Simplesmente aconteceu escrita por Lorena


Capítulo 32
Fright


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada por todos os comentários!
Espero que gostem!
Beijos!!!



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Ela está cheia de manchas pelo o corpo, não faço ideia do que possa ser isso, quando a pego para tentar acalma-la, sinto que ela está quente, ardendo em febre. Não tem nada que eu possa fazer, dirijo uma palavra a Peeta, hospital. Saímos correndo, fiz uma bolsa rápida e em poucos minutos estávamos entrando no pronto socorro infantil. Fomos atendidos em caráter de urgência.

Ficamos duas horas esperando por notícias, mas nada. Ninguém sabia dar informações, Peeta estava dando a louca, em qualquer momento ele iria explodir. Estávamos abraçados, ambos chorando, fico remoendo coisas em minha mente, algo que eu tenha feito de errado, mas nada.

Um médico chega na sala de espera e anuncia:

– Responsáveis pela menor: Sophia Everdeen Mellark? – Dito isso corremos em direção ao médico.

– Somos nos. – Falamos juntos

– Bom, a paciente está estável. Ainda não podemos dar um diagnóstico completo. Me acompanhem para conversamos melhor sobre o ocorrido. – O médico fala e o seguimos pelos corredores brancos. A única coisa que eu quero é ver a minha filha.

– Quando poderei vê-la? – Pergunto assim que entramos na sala

– Ela está em observação no momento, mas logo poderá visita-la.

– Ela vai ficar internada? – Pergunto receosa

– Pelo menos por essa noite, se tudo ocorrer bem ela poderá ter alta amanhã.

– O que exatamente aconteceu? – Peeta pergunta se ajeitando na cadeira.

– Bom, o choro em excesso não era só por conta da dor, ela estava estressada, se assim posso dizer. Vocês têm tido desentendimentos? – Ele pergunta e eu paraliso, eu nunca vou aprender a cuidar dela. Um sentimento de impotência me atinge por inteira.

– Sim. – Digo a ponto de chorar

– Acho que não seria novidade eu falar que isso faz mal à criança, tudo que ela precisa é de calma, ela é pequena, mas sente tudo ao seu redor.

– Entendo. – Digo cabisbaixa

– Mas o estresse foi um agravante. As manchas na pele podem significar duas coisas: Vírus, que dura de dois a três dias ou se identificadas como hemorrágicas, são chamadas de petéquias e podem acompanhar a doença meningocócica, extremamente grave, mas conhecida como meningite. – Isso não é nada bom, eu conheço meningite, tinha um tio que morreu disso. Não vou suportar passar por isso.

– Quais são as chances da meningite? – Peeta pergunta aflito

– Estamos entre cinquenta por cento cada, não é possível identificar manchas com aspecto hemorrágico, mas não podemos descartar a hipótese. De todo o jeito, o exame sairá em poucas horas, torcemos pelo melhor. – O médico fala de levantando. – Agora vocês podem esperar na sala a direita, logo uma enfermeira virá conversar com vocês. – Ele fala e nós nos retiramos.

Caio nos braços de Peeta, ele me segura e praticamente me arrasta para uma cadeira mais próxima.

– Peeta... e – eu não consigo ... não vou suportar perde-la. – Digo entre soluços.

– A gente não vai perder ela, eu te prometo. – Ele fala alisando meus cabelos. Mas ele sabe que não pode prometer algo assim.

Estou perdida, fora de orbita. A ideia de perder minha filha é insuportável. Não vou aguentar se algo de mal acontecer a ela. Tudo que sei fazer é me culpar, por tudo. Mesmo que não houvesse acontecido nada, ela teria ficado estressada pelo mesmo motivo, as brigas, os desentendimentos, tudo isso poderia ter sido evitado, mas não, não pensei nela antes de agir, fui muito egoísta, a culpa é toda minha. Eu havia prometido a ela que seria a melhor mãe que ela poderia ter, mas eu não cumpri com minha palavra, como um dia ela poderá confiar em mim, como poderei dar confiança a ela se só penso em mim quando todo as atitudes?

Minutos depois uma enfermeira chega e diz que poderemos vê-la. A cada passo uma sensação nova, ansiedade, medo, felicidade e ao mesmo tempo tristeza. Ao chegar no quarto, me deparo com meu pacotinho, que agora veste algo estranho, típico de hospital. Ao nos aproximarmos do berço, somos recebidos com um lindo sorriso, ela ri para gente, como se nada tivesse acontecido, aquilo me preenche com um único sentimento: felicidade. Me ajoelho e faço carinho em sua testa, a febre já não existe mais, as manchas clarearam um pouco, o que me acalma. Peeta fica segurando faz carinho em sua minúscula mão, fazendo com que a mesma envolva seu dedo, e não solta de forma alguma, fazendo Peeta abrir um lindo sorriso, que cobre todo o seu rosto e acalma meu coração. Agora a bolha é composta por três pessoas, independente do resultado desse exame, estaremos juntos e nada de ruim vai acontecer enquanto estivermos juntos.

Somos interrompidos pelo médico que caminha em nossa direção com vários papéis em sua mão.

– Boa notícia papais. – Ele diz animado. Era aquilo que faltava para eu poder voltar a respirar normalmente.

– O que ela teve foi viral. Como nasceu prematura não teve tempo de criar todos os anticorpos necessários. – Ela fala e eu sinto como se um caminhão fosse arrancado de minhas costas. Ela está bem, nada mais me importa. – Vou deixá-los sozinhos agora, e também não existe mais nenhum motivo que faça com que seja necessária sua internação, então já podem levá-la para casa.

– Muito obrigada, mesmo. – Digo o cumprimentando

Não há de que. Agora só peço para que revejam seus desentendimentos, como eu já disse, ela sente tudo.

– Iremos melhorar, prometo. – Digo decidida

Saímos do hospital por volta das três e meia da manhã, Sophia dormi em meus braços como um anjo, o caminho até nossa casa é tranquilo, mas sei que quando chegássemos em casa teremos que ter uma conversa.

Uma coisa que me deixa feliz é o fato de Peeta não ter desconfiado que Sophia é sua filha, não me olhou com desconfiança em nenhum momento. Não tem cabimento o que Gale disse, já havíamos terminado fazia uma cota quando descobri a gravidez, alguém colocou isso na cabeça dele, só não consigo imaginar quem.

Chegamos em casa, após colocar Sophia no berço chamo Peeta para conversar.

– Se é sobre Gale, não precisa falar nada. Eu tenho certeza que ela é minha filha. – Peeta fala eu sorrio

– Não, não é sobre isso. É só que precisamos parar com essas brigas. Sei que tenho parcela de culpa, então vamos fazer de tudo para nossa relação permanecer assim, tudo que fazemos reflete nela e acho que isso é motivo o suficiente para pararmos. – Digo e ele concorda

– Por ela e por nos. Amo vocês duas mais do que qualquer coisa, e vou fazer de tudo para ficarmos bem. – Ele diz e eu pulo em seu colo.

– Nós vamos ficar bem, nada nem ninguém vai fazer com que nossa relação acabe. – Digo e ele me ataca com um beijo. Eu simplesmente me apaixono cada vez mais por ele.

Quando pensamos que seria possível termos um tempo só nosso, somos surpreendidos com um choro vindo do quarto ao lado. Dessa vez ela realmente quis nos atrapalhar pois assim que Peeta a pegou no colo ela parou com a manha e quando ele ameaçava coloca-la no berço o berreiro voltava. Passamos a noite, ou pelo menos uma parte dela os três na mesma cama. Estávamos felizes e relaxados novamente.


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