Crônicas dos Elementais escrita por btfriend


Capítulo 29
Partida




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Gustav observava de maneira, debruçado numa janela, o céu estrelado. Não tinha conseguido descansar desde a conversa com Sylvie e ansiedade para deixar aquela cidade estava tomando conta dele. Não tinha o que levar, então só faltava mesmo a coragem de partir. A mesma coragem que ele tivera anos antes quando decidiu deixar parte de sua família para trás e prosseguir com sua vida. Porém, dessa vez, apesar de semelhantes, os motivos eram maiores.

O quarto improvisado que ele se encontrava, ao alto da construção, não era nada confortável. Um monte de palha havia sido coberto com um grosso tecido a fim de criar uma cama onde pudesse repousar. Gustav não podia reclamar, pois foi nela que passou longos dias recuperando-se do veneno lançado nele. Uma muda de roupas tinha sido dobrada ao lado da cama, caso decidisse trocar suas vestes. E sua espada longa, objeto que sempre carregava consigo, refletia a luz da lua sob uma prateleira de madeira pregada nas paredes de pedra.

"Hora de partir", falou consigo mesmo.

Lutava com a vontade de ver o filho mais novo, mas sabia que isso seria pior para os dois. Teria que explicar muita coisa e, quanto mais tempo passasse com seu filho, talvez, fosse mais difícil querer deixá-lo novamente.

Pegou sua espada, já embainhada, e a prendeu na cintura. Ainda sentia dores no local em que havia sido atingido, então esperava não ter que fazer nenhum tipo de esforço físico desnecessário até chegar a Balchmont. E seria uma longa caminhada até lá.

Abriu a porta de seu quarto e passou por um pequeno corredor até chegar na escada. Desceu evitando fazer qualquer tipo de barulho. Apesar de não ser uma fuga, queria evitar ficar causando alardes na sua partida.

Chegou a porta que dava ao corredor do térreo e abriu.

— Achou mesmo que ia sair sem se despedir. - disse uma criança com olhos brilhantes que mais pareciam lanternas naquele corredor escuro.

— Não foi exatamente isso que eu pensei. - retratou-se Gustav.

— É, eu sei. - respondeu o Oráculo. - Assim como eu sei que se for andando, levará muito mais tempo para chegar em seu destino. Um dos meus guardas conseguiu um cavalo emprestado para você. Creio que tenha experiência com montaria.

— Sim, eu tenho. - afirmou. - Mas não entendo por que você está me ajudando tanto.

— É meu dever para com essa cidade. Minha função, digamos assim.

— Mas eu não faço parte daqui. Logo não tem essa obrigação comigo.

— Você não faz. Sylvie mora aqui. Seus filhos moram aqui. - argumentou a criança. - Considere isso uma forma de ajudar a eles.

— Achei que você não pudesse interferir nos acontecimentos. - lembrou Gustav.

— Algumas coisas já estão fadadas a acontecer, de um jeito ou de outro. Já falei isso antes. No momento, você precisa chegar a Balchmont. Tudo o que eu fiz, foi arranjar um jeito mais rápido. O que vai acontecer a partir disso, aí é com você.

— Como se você já não soubesse o que vai acontecer comigo.

— Talvez eu saiba, talvez não. - disse. - Porém como você não mora aqui, não é meu dever lhe passar essa informação, certo? Você já falou que estou te ajudando muito.

— Ajuda sempre é bem vinda. Se quiser continuar, estou aceitando! - brincou o guerreiro.

— Sua vida atualmente está ligada à despedidas. Já fez isso no passado, está fazendo agora e terá que fazer isso, de forma maior, no futuro. Apenas esteja preparado.

— O que você quer dizer com isso? - perguntou Gustav preocupado com o que tinha acabado de ouvir.

— Que talvez não devesse alongar essa despedida agora e partir. Está perdendo tempo aqui. Vou descansar um pouco. - despediu-se o Oráculo. - Tenha uma boa viagem.

A criança saiu em direção a porta e fechou-a, dando para escutar estalos do trinco da parte interior, deixando o guerreiro mais pensativo do que já estava antes de sair dali.

Infelizmente, Gustav não tinha muito tempo para analisar as palavras preocupantes que tinham sido profetizadas a ele. Precisa concretizar o que lhe havia sido destinado no momento. Chegar em Balchmont. Era sua meta temporária e iria alcançá-la.

E assim, o guerreiro deixou a cidade do mesmo jeito que havia chegado. No meio da noite, sem ninguém vê-lo. Muito menos aqueles que tinha vindo visitar.

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Já havia passado da hora do almoço, onde Tyler e Clair tinham desfrutado de uma deliciosa refeição preparada por dona Ana. Ela havia preparado um almoço de despedida para seu neto. Tinha pedido para Auster achar algo na floresta para que ela pudesse cozinhar. E foi assim que o refogado de cordeiro tinha se tornado o prato principal daquele início de tarde.

Dona Ana não estava contente de ver o neto partir. Seu coração de avó ainda não havia sido recompensado depois de tantos anos sem vê-lo e, ter que assisti-lo indo embora mais uma vez, ainda mais sob as circunstâncias que estavam acontecendo, não ajudavam- na a lidar com tais sentimentos. Queria ter mais tempo  com Tyler, saber notícias de Sylvie, contar histórias engraçadas e embaraçosas sobre sua filha. Gostaria de desempenhar seu papel de avó que não pudera antes, pois faltara-lhe oportunidade.

Tyler estava guardando suas coisas. Estava deixando Valmees e levando consigo não só bens materias, mas, também, uma bagagem de conhecimento que havia adquirido num tempo menor do que deveria. Pegou suas espadas, dadas por Byron, e carregou-as nas costas. Vestia um traje semelhante aos dos caçadores do vilarejo, que havia recebido de presente do seu tio Carsen. Não era muito de seu agrado aquele tecido mais colado ao corpo, mas sentia-se muito melhor em realizar certos movimentos.

— Vamos logo, Clair! - apressou Tyler. - Quanto mais cedo sairmos daqui, mais rápido chegaremos em Balchmont. A viagem será longa!

— Calma! Estou ajeitando minhas coisas. Tenho que guardar esses livros. Não quero que nada aconteça com eles. - alertou. - Pelo menos não agora que eu seu da importância deles.

Clair também havia ganho um traje de presente. Dahlia quem havia dado como forma de agradecer por não ter contado a Tyler sobre o incidente com Artie. Claro que a caçadora aproveitou a chance para dar suas clássicas alfinetadas, alegando que as vestes dariam um jeito na vagarosidade dos movimentos de Clair. A jovem preferiu aceitar o presente de bom grado e ignorar o comentário desnecessário.        

— Desde que chegamos aqui, você não fez nenhum tipo de treinamento físico. - lembrou Tyler ao ver o bastão de Clair. - Não vejo a necessidade de estar essa roupa a não ser que precisemos fugir de alguma outra criatura no caminho. - riu ao terminar de falar.

— Cada um aprendeu o que gostaria. Tenho certeza que me mostrarei útil na hora certa. - retrucou Clair. - Você foi ajudado por seus parentes aqui presentes no momento e eu fui ajudada por minha mãe através desses livros. De uma maneira mais indireta, claro.     

— E o que foi que você aprendeu? - perguntou curioso.

— Prefiro aguardar. Ainda preciso aprimorar. Quem sabe ao chegarmos em Balchmont eu consiga arranjar algum tempo para fazer isso.

Ambos deixaram suas acomodações fornecidas gentilmente por dona Ana e foram em direção à entrada. A senhora já os esperava com um sorriso no rosto, mas entristecida por dentro. Entregou um embrulho para seu neto.

— Espero que faça bom uso. Não gostaria que você passasse fome durante sua viagem. - disse ela com uma voz pesarosa. - São apenas alguns agradinhos. Uns pedaços de bolo e algumas frutinhas para se alimentar direito.

— Obrigado, vó! - respondeu encabulado. - Pode deixar que comerei direito, e, ainda voltarei um dia para repetir.               

— Claro que vai! Eu tenho certeza! E você sabe, intuição de avó nunca falha. - virou-se para Clair. - A senhorita também pode aproveitar. Tem mais que o suficiente ali. É sempre bom colocar a mais do que ficar faltando no final.

— É verdade. A senhora tem toda razão. - concordou Clair. - Não iremos deixar nada estragar.

— Acho bom mesmo. Mas deixem de papo, crianças! Vão logo! - apressou-os. - Precisam achar um lugar para descansar quando escurecer. Não podem ficar desprevenido ao relento por aí.

— Sabemos disso, dona Ana. Por essas e outras razões que Dahlia está vindo conosco. - explicou a menina. - Criada aqui, ela não vai decepcionar.

Tyler abraçou sua avó e partiu em direção à entrada da Valmees. Dona Ana observava o neto parada na varanda, igual sempre fazia quando Sylvie ia para alguma caçada.

Dahlia os esperava de forma impaciente. Foram recebidos com resmungos e com uma cara franzida de reprovação. Já estava ali faziam alguns minutos e paciência nunca havia sido seu forte.

— Até que enfim chegaram! Estava me perguntando se realmente iríamos sair daqui hoje!

— Estávamos carregando nossos suprimentos. Ou você queria ficar sem nada para comer durante nossa caminhada? - retrucou Tyler.

— Não ficaríamos com fome porque sei arranjar comida pela floresta! - esbravejou. - Mas não teria motivos para dispensar a comida feira por dona Ana. - admitiu, por fim.

— Então foi por uma boa causa. Pare de reclamar e vamos! - disse clair.

— Sim, vamos! Espero que vocês não me atrasem. Ou melhor, não se atrasem. Porque, no final das contas, o interesse é todo de vocês.

Tyler e Clair se entreolharam e perceberam com o que teriam que lidar durante toda a viagem. Assim o caminho que eles tinham que percorrer,  com certeza, pareceria mais longo do que realmente era.

Os jovens deixaram os muros de raízes aéreas de Valmees com o sol brilhando fortemente acima de suas cabeças. Esperavam que a próxima vez que estivessem seguros dentro de algum local fosse dentro das muralhas do castelo de Balchmonte.

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O silêncio na casa tinha sido quebrado por uma sequência de batidas na porta.

Sylvie tinha passado a manhã inteira, junto com seu filho mais novo, decidindo o que levaria para Valmees nesse primeiro instante. Sabia que não conseguiria levar tudo de uma vez, então optou por levar somente o essencial para o momento, como algumas mudas de roupa para ela e Trent e alguns lanches para fazer pelo caminho. Pretendia sair de Awalles o mais rápido possível e, como o caminho para o vilarejo não era desconhecido a ela, imaginava que conseguiria chegar quando estivesse anoitecendo, se andasse num ritmo mais acelerado.

Como  não estava com muitos afazeres, não demorou para atender a porta.

— Bom dia, senhorita Sylvie. Entrega para você. - disse um homem com uma vestimenta de metal que ela já conhecia muito bem.

A última vez que tivera um guarda do oráculo em sua porta, tinha rendido uma série de reflexões e revelações que ela, certamente, não estava esperando. Além disso, antes os guardas tinham vindo buscá-la, deixando-a assustada e apreensiva, mas agora carregava um pequeno embrulho, que ela já estava aguardando de forma ansiosa desde o dia anterior.

— Ah, obrigada. - respondeu Sylvie gentilmente enquanto pegava o objeto das mãos dos guardas. - Tenha um bom dia!

O guarda fez uma breve reverência, virou-se e foi embora. Sylvie, estranhamente, já havia conseguido se habituar com a forma sucinta com que eles faziam as coisas. Só falavam se sentissem necessidade disso e só respondia o que consideram indispensável. Se pudessem evitar qualquer tipo de diálogo, preferiam continuar calados.

Entrou, sentou-se no sofá e examinou o que havia recebido. Ao que ela podia perceber era algo pequeno, envolto num tecido amarronzado que era segurado por um corda presa com um nó. Não tinha como ter noção do que podia estar ali dentro.

Sem hesitar, desfez o nó e foi abrindo o tecido com bastante cuidado. Não queria danificar o que tinha acabado de ganhar de presente. Esticou o tecido em seu colo e revelo o conteúdo. Um pingente e um pequeno pedaço de papel contendo poucas palavras.

 

"Lá fora não mais serei responsável por você, então estou transferindo essa tarefa para outro. Espero que isso a faça encontrar sua força interior e não precise de um quadro para relembrar suas origens. Use com sabedoria!"

 

Ao terminar de ler, observou o pingente com mais atenção.  Não sabia exatamente o que era, mas já tinha visto coisas assim durante sua vida de caçadora e, além disso, ficou responsável por dois objetos semelhantes por muito tempo.

O pingente tinha um formato de serpente enrolada em formato circular. No centro estava a cauda, enquanto seu corpo dava três voltas completas até terminar na cabeça, onde uma pedra verde-oliva brilhava no lugar dos olhos.

Sylvie espantou-se. Num rápido impulso, levantou-se e ficou encarando o quadro que ficava em sua sala. Lembrou-se da época que aquele quadro tinha sido pintado e entregue de recordação para ela. As memória de quando tinha enfrentado aquela criatura ressurgiam em sua mente e seus olhos ora fixavam-se no quadro, ora no pingente.

Dentre todas as suas experiências como caçadora, essa era uma das que mais lhe marcou. Havia passado por missões como membro dos Caçadores do Rei e se livrado de várias criaturas, mas aquela serpente lembrava-a da primeira vez em que se sentiu encurralada e sozinha numa missão. Era um dia que ela não gostava de se lembrar, mas agora iria carregar sempre consigo e tentaria usar isso como estímulo.

— Mãe, era quem você estava esperando? Já podemos partir? - gritou Trent do seu quarto fazendo com que Sylvie saísse do transe em que estava.

Trent demonstrava estar empolgado em ir para Valmees. Ele nem sequer apresentou objeções quando sua mãe contou-lhe que precisavam fazer uma visita de emergência a sua mãe. A ideia de sair do que ele considerava ser uma bolha de proteção já era o suficiente pra lhe trazer certa euforia. Não gostava se sentir-se preso ali em Awalles e agora teria a oportunidade de conhecer um local diferente.               

— Sim. Já estamos com tudo pronto. Só estou te esperando! - respondeu a mãe ainda pensativa enquanto segurava o amuleto.

Mal acabou de responder, Sylvie escutou passos apressados descendo as escadas. Ele estava com seus cabelos desgrenhados na altura dos ombros, como se não tivesse tido tempo para penteá-los ou prendê-los. Seus olhos, castanhos claros, tinham um brilho de animação que a mãe nunca tinha visto. E, sem que ninguém precisasse pedir, pegou as coisas que a mãe tinha separado para levar e as carregou até a porta.

Sylvie deu uma última olhada para o interior de sua casa e deixou um breve suspiro sair. Fechou as portas e continuando andando pelos corredor de casa de Awalles rumo a entrada da cidade. Não tinha certeza de quando estaria de volta ali, mas sabia que voltaria, nem que fosse para buscar suas coisas. A ideia de voltar a sua vida antiga ainda não era muito de seu agrado, mas o sentimento de ajudar seu filho falava mais alto.

— Espera! - uma voz estridente gritou abruptamente.

Tanto Trent quando Sylvie olharam para trás em reflexo, sem nem mesmo saber se estava falando com eles. Ambos reconheceram Heather tentando andar mais rápido do que conseguia com algumas coisas em suas mãos. Ficaram parados esperando ela se aproximar para ver o era tão urgente.

— Vocês já iam embora sem se despedir? - disse Heath esbaforida.

— Não é bem assim, mas é que eu não queria demorar. - respondeu.

— Sim, eu entendo. Aliás, no final das contas, minha filha também será salva por você. - falou com o tom de otimismo. - Mas sem pressão, claro!

Sylvie tentou não esboçar reação. Sabia que tentaria ajudar no que pudesse, mas não podia dar certeza dos eventos que aconteceriam a partir daquele ponto. Tudo era incerto.

— Falando em minha filha, por favor, poderia entregar isso para ela? Acho que será útil. Quando Tyler e Clair saíram daqui, meu marido deu algumas armas para eles. Nada mais justo que nossa filha tenha o mesmo benefício, não é mesmo?

Heather entregou um arco para Sylvie e, em seguida, uma aljava com algumas flechas enroladas, de forma bem apertada, para que não caíssem pelo caminho.

— Pode deixar que eu entregarei assim que estiver com ela. Não se preocupe.

— Outra coisa! Meu marido recebeu uma encomenda tem bastante tempo. Juro que até estranhei o empenho que ele estava tendo, mas toda vez que eu perguntava ele era sigiloso. Era essa exatamente a palavra que ele usava. Sigiloso. - iniciou a mãe de Amber. - Acho que todas nós sabemos que uma hora ou outra o sigilo iria se romper. Ninguém guarda muitos segredos por aqui.

— Heather, eu sei que você quer falar, mas eu tenho mesmo que partir! Lembre-se que é para ajudar nossos filhos. - apressou Sylvie.

— Sim, sim, desculpe! Enfim, aparentemente alguém gosta muito de você. Porque pediram para fazerem essa arma com instruções bastante específicas. -  Heather mexeu na cintura da saia que estava usando e retirou um envelope. - E era pra te entregar junto com isso.

Sylvie pegou o que Heather havia vindo lhe entregar e viu que o envelope estava selado com cera quente com o emblema do Oráculo gravado por cima.  Um pequeno sorriso foi esboçado no rosto dela ao ler o breve recado que continha na carta.

 

"Você achou que eu deixaria você sair de forma desprotegida? O que seria de uma caçadora sem sua arma? Agora sim meu trabalho está completo. Siga em frente e espero que a próxima vez que nos vermos seja pra eu ter certeza que você escolheu seu caminho."

 

— Podemos ir? Ou ainda temos mais coisas para fazer por aqui? - disse Trent tentando apressar sua mãe.

— Não, acho que não temos mais nada aqui, por enquanto. Já está na hora de irmos. - acenou para Heather em forma de despedida. - Até breve!

Heather desejava poder fazer mais pela filha, mas não tinha experiência para isso. Esperava que Sylvie conseguisse fazer o que ela não podia. Sabia que isso era pedir demais, porém não tinha outra alternativa. A situação estava fora de seu controle.

— Não se preocupe, vai dar tudo certo! - disse Mary Ann tentando confortar Heather. - Já, já nossas filhas estarão de volta. Você vai ver.

— Assim espero! - suspirou e depois se deu conta de quem estava ao seu lado. - Ei, de onde você surgiu?

— Depois que você gritou e metade da população daqui escutou, eu resolvi ver qual o motivo do alvoroço. Estou sempre atenta no que posso.

— Atenta realmente deve ser a palavra mais adequada pra te descrever. - brincou.

— Na falta de palavra melhor, pode ser mesmo. - e permitiu-se rir.

As duas mães estava de mãos atadas e a única coisa que podiam fazer era depositar toda sua confiança numa terceira pessoa, que haviam se aproximado fazia pouco tempo, e esperar que isso fosse o suficiente para terem suas filhas de volta. E que isso não demorasse.


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