All Hail the Queen escrita por Angie Hoyer


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey Loves. Espero que gostem dessa Fanfic tanto quanto eu estou amando escreve-la.Bom uma ótima leitura a todos vocês.



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All my friends ask me why I stay strong
Tell 'em when you find true love it lives on
Ah, that's why I stay here

Dark Paradaise-Lana Del Rey

New Orleans - U.S.A  

6 de Julho de 1990-18:45 PM  

A lua brilhava com intensidade naquela noite de verão, as luzes dos estabelecimentos coloriam a cidade, o Jazz ecoava por cada canto e os boêmios se espalhavam pelos bares. Aquela não passava de uma típica noite de Nova Orleans, uma cidade a qual transpirava alegria e sorrisos, onde os turistas se divertiam.

Porem Nova Orleans não era apenas alegria e boemia, por trás de cada sombras e a curva de cada esquina se escondiam segredos, seres os quais para a maioria das pessoas só eram reais nas piores historias de terror. Monstros sugadores de sangue, feiticeiras inescrupulosas e homens os quais se tornavam bestas ao cair da noite.

Nessa mesma cidade, na mesma noite, uma jovem usava suas ultimas forças para contemplar a maior dadiva da natureza. Escondida entre a floresta, uma velha cabana a abrigava, os gritos ensurdecedores de dor arrepiavam a todos os presentes no casebre. A jovem Brooke Labonair dava a luz a sua primeira filha, fruto de um romance proibido com um simples humano, um romance condenado pelos mais velhos.

Uma jovem promissora do mais antigo Clã de lobisomens, gravida de um humano, entretanto, Brooke não se importava. Fugiu de um casamento arranjado, arrumou um emprego no centro e juntou alguns trocados. A menina de apenas vinte anos, unicamente tinha um pequeno apartamento alugado, fora o curto salario de garçonete pode lhe oferecer e um endereço em mãos.

Ela não desejava muito, nunca desejava. A única coisa a qual exigia era a felicidade, a mesma só pedia isso e um casamento arranjado com um homem de um clã amigo não era exatamente o que almejava. De espirito livre e personalidade forte ela se decidiu.

Nos braços de um estrangeiro Brooke se encontrou, com Leon ela deixava de ser a garota a qual morava no pântano e se tornava apenas Brooke. Eles planejaram ir embora, prometeu-a apresentar o mundo se assim ela quisesse, viveriam juntos e seriam felizes. Pobres corações apaixonados, o destino era ardiloso. E o deles já estavam traçado.

A porta do casebre se abriu em um rompante, e por ali um rapaz de aparência jovem entrou. Os cabelos loiros bagunçados, a face vermelha e molhada pelo suor, as roupas sujas de lama e um lindo sorriso em seus lábios. No instante o qual os grandes olhos castanhos encontraram com os azuis um sorriso cansado iluminou o quarto. O jovem prontamente se aproximou agarrando a mão suada da amada, dando leves beijos ali. Brook estava cansada, esgotada, contudo, faria o impossível por seu mais bem mais precioso.

Lisa, a irmã caçula da jovem mãe, observava cada movimento dos dois, os olhos brilhantes e apaixonados, o jeito gentil o qual ele a segurava e o sorriso largo nos lábios. Um dia Lisa desejava encontrar um homem o qual a olhasse daquele mesmo modo, e nem por um segundo se arrependia de ter enfrentado a todos e sair em defesa da irmã.

— Vamos querida, empurre. — A senhor de cabelos grisalhos incentivou.

A morena fechou os olhos com força e forçou. Trincou os dentes devido a dor aguda em seu ventre, mas não parou. Estava quase lá, sua garotinha estava vindo. No entanto a dor não parava de aumentar e logo suas costas foram ao encontro com o colchão macio, o ar era quente e seus pulmões gritavam. Tinha a sensação de não aguentar, um apertou em seu peito comprimiu seu coração. Brooke procurou pelos olhos verdes da irmã e quando os encontrou viu preocupação, assim como nos da ama.

— Leon... — Sua voz cansada não passava de um leve sussurro.

As lagrimas no rosto do homem escorriam livremente. Algo estava acontecendo, Brooke podia sentir, sua doce e pequena menina estava em risco.

— O que esta acontecendo. — Seus olhos varreram o quarto em busca de respostas. — Alguém pode me dizer?

Ama e Lisa trocaram olhares, a jovem de dezoito anos correu para fora aos prantos. A loba não entendia o que de tão ruim poderia acontecer para deixar sua irmã daquele modo. Mas o seu recém-adquirido instinto maternal lhe dizia o quão errado aquela noite acabaria. Com determinação Brook ergueu o rosto olhando profundamente nos olhos da Ama.

— Se tiver que escolher. Salve-a. — Leon se assustou ao seu lado. — Não importa como, salve a minha menina.

Mesmo não concordando, Leon não contestou, seu coração sangrava com a possibilidade de perdê-la, sua doce Brooke, a única mulher por quem seu coração bateu mais rápido. Ela não podia deixa-lo, não agora, pois eles finalmente seriam felizes juntos. Logo os gritos retornaram, a jovem Labonair havia feito sua escolha, sem medo e com convicção.

Leon tentava não escutar os gritos de agonia enquanto fechava os olhos, Brook tinha a sensação que o local parecia ficar menor a cada segundo, seus pulmões doíam e em seu coração se abria um buraco. E no mesmo momento o qual Lisa entrava outra vez no casebre, Leon o deixou. A dor da amada parecia atingi-lo e se multiplicar em seu corpo.

Quando seus pés tocaram o solo lamacento do pântano, o mesmo deixou o seu corpo cair. Não se importou com a terra a qual sujava suas roupas e muito menos os pares de olhos os quais o encaravam. Os gritos vindos da cabana de madeira pareciam mais altos, e em uma atitude desesperada Leon tentou se concentrar em qualquer coisa que não fossem os mesmos. Aspirou o ar úmido da floresta, o sentindo refrescar seus pulmões, o cheiro de agua e madeira invadiram seus sentidos. Lembrava-se com clareza do aroma amadeirado a qual a pele de Brooke exalava, era algo como chuva fresca, grama e carvalho, algo tão natural e tão convidativo.

Os minutos os quais mais pareciam horas se passavam lentamente, todavia assim que a voz chorosa de Lisa ecoou por seus ouvidos, Leon soube: a hora havia finalmente chegado. E internamente ele rezava para que tudo tivesse dado certo.

Quando seus olhos pousaram na figura cansa da mulher, ele quase desistiu. A quantidade de sangue nos lençóis brancos era abundante, não era medico, entretanto sabia o significado. Aproximou-se com cautela, viu o pequeno e frágil embrulho nos braços pálidos da namorada, seu rosto parecia alguns tons mais claros, os lábios antes vermelhos sangue, estavam em um tom a qual Leon não sabia distinguir.

— Olha, é o seu papai. — Leon não percebeu, contudo já chorava. — Diga oi Holly.

No instante o qual ele finalmente contemplou o rostinho da filha, se amaldiçoou por ser egoísta ao ponto de deixar Brooke sozinha. Ela tinha ralos cabelos loiros, um rosto pequeno e redondo, mas o que o deixou maravilhado foi com toda certeza o nariz e os lábios, estes eram idênticos ao de Brooke. Os pequenos olhinhos tremeram e a boquinha se abriu em um bocejo cansado, porem os olhos se abriram. Azuis. Sua filha tinha os mais lindos olhos azuis, idênticos aos seus. E estes brilhavam com intensidade.

— Ela claramente é uma Bernasconi, na aparência. — Brooke declarou com os olhos brilhantes. — Loira e olhos azuis. Mas eu tenho certeza que o sangue é totalmente Labonair.

Leon não deixou de sorrir.

— Promete que vai cuidar dela? Promete que vai ama-la como se fosse o maior dos tesouros? — Brooke falava aquilo com lagrimas nos olhos, enquanto abraçava com força o pequeno e frágil corpo em seus braços. — Leon a ame, de carinho e atenção. Esteja ao lado dela em todos os momentos, diga não a ela, de broncas se for necessário e a eduque da melhor forma a qual puder e principalmente quero a faça feliz.

O rapaz, não sabia o que dizer, e nem precisava. Leon não precisava prometer aquelas coisas, ele as faria de qualquer jeito. Holly era sua filha, sua menina.

— Prometo. — Concluiu como um suspiro. — O que eu digo a ela?

Aquela pergunta não precisava de explicação, apenas meias palavras. Brooke suspirou e encarou por uma ultima vez Leon e depois colou seus olhos na filha, a qual dormia em seus braços.

— A verdade sempre aparece, não importa o quanto você tente esconde-la. — Explicou sabiamente. — Diga na hora certa, ou simplesmente a deixe descobrir. Leve-a para longe, as bruxas estão incontroláveis. Crie Holly em segurança, Nova Orleans não é um bom lugar para ela, Marcel esta incontrolável.

Leon somente assentiu se bem lembrava ele era o vampiro responsável pela cidade. Auto se denominava rei, Leon preferia tirano. Já as bruxas, elas realmente eram um problema. Brooke havia lhe contado algo como equilíbrio dos mundos, Leon não se recordava de direito.

— Eu te amo, Brooke. — Murmurou enquanto colava seus lábios aos dela. — Mais que qualquer coisa.

— Eu também. — Sussurrou fraquinho. — Eu te amo Holly.

E aquelas haviam sido suas ultimas palavras, algo como um ultimo suspiro. Leon não se memorizava de ter chorado tanto quanto naquele dia, havia perdido Brooke para sempre, no entanto naquela mesma noite ele havia ganhado Holly. Leon nunca pensou poder amar alguém como já amava a filha, era algo tão intenso, tão forte. O mesmo sentia que o mundo era um lugar minúsculo perto de seu amor por Holly. E com seu bem mais precioso nos braços o rapaz deu seu ultimo adeus a sua doce Labonair, se despediu da única amiga, a cunha Lisa e seu namorado e do padre O'conell, o qual havia falado algumas palavras de conforto no enterro. Nenhum outro parente apareceu, todavia isso não mudava alguma coisa. Naquela tarde ele não deu as costas apenas para o cemitério, deu as costas para Nova Orleans. Não se importou nem por um segundo com as perguntas às quais teria de responder quando voltasse para casa com um bebe no colo.

A única preocupação naquele instante era como cuidaria dela sem Brooke. Tinha certeza que daria um jeito, sempre dava. Aprenderia a trocar fraldas, a dar banho, arrumar cabelos e tudo que fosse necessário. O mais importante daquele instante era: um pedaço dele e de Brooke, a prova de todo o amor a qual Leon sente por ela estava ali em seus braços.

— Tudo vai ficar bem Holly, eu prometo. — Sussurrou o homem com convicção.

Holly pareceu intender, pois fechou os olhinhos azuis e voltou a dormir. A partir daquele momento era apenas Leon e a filha. Holly seria feliz, plenamente feliz do mesmo modo o qual prometera a Brooke.


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Notas finais do capítulo

Bom, esse é só o começo espero que tenham gostado e comentem :)Mille baci ♥