All Hail the Queen escrita por Angie Hoyer


Capítulo 13
Verdades Secretas


Notas iniciais do capítulo

Hey baby's como vão? SIIIIM EU ESTOU VIVA E MUITO BEM KKKKKKKKKKKKKK
Desculpe pela imensa e desnecessária demora, sinto muito por ter deixado vocês esperando por tanto tempo. Estou muito envergonhada com isso :(
Mas queria agradecer por vocês serem os melhores leitores do mundo e ainda não terem me abandonado apesar dos pesares :)
Serio vocês são os melhores, a culpa é toda de vocês por eu ainda estar aqui escrevendo. Vocês são incríveis...
Esse capitulo tem bastante coisa acontecendo e o desenrolar do ultimo capitulo ♥
Espero do fundo do meu coração Original que vocês o adorem tanto quanto eu!
Mas antes queria agradecer as meninas que comentaram: YasmimLoveBiebs, MrsPadfoot ( ta sempre por aqui ♥), NathyMarinho ( Ta em todas ♥), Cristiane Apolinario, ooncerss, Arabella mikaelson, Vic Mikaelson,
sandrinha, nahalves. Ufa são tantas KKKKKKKKK Vocês todas são uns brigadeiros *_*
Enfim,
Boa leitura....



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/606964/chapter/13

"O amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva á vicissitudes. É uma marca eterna. Que sofre tempestade sem nunca se abalar."

William Shakespeare

 

Local desconhecido — Vinte e duas horas depois

O sangue escarlate, já seco, manchava a testa de Belinda que insistia em continuar a prender as lágrimas, enquanto cavava mais uma cova rasa, na esperança que algum dia encontrassem aquela pobre menina. Ainda conseguia ver o brilho angustiado dos olhos castanhos, que não deveria ter mais de quinze primaveras, antes de ter o pescoço aberto sobre a bacia de barro. E mesmo com as bruxas já mortas, era tarde de mais para aquelas garotas, contudo, eram aqueles olhos inundados de pavor e lagrimas que insistiam e lhe tomar os pensamentos.

— Malditas bruxas. — murmurou, afundando a pá na terra seca e a jogando sobre os ombros estreitos, fungando pela terceira vez desde que começara seu trabalho.

Belinda odiava o que havia se tornado. Odiava as noites em claro, as horas de pesquisa e o cheiro de livros velhos e poeira, odiava ainda mais por saber que aquilo era a única coisa que faria pelo resto de seus, talvez, não muito longos, dias de vida. O farfalhar das folhas secas a despertou por breves momentos e o corpo inerte da jovem menina estava aos seus pés, sua blusa azul de tom claro empapada por sangue fresco, os olhos ainda abertos parados, observando o vazio enquanto uma fina película esbranquiçada os tomava roubando o tom de terra que possuíam. Temia respirar fundo e sentir o odor da morte que os rondava, assim como o de fumaça que impregnava cada canto daquela floresta densa e esquecida por qualquer que fosse o ser celestial que comandava aquele pequeno balaio de gatos.

Chad lhe olhou com pesar quando, sem forças, empurrou o corpo jovem para dentro do buraco que ela acabara de abrir. Era desumano e a matava por dentro, mas era um mal necessário que diminuía com o cheiro de carne tostada que chegava as suas narinas. Em uma breve olhada sobre os ombros, enxergou a majestosa fogueira onde os corpos das malditas bruxas eram queimados até se pulverizassem e nada, além de cinzas e madeira queimada, restassem, com um feitiço simples e suas almas teriam o tormento eterno e isso há acalmava um pouco, nenhuma outra jovem passaria pelo que aquelas meninas e tantas outras ao longo de dois séculos passaram. Mortes e mais mortes, uma pilha de corpos deixados para trás, entretanto, Belinda enxergava o rastro de sangue que parecia persegui-la a cada passo. Secou o rosto quando finalmente percebeu que chorava, Chad não ousou encara-la e também não perguntou, apenas ocupou-se em jogar a terra seca sobre o corpo pálido, o misturando as folhas e aos vermes que o comeriam.

Os grandes olhos verdes de Belinda se fecharam por breves instantes e um suspiro profundo deixou seus lábios, logo caminhando para longe e preferindo assistir o fogo eliminar o resto do mal que as bruxas causaram.

As chamas alaranjadas refletiam nos olhos cristalinos de Leon que se mantinha calado desde a notícia do dia anterior. O homem parecia temer e de fato deveria, havia coisas de mais, historias mal contadas e mentiras que poderiam afoga-lo, mesmo sabendo que aquele era seu destino que, em um dia qualquer, aquela maldita cidade a atrairia e esmagaria seus sonhos doces a transformando em algo que talvez, sua pequena Holly, odiasse com todas as suas forças. As palavras recitadas pelos lábios grossos de Brooke nunca soaram tão alto em sua cabeça, assim como o frio que ainda sentia em sua espinha. Com o coração pesado e a preocupação esmagando cada um de seus neurônios, Leon não conseguia deixar de pensar no pior, conhecia Klaus bem o suficiente para saber que se ele desejasse algo, ele o teria. O hibrido era incansável e isso o preocupava. Sua pequena garotinha se equilibrava em uma corda bamba, com os Originais de um lado e seu destino do outro, tateando no escuro em busca de uma saída.

Mas o cheiro cítrico se sobressaiu ao de fumaça e morte. Não precisava olhar para ter certeza que a pequena presença de Belinda estava ao seu lado, encarando o nada como sempre fazia. As sobrancelhas franzidas, os lábios entre abertos e os braços espremendo os seios.

— Temos que ir. — murmurou consigo mesmo, sem esperar qualquer resposta.

— Vai para Nova Orleans? — a voz suave da mulher chegou aos seus ouvidos sensíveis.

— Minha filha precisa de mim, Belinda. — concluiu, desviando os olhos das chamas e a encarando. — Aquela cidade não lhe trará nada além de dor e sofrimento.

— É o destino dela. — no mesmo instante apos terminar tal sentença, Belinda se arrependeu.

Os olhos azuis em um tom claro a encararam com fúria.

— Não vou me sentar enquanto Holly sofre nas mãos de Niklaus. — esbravejou a fazendo se encolher constrangida.

— Não foi isso que disse. — se retratou, erguendo o queixo e o fuzilando com seus olhos cintilantes. — Não se deve interferir naquilo que a muito esta escrito. Este não é seu fardo e sim o dela, deixe-a carrega-lo.

— Não posso. — afirmou maneando a cabeça e logo enterrando os dedos entre seus fios dourados. — É a minha filha, ela é tudo que tenho. Não posso permitir.

Belinda o encarou por breves segundos, ponderando a dor que ele carregava em seus olhos azuis. Holly era uma menina tão doce e gentil, mas teria um fim trágico se algo não fosse feito, mesmo que isso colocasse a vida de tantos em risco.

— Vou com você. — disse olhando-o de esguelha. — Já vou avisando que não manda em mim e que eu faço as minhas escolhas. Então, sim, eu vou para Nova Orleans e te ajudarei no que for preciso.

Leon sorriu e concordou com uma simples aceno, antes de se virar e caminhar na direção oposta a fogueira crepitante. No fundo, ele sabia que Belinda o acompanharia a qualquer lugar, e não seria só ela.

[...]

Mansão Mikaelson, New Orleans — 06:22AM

Elijah ainda conseguia escutar o caminhar ritmado de Niklaus sobre a madeira lamina de seu atelier de pintura. Os rosnados enfurecidos e, vez ou outra, copos e janelas sendo quebradas. O Original não sabia o que havia acontecido, mas isso o preocupava, Niklaus era o tipo de pessoa que se irritava com facilidade, contudo, eram poucas as pessoas que o deixavam tão transtornado.

— Alguém precisa fazer alguma coisa. — Rebekah sentenciou sentada próxima à lareira apagada. — E quando digo alguém, quero dizer você, Elijah.

O Original suspirou, apertando os dedos uns aos outros.

Por séculos convenceu a si mesmo de que havia nascido para concertar os erros de Niklaus, apenas os dele. Seu ultimo milênio se baseou em abdicar suas próprias vontades em prol das do irmão, perdeu as contas de quantas foram às vezes em que sujou as mãos de sangue, que dormiu sobre o teto inimigo e se corrompeu para que o tão sonhado poder absoluto sempre escapa-se entre os dedos de Niklaus. Foi um milênio agitado.

Elijah não precisou terminar o lance de escadas para ter certeza de quem era o responsável por atormentar o hibrido. Sentado com as costas apoiadas na porta de seu quarto estava um raivoso Niklaus, seus olhos tremulavam em ódio, o azul cristalino banhado em fogo.

— O que houve desta vez, Niklaus? — perguntou polidamente.

O hibrido não respondeu de imediato, ao invés disso, apertou os dentes os fazendo ranger, enquanto permanecia na mesma posição. E, em questão de segundos, ele havia desaparecido no ar, usando sua velocidade sobre-humana para chegar à porta de entrada antes dele. Elijah o acompanhou barrando sua saída da mansão, pois, de uma coisa ela tinha certeza, Niklaus não deixaria aquela casa antes de lhe alguma explicação.

— Sai da minha frente, irmão. — rosnou aborrecido, forçando um passo a frente. — Este assunto não lhe interessa.

— Pelo contrario, Nik. — a única mulher da família se intrometeu, parando ao lado do irmão mais velho. — Não só interessa a Elijah, como a mim também.

— Feche a boca irmãzinha, antes que faça isso por você. — ameaçou o hibrido com o rosto transtornado.

— Vai fazer o que, Niklaus? — provocou com um sorriso de escarnio. — Me enfiar aquela adaga outra vez? Prender-me naquele caixão por mais cinquenta anos?

— Rebekah, acalme-se. — Elijah pediu calmamente, colocando a mão sobre os ombros da irmã. — Estamos tentando ajuda-lo, Klaus. Não compreende isso?

— Não preciso da ajuda de vocês. — cuspiu as palavras empurrando os ombros de Elijah e passando pela porta.

Rapidamente o som do motor de um carro ecoou por seus ouvidos sensíveis. Elijah baixou os olhos encontrando os azuis de Rebekah, a mesma mantinha uma sobrancelha arqueada e o rosto retorcido em preocupação.

— Acha que é algo com Genevieve? — perguntou pensativa.

— Não, ele não teria ficado daquela forma. Pelo contrário, teria cruzado esta porta sorrindo por tê-la matado da forma mais dolorosa que encontrasse.

— Elijah, tem algo que eu não saiba? — Rebekah não escondeu a rudeza de sua voz.

— Temo que deva manter-se longe deste assunto, irmã. — aconselhou sério, pousando uma de suas mãos sobre o ombro da caçula. — Mas se for o que penso, Niklaus irá se destruir outra vez, contudo, levará alguém junto dele.

[...]

Hotel, New Orleans — 08:03AM

Holly respirou profundamente enquanto se embolava um pouco mais ao corpo quente ao seu lado. O cheiro lambiscado impregnando em sua pele, enquanto a barba por fazer arranhava seu pescoço a fazendo sorrir. O peso do corpo de Craig há afundava um pouco mais entre os lençóis perolados, formando um laço em suas pernas que ela não ousaria desfazer. Holly admitia a si mesma que tudo havia acontecido rápido de mais, foram poucas conversas trocados e um desfecho intenso. Contudo, ainda sim, sentia uma conexão estranha entre seus corpos, uma força maior que a empurrava em sua direção, como se algo mais forte que sua existência desejasse que ela o pertencesse. Na noite anterior, o desejo que lhe queimou a pele fora incontrolável, muito além de o suave arrepiar entre um toque e outro. Quando conectados naquela forma, uma corrente elétrica dançava entre seus corpos, atraindo um para o outro, fazendo com que ambos desejassem mais e mais, uma sede sem fim que dominava seus membros e os retorcia quando o prazer os deleitava.

Era estranhamente familiar estar nos braços de Craig, alguém que ela não sabia nada além do nome. Mesmo que vasculhasse cada uma de suas memorias, não encontraria uma parecida com aquela. Holly não era como as outras mulheres bem resolvidas que podiam se envolver sem nenhum traço sentimental, Holly tinha a necessidade de sentir algo por seu parceiro, precisava entregar sua alma, antes de seu corpo. Contudo, tudo em Craig parecia ter sido feito para ela, desde a voz a as formas do corpo, exatamente tudo. Como se ele fosse presenteado com um manual, antes de encontra-la ou, como diria Tabita, talvez ele fosse sua alma gêmea. A presença daquele homem deitado ao seu lado era algo que Holly jamais poderia explicar, pois trouxera tantas coisas consigo. Em apenas vinte e quatro horas juntos, sua energia corria por suas veias e desde a primeira troca de olhares que não o tirava da cabeça, contudo, o que mais lhe irritava era o estranho fato de que desde o pequeno toque de suas mãos, seus sentidos pareciam avisa-la e dispostos a mantê-la longe de qualquer um. O primeiro sinal havia sido Klaus, que em um primeiro momento lhe pareceu tão cortes e charmoso, mas, a momentos atrás, seu sorriso lhe parecia o de um tubarão. Seus olhos não pareciam mais carregar uma sombra de mistério e sim uma de maldade, algo que preenchia não só o gelo de seus olhos e mais seu coração oculto por sua educação refinado e seu sotaque que lhe acariciava os ouvidos, causando um frisson em seu estômago. Antes tudo lhe parecia belo e colorido, mas havia se transformado em sorrisos falsos e olhares perigosos. Após encontrar os olhos sinceros de Craig, Nova Orleans parecia ter ganhado uma nova forma, mas sombria e perigosa a seu ver.

— Bom dia. — a voz masculina lhe arrepiou a pele quando murmurada assim tão próximo.

Holly sorriu, fechando os olhos, enquanto se deleitava com tal sensação.

— Ótimo dia. — admitiu ainda sorrindo.

Sentiu o sorriso de Craig se desenhar em contato com sua pele e depois distribuir beijos molhados, contornando seu pescoço em direção aos seus lábios. Holly não afastou quando seus lábios se aconchegaram entre os seus, muito pelo contrario o aceitou de bom grado e sorriu junto a ele, deixando tudo ainda mais gostoso. Não fora um beijo longo, pois foram interrompidos pelo som desagradável e importuno do celular de Holly, que insistia em gritar algo que ela não tentava distinguir. Contra sua vontade, afastou-se do parceiro e arrastou-se pela cama em direção ao criado mudo, desembolando-se dos lençóis até estar completamente nua.

No visor de seu Smartphone o nome "Papai" brilhava a levando a crer que deveria ter ligado no dia anterior. Estranho nenhum som de mensagem tê-la atrapalhado durante a noite, afinal, se fosse algo realmente urgente, Summer teria avisado a ela. Com cuidado e pedindo silencio ao homem ainda deitado, deslizou o dedo sobre a tela atendendo a ligação.

— Bom dia, papai. — saudou alegre com um sorriso doce em seus lábios.

— Estarei em Nova Orleans ao fim do dia. — anunciou com sua voz irritada. — Teremos uma conversa séria sobre sua viajem secreta, Holly.

Um arquejo deixou seus lábios após tal afirmação.

— Pai, eu posso...

— Deixe suas explicações para quando eu estiver ai. — interrompeu, elevando a voz.

Holly sentiu as palavras escaparem por entre seus lábios e lágrimas quentes inundarem seus olhos. Ambos permaneceram em um silêncio torturante por longos segundos, que mais apareciam horas.

— Estou em um hotel no French Quartel, próximo a uma loja de penhores e fantasias de carnaval, um pouco antes de uma praça. — sussurrou com a voz envergonhada.

Apos tal informação, o som da respiração de Leon se encerrou junto à ligação. Holly havia visto o pai irritado poucas vezes e nenhuma delas a fonte de sua ira havia sido ela, nem mesmo quando aprontava alguma com Summer. Leon era um homem doce que, em nenhuma hipótese, ficaria assim tão chateado com a filha por algo assim tão pequeno, mesmo que ela acreditasse que aquela pequena cidade contornada por pântanos escondesse mais coisas do que ela pensava ou poderia imaginar. Entretanto, seu pai parecia esconder mais coisas que aquela cidade, afinal, quantas verdades foram escondidas delas por tantos anos e do porque aquela cidade jamais fora citada. Naquele instante, Holly percebeu que não era a única ali que precisava de respostas. Todavia, ao sentir os dedos quentes de Craig desenharem círculos imperfeitos sob a pele de suas costas, a mesma eletricidade percorreu seus músculos enquanto sua mente era inundada por uma sensação estranha de prazer, algo em Craig a fazia se sentir completa e absorta de qualquer problema ou preocupação, pois em questão de segundos a ligação de seu pai e as dúvidas que rondavam sua mente desapareceram e, apenas, a ideia de ter Craig sobre seu corpo por mais algum tempo lhe ocupava os pensamentos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, o que foi isso, Tio Leon logo vai dar as caras em Nova Orleans e as Verdades secretas são simplesmente explodir.
As coisas começam a esquentar por aqui, só começam....
Bom, para a dona Vic Mikaleson que surtou com o capitulo anterior, espero que tenha se esclarecido um pouco essa forte relação entre o Craig e a Holly! Esse finalzinho vou todo dedicado a você e espero ter tirado ou lhe dado mais duvidas sobre tudo KKKKKKKK
Amores, comentem e me digam tudo o que acharam



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "All Hail the Queen" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.