Simplesmente aconteceu escrita por Lorena


Capítulo 33
First word.


Notas iniciais do capítulo

Oi, muito obrigada pelos comentários, amo todos!
Espero que gostem!
Beijos!



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Quatro meses depois:

Quatro meses que mais pareceram quatro dias, nem acredito que minha princesa já fez seis meses! As coisas ainda estão se ajustando, mas se me falassem há quatro meses que eu estaria tão bem com a situação eu teria dado risada, mas não foi nenhum bicho de sete cabeças cuidar dela todo esse tempo. Ela está parecendo uma bola de tão gorda, já recebi várias broncas do pediatra, mas agora a única coisa que ela pensa é em comida! Ela ainda não fala, mas quando quer comer fica abrindo e fechando a boca e é tão fofo que eu não resisto. Me apaixono por ela a cada dia, seus olhos azuis iguais os de Peeta, tem o mesmo efeito sobre mim, me traz calma. Ela é uma mistura perfeita de nos dois, seu cabelo é do mesmo tom que o meu, castanho claro. Sua boca é fina igual a de Peeta, e seu nariz é pequeno e delicado, como o meu.

Peeta voltou para a faculdade faz dois meses, e ele trabalha só meio período, assim temos passado um bom tempo juntos, ele se torna mais babão há cada dia. Nunca mais discutimos em grandes proporções, uma discussãozinha às vezes rola, mas nos entendemos rapidamente.

Não tive nenhum tipo de notícia de meus pais, eles simplesmente sumiram do mapa, ninguém sabe me dizer onde eles estão, continuo recebendo uma mesada por parte dos dois, mas o banco também não sabe de dizer de onde estão vindo essas transações, mas é a única coisa que me indica que eles estão vivos.

Aquela Delly nunca mais apareceu aqui em casa e digo o mesmo de Gale, finalmente obtivemos paz, ou quase, Sophia é uma pimentinha, agora que começou a engatinhar, some pela casa em um piscar de olhos, não quero nem imaginar quando ela começar a andar.

– Sophia, volte para cá, você vai bater a cabeça! – Digo correndo atrás dela, mas não dá tempo e ela bate a cabeça na porta de vidro. Corro para seu encontro e ela estende as mãozinhas em minha direção.

– O meu amor, vem com a mamãe! – Digo a pegando no colo, ela chora por alguns instantes e depois começa a rir, nunca vou entender isso.

– Que risada gostosa, meu Deus! – Digo fazendo cócegas em sua barriga e ela gargalha sem parar. – Vamos papar, meu amor? – Falo isso e seus olhos brilham.

Coloco ela na cadeirinha e pego uma papinha para ela comer. Sinceramente não sei como ela consegue comer isso, só o cheiro me dá enjoo.

– Abre o bocão. – Digo e imediatamente ela abre a boca e em segundos engole tudo e começa a me pedir mais, ela faz de tudo fica batendo as mãos na cadeira e solta uns gritinhos.

Em poucos minutos a comida acaba e ela pede por mais, esperneia até umas horas, luto bravamente contra suas ações fofas, mas uma hora eu gelo, escuto ela falar algo, não é um balbucio.

– Mama. – Ela fala abrindo e fechando a boca.

Não acredito que ela falou ‘’mamãe’’ primeiro que ‘’papai”, ela é tão apegada à Peeta! Me aproximo mais dela já com os olhos marejados e com um sorriso que cobre toda a minha cara.

– O que você disse, meu amor? – Pergunto e ela repete

– Mama! – Ela fala batendo as mãos na mesa. Encho ela de beijos e acabo dando uma banana amaçada para ela, sei que estou errada, mas não resisti.

Passo uma parte da tarde brincando com ela no chão da sala, ela repete algumas vezes a palavra “ mama”, consegui gravar uma vez, assim posso provar para Peeta que foi a primeira palavra dela, ele vai ficar chateado, às vezes passava horas com ela nos braços tentando fazer com que ela falasse ‘’papa”, mas nunca aconteceu. Decido sair para dar uma volta pelo parque, arrumo uma mala gigante, sempre que via mães passeando com seus filhos achava um exagero o tamanho das malas, mas não é, você nunca sabe quando a criança vai te surpreender, elas são uma caixinha de surpresas!

Arrumo ela no carrinho e tomo rumo à saída, quando abro a porta me surpreendo. Um homem que deve chegar na casa dos trinta, todo engravatado está plantado na minha porta.

– Senhorita Katniss Everdeen? – Ele pergunta todo formal

– Sim, sou eu. – Digo receosa

– Sou o oficial de justiça Mason, tenho uma intimação para a senhora! Assine aqui por favor. – Ele fala e me estende uma prancheta, assino e ele vai embora.

Abro o envelope e está escrito que a minha presença é requerida no tribunal de justiça daqui quinze dias, mas não é só isso, está escrito que a paternidade da menor Sophia Everdeen Mellark foi contestada, só pode ser coisa do Gale, é inacreditável! Como ele pode pensar isso? Não me prendo em casa por conta disso, não tenho nada a temer, é impossível que ela seja filha dele, ele está completamente louco.

Fico uma hora com ela pelo parque, ela adora ficar em contato com a natureza, fica rolando pela grama feito um cachorro. Acabei ficando amiga de várias mães por aqui, é engraçado, nunca me imaginei com dezessete anos discutindo com outras pessoas coisas como: qual a melhor idade para parar de amentar ou a fralda mais confortável e entre outras coisas.

Peeta realmente vai ter trabalho quando ela crescer, ela já possui vários amiguinhos por aqui, ouvi falar que bebês possuem um jeito de comunicação entre eles, acho que é verdade, Sophia se junta com os amiguinhos e fica soltando seus balbucios, é até engraçado de ver. Outro dia um menino deu um beijo em sua bochecha, quando comentei com Peeta ele não achou graça como eu, fico até um pouco bravo, ele acredita que vai ter a filha só para ele o resto da vida.

Chego em casa junto com Peeta, ele estaciona o carro e vem em nossa direção, pega Sophia no colo e me beija.

– E aí, como foi o dia de vocês? – Ele pergunta enquanto entramos em casa

– Foi ótimo, e você não vai acreditar! – Digo rindo

– O que?

– Ela falou “mama” – Digo sorrindo

– Mentira, você traiu o papai? – Ele pergunta manhoso para ela

Passamos um tempinho ainda juntos, ele tenta a todo custo fazer com que ela fale “papa”, mas ela está decidida a só falar “mama”, fazer o que?

Peeta não gostou nada da intimação que eu recebi, também não gostei, mas não posso fazer nada, e no final nós sabemos que tudo vai continuar do mesmo jeito.

E ele também quer que eu comesse a ir em parques diferentes, e que só tenham meninas, acho graça dessa sua superproteção, ela ainda é um bebê, quando ela tiver os seus treze anos, aí sim ele pode começar a se preocupar.

– Preocupar? Vou ter que comprar um 38 desse jeito! – Ele fala e eu caio na risada

– É meu amor, desse jeito seu papai vai querer te colocar em uma escola para freiras. – Digo brincando com ela em meu colo.

– Até que não é uma má ideia. – Ele fala

– Sem essa, Peeta! Agora vai, senão vai se atrasar para a faculdade. – Digo o beijando

– Ok, amo vocês. – Ele diz já saindo.

Passamos a noite entretidas com os desenhos na televisão, ela não desgruda os olhos da Tv, mas só até eu dizer “papa” que ela já me olha com um sorriso no rosto.

Ela logo dorme e eu fico a espera de Peeta. Ele chega minutos depois e passamos esse resto de noite da melhor maneira possível.


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Notas finais do capítulo

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