Um Inquieto Amor de Apartamento escrita por Leoh Ekko


Capítulo 18
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo :(



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Marcos entrou em seu apartamento que nem sentia mais “seu”. Não sabia o real motivo de ter continuado pagando o aluguel do lugar — e do apartamento vizinho também — durante o ano inteiro que passou no Canadá. Parecia errado permitir que outras pessoas morassem ali. Pois aquele era o lugar onde inquieto amor dele e de Theo havia surgido, e ele queria preservar aquela lembrança.

Tinha ido até ali para olhar se queria levar algo para a casa nova que ele e Theo haviam comprado na boemia, era uma casa simples porém bela, tinha dois andares e um grande jardim que era perfeito para se deitar para observar as estrelas. Mudar-se para Buenos Aires foi uma decisão óbvia depois que as aulas do Theo acabara, ele agora compraria uma galeria de arte ali mesmo. Já Marcos poderia administrar sua gravadora da Argentina mesmo, pois em somente um ano ela havia crescido mais do que ele imaginara, tendo agora sedes nos Estados Unidos e no Brasil. O único ponto negativo da viagem de volta era que ele agora teria que abandonar as Zebras de Paletó, mas o fato dos integrantes só usarem máscaras nas apresentações faria com que os fãs nem notarem a diferença.

Theo estava lá, naquele momento, terminando de arrumar a decoração do interior da casa. Ele estava muito animado, pois agora que tinham sua própria casa eles poderiam ter um cachorro — que seria uma espécie de teste para indicar se os dois seriam bons pais, se sim, adotar uma ou duas crianças era um plano para o futuro.

O lugar estava exatamente como ele havia deixado, com caixas esparramadas por todo o lugar. Ao inspecionar viu que não iria levar nada dali, somente seus livros que ainda continuavam na estante. Ele decidiu mandar alguém ali depois para pegá-los, pois eram muitos e não caberiam todos em seu carro.

Mas então, algo em meio aos livros chamou a sua atenção. Era um livro que se encontrava um pouco a frente dos outros, como se alguém tivesse ido até ali e mexido. Se aproximou e viu que era a edição do seu livro favorito: Os Miseráveis.

Assim que pegou o livro, um papel caiu de dentro dele. Abaixou-se para pegá-lo. Rapidamente reconheceu a caligrafia de Theo.

Querido Marcos,

Quando você estiver lendo isso, ou estaremos juntos partilhando nossa felicidade ou você estará sozinho em Buenos Aires enquanto viajo para Toronto. E em qualquer dessas situações eu gostaria de te dizer algumas coisas. São coisas que eu não conseguiria ou não seria capaz de dizer pessoalmente, e também acho que as palavras soam mais sinceras quando saem da ponta de uma caneta.

Bem, primeiro eu gostaria de te agradecer... por tudo. Obrigado por cada sorriso seu, por cada toque, por cada abraço e por cada beijo. Obrigado por me despertar para a vida, antes de você eu não fazia ideia do quão a vida pode ser bela e eu não tinha consciência do quanto eu era sozinho. Obrigado por isso.

E também quero dizer que te amo. Acho que amei desde o primeiro momento. Você me faz rir e me esquecer de todos os meus problemas. Você me faz sentir desejado e querer desejar também. E eu desejo. Eu te desejo, queria poder ficar abraçado a você para sempre, sem nem parar para respirar ou comer.

E espero que eu tenho a dádiva de que essa paixão dure, até que eu e você sejamos dois velhos mal humorados, mas que riem juntos das nossas lembranças da juventude. Como da noite que passamos juntos na estação de metrô ou até mesmo sobre o dia em que você me encontrou em um... velório. Acho que vou dar altas risadas sobre isso.

Bem, é isso. Eu só queria agradecer por você existir e por ter me encontrado.

Obrigado.

Com amor,

Theo.

Então, Marcos, fez algo que não fazia há muito tempo. Ele chorou.

Agora era a vez dele de ir para casa beijar seu marido e também lhe agradecer.

Ele limpou as lágrimas, pegou o livro e saiu correndo. Não via a hora de encontrar um certo garoto de cabelos azul-pavão.

FIM


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Notas finais do capítulo

quero agradecer a todos que leram e comentaram essa fanfic, isso de fato me incentivou a continuar escrevendo. Essa história, que eu achei que mal renderia dez capítulos, tornou-se maior do que eu pensei e estou incrivelmente feliz com isso. Já estou começando escrever uma nova história, que dessa vez vai ser uma fantasia urbana, que eu tanto amo ler. Bem é isso, até mais. Bjs



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