Duas semanas depois:

Essas semanas passaram tranquilamente, sem dores nem sangramento graças à Deus. Meu pai vem me visitar todos os dias assim como minhas amigas, uma coisa que essa menina vai ser é mimada, sinto que todos se preocupam mais com ela do que comigo, mas não reclamo, eu acho é bom, nunca gostei de todos os olhos voltados à mim. Minha mãe está melhorando aos poucos, os medicamentos estão fazendo seu fígado segurar bem, mas não sei até quando.

Em uma noite eu e Peeta decidimos que o nome será Sophia!

Hoje acabo de voltar da sala da ultra para podermos ver como anda tanto Sophia quanto a placenta, tudo indica que a ambas estão estáveis, mas como o médico disse todo o cuidado é pouco, ele decidiu que é melhor esperarmos mais um semana, nao era o que eu queria, porém, melhor isso do que arriscar perder minha menina. Minha pressão arterial também está normal, então tudo está caminhando para que o resto da gravidez seja tranquilo, pelo menos é o que todos estamos esperando.

Passo a tarde entediada como sempre, passando de canal em canal e nada de legal está passando então decido dormir. Acordo horas depois com a enfermeira batendo na porta e me dando mais remédios e fazendo mais exames de rotina. Mais tarde recebo a visita de Glimmer e Annie, que me atualizam sobre o mundo à fora. É tão bom saber que todas estão bem, realmente aquela viagem fez bem à todas nós. Às vezes, fico pensando, como faria se não tivesse ido até Cancun é depois descobrisse que estava grávida e não soubesse quem era o pai, muito louca essa minha história, acho que depois disso nunca mais beberei na minha vida, por que bem é que não faz! Elas vão embora logo por conta da faculdade, o que me faz pensar o que irei fazer depois que minha filha nascer, só sei que não vão ficar em casa para o resto da vida, quero cuidar da minha filha e ao mesmo tempo trabalhar, quero me formar e tentar seguir com a minha vida do jeito mais normal possível. Perdida em meus pensamentos nem percebo quando Peeta chega em meu quarto. Ele se aproxima e me beija, pergunta como foi meu dia e o que eu fiz, ou seja, nada!

Passamos a tarde conversando um com outro e com algumas intromissões de Sophia, ela adora quando conversamos com ela, se mexe até não aguentar mais. Às vezes queria que minha vida parasse e fosse assim, sem doenças e sem problemas, queria viver nessa bolha de felicidade por toda a minha vida.

Converso com Peeta sobre os planos que estava fazendo sobre a faculdade, ele acho uma ótima idéia, e concordamos que depois que ela completasse dois anos seria ótimo. Ficamos um longo tempo apontando empregos legais, selecionei psicologia e enfermagem como os favoritos, sempre quis entender como funciona a mente humana e todos esses negócios.

Sem que percebemos, acabamos passando a noite fazendo planos para nosso futuro, por mais que o nosso seja imprevisível, afinal, tudo muda de um segundo ao outro e os planos vão ao lixo, mas sempre gosto de pensar no futuro, sempre visando coisas boas, sei que não é o melhor a se fazer, mas é o que me faz ficar bem.

– E o nosso casamento? - Ele pergunta

– Acho que só vamos poder concretizar isso após a bebê nascer, sei lá, quando ela tiver uns seis meses.- Digo já me imaginando entrando na igreja, na igreja não, meu sonho sempre foi me casar na praia, com o pôr do sol de fundo.

– Ia ser ótimo, imagina, nossa menina entrando e andando em noss direção levando com as alianças. - Ele fala sonhador e eu dou uma risada

– Meu amor, com seis meses, ela no máximo vai engatinhar. Vejo que você não leu todos os livros que eu mandei, né? - Digo o encarando tentando fazer cara de séria.

– Ah é? Então vamos ter que esperar ela completar um ano!

– Será que vamos conseguir?

– Contando que passemos todos esses dias juntos, eu não me importo de esperar! - Tem como ser mais fofo?

– E nós vamos, eu prometo! - Digo e ele me beija.

Uma semana e meia depois:

Acabei de fazer todos os exames necessários e finalmente recebi alta! Termino de fazer minha mala com a ajuda de Peeta e quando finalmente estamos saindo do hospital, felizes da vida, aquela mesma dor de semanas atrás volta, porém com uma intensidade maior, o que me faz cair no meio do Hall do hospital, fazendo com que um amontoado de médicos venham em minha direção...