Enfurecida - Até onde você iria por uma mentira? escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 4
Quando um estranho chama




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/604993/chapter/4

Me senti congelada.

O tu tu da ligação que fora desligada, soava como um lembrete do que eu acabara de ouvir comprovando que eu não estava completada louca.

O telefone caiu de minhas mãos enquanto eu voava para fora do quarto, Raquel estava! e eu não sabia o quanto essa noticia me afetava, de repente eu teria duas Raquel para lidar, a imaginária e a real, no entanto, algo não se encaixava, ela tinha ido ver minha mãe?

Quando vi, já batia desesperadamente na porta de Dimitri esperando impacientemente que ele a abrisse, mas quando o fez, desejei que não tivesse feito.

A garota de mais cedo me encarava com um sorriso travesso nos lábios, sorriso que apenas se intensificou quando a mesma me reconheceu, o pior não foi vê-la aquela hora da noite no quarto de Dimitri, e sim perceber que ela estava usando uma de suas camisetas.

–Olá Rose. -Ela disse

Tive vontade de questionar como ela sabia meu nome, no entanto não tinha tempo.

–Dimitri está?

Um brilho divertido cruzou seus olhos.

–Oh sim, mas no momento está meio que indisponivel.

Eu arquiei uma sobrancelha em sua direção.

–Pode chama-lo? é importante.

Ela negou com a cabeça.

–Ele está no banho, tivemos um inicio de noite bem turbulento. -Ela disse com um sorriso ainda travesso em seus lábios.

Eu queria vomitar. realmente, senti minha face esquentar de raiva e vontade de meter uns bons socos na cara daquela garota não me faltou, mas quem era eu para cobrar algo? o que eu e Dimitri eramos na verdade? eu não fazia ideia.

Sem me despedir e me sentindo enojada, virei as costas e corri. Eu precisava ir para casa, e se Dimitri não estava "Disponivel" eu daria um jeito de ir sozinha.

Eu não tinha tempo para esperar um onibus, foi dificil o bastante passar pela segurança da escola sem ser parada. Eu corri pelas ruas pouco iluminadas com o dinheiro na mão, havia ligado para um táxi que me encontraria em frente a supermercado ali perto, suspirei de alivio quando cheguei e o táxi já me esperava.

Foram quase que exatos quinze minutos para chegar até em minha casa, sei disso, porque estava tão nervosa que passei á contar os segundos esperando que me acalmasse, e de certa forma ajudou.

Eu não pensei antes de correr para meu portão.

Eu havia esquecido as chaves na escola, e me preparava para pular o mediano muro que cercava a entrada quando percebi que o portão estava aberto, um arrepio correu livre por minha espinha e uma sensação horrivel me fez querer não ter saido do quarto.

–Seja corajosa. -Sussurrei para mim mesma

Minha corrida até a porta foi curta, e dessa vez não me surpreendi ao encontrar a porta aberta. Tateei as paredes até encontrar o interruptor e dei dois passo para trás em surpresa, toda a casa estava completamente destruída.

–Mãe? - Chamei

O barulho de meus pés pelo assoalho era o único som que eu escutava.

–Mãe? -Chamei mais alto

Dessa vez um pequeno barulho se fez presente, uma respiração curta e rápida que parecia distante.

–Mãe?

Corri em direção do barulho e consegui captar um vulto se mechendo rapidamente em direção de meu antigo quarto.

–Pare ai! -Disse

O vulto não parei e até aquele momento tinha certeza de que aquele não poderia ser minha mãe.

A pessoa não parou, a vontade de querer parar o intruso me dominou e por alguns curtos instantes senti algo diferente fluir dentro de mim, algo quente e prazeroso, e nesse poucos segundos uma cadeira que eu não sabia de onde tinha vindo acertara o vulto em cheio, derrubando o intruso de capa preta no chão.

Ele não se moveu.

–Onde está a minha mãe? -Perguntei

Silêncio

Me aproximei ainda mais.

–Responda se não a última coisa que irá ver serão meus tênis.

A ameaço. Não sabia de onde havia vindo tanta coragem, apenas continuei por aquele caminho.

–Está começando tudo de novo. - Ouvi seu sussurrar

E pela segunda vez naquela noite, meu coração parou.

–Você está viva. -Disse

O capuz foi jogado de lado enquanto ela se levantava sem tirar seus olhos de mim.

–É bom ver você de novo. -Diz.

Eu pisco surpresa.

–Diz isso antes ou depois de tentar me matar? -Pergunto

Um sorriso se forma em seus lábios doces.

–Você também me matou Rose.

–Foi sem querer, me desculpe. -Digo -O que está fazendo aqui? o que está acontecendo?

Mesmo sabendo que deveria recuar, eu não consegui, simplesmente não tinha medo dela.

–Por incrivel que pareça, estou tentando ajudar. -Diz Lissa. -Mas primeiro, temos que conversar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem a demora! mais tá ai ;)
Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Enfurecida - Até onde você iria por uma mentira?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.