New City escrita por nymph


Capítulo 3
Chapter three – Desafio Aceito.


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários, continuem acompanhando ^^



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P.O.V.s Korra

— E então eu disse, “não, farei qualquer coisa, eu imploro, juro pela minha morte, mas por favor, deixe-a em paz!” — Bolin, há essa altura, já estava ajoelhado no chão agarrando minhas pernas. Dei-lhe um coice.

Bolin me contou que havia começado a fazer teatro á uma semana. Mako me contou que havia comprado um MP4 velho de um amigo á uma semana. Ao menos isso faz sentido.

— Hei, esta em algum dos times da escola? Futebol, basquete, lutas... Líderes de torcida? — Perguntei, brincado. Na verdade, eu estava bastante curiosa sobre isso.

Os clubes pareciam uma boa maneira de se socializar e eu queria mesmo começar algum. Apesar de minha promessa de me dedicar aos estudos, conversei um pouco com Tio Tenzin, e acho que uma coisa não impede a outra. Apenas dificulta um pouco.

— Sim... Eu faço luta nas quintas. E, jogo basquete. Mako também faz luta ás quintas e quartas, e joga futebol americano. Não da pra ser perfeito, hehe. — Bolin se levanta apressadamente, tirando um pouco da poeira dos joelhos.

Não vá nas terças-feiras.

Eu tinha checado, e os alunos mais velhos faziam nos primeiros dias, mas isso não era uma ‘regra’. O ringue era livre o tempo todo, todos os dias. Mas parece que foi feito um trato dos alunos entre si de revezamento das horas e dias de treino.

Estamos no terceiro período e eu consegui permissão para ir na casa da Asami. Vejo ela se aproximando de nós no corredor. Mako tem o braço envolvendo seus ombros, e esta segurando um copo de refri - deduzo ser refrigerante, pois bebida é proibida na escola -, e lá, vendo os dois juntos, imagino se não são o casal perfeito.

E, imagino também o que terá na casa da Asami. Avalio-a, por alguns segundos.

Asami é indiscutivelmente linda. Os olhos verdes, carregando maquiagem roxa. Os lábios carnudos, preenchidos de batom vermelho. Os cabelos - há, os cabelos! -, belíssimos, bem cuidados, macios e cheirosos. O corpo, provido de certa elegância nos movimentos, com curvas suaves e sensuais. A pele, branca, imaculada.

Será que Asami vai tentar me fazer ficar bonita?, penso, constipada com a idéia. Em parte, porque não desejo mudar nada em mim. Sempre me aceitei, fisicamente, do jeito que sou. E... Em parte, porque se Asami fizesse isso, seria como ela dizer que eu precisava melhorar.

Suspiro. Vou saber em algumas horas, por enquanto, só espero conseguir a permissão de um treinador para jogar no time de futebol masculino.

— Bolin, pode me ajudar? Acha que eu tenho chances de entrar no time de futebol americano? Hum? — Pisco os olhos e mostro os músculos. Bolin coloca a mãe atrás da cabeça.

— Não acha melhor tentar na torcida? Hã, esgrima, talvez? Corrida? Dança? — Ele vai perguntando, tentando se desculpar ao ver minha postura briguenta.

— Torcida? Eu vou sozinha, então. — Digo, fazendo beiço e ficando propositalmente ‘corcunda’ e mal-humorada.

— Korra, espera! — Bolin vem ao meu lado, tentando acompanhar meu ritmo apressado. — Olha, eu só acho que é melhor tentar algo mais, eu não sei, é, algo que tenha um time feminino também...

— Bolin se quer me ajudar, faça um favor: Diga a Asami que vou me atrasar uns minutos para a festa dela. Talvez seja difícil convencer o treinador a abrir uma exceção pra mim, mas, não é justo! E, sim, eu vou fazer ele ver o quanto isso é mesquinho, já que eu sou uma ótima jogadora, e posso provar isso. — Digo, preparada para apressar o passo ainda mais, quando Bolin me interrompe.

— Érr, Korra, não é ele... É ela. Lin Beifong não tem um gênio muito... Hã... Ela não parece do tipo que gosta de mudanças. — Bolin coloca a mão abaixo do pescoço, degolando a si própria imaginariamente.

//-//

Não gostei do fato da treinadora ser uma mulher. Se ela, sendo mulher, quer um time masculino sem garotas e nenhum time feminino, só faz a coisa ser mais sem sentido. Entro, emburrada, no ginásio. Falei que iria direto de casa para a casa de Asami, e só estou perdendo tempo ficando na escola mais do que o tempo normal. Bufo.

— Hei, você! — Digo, pegando um dos metidinhos jogadores de futebol americano que se achava superior por ter um time só dele e o encurralando. — Pode me dizer onde eu encontro Lin Beifong?

— Hã, ela tá’ lá no campo. Agora, que me soltar, por favor?! — Ele diz, irritado. Percebo o que estou fazendo, e solto sua camisa.

— Me desculpe! Foi, hã, força do hábito. — Coloco a mão atrás da cabeça e sorrio, me desculpando.

— Se prometer não fazer isso de novo, posso te levar até ela. — Ele diz. Uau. Normalmente, quando você encurrala um cara, ele não leva assim tão na boa.

— Isso seria ótimo. — Sorrio, agradecida. Ele sorri de volta.

— Wei! Vamos, tenho que levar a garota para o campo! Aposto que ela joga melhor que você! — Ele berra, para um garoto igual a ele carregando umas cadeiras, próximo a nós. O garoto larga as cadeiras aonde estão, e vem até nos.

— Então, como é o nome da nossa desculpa pra sair do castigo e voltar ao campo? — Pergunta o gêmeo, que veio até nós.

— Korra. É... Wei. E você é...? — Pergunto ao primeiro dos gêmeos que conhecia.

— Wing. Vamos logo. — Diz Wing.

Eles passam a maior parte do caminho até a quadra conversando e rindo entre si, mas chega um ponto em que Wei pergunta:

— Então, o que leva alguém a falar com a treinadora Lin depois do horário de aula? Cuidado, garota, ela pode acabar te assustando. — Após perguntar, solta uma gargalhada e é acompanhado pelo irmão.

— É, eu queria... — Sou cortada pelo som de um apito, e uma mulher de aparência adulta caminha até nós. Os garotos param de rir imediatamente, assumindo certo tipo de postura.

— O que estão fazendo aqui? Era pra estarem carregando cadeiras, e não passeando no campo com a namorada! — Ela parece braba, olhando-os com raiva. — Vocês são iguais a sua mãe. Será que não podem assumir tipo nenhum de responsabilidade?! — Pergunta, berrando. Estou prestes a intervir, mas Wing fala antes.

— Escuta, estávamos só trazendo ela aqui, o.k.?! Queria falar com a senhora, e talvez!... — Sinto que ele está prestes a falar algo pessoal, que vai fazer a briga se alongar muito, quando, do nada, para e respira. — Vamos, Wei.

— Adeus, Korra. Nos vemos por ai. — Responde Win, friamente. Noto, por seu modo de falar, que está tentando manter as mandíbulas cerradas. Eles viram as costas e nos deixam, raivosos. Vejo que Lin está prestes a protestar, quando me meto.

— Você precisava fazer isso?! Você os humilhou, quando estavam só me trazendo até aqui! Quem pensa que é pra falar da mãe deles, como se não bastasse atacá-los? — Pergunto, atraindo finalmente sua atenção. E a de alguns jogadores. Sei que arrumar briga com a treinadora não é um bom método de ser aceita no time, mas não estou me importando muito com isso no momento.

— Eu sou tia deles, além de treinadora, e cabe a mim saber o que é melhor para o desempenho deles. E você, quem é? — Ela cospe as palavras. Parece sempre no ataque, colocando os outros para jogarem na defensiva.

— Ao contrário do que deduziu, não sou namorada de ninguém. Meu nome é Korra. — Respondo, minha voz carregada de raiva.

— Korra, o que você quer aqui? O time das torcedoras pra lá. — Ela diz, apontando para o ginásio.

— Eu... — Olho ao meu redor. A maioria dos jogadores esta nos assistindo. — Eu quero jogar futebol americano.

— Me fez perder meu tempo com isso? Ninguém te disse que não temos um time feminino? — Lin pergunta, já dando-me as costas.

— Já disseram sim. Eu quero jogar no masculino. — Falo. Os jogadores que assistem riem e debocham, me fazendo esquentar as bochechas. Não sinto vergonha, sinto raiva. Lin solta uma grave gargalhada, e sinto alguns olhos pousados em mim.

— Como é... Você? — Ela diz, parando a risada e voltando a carranca vagarosamente.

Você é mulher. E treina eles! Qual o problema de ma treinar também?! — Pergunto, fechando as mãos em punhos e indo em direção a ela.

— Eu não sou você. Agora, trate de ir arrumar alguma coisa pra fazer. — Ela diz, se virando.

— Hei, você perderia pra algum deles? — Pergunto, tentando me controlar.

— Mas é claro que não... — Ela começa, mas logo a corto.

—Então, se você se acha tão superior, porque não joga comigo e prova o que diz? Se eu vencer de você, significa que posso vencer deles. Então, poderia me deixar entrar no time. — Digo, provocando-a.

— E se eu vencer? — Ela pergunta, com uma voz exibida.

— Se vencer... Bem, eu nunca mais volto aqui. — Digo. Quando percebo que não é o suficiente, faço uma carranca e acrescento: — E, fico responsável pela água, toalhas e roupas do time.

Ela da um meio sorriso convencido.

— Feito.

//-//

Duas horas depois

— Esta certo... Você venceu, dessa vez. Mas falta estratégia e habilidade. Por hora, eu concordo em treiná-la.— Diz Lin, mal-humorada, e descabelada a minha frente.

Sei que meus olhos estão brilhando e que meu sorriso não pode ser maior. Sei que os garotos/jogadores estão raivosos por uma garota derrotar a treinadora e sei que Bolin, Mako e Asami e mais metade da escola se juntaram para torcer por mim depois dos 54 minutos de jogo, porque apesar de não tê-los visto, eu ouvi a voz e torcida deles.

Mesmo com tanta gente me observando, não me importo em urrar de felicidade e saltar o mais alto possível, acompanhada de certa parte da multidão que me cerca.

Que nos cerca.


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Notas finais do capítulo

Então, eu não narrei a partida. Queria ter narrado, mas não sei como fazer isso, e juro que tentei. Até assisti algumas pra ver se conseguia escrever sobre, mas sempre que eu relia ficava decepcionada. Sinto muito, galera. Vou tentar narrar quando houver algum jogo oficial do time de futebol americano da Korra :)

Então, aqui esta a imagem (não encontrei gif): http://img2.wikia.nocookie.net/__cb20121110205119/avatar/images/a/a8/Lin_Beifong_giving_up_her_identity.png



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