Love Shuffle escrita por Tainara Black


Capítulo 1
Love


Notas iniciais do capítulo

Essa fic terá inúmeros casais, muitas emoções, cenas sexuais, e muito mais. Estou me divertindo muito com a escrita dela e espero que vocês gostem! Faz tempo que não escrevo em português, então está sendo uma experiência incrível voltar para KakaSaku e construir esse universo alternativo com todos esses personagens!Boa leitura!



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Love Shuffle

Capítulo 1 - L.O.V.E.


Não se podia dizer que aquele era o hall mais tranqüilo dos edifícios da cidade de Konoha. Era um terceiro andar agitado, com quatro apartamentos. Não estava muito longe do hospital central, nem da Torre do Hokage, como era chamado o quartel general da polícia local.

Todos os dias havia movimentação, fosse por seus moradores que saíam e voltavam a casa, as visitas, os quase moradores (como namorados, rolos e parentes) ou quando, mesmo estando em casa, suas vozes repercutiam pelo hall por alguma frase dita muito forte, música mais alta ou algumas brigas cotidianas...

Naquele andar, nenhum dos moradores imaginava que entraria num jogo que mudaria suas vidas.

L


O sol começava a aparecer no horizonte quando Sakura terminou de estancar o sangue do paciente. Cada vez que tinha de fazer aquilo, sentia o coração bater rápido demais, não queria que ele estivesse em perigo daquela maneira, aquilo não era saudável para ele. Usou uma gaze para limpar a bochecha ensangüentada dele e a pálpebra do olho direito.

– Quando vai deixar de fazer isso, Sasuke? – perguntou, examinando o olho negro com severidade – Ficará temporariamente cego deste olho, pela explosão... – murmurou – Deveria tomar mais cuidado! Ser policial é uma coisa, se meter á toa em perigo é outra.

O homem não mudou a expressão nem disse nada, apenas continuou sentado na maca, o outro olho encarando a mulher sem nenhuma discrição, assistindo a expressão preocupada dela, enquanto lhe vendava o olho com cuidado e seriedade. Percebeu que ela tinha profundas olheiras e que parecia bastante cansada; e, se reparasse em suas curvas (coisa que nunca fazia), perceberia que a mulher havia perdido peso.

– Sakura – chamou, fazendo-a direcionar a mirada ao olho dele que ainda via.

– Hum?

– Estou dormindo com a Karin – disse, com sua voz séria de quem sabe que está ferindo os outros com suas palavras. Isso a fez congelar e afastar a vista para observar a janela, sem realmente ver o que havia do outro lado do vidro.

Terminou a bandagem e voltou a se afastar dele, fingindo buscar algo entre os medicamentos e instrumentos médicos do armário do consultório. Não queria encará-lo, estava cansada de chorar por ele e mais ainda dele lhe ver chorando, vendo-a dessa maneira tão estúpida e submissa. Ele era mau com ela, sempre havia sido.

– Não fuja da realidade – ele continuou, agora com um tom um pouco mais arrogante e a observou.

– Por que sempre me põem nesse tipo de situação? – ela perguntou, sem olhá-lo – Por que eu preciso saber com quem você está dormindo ou não? Por que sempre tem que esfregar isso na minha cara? É divertido, Sasuke, ver o quão patética eu sou quando o tema é você?

– Eu faço isso pra te ferir, pra que você compreenda que não há nada mais entre nós. Não existem possibilidades... – ela se virou para ele.

– Você diz isso agora e depois, quando se cansa dela ou de qualquer outra, você me chama, brinca comigo e me machuca, muitas vezes só o faz pra me ver sofrer, pra se sentir-

– Eu só faço isso porque, inevitavelmente, você vem. Você nunca diz que não, Sakura.

– Pode ir embora, o curativo está terminado. Volte amanhã para a revisão – disse, voltando a dar-lhe as costas.

Ela se virou, vendo-o de pé muito próximo de si, sorrindo com certa maldade, o olho direito tapado pela bandagem, o rosto um pouco marcado pela mancha de sangue que antes ali havia. Ele respirou fundo, observando o rosto corado dela, capturando uma mecha de cabelos rosados entre os dedos, vendo como os olhos vermelhos de choro faziam ressaltar o tom verde dos orbes dela.

– Tentarei pensar em você se a minha mente ficar em branco em algum momento. Mas duvido que seja o tema a vir no meio de um momento de sossego.

– Ok, Sasuke, você estourou sua cota de hoje: VÁ EMBORA!

Ele riu como se ela fosse realmente patética, vendo-a gritar a plenos pulmões, e saiu do consultório. Sakura respirou fundo, sem sequer tentar conter as lágrimas e jogou os papéis de receitas no chão, com raiva.

– Seu bosta! – exclamou, enquanto pegava os papeis do chão e os devolvia à mesa – vá encher o saco da sua maldita namoradinha... – resmungou.

Os soluços aumentaram e ela deu graças a deus por terminar o plantão em menos de meia hora para poder voltar para casa e passar o dia inteiro trancada em seu apartamento sem ver ninguém. E tinha certeza que o assunto a governar sua mente seria Sasuke e sua nova revelação sobre Karin. Não que nunca tivesse imaginado que isso aconteceria e, sequer supunha que se transformaria em uma relação firme e duradoura, mas o simples fato dele ter escolhido a ruiva para estar consigo e não ela, fazia-lhe sentir o coração apertar mais do que podia suportar.

O


Shikamaru acordou com o som do chuveiro e amaldiçoou quem estava no banho àquela hora, sem cogitar que era sua namorada. Revirou-se na cama, estirando os braços para alcançar o outro corpo, sem êxito e tentou dormir outra vez, coisa que parecia ser impossível com o maldito som da ducha batendo na placa do chuveiro.

Espreguiçou-se na cama, dando-se conta de que sua acompanhante não estava mais com ele. Soltou um riso fino, deixando a cabeça pender para fora do colchão, abrindo os olhos e observando a parede. Aquilo era inacreditável. Estirou-se outra vez e levantou, andando na direção do banheiro enquanto bagunçava os cabelos e os prendia num rabo de cavalo no alto da cabeça.

– Já te pedi para não tomar banho às seis da manhã nos meus dias de folga – disse, começando a escovar os dentes.

Shikamaru tinha aquela facilidade de ignorar o corpo dela quando queria, olhando apenas de relance à mulher nua no chuveiro e encarando sua imagem no espelho entediadamente.

– Tenho de ir a Suna, não sei quando volto – ela respondeu simples.

– Como? – perguntou o homem cuspindo a espuma – Mas você chegou há dois dias e já vai voltar para a tua cidade, Temari?

– Devo voltar em breve.

– Que problemática! – exclamou antes de enxaguar a boca.

– Não comece, Shikamaru.

Ele revirou os olhos, apoiando-se na pia e olhando a parede de azulejos do outro lado:

– Você vem. Você vai. Você volta. Você fica ou não fica. Você reclama das minhas tarefas nos teus dias livres e do quão entediado eu sou nos meus dias livres. Você me esnoba quando acha conveniente ou até mesmo finge que não me conhece quando está falando com alguma pessoa de uma empresa que te interesse profissionalmente ou não. Depois você me joga na cama. Você vai embora e sequer me avisa e eu fico esperando até tarde da noite até me dar conta que não, você não vai voltar dentro de alguns dias. Então retorna, passa dois dias comigo, se entedia de mim mais uma vez e se cansa desse nosso joguinho e volta a desaparecer – ele suspirou, encarando-a por fim – Isso te parece normal? Prático?

– Bem... Nossa relação é assim – Temari sempre fazia isso, dava por feito que a verdade nua e crua sempre seria a melhor solução. Na verdade ela estava certa, mas nem sempre era cômodo escutar a verdade dessa maneira.

– Você deveria ir embora de vez, estou começando a me cansar desse vaivém. É pouco produtivo e muito problemático, rouba meu tempo livre e me mete nessa sua vida louca e nômade de irmã do Prefeito Kazekage.

– Quer terminar comigo, Shika-kun? – ela perguntou, abrindo o box e saindo do chuveiro.

– Não disse isso – ele resmungou, olhando o corpo dela – apenas quero que se decida logo de uma vez, se vai ou se fica ou... Como ficamos nós dois...

Então ela o puxou pelos shorts do pijama e o empurrou contra a parede oposta à qual ele estava, apertando seu corpo contra o dele, grudando seus lábios com força, roubando-lhe um beijo efusivo com sabor de pasta de dente:

– Assume que não pode ficar sem mim – ela mandou.

– Temari...

Era sempre igual, extremamente egocêntrica e problemática, e isso às vezes cansava; essa necessidade que ela tinha de escutar que ele precisava dela, que não conseguia estar sem ela, que apenas ela lhe podia satisfazer... Essa necessidade de possessão que ela precisava sentir para estar contente, não que não fosse autoconfiante – pelo contrário, era até demais, e esse era o problema.

Mas tudo o que ele queria era paz, sossego, nada mais de surpresas, aparições e desaparições, instabilidades. Por melhor que se entendessem na cama, ele precisava de alguém estável, que estivesse buscando o mesmo que ele, aquela segurança agradável sem a necessidade de estar se preocupando se o outro vem ou não vem, e se não vem: lhe terá acontecido algo? Afinal toda aquela relação conturbada e sem muita estrutura era demasiado problemática.

Eram emoções demais para suas pequenas ambições.

O homem a afastou de si. Sabia que era um pecado lhe negar uma boa despedida, mas aquilo estava realmente lhe incomodando e precisava que ela soubesse:

– Quando volte quero uma resposta. E se sua resposta for que estará entre uma cidade e outra, espero que traga consigo um calendário com todas as datas de idas e vindas.

– Está me dispensando?

– Não, estou avisando antes que me esqueça.

Logo a puxou pelo braço, sem muita educação e deslizou as mãos pelo corpo dela tratando de mapeá-la inteira, no fundo lhe assustava aquelas idas e vindas, lhe fazia pensar que nunca seria capaz de estabelecer-se tranquilamente, ou formar um casal estável, ou aproveitar o fato de ter uma relação. Afinal entre eles não havia muito mais que sexo, discussões sobre partidos políticos, bons investimentos na bolsa, softwares, problemas e um tumulto disforme de sensações e sentimentos que nem eles conseguiam compreender.

V


– Naruto, vá para casa.

– Não! – reclamou.

– Vamos, não seja cabeça-dura, já é de manhã.

– Neh, Kakashi-sensei, se a mulher que você ama te dissesse que não quer se casar com você, também estaria como eu!

Kakashi suspirou, olhando para Ichiraku. Os dois homens olharam o loiro com preocupação, o rapaz havia passado toda a noite comendo ramen e bebendo sake, havia gritado e xingado a deus, contado para o dono do bar toda sua história com Hinata pelo menos seis vezes. Então o seu antigo professor do colegial chegou e escutou mais duas vezes a história que ele já conhecia e o triste desenlace, e agora estava tratando de convencer o loiro a voltar para casa.

– Sensei, ela disse que queria quando perguntei e hoje disse que não! Eu comprei o anel, até me arrumei! Achei que ela também me amava, mas pelo jeito não me ama!

– Ama, Naruto, claro que ama, só deve estar assustada, dê tempo ao tempo... - Kakashi o puxou pelo braço, pagando a conta do bar e arrastando-o em direção ao apartamento do rapaz.

– Sensei, sinto que estou morrendo – disse, a voz embriagada e mole – como se não compreendesse mais nada!

Kakashi se sentia um pouco impaciente, não fazia sequer idéia do que deveria dizer ou deixar de dizer. Não que não conseguisse se colocar no lugar do rapaz, ele conseguia, ele apenas não conseguia pensar em alguma coisa útil para dizer. A verdade era que Kakashi sempre havia sido um zero à esquerda com mulheres...

– Fique calmo Naruto, deixe-a em paz um pouco para pensar e depois vocês resolverão as coisas.

Estavam há dois quarteirões do apartamento do mais novo, quando uma figura magra e de cabelos rosados despontou na esquina. Era Sakura. E isso significava para Kakashi a salvação de seu precioso tempo.

– Hei, Sakura! – acenou, fazendo-a levantar o rosto.

Não. Definitivamente não seria uma salvação. A jovem tinha os olhos inchados e vermelhos, manchas do mesmo tom se espalhavam por seu rosto, o que ele sabia significava que ela havia chorado bastante. Aproximou-se rápido, receoso do que poderia haver-lhe passado, mesmo que todos os seus instintos indicassem que o motivo era apenas um, o mesmo de sempre: Sasuke.

– O que houve? – perguntou sério, largando Naruto para trás, que vinha andando numa linha nada reta e murmurando qualquer coisa.

– O que poderia ser Kakashi? – ela perguntou entristecida. Era uma pergunta retórica, ele sabia bem o que lhe passara.

– Então parece que você e Naruto podem dar as mãos e cantar músicas tristes hoje – ele disse sorrindo de leve.

– Eh?

– Hinata recusou o pedido de casamento – explicou para a ex-aluna.

– Não me diga! – exclamou apenada, esquecendo-se um pouco de sua tristeza e andou até o loiro, limpando o rosto dele cheio de lágrimas com as mãos e afastando os fios loiros da testa – Não fique assim, ela só deve ter se assustado.

Kakashi não pôde deixar de sorrir. Sakura podia estar mal, mas sempre tentaria ajudar aos demais. Ele observou como ela murmurava para ele que tudo ficaria bem, e que se fosse necessário bateria em Hinata até que esta aceitasse o pedido, mesmo que ele fizesse que não com a cabeça, coçando os olhos como um menininho de cinco anos. Kakashi não sabia o que fazer da vida se aqueles garotos, que aos poucos cresciam e sofriam de amor, não estivessem em seu caminho. Precisaria dar uma conversada com Sasuke.

– E Sasuke, o que fez agora? – perguntou Naruto, fungando.

– Esfregou na minha cara que está dormindo com a Karin.

Oh não! Kakashi odiava saber sobre a vida sexual de seus ex-alunos, lhe dava aquela estranha sensação de vácuo. Como se aquela gostosa harmonia de serem seus pequenos alunos já não existisse mais.

– E o que você disse? – perguntou o loiro encarando-a.

– Que não precisava saber daquilo – ela respondeu num murmúrio.

– Não, Sakura-chan! Deveria ter inventado algo como “E eu estou dormindo com o...” – ele parou um pouco, atordoado pela bebida e continuou: - “Estou dormindo com o Kakashi!”, por exemplo.

Kakashi arregalou os olhos, então era esse tipo de conselho que o loiro costumava dar?

– Sakura, melhor não escutar o Naruto, essa psicologia não atingiria o Sasuke. Melhor você não demonstrar reação, como se não te importasse – disse sério e começou a puxar ambos os alunos pelo pulso, como se fossem crianças – Os homens como Sasuke se divertem com as tentativas de mentira ou os sentimentos tristes das garotas.

A menina começou a chorar de novo, mas já estavam na frente do pequeno prédio.

– Cuidem um do outro, e não se aproximem de facas e locais altos, entendido?

– Hai, sensei! – responderam em uníssono, entrando no edifício e desaparecendo no pequeno hall de entrada.

– Essas crianças, viu...

E


– Vamos Ino, dê o fora! – ele pediu outra vez, vendo-a apenas com a calcinha lilás e um top branco, ainda deitada em sua cama – Vamos! Eu já saí, fui tirar as fotos do amanhecer e você segue aqui? Não pedi para desaparecer antes que eu voltasse?

Ele suspirou irritado e sentou na poltrona na frente da cama, começando a tirar os sapatos, precisaria de um bom banho para se tranqüilizar.

– Achei que você ia querer um pouco de estímulo para agüentar o dia... – ela murmurou sonolenta, espreguiçando-se.

– Não, não preciso. Preciso de um banho e duas horas de sono, não preciso de você.

– Gen-chan! – ela reclamou, estirando-se na cama, seus cabelos longos e loiros espalhando-se por todos os lados. Aquilo lhe estava deixando um pouco nervoso.

– Vai embora Ino.

– Quando você vai assumir nossa relação? – ela perguntou, deitando-se de bruços e movendo os pés no ar.

– Que? – ele riu, Ino era realmente a melhor comediante da face da terra – Ino, todo mundo sabe que temos algo.

– Mas eu não quero algo, eu quero algo especial – ela riu da piada malfeita e ele bufou.

– Andando, loira, fora daqui – disse, batendo palmas como se faz para um cachorro.

– Gen-chan! – ela reclamou, virando-se de barriga para cima e abrindo as pernas, jogando a cabeça para trás e gemendo a imitação de um orgasmo, enquanto suas mãos passeavam pelo próprio corpo.

Era um fato, ele pensou, ela havia descoberto seu ponto fraco: sexo. Mas estranhamente naquele dia o que ele mais queria – muito mais que sexo – era que ela desaparecesse do mundo e explodisse a quilômetros de distancia de si.

– Yamanaka Ino, se você não for embora agora eu vou contar para o seu pai o que você mais gosta que eu te faça. E realmente não acredito que ele vá ficar muito contente ao saber sobre essa sua pequena inclinação ao-

– Genma! – reclamou, sentando-se – Qual é o problema agora? O sexo entre a gente vai ser só quando você quer? Seu machista!

– Eu não sou machista, Ino, você sequer sabe o que isso significa!

Ela riu, ficando de pé na cama, ele sempre tentava dizer que ela não passava de uma loira burra, mas ela era muito mais esperta que isso.

– Você quer que eu dê um escândalo?

Ah, não, escândalo de novo não! Pensou o homem, olhando-a com raiva. Aquela menina quando queria gritar e xingar e espalhar por aí alguns segredinhos, era a rainha da destruição!

– Ino, por favor – ele pediu, olhando para o chão, enquanto mordia o interior da bochecha.

– Está com medo? Oh, mas que coisinha mais fofa! – ela exclamou, gargalhando.

Um calor estranho foi subindo pelo corpo dele, um ódio, uma raiva, uma aversão tão grande àquela maldita que quando se deu por si, já havia corrido até a cama e a pegado no colo. Jogou Ino sobre seu ombro, sentindo-a se debater, gritar e xingar, enquanto ele com pressa até a porta, a abria rapidamente, chamando o elevador, sentindo-a tentar lhe chutar a toda custa, sem conseguir.

Ele ainda teve a inteligência de segurar um dos pulsos dela nas costas, para que não tentasse invadir sua mente. Quando o elevador abriu, Sakura e Naruto desceram dele observando a estranha cena com um pouco de assombro.

– Ino? – perguntou Sakura um pouco tonta.

E quando Genma apertou o botão do térreo, lançou a menina para dentro e a fechou em seguida, o único que se ouviu foi Ino batendo na porta metálica e gritando:

– SEU FILHO DA PUTA! E A MINHA ROUPA? VOCÊ QUER QUE EU ANDE ASSIM NA RUA? VOCÊ NÃO TEM VERGONHA NESSA SUA CARA, SEU DESCARADO?

Então soou o timbre avisando que o elevador havia chegado ao térreo e o homem voltou a entrar no apartamento, fazendo Sakura e Naruto observarem tudo muito aturdidos. Um dos apartamentos se abriu e dele saíram Shikamaru e Temari, levando a bolsa de viagem pendurada nas costas, então os quatro se encararam e o moreno olhou para o loiro estranhando aquela cara inchada de choro e o cheiro a álcool.

– O que diabos-?

– Hinata me recusou – disse, e vendo a cara de Temari fixa na de Sakura respondeu pela de cabelos rosa: – Sasuke é um merda.

Shikamaru revirou os olhos, era fato e todo mundo sabia que ele detestava o Uchiha, e detestava ainda mais o comportamento de Sakura para com este. Ele apenas deu um gole na sua caneca de chá branca e Genma voltou a sair de seu apartamento com um bolo de roupas na mão e uma bolsa lilás bem feminina.

A porta do elevador abriu e Temari entrou, trombando de propósito com a outra loira que tinha intenção de sair, mas que logo foi barrada por Genma, que jogou o bolo de roupas e a bolsinha encima dela, enquanto a maldita gritava até a morte, xingando-o e acusando-o de mil e uma coisas, a mulher de Suna fechou a porta impedindo Ino de sair e apertou o botão do térreo dando uma piscadinha. Não se soube se aquilo era para Shikamaru como despedida ou para Genma como se avisasse que cobraria pela ajuda.

– Era Ino? – perguntou Shikamaru.

– Sim – murmurou Sakura.

– Eh, parece que os peitos dela por fim cresceram – disse, dando um tapinha no ombro de Genma – E parece que todos estamos com problemas.

O mais velho fez que sim com a cabeça, encostando-se na parede e suspirando profundamente. Sakura olhou os pés com pesar e começou a chorar de novo, fazendo Naruto passar o braço ao redor dos ombros dela e olhar para Shikamaru:

– Parece que o amor é uma bosta.

– Definitivamente.

Responderam os outros três em uníssono, antes que cada um andasse para seu apartamento e desaparece atrás das portas de madeira clara.


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Notas finais do capítulo

Estou publicando os capítulos aqui no Nyah! Vai demorar um pouco, mas espero que dentro de alguns dias já esteja no mesmo ritmo que no ffnet. Se quiserem me add no face: Tai Bécquer.Love, Tai.



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