All Hail the Queen escrita por Angie Hoyer


Capítulo 5
Hayley Marshall


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, como estão? Mil desculpas pela demora em postar, juro pra vocês que estou dando o meu máximo.
Bom, algumas já estão sabendo, eu estou começando a escrever uma Fanfic voltada para o universo Harry Potter, e estou super animada. A Fanfic já esta no meu cronograma — o link esta no meu perfil— estou amando escrever ela e me divertindo muito tambem. Ela se passa na era dos Marotos— que é a minha preferida— !!!


Ok!!! Espero que gostem desse capitulo, que esta bem dramático e tem um encontro memorável.

Boa leitura!!!



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"Um ser só entenderá o outro se ambos conhecerem a mesma dor."

— Autor Desconhecido

New Orleans — 11:34 AM (Dia 2)

Holly observava a construção branca a sua frente. Seus olhos tentavam localizar o local exato de onde a foto tinha sido tirada.

O local fugia da animação do bairro francês, a calma prevalecia, mesmo estando cheio. Holly observou tudo, desde as flores amarelas nos canteiros ate a fina cruz no topo da torre. A loira caminhou ate o banco mais próximo abrindo a bolsa e retirando de lá um caderno de desenhos. Com o lápis entre os dedos, ela respirou fundo e deixou os rabiscos tomassem formas. Ainda que concentrada na folha de papel, a garota podia escutar os cliques das câmeras, o som de passos e conversas. Turistas andavam de um lado para o outro com suas próprias preocupações, alguns minutos se passaram quando a Holly finalmente terminou. Era um esboço simples, contudo se via claramente o rosto de uma jovem mulher, não qualquer mulher e sim de sua mãe. O rosto fino, as maçãs do rosto suaves e os lábios cheios, os cabelos sedosos e negros, Holly queria poder um dia toca-los, sentir o cheiro, escutar sua risada. Não podia, era impossível. Holly aprendeu a viver sem ela, lembrava que algumas pessoas diziam não conseguir viver sem suas mães, mas ela consegue.

Conseguia se lembrar com clareza de todas as reuniões escolares. Toda aquela presença feminina, todas aquelas mulheres as quais elogiavam e beijavam o topo da cabeça de seus filhos completamente orgulhas pelo desenho — rabisco colorido — as quais retiravam das pastas. Sentia-se triste por não poder ter aquilo, permanecia sentada em sua pequena cadeira azul royal, sua cor favorita, próxima a Summer a qual não parava de falar um segundo. Lola tentava a todo custo dar atenção as duas, alias a mulher era a melhor amiga de sua filha. Mas, não era a mesma coisa, ainda assim se a professora se compadecesse em permanecer ao seu lado ou a mãe de Summer a desse atenção, a garota queria sua mãe ali, elogiando e beijando sua cabeça.

Entretanto sempre que ele cruzava a porta, toda a tristeza desaparecia. O terno negro ajustado em seu corpo, à chave do carro em mãos e um pedido de desculpas pelo atraso, o sorriso de Holly não poderia ser maior. Mostrava cada um dos desenhos os quais eram diferentes das outras crianças, era caprichado demostrando seu apresso e cuidado. Leon permanecia agachado próximo à filha e lhe enchia de beijos, a menina conseguia ver o orgulho transbordar pelos olhos do pai. E foi ali a qual percebeu que seu pai era tudo para ela, não podia viver sem ele.

Com um suspiro resignado, Holly guardou o desenho e se levantou do banco, observou as arvores de copa cheia, algumas ate frutíferas e pensou que sua mãe deveria ter sido muito feliz ali.

[...]

New Orleans- 06:08 PM

Lafayette Cemetery

Um vento quente balançou as folhas, levantando uma leve camada de poeira. A estatua de um anjo curvado fez com que um arrepio estranho subisse por sua espinha. Holly tinha medo da morte, era uma coisa comum todos tinham esse pavor, todavia o dela não era medo de morrer e sim da coisa em si, não da figura encapuzada o qual levava um foice, era algo difícil de explicar, ate mesmo confuso e Holly não ousava nem tentar.

Consequentemente ela tinha medo de cemitérios, julgava ser um lugar frio desprovido de vida e beleza. Uma antiga lenda dizia que o vento vindo de um cemitério carregava sussurros de dor e desgosto daqueles os quais não desejavam abandonar suas vidas.

O cheiro da morte impregnava cada lapide empoeirada, era difícil caminhar em local como aquele e imaginar que a cada construção havia uma pessoa, as quais tiveram sentimentos, amores, vontades e desejos.

Olhar para os nomes gravados no mármore a fazia imaginar como elas eram, se estavam doentes, se foram surpreendidas por uma morte prematura ou escolheram aquilo.

Seu coração batia depressa e uma angustia lhe subiu a garganta, não conseguia parar de tremer nem por um segundo. Um corredor não muito largo era cercado por criptas altas e envelhecidas, a moça passou exatamente no meio do corredor, não conseguia olhar. E quando finalmente alcançou a grama verde não ousou olhar para trás. Abraçou o próprio corpo, seus olhos alcançaram um tumulo não muito longe, Holly tinha certeza ser aquele, podia sentir. Caminhou a passos vagarosos, seus lábios tremeram quando finalmente enxergou o nome.

Em uma placa de mármore negra, gravado em letras douradas. Era todo cercado por uma camada bem aparada de grama verde, algumas flores cresciam a sua volta e um estranho buque de tulipas azuis estava próximo ao nome.

Brooklyn Labonair

1970 ✞ 1990

Holly não teve forças para se manter de pé, seus joelhos tremeram e logo se chocaram com o chão. Seu corpo todo tremeu, as lagrimas tomaram conta de sua visão e um frio se alastrou por cada centímetro de sua pele. Os soluços lhe rasgaram a garganta, uma dor forte apertou seu coração, era como se alguém o apertasse, nunca havia sentido nada parecido.

— Me desculpe, me desculpe... — Aquelas palavras eram repetidas como um mantra.

Era culpa dela, no final de tudo, mesmo negando, era dela toda a culpa. Sem se importar se agarrou a laca de mármore, como se fosse encontrar conforto ali, como se... a pedra gelada fosse lhe transmitir algum calor ou aconchego.

— Mamãe me desculpe. — Soluçou. — Deveria ter vindo antes, me desculpe.

Ela mesma quase não entendia o que falava, os soluços a impediam de dizer qualquer coisa com clareza. Gravou as unhas no mármore, trincou os dentes; um bolo se formava em sua garganta, queria se libertar e assim ela fez: o grito agudo deixou seus lábios, um urro de dor e libertação. Holly precisava daquilo, obviamente ela já havia chorado por sua mãe, nas datas comemorativas como: Dia das mães, aniversários etc... No entanto, a menina nunca esteve tão próxima a ela, ou o que restou; era algo simbólico, sua mãe não estava mais ali há muito tempo.

Com as pernas tremulas se afastou abruptamente, caindo sentada na grama verde, observou mais uma vez o buque azul e um pequeno papel branco enroscado entre os ramos chamou-lhe a atenção. Uma letra inclinada, feita a caneta preta.

Padre O'connell

Imediatamente ela guardou o papel no bolso, o procuraria mais tarde. Recolheu a bolsa do chão e se levantou ainda chorando, precisava urgentemente de um abraço, gostaria de chorar ainda mais no colo de alguém, queria carinho mais do que tudo naquele momento, palavras de conforto. Cambaleando Holly caminhou o mais rápido possível para longe dali, o choro forte lhe sufocava e a sensação de frieza lhe deixava desamparada. Não contou o numero de vezes as quais tropicou nos próprios pés ou em pequenas pedrinhas.

— Espera. — Um grito feminino a fez estacar. — Por favor, espera.

Limpou o rosto da melhor forma a qual pode e respirou fundo antes de se virar. Uma mulher morena, de olhos expressivos vinha em sua direção com uma expressão confusa no rosto, seus olhos verdes se fixaram em Holly olhando-a como se fosse uma miragem, algo impossível. Quando a mulher se aproximou mais, percebendo que as duas tinham quase a mesma altura. Fisicamente elas eram um oposto, era como se olhar em espelho invertido.

— Você... Esta tudo bem? — A moça perguntou se aproximando mais. — Eu escutei você.

— Estou, obrigada pela preocupação. — Disse rápido, sentindo que voltaria a chorar.

— Eu também perdi minha mãe. Lamento muito...

— E-eu preciso ir, de-desculpe. — Soluçou outra vez.

Holly se virou e voltou a caminhar de forma rápida quase correndo, a dor se tornou ainda mais forte, suas pernas tremeram e antes que voltassem a ceder à loira se agarrou a grade pintada de preto, o portão rangeu quando seu peso se chocou com ele. O choro voltou com ainda mais força, contudo Holly sentiu uma mão em seu ombro, sabia que se tratava da moça morena de poucos minutos atrás. Não se importou em se virar e logo se atirar nos braços da mulher, ainda de forma desajeitada a abraçou forte. Holly precisava de carinho, precisava de um abraço.

— Alias, eu me chamo Hayley. — A morena tinha a voz abafada pelos longos cabelos loiros de Holly.

— Sou Holly. — Falou ainda chorando.

Sentiu Hayley lhe abraçar ainda mais forte, pode sentir sua barriga arredondada pressionar contra a sua, notando que a morena estava gravida Holly se afastou. Sentiu um sorriso triste se formar em seus lábios e encarou os olhos verdes da moça a sua frente a qual também chorava.

— Você, esta gravida. — Hayley apenas confirmou e Holly sorriu. — Fico feliz por você.

Hayley conseguiu sentir o quão verdadeiras eram aquelas palavras, a garota realmente estava feliz por ela. Era inacreditável, mas havia um Labonair em Nova Orleans. Hayley mal conseguia acreditar nisso, segundo o livro, a loira era sua prima. Holly Labonair, estava ali de frente para ela. A outra mulher queria lhe contar tudo, dizer o quão feliz e surpresa estava, no entanto precisava ir com calma, precisava contar a Elijah e principalmente matar a maldita bruxa a qual lhe disse aquele monte de besteiras. Ultima Labonair viva, Holly estava ali para provar o contrario.

[...]

New Orleans- 07:23 PM

Hotel

Holly soltou um suspiro antes de esticar o braço e bater na porta de madeira escura. O numero 25 em bronze deixou-a um pouco desconfortável. O clique da tranca sendo destravada a fez dar um passo curto para trás e logo os bagunçados cabelos negros de Tobias apareceram assim como seu rosto. Ele sorriu, todavia quando percebeu os olhos vermelhos e cheios de agua ele se assustou.

— Eu posso entrar? — Pediu

O moreno acenou afirmando, deu um passo para trás e abriu espaço para Holly. A mulher não prestou atenção na decoração apenas afundou as mãos no rosto e voltou a chorar, seu corpo tremeu com os soluços. O rapaz se assustou, se aproximando de forma rápida a segurou pelos ombros e foi surpreendido por um abraço apertado dela, sentiu as lagrimas salgadas molharem sua camiseta cinza. Holly estava gelada, suas roupas tinham terra e isso só o deixou ainda mais assustado.

— Por Deus, Holly alguém te machucou? — Perguntou aflito afastando-a de seu corpo tentando ver qualquer ferimento.

Ela negou com a cabeça se agarrando ao seu pescoço e voltando a chorar.

— Só me deixa ficar aqui. — Implorou chorosa se enroscando ainda mais nele.

Tobias assentiu e não disse mais nada, apenas conduziu Holly ate sua cama a fazendo se sentar e nem por um segundo ela o largou. Perguntas se formavam em sua mente, entretanto resolveu deixar para uma outra hora, pois ela não tinha condições de lhe responder nada naquele momento.

[...]

New Orleans- 07:30PM

Mansão Mikaelson

Genevieve era uma mentirosa.

Hayley batia os pés enquanto caminhava, marchava, ate a sala onde a vadia ruiva estava. Logo que vislumbrou os cabelos vermelhos dela, teve vontade de pular em seu pescoço e o quebrar. Os três originais assim como Marcell e o novo aliado de Klaus estavam presentes na sala.

Sua mentirosa — Gritou a loba atraindo a atenção de todos.— Como pode ser tão cínica sua vadia?

— Hayley.— Censurou Elijah. — O que esta dizendo?

Ela é uma mentirosa, disse que todos os Labonair estavam mortos. — Gritou outra vez.

Klaus ergueu uma sobrancelha observando a discussão a qual começava a se formar, trocou olhares com Marcell e se aproximou.

— Love, sem enrolação diga de uma vez. — Pediu calmamente a loba.

— Segundo a sua bruxinha de estimação, Klaus. Eu era a ultima Labonair, correto? — Ela encarou Genevieve a qual confirmou o que havia dito. — Mas você mentiu ou esta errada, pois a outra Labonair em Nova Orleans.

Genevieve arregalou os olhos com as palavras de Hayley, era impossível. Klaus viu ainda mais interessado na historia, mais um lobo da realeza.

— Isso é impossível, eu me certifiquei de que...

Para de mentir, Holly falou comigo.

Klaus bufou, já estava cansado dos berros de Hayley.

— Espera. — Marcell deu um passo à frente erguendo a mão. — Você disse Holly?

— Não era para ela estar viva. — Sussurrou a bruxa.

Novamente Hayley sentiu vontade de bater na ruiva, tentou avançar, porém Elijah a segurou observou os olhos castanhos do homem a qual encarava de volta pedindo calma.

— Acho melhor você começar a se explicar love. — Ameaçou Klaus, enquanto preenchia seu copo com Whisky.


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Notas finais do capítulo

Hey pessoinhas, o que acharam desse cap. Ele esta um pouco curto, mas vou compensar no próximo.
Comentem amores.

Adoro vocês....!!
Mille baci...



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