O Tempo não Ira Voltar Atrás escrita por mahara72


Capítulo 24
Capítulo 24




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-Vamos? – Alec me chamou para irmos pro treinamento.

 

-Vamos. – respondi, e fomos em direção ao salão de luta, o nosso treinamento também seria lá.

 

-O que você falou com seu pai ontem depois da reunião? – ele me perguntou. Fiquei um tempo sem falar nada, eu sei que ele não vai gostar de saber que eu vou entrar na frente junto com ele na hora da guerra. – Me responde Bella. – Ele pressionou.

 

-Não era nada de importante. – menti, mas ele percebeu.

 

-Bella, me conta. – ele parou se virando para mim.

 

-Agente vai se atrasar Alec. – O apressei, virando o rosto e voltando a andar.

 

-Tudo bem. – ele concordou, mas eu sabia que ele não iria desistir tão fácil. Chegamos a sala e a maior parte dos guardas já estava lá. Acabamos por escolher um lugar perto das meninas, e de Santiago e Félix.

 

-Oi. – disse para todos.

 

-Oi. – Responderam em coro.

 

-Onde está o Demitri? – perguntei quando notei que ele não estava lá.

 

-Aqui. – ele respondeu quando chegou.

 

-Vamos começar o treinamento. – ouvimos meu pai e ficamos em silencio olhando para ele. – Vocês terão somente aulas práticas, treinando ataque, defesa e os poderes. – ele informou, e começou a formar as duplas que iriam lutar. Como estávamos em número ímpar, eu acabei lutando com meu tio Caius.

 

-Será que minha sobrinha aprendeu a lutar tão bem que seja capaz de me vencer? – Caius me desafiou.

 

-Você só descobre se lutar. – respondi ao desafio com um sorriso e nos posicionamos para o ataque.

 

-Então vamos lutar. – Ele disse.

 

Eu comecei atacando, ele desviou e eu me virei rapidamente conseguindo me defender de seu ataque.  Ele atacou mais algumas vezes, e eu somente me defendia observando seus movimentos. Quando já havia visto seu modo de lutar comecei a atacar também.

 

A luta estava bem equilibrada, mas eu acabei conseguindo atacá-lo de surpresa e vencer a luta.

 

-E então o que achou de sua sobrinha lutando? – perguntei-lhe.

 

-Me surpreendi, você luta muito bem. – ele confessou.

 

“Viu como eu tenho capacidade para ir na frente na hora da guerra.” Falei em sua mente e sai logo em seguida.

 

-Eu ainda não concordo com isso, mas vamos voltar ao treinamento. – ele disse andando até meu pai e estendendo sua mão. Meu pai o tocou e me lançou um olhar de discórdia e ao mesmo tempo de admiração.

 

-Nossa ganhou de um dos nossos mestres. – Me assustei com Alec falando no meu ouvido e me abraçando por trás.

 

-Pois é. – me virei para olhá-lo.

 

-Voltando ao treinamento, todos foram muito bem, se conseguirem esse desempenho na hora da guerra venceremos com toda certeza. – meu pai disse, e eu e Alec olhamos para ele assim que começou a falar.

 

-Por hoje o treinamento está encerrado. – Marcos disse e nós íamos saindo, mas meu pai falou comigo.

 

-Você realmente nos surpreendeu filha. – eu me virei para ele, que estava com um sorriso.

 

-Desse jeito conseguirá lutar muito bem na guerra. – Marcos disse e o sorriso de meu pai sumiu para um olhar de preocupação.

 

-Ótimo eu já vou. – disse antes que Alec pudesse perceber alguma coisa.

 

-Bella. – ouvi alguém me chamar e me virei.

 

-Sim Alice, Jasper. – falei quando os vi.

 

-Será que você poderia nos liberar para caçar hoje? – Alice perguntou.

 

-Tudo bem, vocês estão indo bem mesmo.  – concordei e eles sorriram.

 

-O que vocês estavam fazendo na sala de lutas? – Jasper perguntou.

 

-Estamos tendo um treinamento para a guerra. – respondi.

 

-Nossa até vocês? – Alice pareceu surpresa.

 

-Sim, pelo visto a guerra será difícil. – falei e completei. – mas nós estamos somente com aulas práticas.

 

-Sem toda aquela falação? Que sorte. – tivemos que rir com o que Alice falou.

 

-Pois é, mas então vamos? – Jasper falou com Alice.

 

-Vamos. – ela respondeu e eles saíram. Eu e Alec fomos andando até meu quarto.

 

-E então já que não temos treinamento, o que iremos fazer? – perguntei para ele me sentando na cama.

 

-Que tal começarmos com você me dizendo o que estava conversando com seu pai e seus tios ontem depois da reunião? – ele tentou.

 

-Que tal outro assunto? – ofereci.

 

-Por que não quer me contar? – ele perguntou, se sentando ao meu lado na cama.

 

-Porque eu sei que você não vai gostar. – disse a verdade.

 

-Me fala, por favor. – ele insistiu, e eu suspirei derrotada.

 

-Bella, será que eu poderia falar com você? – Santiago perguntou, entrando no quarto.

 

-Claro... – respondi já me levantando, e pude ver Alec o fuzilar com os olhos. “Onde?” perguntei entrando na mente dele.

 

“Naquela cachoeira que fomos no dia em que cheguei.” Ele respondeu.

 

-Depois continuamos a conversa. – Falei dando um beijo em Alec e saindo do quarto, sendo seguida por Santiago.

 

Fomos correndo até a cachoeira, então não demoramos.

 

-Diga. – Falei, mesmo sabendo o que ele queria, por ter lido na mente dele, mas sempre é legal deixar Santiago com vergonha na hora de falar (sim eu sei, ás vezes sou má.).

 

-Bem... é que... sabe... eu queria... te pedir um favor... – Falou gaguejando, e eu me segurei para não rir. Qual é a dificuldade de dizer “Quero que você me ajude a conquistar a Érika.”? Vai entender, Santiago sempre teve vergonha na hora de falar sobre sentimentos e essas coisas.

 

-Hã? – perguntei, fingindo que não sabia de nada.

 

-Eu queria te pedir um favor. – Conseguiu começar a falar.

 

-Pode falar. – encorajei-o.

 

-É que você sabe que... que.. é que... – Ele gaguejou novamente.

 

-Sei do que? – continuei me fazendo de desentendida. – É sério, pode falar. – continuei encorajando.

 

-MeajudaaconquistaraÉrika. – Falou tudo tão rápido que se eu não estivesse lendo seus pensamentos não entenderia. Mas ele não sabe que eu estou lendo seus pensamentos né.

 

-Como é que é? – perguntei com uma sobrancelha levantada.

 

-Me ajuda a conquistar a Érika. – falou devagar, e eu comecei a rir.

 

-Cla- Claro. – gaguejei, sem conseguir parar de rir.

 

-Você sabia o que eu iria falar não é? – Ele disse, começando a ficar bravo. Parei de rir na hora, Santiago bravo realmente não é muito bom. – Isabella, você sabia né? – perguntou novamente e eu assenti.

 

Ele se aproximou, ainda com raiva, e eu me afastei. Ele continuou se aproximando, e eu me afastando até que eu tive que correr. Sai em disparada pela floresta, na direção do castelo, e ele logo atrás. Entramos no castelo, passamos pelo salão principal, por algumas salas, começamos a correr pelos corredores, quase derrubando um vaso de cristal que tinha de enfeite, mas eu consegui salva-lo e ainda voltar a correr de Santiago, claro que nessa hora diminuiu um pouco a distancia, mas ainda assim eu consegui fugir.

 

Já havia corrido muito, até que cheguei em um corredor que a única saída era a porta do quarto de Esme e Carlisle. Eu estava entre escolhas, ou ele me arrancava um membro pela minha brincadeirinha, ou se esquecia da brincadeira, mas via os Cullens e eu acabava levando a maior bronca, e ainda por cima era perigoso ele resolver ficar sem falar comigo.

 

Como eu gosto de ter todos os meus membros unidos, resolvi entrar no quarto, fechando a porta logo atrás de mim. Os Cullens se assustaram, e eu dei um sorriso amarelo.

 

-Já voltaram da caça? – perguntei, segurando a porta para que Santiago não a abrisse.

 

-Nós não fomos muito longe. – Alice respondeu. – O que é que ta acontecendo? – Perguntou.

 

-O Santiago ficou um pouco bravo com minha brincadeirinha. Ás vezes ele é meio exagerado sabe. – Respondi.

 

-Eu não sou exagerado, Isabella. – Ele gritou, do outro lado da porta.

 

-É sim Santiago. – Discordei.

 

-E vai me dizer que você não é exagerada? – perguntou-me, mas eu não respondi. – Em princesinha Volturi. – Me provocou. Como eu odiava quando me chamavam de princesinha, abri a porta do quarto, e ele sorriu vitorioso.

 

-Do que você me chamou? – Perguntei, cruzando os braços.

 

-De princesinha Volturi. – Ele deu de ombros. – Você é filha de Aro, ele é o “Rei”-  fez aspas com as mãos. – dos vampiros, então automaticamente você é a princesa certo? – perguntou.

 

-Pelo menos eu não tenho que pedir a ajuda da amiga para con... – Ele tapou minha boca, o que fez Emmett gargalhar, e chamar a atenção de Santiago.

 

-O que os Cullen fazem aqui? – ele perguntou, olhando sério para eles. – Responde Isabella. – Falou sério. Ás vezes ele realmente não pensa.

 

“Se você destampar minha boca é mais fácil.” Falei por pensamento.

 

-A ta, desculpa. – Ele destampou minha boca, e voltou a me olhar sério.

 

-Meu pai os chamou para ajudar na guerra. – respondi.

 

-Aro os chamou? – ele perguntou, com dúvida.

 

-Não, o chefe Swan. Claro que é o Aro né. – Ele me olhou mais furioso depois da minha resposta.

 

-Ele não faria isso depois do que o cabelos de bronze te fez. – Ele chamou Edward por um dos apelidos que havíamos criado, o que fez Edward rosnar e ficar em posição de ataque.

 

-Como é que você me chamou? – ele perguntou com raiva.

 

-Cabelos de bronze, mas se você preferir também tem leitor de revistas de sebo, ou quem sabe topetudo, talvez você prefira alguns dos outros apelidos, sabe criamos vários. – Santiago perguntou, e eu voltei a rir, Emmett também começou a rir, e Alice estava se segurando.

 

Edward pulou para cima de Santiago, mas eu o joguei contra a parede.

 

-Eu já disse que você não toca m nenhum Volturi fora do treinamento. – Falei com raiva, apontando o dedo para ele. – Ou será que eu vu precisar embaralhar um pouco sua mente para você entender isso? – perguntei, e posso jurar que ele tremeu um pouquinho, realmente eu devia estar com um olha mortífero.

 

-Voltando ao assunto. – Santiago olhou novamente para mim. – Se seu pai os chamou, quem é o responsável por eles? – perguntou, e eu engoli seco.

 

-Alec, Jane e eu. – respondi rápido e baixo.

 

-Quem? – ele perguntou novamente.

 

-Alec, Jane e eu. – respondi alto e mais devagar agora.

 

-Então era por isso que você não me contava sobre os visitantes? – Ele perguntou. E eu assenti.

 

-Alguém me explica o que ta acontecendo? – Emmett perguntou.

 

-Cala a boca. – Eu e Santiago respondemos juntos, não era hora para eu ser bem educada né?

 

-O que os outros acharam disso? – Santiago me perguntou.

 

-No começo Jane e Alec ficaram com raiva, mas já estão até amigos de alguns. – Respondi, e ele levantou as sobrancelhas em descrença. – Eu sei é difícil acreditar, mas é verdade. – afirmei.

 

-Mesmo assim, você devia ter me contado. – ele acusou.

 

-Eu não contei porque sabia que você não ia gostar. – Tentei explicar.

 

-Mesmo assim, não justifica. VOCÊ DEVIA TER FALADO. – ele gritou.

 

-Eu não falei antes, mas ninguém mais falou também Santiago, então não coloca toda a culpa em cima de mim. – gritei também.

 

-Eles sabiam que você queria esconder. – ele disse ainda gritando.

 

-Mesmo assim, não justifica. – Imitei a frase dele de antes. Ele suspirou mais saiu do quarto, me deixando lá com os Cullen, que estavam com cara de quem ta boiando. Como eu não queria explicar nada agora, também sai do quarto, e voltei para a cachoeira, não tenho idéia do porque, mas aquele lugar me acalma.


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