O Tempo não Ira Voltar Atrás escrita por mahara72


Capítulo 27
Capítulo 28




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-O que você está fazendo aqui? – perguntei, quando sai do choque, eu não o via já fazem quase 40 anos.

 

-Desse jeito parece que você não gostou de me ver. – Ele falou.

 

-Não é isso, é claro que eu gostei de te ver, mas é que já fazem quase 40 anos que não nos vemos. – falei.

 

-Pois é, eu estava na Itália, e me lembrei que você era uma Volturi, então resolvi vir ver uma velha amiga. – se explicou. – mas então, nem um abraço eu não ganho? – se fingiu de ofendido, e eu lhe dei um abraço.

 

-Venha, eu vou te apresentar a alguns amigos. – o puxei pela mão, e fui até meu quarto.

 

-Bella, achei que não fosse voltar mais e... – Jane parou de falar e o encarou, ele não desviou o olhar.

 

-Eu conheço esse olhar. – Falei para Érika que sorriu.

 

-Eu também, a Jane ta ficando apaixonada. – Ela falou, e nós gargalhamos.

 

-O que? Como? Onde? – Ouvimos Jane falar, e gargalhamos ainda mais.

 

-Do que a senhorita está rindo em Bellinha? – Ele me perguntou, e eu continuei rindo.

 

-Vocês... – falei entre uma risada e outra, eu respirei fundo e Érika também. – Bem.. Meninas, esse é Marc, eu conheci ele na França quando fui resolver alguns problemas com outros vampiros. – o apresentei.

 

-Muito prazer. – ele disse, olhando principalmente para Jane.

 

-Essas são Jane, e Érika. – apontei cada uma delas

 

-Está bem, eu tenho que falar com seu pai, volto logo. –ele me disse e saiu, esperamos um pouco até que ele não ouvisse mais, e olhamos para Jane.

 

-Que foi? – ela perguntou.

 

-Você ta apaixonada! – gritamos, e atiramos almofadas nela.

 

-Não estou não. – ela falou.

 

-Está sim, e quer saber, ele também está. – falei para ela e Érika assentiu.

 

-Sério, ele está? Tem certeza? – ela perguntou com um sorriso, e tentou disfarçar quando viu nossos olhares. – É que... sabe né... para qualquer mulher é bom saber que um homem está apaixonado por ela. – gaguejou.

 

-A Jane ta apaixonada. – Gritamos novamente.

 

-Não estou não. – Ela repetiu, ficando nervosa.

 

-Jane, admite que está apaixonada, não tem nada de mais, até mesmo para Jane Volturi. – Érika falou.

 

-Você não admite que está apaixonada pelo Santiago até hoje e vem querer me dizer que não tem nada de mais? Vai primeiro cuidar do seu relacionamento Érika. – Jane gritou, e saiu do quarto.

 

-Já volto. – falei para Érika e sai atrás de Jane.

 

Eu escutei a porta do quarto de Jane batendo com força, e entrei logo depois dela.

 

-Sai Bells. – ela falou baixo, colocando o travesseiro sobre os ouvidos.

 

-Eu não vou sair Jane. – falei me sentando na cama dela.

 

-Por favor. – ela pediu, se sentando na cama também. – me deixa sozinha.

 

-Não Jane. – respondi.

 

-Por que a Érika tinha que tocar no assunto? – ela perguntou.

 

-Eu sou a única para quem você havia contado. – falei a verdade e ela suspirou.

 

-Eu sei, não queria ter gritado com ela. – Jane falou.

 

-Jane, você não pode controlar por quem se apaixonar, você se apaixonou por alguém errado uma vez, mas isso não quer dizer que todos os que você se apaixonar vão fazer a mesma coisa. – expliquei para ela.

 

-Eu sei disso. – ela sussurrou.

 

-Não fique assim, você devia esquecer aquilo tudo Jane. – Falei para ela.

 

-Não é fácil, Bells, não é fácil. – Ela se deitou no meu colo e eu fiquei afagando seus cabelos.

 

...

 

-Vou falar com Érika. – falei para Jane que se levantou.

 

-Tudo bem, peça desculpas para ela por mim. – Jane me falou e eu assenti, voltando para meu quarto.

 

Érika ainda estava lá, deitada na minha cama.

 

-Érika. – chamei-a, e ela se sentou. – Falei com a Jane, ela tem os motivos dela, pode ter certeza. – falei.

 

-Tudo bem, eu não fiquei chateada com ela, eu fiquei mais chateada comigo mesma. – ela disse. – a Jane falou o que eu sabia já faz tempo, mas ninguém havia me dito ainda.

 

-Não fique assim você também, que duas melancólicas aqui eu não agüento. – falei e ela riu.

 

-Eu já vou. –eu assenti, e ela saiu do quarto.

 

-Onde foram as outras? – Marc perguntou.

 

-Foram resolver umas coisas. – falei para ele.

 

-Sei... – ele concordou. – encontrei um tal de Santiago quando estava voltando. – ele falou.

 

-Onde ele foi? – perguntei me levantando.

 

-Não sei direito, pelo que entendi ele estava indo falar com seu pai. – Marc me respondeu.

 

-Obrigada, eu vou resolver um assunto, e volto logo. – sai correndo do quarto, em direção ao salão.

 

Encontrei Santiago, ele estava saindo de lá.

 

-Santiago. – o chamei e ele se virou.

 

-O que foi? – ele perguntou.

 

-Queria falar com você. – disse.

 

-Desculpe, eu tenho que arrumar as malas. – De que malas ele está falando?

 

-Que malas? – perguntei.

 

-Eu vou ter que resolver algumas coisas, volto no dia da guerra. – ele me respondeu e saiu. Voltei para meu quarto, e Marc ainda estava lá.

 

-E então, resolveu o assunto? – perguntou.

 

-Não. – me joguei na cama.

 

-Bella. – Ouvi a voz de Alec.

 

-Diga. – falei e ele apareceu na porta.

 

-Quem... – ele começou.

 

-Marc, um amigo da França. – falei, já sabendo qual seria a pergunta, e ele assentiu.

 

-O que aconteceu com a minha irmã? – Alec perguntou.

 

-Brigou com a Érika. – falei, sem contar o motivo, afinal Marc estava no quarto.

 

-Sei... Seu pai te chamou. – falou.

 

-Sabe o assunto? – perguntei.

 

-Não faço idéia. – respondeu, e eu ri.

 

-Sendo assim, vamos lá né? – suspirei, me levantando.

 

-Vai me abandonar de novo? – Marc perguntou.

 

-Desculpas. – pedi. – Eu tenho mesmo que ir. – expliquei, e ele assentiu. Dei um selinho em Alec, e sai do quarto.

 

Andei sem pressa até o salão, e encontrei meu pai lá, no lugar de sempre, com meus tios.

 

-Que foi? – perguntei entrando.

 

-Você já deve saber que a guerra é daqui a cinco dias, certo? – Caius perguntou e eu concordei com a cabeça.

 

-Então, estávamos pensando que alguém devia ir para lá, para observar os treinos do exercito, e nos avisar de qualquer decisão que eles tomarem. – Marcus continuou.

 

-E como não conseguimos decidir, resolvemos perguntar para você. – meu pai disse.

 

-Eu decidir quem vai para lá? – perguntei, erguendo uma sobrancelha, e eles assentiram. –Quantas pessoas eu tenho que escolher?

 

-Duas. – Caius respondeu.

 

-Eu, e Felix. – falei. Escolhi Felix por um motivo simples: ele se recusaria a ficar mais uma vez. E a mim, porque dos outros Volturi, os únicos que não precisariam treinar seriam Jane e Alec, mas os Cullens ainda precisam de muito treinamento, e estão trazendo problemas de mais para mim.

 

-Você não. – Eles falaram em uníssono, fechando a cara.

 

-Eu sim, não era para mim decidir? – falei.

 

-Mas você já foi uma vez, e tem as marcas até hoje. – Caius olhou para meu braço, totalmente marcado pela luta.

 

-Eu vou quer vocês deixem quer não. – afirmei.

 

-Não deixaríamos. – Marcus se levantou nervoso.

 

-Querem apostar? – perguntei.

 

-Você pode até ir, mas não se meta em nenhuma luta entendeu? – Meu pai perguntou.

 

-Está bem. – concordei.

 

-Ok, você irá amanhã. – Meu pai falou, ele estava com uma cara estranha, mas resolvi não ler sua mente.

 

-Aviso Félix? – perguntei.

 

-Nós avisaremos. – Caius foi quem respondeu, e os outros assentiram. Fiz uma leve reverencia, e sai em direção ao meu quarto.

 

-Marc. – falei, quando vi que ele ainda estava ali. – Achei que já tivesse desistido de me esperar.

 

-Já havia pensado nisso. – confessou. – O que seu pai queria?

 

-Irei viajar, amanhã. – respondi.

 

-Oh... Que marcas são essas? – ele olhou para meu braço.

 

-Uma luta com transmorfos. – disse, entrando no closet, e pegando uma mala.

 

-Quem estava com você na luta? – perguntou.

 

-Estava sozinha. Jane e Demitri conseguiram fugir, mas eu não consegui, um dos transmorfos me acertou antes. – expliquei, voltando para o quarto, e me sentando na cama, ao seu lado.

 

-Você toca? – apontou para o piano.

 

-Sim. – falei.

 

-Achei que fosse só o violino.

 

-Toco outros instrumentos. – me levantei, e fui para o banco do piano. Passei o dedo pelas teclas devagar, e depois comecei a tocar. Não precisava usar as partituras, sabia as músicas completas.

 

Senti alguém entrando no quarto, mas continuei tocando, com os olhos fechados, até a última nota.

 

-Eu ainda irei aprender a tocar assim. – ouvi a voz de Edward, e me virei.

 

-Eu duvido. – falei, sorrindo. – Que achou Marc? – perguntei-lhe.

 

-Toca piano tão bem quanto toca violino. – Falou.

 

-Obrigada. – agradeci. – O que veio fazer aqui Edward?

 

-Saber do treinamento. – reapondeu.

 

-Fale com Jane e Alec, eu não irei dar o treinamento hoje. – disse.

 

-Por que não? – me perguntou.

 

-Irei arrumar algumas coisas. – isso não era 100% mentira, eu só não lhe disse que seriam as minhas malas.

 

-Ok. Até mais. – Edward saiu do quarto.

 

-Lhe trouxe um presente. – Marc disse.

 

-O que? – perguntei.

 

-Vou buscar. – ele saiu do quarto, e não demorou para voltar, com uma caixa preta e aveludada na mão. –Aqui está. – me entregou. Retirei uma pequena fita prateada que havia, e abri.

 

-É linda. – falei, quando vi a pulseira.

 

-Achei que gostaria. – ele disse, e eu sorri. Ela era realmente linda, com delicados pingentes de corações e estrelas, até ai, uma pulseira comum, a não ser pelo detalhe de que os corações tinham pequenos de rubis e as estrelas diamantes.

 

-Obrigada. – falei, o abraçando.

 

-De nada, me dá seu pulso. – pediu e eu estendi meu braço. Ele pegou a pulseira da minha mão, e a colocou no lugar. Baixei o pulso novamente, e o olhei.

 

-Sabe, não tenho uma notícia muito boa. – falei.

 

-O que foi? – ele perguntou, um tom preocupado na voz.

 

-Vou viajar amanhã, e só volto depois da guerra. – falei.

 

-Sei... Acho que poderemos marcar de nos encontrar outros dias então né? – perguntou.

 

-Claro. – concordei. – Ainda temos muitas aventuras como as da França para viver. – falei, me lembrando. Aprontamos tanto por lá.

 

-Bem... caso eu não te veja amanha, boa viagem. – desejou, e eu o abracei novamente, lhe dando um beijo no rosto.

 

-Ok, mas eu vou me despedir. – afirmei, ele ia sair, mas me lembrei de uma coisa. – Marc. – chamei e ele se virou. – Tenha paciência com Jane, é um pouco complicado para ela.

 

-O que? – ele perguntou confuso.

 

-Acha que eu não notei como vocês se olharam? – perguntei, e ele ficou sem graça. – É serio, você está apaixonado por ela, e ela por você, dá para ver isso em seus olhos. Tente conquistá-la, mas tenha paciência, é um pouco complicado para ela isso tudo de sentimentos, ok? – perguntei.

 

-Você não tem jeito mesmo. – falou. – mas, pode deixar comigo. – falou, sorrindo. Eu sorri também, e ele saiu.

 

 

Fui para o closet, e comecei a arrumar minhas coisas. Peguei somente um tanto de roupas, calçados e acessórios que fosse necessário para os próximos cinco dias. Tudo coube em uma mala, a coloquei em um canto do quarto, fui para o banheiro, tomei um banho, e escovei os dentes. Coloquei uma roupa qualquer, e deitei na minha cama, lendo um livro qualquer.


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