O Internato escrita por Melanie Cheshire Hersing


Capítulo 1
A casa onde fiquei hospedado


Notas iniciais do capítulo

Oi! Essa é minha primeira fic ok? Então pode ser que tenha (mesmo eu revisando) algum erro. Caso aconteça me avisem! E... É só isso mesmo.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/607267/chapter/1

“Len on”

Sou Len Kagamine, tenho 13 anos e sou um aluno novo no internato LunarShadow...

Ai vocês se perguntam: como fui parar em um internato? Simples: meus pais vivem viajando a trabalho e de um surto repentino resolveram que é perigoso continuar deixando os filhos sozinhos em casa... (coisa que fizeram por anos...).

E sim, o nome do internato para onde estão me arrastando é LunarShadow, sombra lunar. É um nome estranho, mas dizem que é por uma historia (tá mais pra lenda urbana) sobre sua localidade.

O internato... Um lugar perfeito para se fazer novos amigos... Se eu não tivesse abandonado os antigos para estar aqui!

Eu e minha irmã mais velha Lenka viajamos do outro lado do estado (que não é tão pequeno assim) pra vir pra cá.

O bom é que apesar de tudo vou me livrar dela. Quer dizer, qual a chance de ficarmos hospedados na mesma casa? O internato é grande demais pra tanto azar...

Ou não, já que, pro MEU azar, meus pais pensaram a mesma coisa... E foram falar com o diretor, administrador ou sei lá eu quem, pra me por na mesma casa que ela. Que ótimo!

Bom, o lado positivo é que fomos os primeiros a chegar à casa, então pude escolher um quarto bem longe do dela.

O quarto em que estou tem duas camas (como todos os da casa) então tem chance de eu dividir o quarto com algum idiota. Quantos quartos? Cinco.

As casas tem uma espécie de supervisor, que cozinha para os alunos, cuida para que cumpram o horário e cuida para que não saiam da linha.

O nosso ainda não chegou na casa.

E apesar de sermos novos no internato, tinham quartos que já estavam com nomes nas portas. Então tem gente que já estuda aqui há mais tempo e que já tem quarto marcado... Mais apesar de avistar os nomes não quis perder meu tempo os lendo.

***

Após arrumar minhas malas no quarto, vou até o portão do internato me despedir dos nossos pais junto a Lenka.

As aulas só começam amanhã e hoje já tem gente pelo internato lendo, brigando, jogando, ouvindo os fones de ouvido e conversando alto...

- Ei! Se abaixa! – alguém grita e vejo uma bola de vôlei vir em minha direção.

Me abaixo no ultimo segundo e a bola acaba caindo alguns passos atrás de mim. A pego e vou na direção do garoto que gritou.

Três garotos estavam jogando: um de olhos e cabelos roxos, que usa o cabelo comprido e em um rabo de cavalo alto (tá certo que uso rabo de cavalo, mas o meu é curtinho... Esse cara tem mais cabelo que a Lenka!), um de cabelos rosa e olhos verdes e um de cabelos e olhos azul escuro (o bicho mais normal ali).

- Foi mal, é que o Kaito é ruim de mira. – diz o de cabelo roxo apontando para o azul – Eu sou Gakupo, prazer.

- Sou Yuma. – fala a “Barbie”.

- Como o Gakupo disse, sou o Kaito... – fala meio envergonhado por tipo... QUASE ME DÁ UMA BOLADA NA CARA!

- Ei, você é um aluno novo né? Acho que nunca te vi no internato... – Yuma.

- Sim eu sou. Meu nome é Len. – falo.

- Então Len – Gakupo começa – Você sabe jogar três cortes?

***

Após jogarmos muito (já que cheguei umas 13:05 e já é 15:40) me convidam para ir até a casa deles comer alguma coisa.

- Então Len, você já sabe em que casa vai ficar hospedado? – Kaito pergunta.

- É – Yuma continua – vai ser da 12 comigo ou da 21 com esses retardados?

- Bom... Eu ia ser da 21, mas meus pais me trocaram de casa pra ficar com a praga da minha irmã então...

- Irmã? – Kaito.

- É... Minha irmã mais velha Lenka de 15 anos. Eu e ela somos da casa 23.

Os três param de comer para olhar pra mim com espanto: Kaito branqueou engasgando com a comida. Gakupo, que nem prestava muita atenção, arregalou os olhos deixando o copo cair no chão se espatifando estrondosamente e quebrando-se. E Yuma ficou de boca aberta e caiu pra trás com cadeira e tudo... Os três ao mesmo tempo!

- Sortudo! – Yuma.

- Coitado! – Gakupo.

Gritaram ao mesmo tempo logo olhando de cara feia um para o outro.

- V-você disse c-ca-casa 23? – Kaito gaguejou.

- Sim, por quê? – pergunto surpreso com suas reações.

Então Yuma abre um sorrisinho malicioso e Kaito branqueia mais ainda, com um branco que nem achei que fosse possível.

- Len... Você já viu suas companheiras de casa? – Gakupo.

- Como assim SUAS companheirAS? – dou ênfase à conjugação no feminino.

- Bem... Acontece que aquela casa só tem garotas... – Gakupo falou.

- Se deu bem hein? Com nove garotas só pra você... – o sorrisinho malicioso de Yuma só aumentou – Vou ir te visitar bastante...

- COMO!? – me espanto.

- Yuma para de piada! Ele tem 13 anos! Elas vão é usar ele de empregada e maltratar o coitado! – Gakupo.

- Só tem garotas! Como é que uma coisa dessas aconteceu!? – fico boquiaberto.

Eles olham para os lados sem saber o que dizer. Como se eu fosse um porquinho que estava feliz de ganhar mais comida mais acaba de descobrir que vai para o abatedouro... Ok, esqueça essa comparação!

Me despeço deles rapidamente e vou correndo até a “minha” casa para conferir a terrível noticia.

Vejo que na sala tem varias garotas conversando com minha irmã.

- Leeeeennn... – ela cantarola para eu ir até ela.

Mais ignoro e vou reto para as portas dos quartos: Miku e Luka, Lily e Gumi, Lenka e Neru, Meiko e Haku... E meu quarto está com a porta entreaberta...

Abro a porta por completo: uma garota loirinha, com olhos azuis e cabelos curtinhos olha pra mim com um papel nas mãos... Ela estava o recortando para por na porta, e nele está escrito Rin e Len...

- Oi... Sua irmã me disse que s-seu nome é Len, né? Eu sou a Rin... S-sua... Companheira de qu-quarto... – gaguejou aparentemente tão incomodada quanto eu.

- Oi... – digo sem graça.

Por que sem graça? Simples: não só vou dividir a casa com oito garotas e uma bruxa (Lenka né...), como ainda vou dividir o quarto com uma delas!

Ok, paciência.

Logo percebo que ficou um clima meio tenso e um silencio constrangedor no quarto. É quando resolvo quebrar o gelo.

- Então... Já estudava aqui antes? – pergunto mesmo sabendo que não, já que o quarto estava vazio antes.

- Não... Já foi falar com nossas “queridas” companheiras de casa? – Rin fez aspas no ar.

- Não... Porque as aspas? – eu.

- Simples, tirando umas duas simpáticas e uma metida a “mãezona” todas são umas bruxas, mal humoradas, mandonas e que debocharam da minha altura... Me chamaram de pirralhinha por ser mais nova que elas!

Ela falou ficando em pé, com os braços cruzados e bochechas infladas vermelhas de raiva. Rio um pouco e ela ri de si mesma.

Ela é apenas alguns centímetros mais baixa que eu, chuto uns cinco. E isso significa que elas também podem ser mais altas que eu (o que não é tarefa difícil) e debochar de mim.

Dito e feito! Cheguei e após se apresentarem começaram a debochar por eu ser baixinho, um pirralhinho, shota, parecido com uma menininha entre outras coisas...

Volto para o meu quarto emburrado com elas. E mais ainda por serem OITO debochando de mim juntas!

As oito eram: Miku, de marias-chiquinhas e olhos verde-água. Luka (a “mãezona”) de olhos azuis e cabelo rosa. As loiras Lily, olhos azuis, e Neru, olhos castanho dourado. Haku, de cabelos prateados e olhos (para meu espanto) vermelhos. Meiko com olhos e cabelos castanhos curtos. Gumi, cabelos curtos verdes iguais aos olhos. E a praga da Lenka (que eu não descrevi antes) com cabelos loiros e olhos azuis semelhantes aos meus.

Chego ao quarto e vejo Rin terminando de arrumar as coisas no guarda-roupa. Ela deve ter sido a ultima a chegar...

- E então, o que me diz delas? – Rin pergunta.

- Iguais ao que você disse. Com a diferença de que a “mãezona” continuou rindo da minha cara igual às outras, só sem fazer piadinhas ela mesma. E não tinha nenhuma simpática! Todas elas me chamaram de...

- Shota? – pergunta me interrompendo e segurando a risada.

- Me deixe adivinhar, você ouviu tudo?

- Sim! – ela fala sorrindo – Mas, não que eu precisasse ouvir pra saber que você é shota! – ela ri.

- Chata.

- Idiota.

- Pirralhinha.

- Mulherzinha!

- Infantil!

- Shota afeminado mulherzinha ultra mega gay!

- Baixinha irritante! – falo alto e ela me olha com um olhar que diz “ah, você não disse isso...”.

- O que você disse? – fala baixo e irritada.

- Eu disse – começo desafiador – BAIXINHA!

Então ela pula nas minhas costas e começa a dar uma chave de braço no meu pescoço.

- Retira o que disse! – grita enquanto me debato para tentar me soltar.

- Não... – falo rindo um pouco mais começando a sentir uma dor no pescoço.

- RETIRA O QUE DISSE SEU SHOTA! – grita alto.

- Para de me chamar de shota que eu paro... BAIXINHA! – grito alto também.

E começamos a discutir meio alto... Ok, BEM alto! Alto suficiente para as demais virem até a porta ver o que acontecia e... PERAÍ!!! A Neru tá... Gravando no celular!?

- Essa eu tenho que guardar para a posteridade! – começa a rir e sorri maliciosa.

Mas logo Gumi fica ao lado de Neru e tenta chamar a atenção da Rin.

- Riiiinnn... – cantarola mais Rin nem vira o rosto – Rin-chaaannn... – cantarola de novo com uma voz extremamente calma mais ai... – RIN SUA LARANJINHA ENCAPETADA OLHA PRA MIM AGORA!

E com isso todas, incluindo a Rin, viram a atenção para a verdinha.

- EI! Laranjinha encapetada!? Cê jura mesmo vadia!? – Rin reclama.

E ela estava prestes a discutir com a amiga, quando acaba soltando um pouco a chave de braço e eu a derrubo no chão...

Péssima ideia!

***

Após toda a fuzarca fui tomar banho. E depois de termina-lo voltei ao quarto onde Rin esperava para poder usar o chuveiro.

- Você não tem um pijama não? – reclama vendo que estou com uma calça de abrigo preta e sem camisa.

- Você não tem outra coisa pra olhar não? – devolvo no mesmo tom.

Fazendo essa corar, e corando logo em seguida com a situação.

- E-eu vou t-tomar meu b-banho. – fala um pouco envergonhada e vai para o banheiro.

Fico no celular vendo musicas no Youtube até ela voltar. Ela está com uma camisola solta um palmo acima do joelho, rosinha e com as alças e os babados da saia brancos.

Ela pergunta se pode apagar as luzes e eu assinto com a cabeça.

- Boa noite... – Rin fala baixinho já deitada.

- Boa noite... – começo deitado do meu lado do quarto – Foi mal por antes sua “laranjinha encapetada”.

Rimos um pouquinho do apelido super bem bolado que Gumi inventou.

- Durma bem, afeminado. – fala sonolenta e vira contra a parede ficando de costas para mim.

Fico um pouco ofendido com essa questão de “afeminado” mais logo caio no sono. Amanhã será um longo dia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Se sim, comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Internato" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.