Enfurecida - Até onde você iria por uma mentira? escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 13
Completamente medonho




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Minha primeira parada foi na escola.

Àquela hora a escola estava completamente deserta e escura, “Problemas técnicos” falaram, mas eu sabia que era uma horripilante mentira, tremi, mas continuei andando rapidamente em direção ao meu quarto no jardim escuro. Ao entrar no corredor escuro fechei os olhos.

“Respire” – Ordenei a mim mesma.

Meus treinos haviam de servir para algo naquele momento, eu fechei minhas mãos com força, minha mente focada.

“Acenda a luz”

Mesmo de olhos fechados senti a claridade que se estendeu diante de mim e abri os olhos vitoriosa, as luzes do corredor estavam acessas diante de mim.

Eu corri pelos corredores vazios escutando apenas meus passos duros e pesados contra o piso branco. No quarto eu puxei a grande bolsa de armas e equipamentos de Lissa debaixo da cama, coloquei-a sobre meu ombro e corri para fora o mais rápido que podia, peguei e bicicleta e fui.

Minha segundo parada foi no único lugar em que eu poderia me esconder.

O esconderijo de Lissa me caiu perfeitamente bem, ela tinha comida suficiente e cobertores, e para minha maior felicidade ela tinha equipamentos e armas suficientes para um miniexército.

E agora começava a minha busca.

Eu nunca fora uma super. Nerd com computadores, mas aprendi rapidamente como mexer nos equipamentos que Lissa havia deixado. Ela tinha um quadro enorme com diversas bolinhas vermelhas marcando as pessoas desaparecidas e os locais onde ocorrera, ela tinha acesso a câmeras de transito a qualquer momento e o que mais me impressionou, ela tinha câmeras satélite.

Enquanto o computador buscava respostas para meus problemas digitados eu treinei, no momento iminente o sono parecia algo distante e impossível de se conseguir então eu meditei, treinei alguns socos e chutes, mas eu sabia que na matéria luta ‘corpo a corpo’ eu estava apenas razoável.

Soco – chute – soco – soco – rasteira.

Repeti está sequencia por diversas vezes até meu corpo estar tão cansado que acabei escorregando e caindo de bunda no chão.

–Aí. –Murmurei

Puff.

Olhei para o lado vendo que um copo havia caído no chão, meu coração bateu rapidamente bombeando sangue de forma mais eficaz.

Sorri e levantei a mão direita em direção ao copo e meus olhos quase não acreditaram quando o copo flutuou até mim.

–Meu Deus. –Sussurrei pegando-o na mão.

Joguei o copo para o alto e antes que o mesmo conseguisse atingir o chão eu o parei, o copo ficou imóvel apenas com um simples acenar de mão seguinte ele caiu.

–Certo. –Murmurei. –Estou ficando melhor.

Uma buzina alta ecoou vindo do computador me fazendo pular assustada, um novo ponto vermelho piscava na tela chamando minha atenção.

“Atividade demoníaca acontecendo no momento. ”

Pisquei rapidamente, enquanto decorava o endereço, não era muito longe de onde eu estava, sendo completamente inconsequente peguei uma das armas de Lissa e corri para fora.

Nos filmes os super. Heróis costumavam obter carros de luxo e motos inacreditáveis, me senti meio ridícula pedalando na minha bicicleta rapidamente em direção ao local, de uma coisa eu tinha certeza: Eu não possuía vocação para heroína.

O local era uma casa, a mesmo meio afastada das outras, eu larguei a bicicleta no chão e corri em direção a porta entrando sem medo quando percebi a mesma aberta, o que não era uma tremenda surpresa.

Me deparei com o tremendo escuro.

–Tem alguém aqui? –Pergunto

Algo acerta minha cabeça e eu sou jogada no chão desorientada, eu estou rodando, está tudo rodando quando eu ouço passos se aproximando, passos rápidos.

–Moça você está bem?

Eu foco meus olhos no rosto preocupado da garotinha a minha frente, seus cabelos claros estão jogados a frente de seus olhos e a mesma me agita rapidamente.

–Temos que sair daqui antes que o monstro volte. –Ela sussurra exasperada.

Eu pisco algumas vezes, mas não consigo me mexer, é como se eu estivesse imobilizada, meu corpo não obedece a meu comando.

–Vamos embora! – Implorou a menina quase chorando.

Eu queria ajuda-la, mas não conseguia me mexer.

–Querida, onde você está? – Escutei uma voz doce.

A garotinha olhou para trás assustada e minha visão ficou escura e nublada eu fechei os olhos e quando os abri a cena a minha frente me fez querer gritar, uma mulher de cabelos claros tinha uma faca em mãos, seus olhos completamente negros sem íris completamente ensanguentada em cima da garotinha, agora morta. Um grito de pavor saiu por minha garganta, por quanto tempo a garotinha havia sofrido tal morte horrenda? Olhando-a mais atentamente ela não deveria ter mais que seis anos, pobre garota, sou tomada pelo horripilante pavor que incendeia minhas veias.

“Respire”

As amarras se foram e eu me levanto, a mulher sem semblante me encara, seus olhos negros impiedosos me avaliam com maldade, meus sentimentos se intensificam e eu quero matá-la.

–Não machuque o meu brinquedo!

Raquel aparece sorridente ao lado da mulher que prontamente se levanta e acompanha minha irmã, a íris dourada de minha irmã de alargam com humor quando ela me encara, eu saco a arma de minha calça e aponto em sua direção.

–Fique longe de mim! –Digo. –Você matou essa garotinha!

Raquel continua a sorrir e aquilo me deixa com ainda mais raiva.

–Foi um bem preciso minha irmã.

–Não me chame de irmã, eu não sou nada sua.

O sorriso de Raquel se esvai.

–Lhe ofereci diversas oportunidades.

–Não quero me juntar a você. –Digo

Raquel dá um passo à frente.

–Eu vou atirar. –Digo.

–Duvido. –Raquel incita.

–Não deveria.

Eu atiro.

Um grito é ouvido por toda a extensão da casa, no entanto, não é meu e muito menos de Raquel e sim de sua macabra seguidora que se jogou na frente de minha irmã.

–Até mais irmãzinha. –Saudou Raquel antes de desaparecer deixando apenas uma fina escura fumaça.

Eu corri em direção a mulher, seus olhos já não eram mais negros, sua íris dilatas de um verde esmeralda me encaravam com pavor.

–Eu sinto muito. –Digo enquanto tento de alguma forma fazer o sangramento em seu peito parar.

“Eu matei uma pessoa. ” –Penso

–Não deixe. –A mulher murmura.

Seus olhos se apertam e percebo que ela luta para continuar acordada.

–Não deixe ele lhe levar.- Ela diz antes de apagar.

–Por favor acorde! –Grito enquanto a sacudo.

Sem resposta.

–Meu Deus!

Eu me afasto do corpo, minha roupa impregnada de sangue, eu ando pela casa e percebo que um homem – O marido provavelmente- está morto assim como a garotinha e a mulher, eu quero gritar, mas guardo isso para mim mesma.

Eu vou embora e de um orelhão ligo para a polícia fazendo uma denúncia de gritos na casa, controlo minha vontade de chorar ao telefone e concluo a ligação.

Fica ainda mais difícil quando eu dou as costas e vou embora.


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