All Hail the Queen escrita por Angie Hoyer


Capítulo 11
Família Original


Notas iniciais do capítulo

Hey baby's, como estão?
Hm, eu espero que bem. Bom eu não tenho desculpa alguma para ter demorado tanto. Na verdade eu ando meio desligada das minhas fanfics, essa em especial. Ando com tantas ideias para novas fanfics, acredito em que em pouco tempo eu poste alguma coisa nova. Maaaaaaas eu não vou abandonar a fanfic, é uma promessa auhsuahus.

Em vista dos outros capitulos eu ate que não demorei muito com esse, eu acho?! Tudo bem, foi mais um mês. Portanto agradeçam a Imperius por me ameaçar com algo que não me lembro, enfim!
Queria dar as boas vindas as lindas meninas novas ♥ E tambem Agadecer os comentarios.
Espero que gostem desse capitulo e como sempre o próximo capitulo vai demorar, o que não é nenhuma novidade. Eu ainda não estou com ele pronto.
Boa leitura.



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"Nada melhor do que descobrir um inimigo, preparar a vingança e depois dormir tranquilo"
—Joseph Stalin


New Orleans—19:45 Pm


Holly não conseguia esquecer os olhos castanhos esverdeados de Craig, aquela tonalidade tão singular. Repassava em sua mente as manchinhas de seus olhos que variavam entre o Âmbar e o castanho escuro. Suspirou ao mentalizar a intensidade que a encaravam, quase a engolindo. Um arrepio gostoso lhe subiu pela coluna desnuda, a fazendo torcer o pescoço e, mesmo após o banho, o aroma amadeirado de seu perfume, que impregnava a camisa jeans, ainda permanecia em sua pele.
Não sabia como e nem porquê de ainda formigar, desconhecia aquela força estranha de querer que ele a tocasse uma segunda vez. As vontades que se alastravam por cada milímetro de seu corpo não eram assim tão estranhas, havia as sentido poucas vezes e a maioria enquanto ainda era uma adolescente cheia de hormônios. Torceu os dedos, sentindo as fisgadas em seu baixo ventre, suas pernas tremeram e ela pôde sentir sua pele se arrepiar uma segunda vez. Com a respiração ofegante e o coração tão rápido quanto o de um cavalo, Holly pensou em dar meia volta e procurar por Craig em cada canto de Nova Orleans, que se danasse o jantar, que se danasse tudo. Holly queria, não, ela precisava de Craig e de suas mãos quentes.
Mas era um pouco tarde para desistir, seu punho já havia se chocado com a enorme porta de madeira avermelhada, mas ela ainda continuava a desejar correr dali o mais rápido que seus saltos lhe permitiam. De forma leve e bem sutil, a porta se abriu, silenciosa, os olhos azuis de Rebekah faziam um contraste perfeito ao seu vestido rosa chá.
— Holly, não é mesmo? — perguntou com um sorriso educado nos lábios pintados — Entre, já estávamos a sua espera.
— Obrigada — agradeceu entrando.
Holly não deixou de se impressionar em o quão bonito o contraste entre o antigo e o novo faziam, o claro e o escuro, a madeira e o vidro, os tijolos e o gesso. Aquele casarão parecia se harmonizar com seu oposto o tempo inteiro, como se as pessoas que ali viviam fossem diferentes ao ponto de misturarem seus gostos até mesmo na mobília.
O chão era feito de madeira envernizada em um tom escuro, quase preto, as janelas altas e feitas em arcos coloniais, lustres em seus tetos altos e forma de cúpula emoldurados com arabescos esbranquiçados. Os móveis em madeira rústica e um pouco antiga, ao longe ela podia escutar o fogo crepitar na lareira e as pesadas cortinas de veludo não se moverem um único centímetro, já que as vidraças permaneciam fechadas, deixando o ar quente e um pouco sufocante.
Rebekah permaneceu calada o percurso todo, parecia analisa-la de forma minuciosa com seus olhos topázio, percebendo a satisfação que ela encarava a decoração da casa. Pelo menos bom gosto a Labonair parecia ter. Para falar a verdade, Rabekah conseguia perceber o quão diferente dos demais lobos Holly era. A postura ereta, as passadas filmes e elegantes, o vestido de alta costura e o suave perfume — que Rebakah tinha certeza que era francês— doce que exalava de seu corpo, nem de longe parecia uma selvagem como aqueles lobos imundos que ela teve o desprazer de conhecer.
Também não deixou de perceber o quão diferente ela era de Hayley, desde a expressão suave a forma elegante e fina de se vestir, o oposto das roupas casuais e o rosto sempre carregando um sorriso debochado. Talvez Rabekah gostasse de ter Holly por perto, mas só talvez.
— Holly!— Hayley exclamou, vindo em sua direção — Você veio.
A loira não teve tempo de responder, pois inesperadamente foi rodeada pelos braços finos de Hayley, que sorria gloriosamente em sua direção. Holly não recuou, pelo contrário, correspondeu ao abraço da forma mais apertada e calorosa que conseguia, transmitindo toda a felicidade em estar ali com ela.
— Não deixaria de vir — afirmou, se soltando e ainda sorrindo.
— Vejo que minha convidada finalmente chegou — a voz forte soou no extremidade oposta da sala.
Klaus caminhava de forma elegante e excessivamente forte em sua direção. A ênfase em "minha" não passou despercebido por ninguém, nem mesmo por Holly que pareceu desconfortável com a afirmação, Klaus parecia ser um homem possessivo.
— Obrigada pelo convite, Klaus — agradeceu lhe oferecendo um sorriso.— Aliás, você tem uma bela casa.
— Eu que agradeço — respondeu sorrindo.
Algo parecia piscar em sua mente, como um aviso. O sorriso largo e cheio de dentes pontudos, se assemelhava ao sorriso de um tubarão prestes a abocanhar sua presa. E, pela primeira vez desde que o conhecera, Holly quis correr para longe.


[...]


New Orleans— 20:21
Boyol
— Querido, está tudo bem? — a voz acetinada fez o rapaz erguer os olhos.
Os olhos castanhos de sua mãe o encaravam com certa curiosidade, se afundou um pouco mais no sofá ainda encapado e desviou o olhos, encarando as inúmeras caixas da recente mudança. Suspirou longamente, acenando com a cabeça, não ousou olhar nos olhos da mãe, pois esta saberia que algo o perturbava. Não que lembrar e relembrar os olhos azuis safira de Holly lhe fizessem mal, pelo contrário.
— Craig, sou sua mãe e te conheço melhor que ninguém — afirmou, pondo as mãos na cintura.
— Sara, deixe o garoto em paz.
Richard apareceu no batente da porta de braços cruzados. O homem era tão grande que chegava a ser intimidador, os braços músculos e grandes como troncos de carvalho, a pele avermelhada. A expressão quase sempre séria e seus quase dois metros de altura afastariam qualquer um que se aproximasse, era quase um alerta de perigo estar próximo de homem tão grande e forte como ele. Mas não se deve julgar um livro pela capa. Muito pelo contrário, sua aparência robusta não condizia com o coração e caráter que lhe habitava.
— Rich, ele está disperso desde essa tarde — a mulher reclamou, estreitando os olhos.
— Não deve ser nada, querida.— sorriu, enquanto rolava os olhos e se aproximava da esposa.— Craig é crescido e, se houver um problema que ele não consiga lidar, vai pedir nossa ajuda, certo?
— Certo.— afirmou vagamente ainda sem encarar os pais.
Escutou os passos leves de sua mãe se afastarem com ela ainda reclamando e, de relance, a viu subir as escadas. No que seu pai tinha de grande e intimidador, sua mãe tinha de pequena e delicada. Sara poderia facilmente ser comparada a uma professora de primário, as roupas confortáveis e muitas vezes coloridas, somadas a sua baixa estatura e seu corpo magro a faziam parecer uma adolescente. Sorriu com o pensamento.
— Quer conversar?— Richard perguntou, se sentando ao lado do filho.
Craig dividia muitas coisas com o pai. Desde a aparência ao grande coração, a relação que ambos haviam construído durante anos, baseada em confiança os levou a um patamar muito almejado por pais e filhos. Richard muitas vezes deixava de ser o pai e se transformava no melhor amigo, aquele com quem você pode trocar confidências desde a perda de sua virgindade a um erro que tenha cometido.
— Não sei por onde começar — murmurou, voltando seus olhos um segundo vez na direção da escadas, certificando-se que sua mãe não os estaria espionando.
— Que tal o começo? — sugeriu, roubando a atenção do filho para si.
— Parece bobagem e coisa de adolescente, eu não sei. Mas não consigo tira-la da cabeça, simplesmente não consigo.— confessou, batendo as costa contra o sofá e fechando os olhos.— A cor dos olhos, o cheiro, a voz, minha mente fica repetindo isso o tempo inteiro como se quisesse que eu não me esquecesse daquela garota, como se eu devesse tentar encontra-la.
— Que garota?
— A conheci hoje de tarde quando fui a cidade, ela esbarrou em mim quando desviou de um poste de luz. Estava destraída falando ao celular.— resmungou, voltando seus olhos para os do pai que o analisavam.— Me sinto com quinze anos de novo.
— Aos quinze você era virgem.— brincou, sorrindo torto.
— Exato.
Richard analisou as feições do filho, ele parecia agoniado e se controlando para não correr dali. Conseguia enxergar o desejo e a necessidade que o filho parecia ter e controlar, Rich não havia visto aquilo em seu primogênito. Podia ser apenas desejo ou podia ser qualquer outra coisa.
— De fato, você parece um idiota falando dessa forma.— comentou, arrancando uma carranca do filho.— Qual é, Craig! Isso parece coisa de perseguidor, mas é compreensivo. Se você está com vontade de encontrar essa garota outra vez, então a procure.
Aquele nem de longe era o melhor conselho que seu pai já havia lhe dado, mas também não era o pior. Era uma noite de sexta, o centro estaria cheio, seria como procurar uma agulha no agulheiro, mas... Por que não?
Rapidamente o rapaz se ergueu do sofá, dando longas passadas pelo corredor, depois pulando os degraus para subir mais rápido.
— Sua mala está no quarto — gritou.
— Valeu.
Richard sorriu, sabia muito bem onde tudo aquilo acabaria. Afinal, ele havia sentido a mesma coisa quando colocou seus olhos pela primeira vez em sua pequena Sara, ainda sentia o mesmo palpitar no coração quando a via sorrir.


[...]


Mansão Mikaelson— 21:15
A colher de prata se movia em círculos imperfeitos na taça. Holly parecia distraída e muito longe dali, o sorvete de chocolate, que ela havia dito ser seu preferido, quase intocado, derretia lentamente, acumulando sua doçura no fundo. Pequenas gotinhas de água gelada escorriam pela taça de cristas em direção ao linho branco que revestia a mesa. Klaus trocou olhares com Elijah, olhares divertidos, Rebekah ainda tagarelava sobre tecidos finos e mal percebia que a convidada não a escutava. Um pouco desconfortável com a situação e prevendo um escandaloso se Rebekah percebesse tal falta de interesse de Holly, a morena sentada ao seu lado lhe cutucou a perna.
Os olhos azuis de Holly piscaram rapidamente, seus dedos se desprenderam da colher que produziu um barulho fino ao se chocar com o cristal. Rebekah não percebeu, mas Klaus segurou uma risada.
— ...fui ao Egito duas vezes e posso afirmar que nunca vi lugar tão cheio de cultura e costumes — a loira ainda tagarelava.— Já foi ao Egito, Holly?
— Hum, não. Nunca fui — respondeu sem graça.— Mas já visitei a Índia.
Rebekah parecia satisfeita com a resposta e logo voltou a tagarelar sobre as cores e sabores do mediterrâneo, mas, dessa vez, Holly as escutava.
— Rebekah, queria conversar com Holly um momento — Klaus a interrompeu.
— Mas estamos conversando. Eu ia contar sobre...
— Pode esperar, talvez em um outro jantar — ele a interrompeu, erguendo a sobrancelha.
Muito contrariada, a loira se calou, voltando a comer os morangos em sua taça. Klaus logo direcionou seus olhos azuis gelo, sorriu leve e indicou as escadas.
— A sós — sentenciou quando Hayley ameaçou se levantar — Gostaria de mostrar uma coisa a ela.
Holly não percebeu, mas, ao se virar e começar a seguir o homem, Hayley trocou olhares nervosos com Elijah que assentiu. Um pouco mais segura, ela voltou seus olhos a porta por onde eles haviam acabado de sumir, Elijah não permitiria que Klaus a machucasse e isso a deixava um pouco mais tranquila.
Klaus a guiou pelo corredores luxuosos e muito bem decorados até uma porta também em carvalho. Holly não entendia o que ele gostaria de lhe mostrar e, no fundo, isso lhe causava uma sensação não muito boa. Como se estar perto de Klaus Mikaelson fosse perigoso e, ao mesmo tempo, seguro. Afastou os pensamentos quando o clique da maçaneta se fez presente.
Não precisou entrar para saber que ali habitava um Atelier de pintura, o cheiro forte de tinta óleo a pegou em cheio. Um aroma que ela tanto sentia falta, conseguiu sentir a textura da tinta na ponta de seus dedos e a sensação gostosa que isso lhe proporcionava, naquele instante Klaus lhe trouxe um pedaço de casa.
— Pela expressão vejo que gostou — comentou o híbrido, sorrindo.
A sala era ampla e organizada. Pincéis sujos, copos manchados e inúmeras telas espalhadas por todo o cômodo, algo que ela esperava. As janelas eram altas e coloniais, assim como toda a casa, a madeira prevalecia no chão assim como o gesso nas paredes, quadros que não pareciam ser pintados por ele nas paredes claras e outros diversos enfileirados e apoiados nas mesas.
— Barroco — a loira apontou para uma pintura onde uma mulher não muito jovem parecia chorar.— Impressionismo, impasto. Alem de pintar é um grande colecionador? Eles são lindos.
— Obrigado — agradeceu, se aproximando sutilmente da loira.— Vejo que compreende muito sobre seu hobby.
— Na verdade, não é um hobby — corrigiu, se aproximando da mesa de madeira polida.— É o que eu faço, o que amo, esse é o legado que desejo deixar.
Klaus a acompanhou com os olhos, admirando sua ambição.
— Quer se tornar uma grande pintora.— refletiu.
— Quem sabe um dia chego ao nível de um Monet, Da Vinci, Ronier, Picasso.— brincou, se virando.
Um belo sorriso beijava seus lábios pintados de rosa. Holly era tão linda, nenhuma mulher que conheceu em todos os seus mil anos de vida chegava aos pés da beleza estonteante daquela jovem. Os traços delicados e harmoniosos, a beleza digna de um anjo que, naquele momento, não tinha ideia de que encarava um demônio. Antes que o Original pudesse dizer algo, o som estridente do celular da jovem gritou uma música desconhecida.
— Um minuto, me desculpe.— ela sussurrou, erguendo o dedo indicador apanhando o celular.— Summer?
— Jesus seja louvado, irei a igreja essa semana.— dramatizou.— Por todo o dinheiro que gastei em maquiagens, é tão difícil assim atender esse celular, Holly?
— Desculpe, disse que te ligava quando voltasse.— lembrou, se afastando até a janela.
Klaus ergueu uma sobrancelha, prestando atenção na conversa das duas.
— Disso eu sei, mas você sempre diz a mesma coisa.— bufou e Holly teve certeza que ela andava de um lado para o outro.— Eu entendo e até mesmo fui eu que incentivei sua ida a essa cidade, mas você precisa se manter atenta. Tio Leon está desconfiando, só hoje ele ligou quatro vezes aqui em casa.
A loira apertou os olhos, coçando a sobrancelha direita com a unha comprida pintada.
— Ele disse algo? — perguntou apreensiva com medo do que poderia ter acontecido.
— Para a sua sorte, não. Ele perguntou por você e apenas isso.— contou, suspirando.— Se você não me ajudar, como vou acobertar sua pequena viagem? Você não é assim tão desatenta, Holly. O que está havendo? É esse tal de Klaus?
Um sorriso quase imperceptível brotou sobre os lábios do hibrido, contudo o escondeu assim que Holly girou sobre os calcanhares e lhe direcionou um sorriso amarelo.
— Claro que não, que besteira.— rosnou ao escutar a melhor amiga gargalhar.— Te ligo no hotel, tudo bem? Ou talvez amanhã bem cedo.
A Labonair desligou sem esperar resposta, segurando o celular em mãos voltou a se aproximar do loiro que pendeu a cabeça para o lado com uma falsa expressão confusa.
— Desculpe, mas vou precisar ir.— declarou apressada, conferindo as horas no visor do celular — O jantar foi excelente agradeço por tudo e peço perdão por ir tão cedo.
Se Klaus não tivesse a certeza de quem Holly Labonair realmente era, acreditaria que ela havia sido transportada de outra época. A forma polida e a postura elegante, mostravam o quão educada ela era e poderia ser.
Klaus assentiu, acompanhando a mulher com os olhos até que ela lhe deixasse a sós em seu atelier. O homem respirou fundo, trincando os dentes, os passos apressados da jovem ecoaram até que ela finalmente alcançou a sala onde todos estavam, escutou as desculpas, o som de roupas se roçando, um estalado beijo na bochecha e, finalmente, a porta se fechando. Usando sua velocidade sobre-humana, o vampiro cruzou o cômodo, se aproximando da vidraça para observar a moça de vestido verde andar apressada até a saída.
Niklaus empurrou a trava, erguendo o vidro e foi nesse instante que uma rajada morna de vento lhe atingiu, a mesma carregava a fragrância adocicada da pele aveludada da mulher. Fechou os olhos registrando cada traço em seus pensamentos, quando voltou a abrir os olhos claros apenas os cabelos dourados sobre a luz artificial da rua ele pôde ver, logo a moça entrava em um táxi sumindo de vista.
E foi só neste momento que Klaus sentiu a fúria da interrupção. Abruptamente ele bateu o punho contra a mesa que rachou e, em seguida, veio ao chão. Rosnou feito um lobo e sentiu o líquido denso em suas veias ferver.
— Niklaus, enlouqueceu?— Elijah murmurou, adentrando o cômodo.
— Ela não pode deixar a cidade. Eu preciso dela aqui.— gritou enfurecido, caminhando em direção ao irmão mais velho.
— O que quer dizer com isso? — quis saber o Mikaelson mais velho.— O que está tramando, Niklaus?
— Holly Labonair, pode me oferecer muito mais do que pensa, irmão.— começou, transformando seus olhos azuis em fendas.— Genevieve a quer, eu posso dar e, em troca, eu ganho uma pequena ajuda. Eu tenho o que quero, Genevieve termina o ritual da colheita e todos ficam felizes.
— Menos a menina Labonair, suponho.— disse, movendo as mãos como sempre fazia.— O que disse sobre envolver a jovem menina nisso, Niklaus... Não entende que ela é apenas uma criança? Quantas vezes terei de repetir?
O híbrido riu de escárnio, quase cuspindo no chão onde pisava. Circulou o irmão, parando a sua frente novamente, com um sorriso debochado.
— O que eu penso que estou fazendo? Elijah, meu querido irmão. Quem lhe olha falando desta forma, nunca acreditaria nas coisas que já fez aos longos destes mil anos de solidão.— debochou, abrindo os braços.— Esta cidade é minha e faço dela o que bem entender.
— Deixe a garota em paz, Klaus. Ela não sabe de nada.— rosnou o mais velho.— Esta cidade pode ser sua, não por direito, é claro. Mas isso lhe dá o direito de acabar com a vida de uma jovem como ela?
— Não por direito? — riu tão debochado quanto antes.— Eu construo tudo isso, Nova Orleans não seria nada além de um pedaço de terra sem mim, irmão.
Elijah o analisou melhor. Aquela irritação sem motivo e a estranha maneira de agir quando próximo a menina Labonair. Era demasiadamente estranho, Niklaus não agia daquela forma com ninguém, nem mesmo com ele. Havia mais alguma coisa escondida entre as palavras ácidas de Klaus, um motivo a mais, um porquê de tudo aquilo. Não era só por poder ou um favor, Niklaus não fazia favores menos ainda para bruxas.
— Não pretende entrega-la não é mesmo, Niklaus?— perguntou mesmo já imaginando a reposta.— Ela é valiosa para você, por isso ainda não a arrastou pelos cabelos até Genevieve. O que quer dela? O que há de tão importante naquela menina?
— Nada.— O Original hesitou.— Absolutamente nada, só estou esperando o momento certo. Quero que vá por vontade própria, sofrerá menos e me poupa os ouvidos.
E, mais uma vez, o mais velho dos Mikaelson viu o irmão abandonar a sala com as costas tensas e a cabeça cheia. Contudo, Elijah tinha uma única certeza, Niklaus não entregaria Holly Labonair a Genevieve assim tão fácil. Havia algo de valioso na garota, algo que Niklaus gostaria de ter para si. Os pensamentos do homem de terno voaram para a última conversa com o irmão e não era apenas aquilo. Nikaus desejava o poder supremo sobre aquela pequena cidade pantanosa e com a Labonair ao seu lado tudo seria possível, todavia Niklaus a desejava de uma outra forma, algo maior grandioso e Elijah desejava que ele não se machucasse ainda mais naquilo tudo, viu seu irmão quebrar tantas vezes durante os anos, pensava que talvez o híbrido não aguentasse mais.
Com os ombros pesados, ele abandonou o quarto não sem antes observar a pintura de uma mulher de lindos cabelos dourados, seu rosto escondido pelas sobras e suas costas desnuda revelando até bem próximo a curva de sua bacia. Conseguia sentir a paixão ao qual Niklaus havia posto ao pintar tais traços, tão femininos e singulares. Mesmo que negasse, Holly Labonair não deixava os pensamentos do híbrido e apenas se refletia na pilha de papéis amassados próximos a lixeira.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês gostado desse capitulo tanto quanto eu. Não tenho muito o que comentar sobre ele, as coisas começam a esquentar auhsuahsu Se que vocês me entende!

Espero que tenham gostado.
Mille baci...



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