazendo esforço, mas cheguei tarde demais.

— Olá! Entrem - convidou Nico, eu agora já estava perto o bastante para ver Ricky.

— Ei cara, o que aconteceu? - perguntou, notando que Nico estava meio pálido.

— Nada de mais. Já estou bem.

Ricky entrou na casa, então seu amigo apareceu no meu campo de visão. Não acreditei. Ele estava diferente da última vez que o vi.

— Esse aqui é meu amigo Adam - apresentou Ricky.

— Olha só! - disse Adam, me reconhecendo.

Ele não era mais um vampiro, apesar da pele clara. Seus olhos eram castanhos e os cabelos lisos. Bem melhores sem o gel na cabeça, posso dizer. Ele sorria para mim, e seus dentes eram perfeitos.

— Como vai Adam? - perguntei sendo simpática.

— Acho que o destino está a nosso favor - brincou ele sorrindo.

— Vocês se conhecem? De onde? - Perguntou Ricky, surpreso.

— É... de onde? - Nico estava curioso.

— Adam estava na festa à fantasia - expliquei.

— Nossa, que coincidência - riu Nico.

— Uma das melhores, tenho que dizer - disse Adam me encarando.

— E aí, Enzo! - disse Ricky, me virei e vi Enzo se aproximando. - Quanto tempo cara.

— E aí! - Enzo cumprimentou Ricky com um aperto de mão. Ele então olhou para a Adam, mas Adam estava ocupado, olhando para mim. Abaixei a cabeça com vergonha.

— Ouvi a campainha. Eles... Chegaram? - disse Lacey, descendo as escadas já com outra roupa. Ela estava com o cabelo molhado, mas a maquiagem era forte, como de costume.

***

O almoço estava ótimo. Comemos de tudo. Lacey preparou um Canelone à Provençal, recheada com queijo cottage e peito de peru. De sobremesa ela tinha preparado um bolo de chocolate delicioso e um pudim de leite light, mas ninguém ainda tinha provado.

Conversamos de tudo. Nico explicou o que tinha acontecido para Ricky, que ficou espantado com a noticia, já que Nico tinha apenas 33 anos.

— São fatos da vida que, infelizmente, acontecem. E tudo o que podemos fazer é nos cuidar - disse ele, sabiamente, como sempre.

Adam não parava de me fitar, confesso que aquilo estava me deixando desconfortável.

— Então quer dizer que Giselle é brasileira? - perguntou Adam curioso, depois que o assunto da mesa virou meu intercâmbio. - Você não me contou isso.

Lacey olhou para a minha cara. Por um momento tive a certeza de que podia ler a mente dela. Ela estava pensando: "What the hell! Por que você não me contou isso?"

— É, tem muita coisa que a Giselle não conta, you know?— disse Lacey, ainda me fitando.

— Vocês querem sobremesa? - perguntei, eu precisava sair daquela mesa. Ou seria comida viva por todos, pelo menos estava sentindo que isso podia acontecer. - Eu vou buscar na cozinha.

Me levantei antes que qualquer um pudesse dizer qualquer coisa. Quando já estava entrando na cozinha, ouvi a voz de Enzo.

— Com licença.

Abri a geladeira e retirei os pedaços do bolo de chocolate, que Lacey já tinha cortado, e o pudim. Os coloquei em cima da mesa.

— Acho que você vai precisar de ajuda com isso - Enzo se aproximou.

— Não precisava vir me ajudar. Eu podia fazer duas viagens - disse sem olhar para ele.

— Assim é mais prático. Não acha? - ele perguntou, me encarando.

Eu sabia que ele queria alguma coisa, então fiquei esperando até ele perguntar. Apostando que seria a mesma maldita pergunta. "O que foi que eu disse ontem?".

— Esse cara está dando em cima de você - ele não fez uma pergunta.

— E daí se ele estiver? Isso não é da sua conta, ou é?

Era só o que me faltava agora. Peguei a bandeja de bolo na mão.

— E se for? - ele perguntou, não dando espaço para eu passar.

Respirei fundo e coloquei a bandeja de volta na mesa. Olhei para ele. Não gritei, não alterei a voz. Eu queria falar sério. Saber a razão de tudo aquilo.

— Por que você faz isso?

— Isso o quê? - fingiu não saber do que eu estava falando.

— É algum tipo de brincadeira? Porque se for, eu não estou entendendo. Ontem à noite você me disse um monte de coisas e pelo visto você se lembra de alguma delas.

Enzo volto a falar, sem hesitar. E também não falava alto, ou de maneira espantosa.

— Você dá muita importância para essas coisas. Eu não sabia o que estava fazendo, ou dizendo. Eu estava bêbado. Só porque me lembro não quer dizer que seja verdade.

— Então tudo o que você disse é mentira?

— Pode ser. Não sei - ele olhou para baixo. - Esquece.

— Se é o que você quer - disse, pegando a bandeja de novo. - Da licença, por favor.

Ele deu uma passo para o lado e eu passei.

Por que ele era assim? Por que fez o que fez e agora parecia não se importar com nada, sendo que se lembrava de tudo? A única coisa que eu sabia e que tinha certeza, é que não deixaria ele se aproximar mais de mim. Não deixaria ele se aproveitar mais. Eu não  seria tão fraca de novo. Não seria.

Voltei para a mesa e eles já estavam falando sobre outra coisa. Adam continuava me fitando de maneira descarada. Ele era muito convencido. Eu não gostava disso.

Depois de comermos as sobremesas, Nico sugeriu um jogo. Mas Ricky não curtiu muito a ideia.

— Estou velho para essas coisas, Nico - disse ele.

— Juro que não tem apostas - riu Nico. - Vamos lá. É bem fácil. Só para gente se distrair um pouco.

Nico, então, explicou como funcionava. Ele disse que fazia tempo que não jogava aquilo, e que brincava com os amigos na adolescência, quando acabava a energia, ou quando estavam no tédio total.

Lacey era a única que já tinha jogado, então não estranhei quando ela voltou cheia de revistas, folha sulfite, cola e tesoura nas mãos e as entregou para cada pessoa. O jogo era bem simples, na verdade. Se chamava; O que eu sinto. Nico disse que tínhamos que escrever uma palavra. Qualquer uma que significasse o que estávamos sentindo naquele momento, naquele dia. A revista servia para fazermos as colagens das letras, para que ninguém desconfiasse quem foi a pessoa que escreveu antes da hora. Porque no final, o papel seria sorteado, um por vez, alguém iria lê-lo em voz alta e o resto teria que descobrir quem era que estava sentindo aquilo.

Eu não sabia o que escrever. Estava sentindo varias coisas naquele dia, mas depois de pensar muito cheguei a conclusão de que esse sentimento era o mais forte no meu coração. Colei as letras "R-A-I-V-A" na folha sulfite. E depois dobrei e joguei no vaso de vidro que Lacey havia colocado no chão, no meio da sala. Eu não tinha sido a primeira a colocar o papel lá dentro. Enzo e Adam já tinham terminado os seus.

Esperei o resto terminar sentada no chão, perto da televisão. Nico avisou que teríamos que ficar sentados em círculos enquanto jogávamos. Quando ele se sentou do meu lado e Lacey do outro fiquei aliviada. Não queria Adam do meu lado e muito menos Enzo.

Falando em Enzo, eu fiquei curiosa para saber o que ele tinha escrito. Afinal sentimento não é algo que ele demonstra com facilidade. De repente pensei no que eu tinha colocado no papel e fiquei em duvida se fiz a coisa certa. Não sabia como funcionava o final do jogo. Nico não tinha explicado essa parte. Teríamos que falar o que tínhamos posto no papel? Ou pior, dizer por que tínhamos colocado aquele sentimento?

Nico foi o primeiro a começar, para que todos soubessem como se jogava.
Ele misturou o vaso e puxou um papel dele. Abriu e fez um suspense antes de ler em voz alta o que estava escrito.

— Eu sinto... - ele olhou para todos os rostos presentes. - Alivio.

Sorri. Aquele sentimento só podia ser de Lacey ou do próprio Nico, mas ainda achava que tinha sido dela.

— Então, à quem vocês acham que pertence esse sentimento?

Todos disseram Lacey, sem sombra de dúvida. Mas ela disse que foi o Nico.

— Então, mesmo se estivermos certos, a pessoa não pode dizer que foi ela? - perguntou Ricky, interessado.

— Não. A pessoa tem que fingir muito bem.

— Mas então qual é o sentido do jogo, se no final a gente não vai saber quem está sentindo o que? - perguntei confusa.

— Aí é que tá! O que gosto nesse jogo é justamente isso. Ficar imaginando se está certo ou não sobre as pessoas.

Eu ainda não entendia, e parece que não fui a única.

— Você que inventou essa merda, né? - perguntou Enzo, para Nico.

— Enzo? - Lacey chamou a atenção do irmão.

— Sim. Eu e meus amigos numa época em que não tínhamos nada para fazer - ele riu forte. - Já faz tempo. Acho que quis relembrar certas coisas da minha vida, coisas puras e sem motivos. Afinal a gente nunca sabe quando o pior pode acontecer.

Ele olhou para Lacey quando disse isso. Ela sacudiu os braços.

— Vamos voltar ao jogo. Minha vez de escolher - Lacey tirou outro papel e leu a palavra atração.

Nem fiz questão de olhar para Adam, era óbvio que o sentimento era dele. Quando chegou a minha vez de falar, ele me olhou sorrindo malicioso. Adam disse que o sentimento era do Ricky.

O jogo sem sentindo continuou. Então quando disseram a minha palavra tentei me concentrar e não dar bandeira de que era eu. A maioria disse que era Enzo. Eu quase ri. Se for pensar no lógico, seria ele mesmo que teria escrito raiva. Enzo respondeu que foi ele mesmo, para a minha surpresa.

— Eu pensei que não pudesse confirmar que escreveu isso - disse Adam, olhando para Nico, querendo justiça.

— E não pode. Por esse motivo, você está fora do jogo Enzo.

— O quê? - ele começou a rir. - Isso é ridículo!

Nico não sorria. Ele realmente estava levando isso à sério.

— Tanto faz! - disse Enzo se levantando.

— Então eu acho que o jogo acabou - disse Ricky, aproveitando a deixa e também se levantando.

— Ah não, mas ainda falta sortear mais sentimentos - disse Nico chateado, mas a uma altura dessas todos já estavam desanimados com o jogo. Aliás, jogo mais do que estranho.

— Acho que já deu, amor - disse Lacey se levantando e depois ajudando Nico a ficar em pé.

Me levantei também. Eu realmente não queria mais jogar, mas confesso que fiquei curiosa para saber o que Enzo tinha colocado no papel. Todos pensavam que fosse raiva, mas eu sabia que não, pois raiva era o meu sentimento.

— O almoço estava uma delícia, Lacey. Mas já vou indo - disse Ricky, depois de um momento.

— Quando quiser vir, é só me avisar.

— Olha que eu venho todo o fim de semana - Ricky riu.

Adam se aproximou de mim.

— Posso falar com você antes de eu ir embora?

Assenti e fomos até a porta, mas não abrimos, só ficamos parado conversando.

— Fiquei feliz em te ver aqui. Te procurei na festa aquele dia, mas não consegui te achar.

— Eu estava muito ocupada.

Ri um pouco nervosa. A verdade era que eu estava achando aquilo estranho. Adam era bonito, mas seu jeito de ser não me agradava. Ele me fitou por alguns minutos.

— Eu vou ser bem direto. Além de não ter tempo - ele olhou para Ricky que estava se despedindo dos outros. - Eu não sou de ficar enrolando.

Fiquei nervosa. Já sabia o que ele queria, e eu definitivamente, não queria a mesma coisa.

— Eu gostei de você. De verdade. E queria saber se você não quer sair um dia desses.

— Então... - eu não sabia como dizer isso sem machucar ele. - Eu estou muito ocupada, trabalhando, estudando. A verdade é que eu vim para isso, então não estou buscando outras coisas. Entende?

Não sabia se tinha sido clara, mas fiz o possível para não ferir os sentimentos dele. Afinal era só uma atração, como ele mesmo colocou no papel.

— Então você não tem namorado?

— Não - fui sincera. - E pretendo continuar assim.

Ele sorriu. Achei estranho. Eu tinha acabado de dar um fora nele. Então por que ele estava sorrindo?

Ricky se aproximou de nós.

— Então, vamos Adam?

— Sim. Vamos.

— Foi um prazer revê-la, Giselle - disse Ricky educadamente.

— Digo o mesmo - respondi. Ele saiu pela porta que eu tinha acabado de abrir.

— Tchau - disse Adam, se aproximando para me dar um beijo no rosto. Achei estranho, britânicos não são muito íntimos, digamos assim. - Eu ainda não desisti - ele sussurrou no meu ouvido, então antes de se afastar, me roubou um selinho.

Adam saiu rapidamente e torci para que ninguém tivesse visto aquele momento. Esses caras tinham que parar de fazer isso.

— Você precisa me explicar umas coisinhas, darling— disse Lacey, na primeira oportunidade que teve.

Enzo já não estava mais na sala. Nico estava sentado no sofá, já com a televisão ligada. Lacey me puxou para a cozinha.

— Me conta tudo. Vocês estão ficando? - perguntou ela animada.

— Não! - quase gritei. - Lacey a mesa. A gente tem que tirar as coisas...

— Nem vem mudar de assunto não. Me conta.

— Não está acontecendo nada. E nem vai acontecer - disse para acabar com o assunto.

Minha vida já estava complicada demais, sem o Adam nela.

— E aquele beijo foi o que?

— Mais alguém viu aquilo? - perguntei, mas depois me arrependi. E se ela desconfiasse de alguma coisa?

— Por quê? - ela pareceu não saber mesmo por que eu estava perguntando isso.

— Nada. Olha, eu não gostei dele. Muito atirado. E aquele beijo? Ele que roubou.

Lacey começou a rir. Ela estava se divertindo.

— Ai, que saudades dessa idade. A gente nunca sabia o que estava fazendo. Era tão bom.

Ela se levantou e foi para a sala. Pelo menos não ia mais me incomodar com esse assunto. Ajudei ela a tirar a mesa e depois que terminamos me lembrei de algo que achava que tinha que perguntar para ela.

— Lacey. Ontem o Enzo... Você sabe, ele estava bêbado e disse umas coisas. Eu não entendi muito bem.

— Que coisas?

— Ele falou sobre uma mulher. Mas não disse nome, nem nada. Ele estava muito mal. Você sabe que mulher é essa?

Lacey pareceu triste. Ela sabia do que eu estava falando. Será que esse era o tal segredo do irmão dela?

— O que foi? - perguntei, agora que tinha tido coragem para perguntar, eu não desistiria tão fácil. - Tem algo a ver com a mãe de vocês? Ou com uma ex-namorada?

Ela não respondeu de imediato. Fiquei pensando. Podia ser a mãe deles. Enzo não morava com os pais, e não acho que eles estavam mortos. Ou podia ser uma ex também. Mas o que será que tinha acontecido?

— Escuta Giselle - disse ela, interrompendo meus pensamentos. - Tem coisas que... É melhor deixar onde estão. E esse assunto é algo muito delicado, que só diz respeito ao meu irmão. Quem sabe um dia ele te conta. Mas eu.. Eu não acho que tenho o direito de me meter nisso.

Eu nunca soube o que tinha acontecido, mas agora eu tinha uma pista, uma pista de que tinha sido algo grave. Tão grave que nem Lacey gostava de falar nisso. Fiquei mal por querer saber de mais, eu não tinha esse direito. Mas também fiquei mais curiosa do que antes. Alguma coisa muito ruim aconteceu na vida do Enzo, que o fez tornar a pessoa que ele é hoje.


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Notas finais do capítulo

Então, estão gostando? Espero que sim. Deixem a opinião de vocês.



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